Indicadores de leitura

A parceria do Fome de Livro com o IBGE já começou a render frutos. O instituto acaba de elaborar uma proposta que inclui um conjunto inicial e preliminar de indicadores de leitura que vão nortear muitas das ações do programa, desde o diagnóstico da atual situação das bibliotecas públicas no Brasil até os impactos da leitura. Gráficos, mapas e tabelas, detalhando os municípios sem biblioteca, também foram entregues pelo IBGE, na semana passada, ao Programa Fome de Livro. Foi constituído um grupo de discussão na Internet para debater as propostas até a elaboração do projeto da pesquisa.       Seleção de acervo na reta final     Terminou na semana passada a avaliação dos livros de Ficção e Não-Ficção inscritos no Programa Fome de Livro por 323 editoras de todo o País. Agora, os avaliadores (de um total de mais de 40 especialistas em leitura e bibliotecários vindos de todas as regiões do País) estão examinando os últimos títulos da categoria Infanto-Juvenil. No total, foram inscritos 22 mil livros, o equivalente ao triplo da quantidade de inscrições do último programa de compras feito pelo Ministério da Cultura. Serão selecionados 2.000 títulos nesta fase (outros 500 serão escolhidos nos próprios

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Livros sem leitores

Ao lado de toneladas de soja e milho estão estocados 2 milhões de livros, pertencentes ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mais 9 milhões de livros, também de literatura, poesia e não-ficção estão armazenados em depósitos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do MEC responsável pela compra do lote. Ao todo, 11 milhões de livros paradidáticos estão acumulando poeira em armazéns, desde que o governo – ao custo de R$ 64 milhões – assinou, em dezembro, contratos de compra com mais de 20 editoras. O MEC paga R$ 11.517,00, por quinzena, a título de taxa de armazenagem.     Os livros não chegam até os alunos por problema de distribuição. O FNDE promete distribuir o estoque entre junho e julho, mas isso depende do pregão eletrônico para a escolha da empresa que empacotará os lotes de livros destinados a cada escola. No primeiro semestre do ano passado, foram comprados 37 milhões de paradidáticos para doar a todos os estudantes de 4.ª e 8.ª séries. No segundo semestre de 2003, o MEC lançou três novos programas Biblioteca Escolar, Biblioteca do Professor e Casa

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Pregão escolhe empresa para empacotar livros

Estoque de 11 milhões de obras comprado em dezembro está parado em Brasília     O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) promove amanhã o pregão eletrônico para escolher a empresa que empacotará 11 milhões de livros de literatura, poesia e não-ficção estocados em Brasília à espera de distribuição para escolas públicas, professores e mais de 3 mil prefeituras. Compradas em dezembro, na gestão do ex-ministro Cristovam Buarque, as obras estão armazenadas em galpões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do próprio FNDE, conforme reportagem publicada ontem pelo Estado.     Os 11 milhões de livros fazem parte do Programa Nacional Biblioteca da Escola e foram adquiridos ao custo de R$ 64 milhões – a assinatura dos contratos com mais de 20 editoras ocorreu em 20 de dezembro. Sob a alegação de que vai dedicar este ano à distribuição dos livros, deixando para 2005 a compra de novos exemplares, o FNDE decidiu suspender novas aquisições do programa em 2004. Cristovam criticou a iniciativa.   Preocupado em evitar constrangimentos com o antecessor, Tarso Genro convidou Cristovam de última hora ontem para uma solenidade no Conselho Nacional de Educação, marcada para as 14 horas. Foi

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PNBE – 11 milhões de livros à espera de leitores

MEC ocupa 3 armazéns com livros comprados na gestão Cristovam e ainda sem destino     Onze milhões de livros de literatura, poesia e não-ficção comprados pelo Ministério da Educação para escolas públicas, professores e prefeituras estão estocados em armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em Brasília, à espera de distribuição. Ao custo de R$ 64 milhões, o governo assinou os contratos com mais de 20 editoras em dezembro, na gestão do ex-ministro Cristovam Buarque (PT-DF), e promete distribuir todo o estoque em junho e julho. O pregão de escolha da empresa que empacotará as obras para envio pelo correio será realizado sexta-feira.     Os livros começaram a chegar a Brasília em fevereiro e logo lotaram o galpão do FNDE. Foi preciso então firmar convênio com o TSE, que cedeu gratuitamente uma área usada para guardar urnas eletrônicas, e alugar um armazém da Conab. O FNDE está pagando R$ 11.517,00 por quinzena para manter cerca de 2 milhões de volumes na Conab. É lá, tendo como vizinhos estoques de soja e milho, que estão empilhadas obras consagradas da literatura e da poesia brasileira, como

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FNDE estimula escolha do livro didático pela internet

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação recomenda aos professores de 5ª a 8ª série da rede pública de ensino que escolham pela internet, o mais rapidamente possível, os livros didáticos a serem utilizados no próximo ano letivo, de acordo com o cronograma de distribuição do Programa Nacional do Livro Didático.    A escolha começou no dia 7 de abril e o prazo expira em 25 de junho. Até o dia 7 deste mês, apenas 535 das 44.535 escolas cadastradas no PNLD haviam acessado o sítio eletrônico do FNDE para participar do processo.     O FNDE recomenda o uso da internet em virtude da maior facilidade e agilidade da escolha virtual, comparada aos Guias impressos que, na próxima semana, estarão chegando às escolas.     Vídeo – O Ministério da Educação e o FNDE estão elaborando um vídeo para chamar a atenção dos professores para a importância da escolha – seja pela internet ou pelo Guia impresso – dos livros didáticos a serem utilizados em sala de aula. Ele irá ao ar em cadeia nacional de 5 a 25 de junho, os últimos 20 dias que antecedem o prazo final da escolha.     Para selecionar o livro de

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Ministro aceita proposta da Campanha para criar Grupo de Mediação no MEC

Em resposta a convite feito por Ministro Tarso Genro, Campanha Nacional pelo Direito à Educação propôs a criação de um Grupo de Mediação para discutir ações e encaminhamentos concretos sobre a Conferência Nacional de Educação e o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Tarso aceitou a proposta e nesta semana começa a esboçar a composição do grupo, que terá integrantes da Campanha e representantes do próprio MEC    Em encontro com Tarso Genro, no dia 03 de março, a Campanha Nacional pelo Direito à Educação ressaltou a necessidade de uma maior valorização da educação básica na agenda governamental e cobrou do ministro um posicionamento claro em relação ao aumento do financiamento educacional, a realização da Conferência Nacional da Educação, a avaliação participativa do Plano Nacional de Educação e o aprimoramento da gestão democrática em educação. Em resposta, Tarso propôs a criação de um grupo executivo para discutir estas questões, composto pela Campanha e pelo MEC.    No dia 22 de abril – como parte das atividades de lobby da Semana de Ação Global 2004 – representantes da Campanha, acompanhados por Francisco das Chagas Fernandes, Secretário de Educação Básica, entregaram a Ronaldo Teixeira da Silva, chefe de gabinete

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MEC muda o sistema de classificação de livros

Material didático não recebe mais cotações e professores fazem escolhas a partir de mera descrição     Pela primeira vez desde o início do programa governamental de distribuição de livros didáticos, em 1985, o Ministério da Educação (MEC) está abandonando este ano o sistema de classificação das obras. Até então, o governo fazia recomendações sobre a qualidade dos títulos a serem escolhidos pelos professores de cada escola do País. O critério ia de uma a três estrelas. No ano passado, o governo passou a usar os conceitos “pouco recomendado“, “recomendado“ e “muito recomendado“. Agora, os professores fazem suas escolhas apenas com a ajuda de uma descrição – sem julgamento – de cada livro. A descrição é preparada pelo MEC.     Até 25 de junho, os professores podem escolher as obras que desejam usar com os alunos de 5.ª a 8.ª séries no ano que vem.     Por incrível que pareça, o fim das recomendações do governo se deu porque os professores vinham optando principalmente por livros de um estrela ou os pouco recomendados. Ou seja, os piores entre os pré-avaliados pelo ministério.     Por quê? “Não há nenhum estudo que mostre porque isso acontecia, mas eu suponho

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Base eletrônica do conhecimento em português

Em visita à sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris, o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, deve anunciar nesta terça-feira (11/5), um acordo para a construção de um serviço na internet que deverá tornar disponível o conteúdo em português de mais de 20 mil títulos em ciência e tecnologia.     O objetivo é que o site, que se chamará E-livro, atenda a todos os países de língua portuguesa. O anúncio do apoio da Unesco à iniciativa contará com a presença do representante da organização no Brasil, Jorge Werthein, e de membros das missões diplomáticas das nações de língua portuguesa.     O E-livro funcionará como uma biblioteca virtual, dando acesso a publicações de cerca de 150 editoras de diversos países, em português, inglês e espanhol. Além da consulta à mais relevante produção científica mundial, os pesquisadores poderão publicar seus artigos. Com isso, os idealizadores esperam criar, a médio prazo, uma rede de intercâmbio de conhecimento entre os países.     “Essa é a forma mais direta de cooperação Sul-Sul, porque possibilita o acesso sem barreiras às informações, socializando o conhecimento”, disse Werthein.     O acordo é

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Pesquisa mostra queda na venda de livros

A combinação foi explosiva: a taxa de inflação do ano passado (8,95%, segundo IPCA), que deteriorou o poder de compra do brasileiro, aliada à falta de grandes incentivos do governo na educação e na construção de mais bibliotecas fez com que o setor editorial brasileiro apresentasse números em queda em 2003. A pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindical Nacional dos Editores de Livros (Snel), foi apresentada ontem e mostrou que, no ano passado, houve uma queda no número de exemplares vendidos: 8%, se consideradas apenas as vendas ao mercado; e 20%, se levadas em conta também as vendas para o governo.    A elevada queda governamental tem uma explicação: as compras foram iniciadas apenas no fim de 2003; assim, as maiores cifras ficarão para este ano e vão refletir no relatório a ser divulgado em 2005. “O estado de saúde do setor editorial não é bom, mas também não é ruim, se levarmos em conta a situação econômica do País“, avaliou Oswaldo Siciliano que, além de editor, preside a CBL. “Afinal, há setores mais atingidos.“ É também a palavra de um empresário, que não se engana com alguns

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