Livros livres de impostos
O objetivo é aumentar pelo menos 50% os índices de leitura. O anúncio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, decretando o fim de qualquer tipo de taxa ou imposto sobre o livro no Brasil, já começa a produzir impactos além dos esperados. Apenas algumas horas depois, editoras estrangeiras divulgaram novos investimentos no País – o que deve significar mais títulos de autores brasileiros -, bancos estudam novas linhas de crédito, projetos para abrir novos pontos-de-venda foram desengavetados e cogita-se até o lançamento de coleção de pocket books com preços mais baixos. A decisão do governo federal vai aliviar as editoras, distribuidoras, livrarias e importadores de livros de uma carga fiscal que varia de 3,65% a 9,25% na forma de contribuição para o PIS, Cofins e Pasep. A medida deve ser votada nos próximos dias pelo Congresso e calcula-se uma desoneração fiscal da ordem de R$ 160 milhões por ano. Em contrapartida, o setor se compromete a contribuir com 1% sobre as vendas para constituir um Fundo Pró-Leitura. Calcula-se que a medida, se somada a outras políticas governamentais, pode reduzir em 10% o preço dos livros em três