Os xeroqueiros que se cuidem

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Busca e apreensão. Estas duas palavras têm feito parte das ações mais recentes da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR). Na tarde desta última segunda-feira, 23 de agosto, duas ações policiais de busca e apreensão foram realizadas em empresas copiadoras localizadas nos arredores do campus Metrô Carrão da Universidade Cidade (UNICID), em São Paulo. O objetivo era claro: apreender cópias piratas de livros ou de porções deles. As ações foram resultado da atual política de combate à pirataria de livros empreendida pela ABDR e não são casos isolados – pelo contrário. Ações semelhantes já foram realizadas em Brasília e em Campo Grande (MS). Em São Paulo, há 12 pontos na mira da entidade, e ações de busca e apreensão já foram realizadas na Fundação Getúlio Vargas, na UniSantana e na PUC. No caso da UNICID, em uma das copiadoras, foram apreendidas 21 pastas de professores com cópias de livros, além das fotocópias não autorizadas que eram preparadas no local. As ações resultam de notícias crimes apresentadas pelos advogados da ABDR após um levantamento das atividades de pirataria nas copiadoras investigadas. No entanto, antes da ação policial, a entidade envia uma comunicação extrajudicial para a universidade e para a copiadora. Mas até agora ninguém reagiu positivamente ao aviso.  
 
“Ninguém acredita que iremos agir judicialmente“, explica Enoch Bruder, presidente da ABDR. Para Bruder, o sucesso da luta contra a pirataria reprográfica passa por duas vertentes: a repressão policial e a comunicação junto aos professores. Ele comemora, por exemplo, a recomendação existente no relatório final da CPI da Pirataria para que o MEC comunique às universidades que a cópia de livros é crime.  
 
Atualmente, a ABDR conta com 101 editoras como sócios, além de 40 autores, mas quer aumentar seu quadro de associados. “Faremos um grande esforço no Encontro de Editores e Livreiros de Porto Alegre para que todas as empresas da cadeia do livro participem da ABDR“, informa Bruder. Ele ainda ressalta a importância da leitura no ensino superior. “Precisamos fazer uma campanha para valorizar a leitura na universidade“, defende. As ações judiciais da ABDR continuam em São Paulo e devem começar em breve no Rio de Janeiro. 

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