MEC apresenta diagnóstico da educação básica no Fórum das Estatais

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O Ministério da Educação está preocupado com a falta de professores de química, física, biologia e matemática nas turmas da quinta à oitava série e do ensino médio da rede pública. Segundo o titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas Fernandes, Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) projeta a falta de cerca de 250 mil professores. “Muitos alunos são aprovados sem cursar as disciplinas”, disse Chagas, ontem, dia 23, em reunião da Câmara Temática de Educação Básica do Fórum das Estatais pela Educação, em Brasília. 
 
De acordo com o secretário, o MEC montou um grupo de trabalho para propor alternativas capazes de solucionar o problema. Já foram identificados os motivos que afastam professores daquelas disciplinas da escola pública: baixos salários e reduzido número de formandos. “O professor se forma, faz um concurso para a disciplina, mas depois passa em outro concurso para receber o dobro e desiste da escola”, disse Chagas. Ele salientou que há faculdades que formam apenas cinco ou seis professores de física por semestre. 
 
Ao apresentar o diagnóstico do ensino básico público no Brasil e as políticas do MEC para a área, o secretário lembrou que um milhão de crianças entre sete e 14 anos estão fora da escola. Chagas citou dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) que indicam a reprovação de 13,3% dos alunos da primeira à quarta série do ensino básico da rede pública. Outros 7,5% abandonam a escola. 
 
Entre os estudantes da quinta à oitava série, a reprovação fica em 11,5% e o abandono, em 12%. Dos alunos do ensino médio, 9,5% são reprovados e 17% abandonam. A distorção entre idade e série é de 36,2% na quarta série; 44,7% na oitava e 51,8% no ensino médio. Mais da metade dos alunos que se formam no ensino médio está em idade acima do previsto. 
 
O secretário destacou a existência de vários programas do MEC para apoiar estados e municípios e detalhou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Chagas afirmou que o governo federal aplica 0,7% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), mas está disposto a aumentar esse índice para pelo menos 10% do futuro orçamento do Fundeb. 
 
Fórum – O Fórum das Estatais, presidido pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, tem a coordenação executiva do ministro da Educação, Tarso Genro. As câmaras temáticas se baseiam em quatro eixos estratégicos: alfabetização e inclusão social; aprimoramento da qualidade da educação básica; ampliação do ensino técnico e profissional e fortalecimento e expansão da educação superior pública. 
 
No dia 26 de outubro foi realizada a reunião da câmara de alfabetização e inclusão social; No dia 23, a de educação básica. No dia 14 de dezembro será a vez da educação profissional e, no dia 22 de fevereiro, a da educação superior. Hoje, foram apresentados painéis sobre as ações de ensino básico desenvolvidas pelo Banco do Nordeste, BNDES, Caixa Econômica Federal, Correios, Eletronorte, Infraero e Petrobras, entre outras estatais.  
 
À tarde foi apresentado o projeto Escola Aberta, com o esclarecimento de dúvidas, mapeamento preliminar dos interesses das estatais e definição de estratégias de divulgação das ações e parcerias.  
 
Participaram também do encontro o Inmetro, a Itaipu Binacional e ainda a Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A) que aderiu ao Fórum. 
 
 
 
 
 
 
 
 

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