Os xeroqueiros que se cuidem

Busca e apreensão. Estas duas palavras têm feito parte das ações mais recentes da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR). Na tarde desta última segunda-feira, 23 de agosto, duas ações policiais de busca e apreensão foram realizadas em empresas copiadoras localizadas nos arredores do campus Metrô Carrão da Universidade Cidade (UNICID), em São Paulo. O objetivo era claro: apreender cópias piratas de livros ou de porções deles. As ações foram resultado da atual política de combate à pirataria de livros empreendida pela ABDR e não são casos isolados – pelo contrário. Ações semelhantes já foram realizadas em Brasília e em Campo Grande (MS). Em São Paulo, há 12 pontos na mira da entidade, e ações de busca e apreensão já foram realizadas na Fundação Getúlio Vargas, na UniSantana e na PUC. No caso da UNICID, em uma das copiadoras, foram apreendidas 21 pastas de professores com cópias de livros, além das fotocópias não autorizadas que eram preparadas no local. As ações resultam de notícias crimes apresentadas pelos advogados da ABDR após um levantamento das atividades de pirataria nas copiadoras investigadas. No entanto, antes da ação policial, a entidade envia uma comunicação extrajudicial para a universidade e para a copiadora. Mas

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Unesco sugere a partidos uma política de Estado para o ensino

O Brasil perde tempo e desperdiça recursos quando um governo assume e decide reformular políticas de educação e ciência, que têm maturação lenta e frutos de longo prazo. Falta uma política de Estado e não só de governo para essas áreas, segundo Jorge Werthein, representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Inspirados em pactos como o de Moncloa, na Espanha, e no acordo pela educação, ciência e tecnologia que fez a Irlanda chegar ao 10.º lugar em desenvolvimento humano (IDH), em 2004, representantes de partidos vêm mantendo conversações desde fevereiro com a organização. Em entrevista ao Estado, Werthein, PhD em financiamento da educação, ressalta que esse pacto reduziria o desperdício e facilitaria o uso de recursos.    Estado – O MEC anunciou que terá R$ 1 bilhão adicionais no orçamento de 2005, enquanto alguns Estados dizem não ter dinheiro para bancar o ensino médio até o fim do ano. Quer dizer que o cobertor continua curto na educação?     Jorge Werthein – Cobertor curto existe em todos os países. A demanda é maior que a oferta de recursos. Países como o Brasil alocam recursos significativos, mas insuficientes. No entanto, sempre que

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Mutirão nacional para salvar o ensino infantil brasileiro

Existem 22 milhões crianças de 0 a 6 anos no Brasil. Se a questão fosse quantitativa, a educação infantil deveria ser uma das prioridades das políticas públicas para o setor. Mas não é isso que acontece desde a criação do Fundef, em 1996, quando os recursos públicos da área foram concentrados no ensino fundamental, relegando ao segundo plano a educação das crianças. Segundo dados do IBGE, na faixa etária de 0 a 3 anos, a taxa de freqüência à escola ou à creche é de apenas 10,6%. As creches para essa faixa etária foram praticamente abandonadas, e acabaram ficando sob a responsabilidade de igrejas, associações comunitárias e organizações não-governamentais (ONGs), muitas vezes sem condições de prestar bom atendimento. No caso de crianças de 4 a 6 anos, o índice de freqüência melhora e chega a 65,6%. Mas aí pesa a questão da falta de qualidade. Por conta da escassez de financiamento e de atenção, meninos e meninas são obrigados a enfrentar uma das etapas mais importantes para seu desenvolvimento físico e mental com professores despreparados e infra-estrutura precária. Para traçar uma Política Nacional de Educação Infantil com a participação de dirigentes estaduais e municipais de educação e de outros setores

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Proposta de criação do Fundeb já está na Casa Civil

O Ministério da Educação enviou nesta semana à Casa Civil da Presidência da República a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O novo fundo financiará a educação infantil, os ensino fundamental e médio, em todas as suas modalidades, a partir de 2005, em substituição ao atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).    Uma das principais mudanças do Fundeb, em relação ao Fundef, é a fonte de recursos. Hoje o Fundef é composto por 15% do total arrecadado pelos impostos e transferências: Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados proporcional às Exportações (IPIexp) e a desoneração das exportações prevista na Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir).     A proposta de criação do Fundeb prevê a participação de 25% de todos os impostos que compõem o Fundef e ainda acrescenta a mesma participação sobre o Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto de Transmissão de Causa Mortis (ITCM), Imposto Territorial Rural (ITR) e o Imposto de Renda

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CGU acompanhará aquisição do livro didático para 2005

O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), José Henrique Paim Fernandes, revelou que pediu à Controladoria-Geral da União (CGU) para acompanhar a negociação entre o FNDE e as editoras para a aquisição dos 114 milhões de livros didáticos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM) de 2005. A negociação ocorrerá na próxima semana, em Brasília. O anúncio foi feito durante a abertura do 8º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro, na manhã de hoje, 18.    Henrique Paim Fernandes disse que, por causa da inexigibilidade de licitação para a compra de livros didáticos, optou por convidar a CGU para participar do processo de negociação a fim de garantir a sua transparência. Afirmou, ainda, que o PNLD tem uma trajetória de eficiência, do ponto de vista da logística e de cumprimento de prazos, mas que a educação tem, no atual governo, diferentes desafios. Em se tratando do livro, esses desafios vão do conteúdo pedagógico até a sistemática de aquisição, com o propósito de alcançar ganhos em escala e redução de custos por unidade adquirida. “Cada centavo reduzido, por ser uma compra em grande escala, representa

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Edições SM investe no Brasil

Acaba de desembarcar da Espanha o Grupo SM, nova editora no mercado de livros infanto-juvenis, didáticos e paradidáticos. Nos primeiros quatro anos o grupo investirá cerca de R$ 30 milhões no País e, a partir da primeira quinzena de setembro, começam a chegar os livros da coleção Barco a Vapor. No total, serão lançados 23 títulos.     Segundo o diretor editorial Alexandre Faccioli, a coleção atinge crianças de 6 a 13 anos e se caracteriza pela pluralidade de temas e diversidade de autores de diferentes países. “Com esses títulos o leitor poderá vislumbrar como será a coleção, que também traz autores renomados e não tão conhecidos da literatura universal.“ Apesar do número de títulos da coleção, a editora entra no País com um projeto a longo prazo. “A idéia é ter uma participação forte no mercado, mas o faremos de forma consistente. Por isso começamos do zero. A SM já está presente em outros países da América Latina, faltava o Brasil para consolidar a sua presença no continente. Também pretendemos aproveitar as qualidades deste mercado para somar projeto global da editora.   Há uma sinergia entre as empresas e teremos algo a acrescentar.“     Segundo Faccioli, na Espanha,

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Fome de Livro agora em Brasília

A coordenação do Fome de Livro, que estava sediada no Palácio Gustavo Capanema (prédio onde funcionam as representações dos ministérios da Cultura e da Educação no Rio de Janeiro), agora funciona no próprio prédio do Ministério da Cultura, em Brasília. O Fome de Livro, que estava vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, ganhou uma nova dimensão e abrangência e passa a operar a partir desta semana dentro do próprio Ministério da Cultura.    Fome de Livro e o Plano Nacional do Livro e da Leitura     Com a mudança do Rio para Brasília, o Fome de Livro passa a funcionar junto à Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, responsável por toda a formulação das políticas públicas na área da cultura no governo federal e dirigida pelo secretário Paulo Miguez. O Programa Fome de Livro assume, com isso, a condição de Plano Nacional do Livro e da Leitura, que congrega todas as ações e projetos do governo federal na área do livro, leitura e bibliotecas.     Plano Nacional coordena todas as ações     O Plano Nacional do Livro e da Leitura – também chamado de Fome de Livro – vai coordenar as ações do governo federal desenvolvidas

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Objetiva lança minidicionário

Os pesos-pesados estão no ringue há três anos. Agora é a vez dos pesos-penas. Chega às livrarias na próxima semana a nova edição do minidicionário “Houaiss“, concebida para tentar acabar com a hegemonia do “Aurélio“ no setor dos pequenos. Entre os grandes, os dois travam há três anos uma intensa disputa pela liderança.    Os mínis valem mais do que pesam. Como são eles que os governos compram para a rede escolar, seu faturamento é muito maior do que o dos grandes. Só neste ano o governo federal gastou R$ 20,2 milhões para comprar 3.349.920 minidicionários. E foi apenas para “reposição“, como se diz. Em 2001, ano de compra pesada, foram adquiridos 20.231.351 exemplares.    Da lista de 2004, 48,7% foram “Aurélios“. Com essa renda, por exemplo, a Objetiva cobriria praticamente tudo o que já investiu no “Houaiss“ (R$ 11 milhões).    O novo míni da Objetiva foi preparado de olho no edital que o Ministério da Educação lançará até o fim do ano. O percurso até o paraíso é longo: o dicionário passará pela avaliação das escolas em 2005, será negociado em 2006 e entregue aos estudantes em 2007.    Não há dúvida de que será comprado, já que

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Relatório alerta que País não cumprirá metas para infância

A política de governo adotada pelo Brasil não reduzirá os graves problemas enfrentados por crianças e adolescentes, entre os quais a subnutrição, a exploração no trabalho e a violência. O alerta consta de relatório feito por uma rede de 27 ONGs e entregue no dia 10/08 ao ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial de Direitos Humanos.     Ao lado de 188 países, o Brasil é signatário do documento Um Mundo para as Crianças, patrocinado pela ONU, pelo qual se compromete a atingir 21 metas em favor dos menores de 17 anos até 2010. Conforme o relatório, das oito metas quantificáveis só três serão alcançadas e cinco são inviáveis se o País não fizer correções de rumo nas áreas econômica e social. O Brasil deixará, por exemplo, de reduzir em um terço a taxa de desnutrição entre menores de 5 anos, uma das maiores da América Latina, não conseguirá melhorar a educação nem reduzir a taxa de mortalidade materna.     Por outro lado, conseguirá cumprir a meta de reduzir em um terço a mortalidade infantil. Será também possível, com o atual nível de investimentos, levar saneamento e água potável para um número maior de lares e aumentar em 50%

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