Colégios de SP vão terceirizar professor por causa da crise

O ensino básico e médio pode ser um bom e um mau negócio no Brasil. Bom porque, com os olhos em lucros vultosos, cresce o número de empresas que estão dispostas a investir na educação de crianças e adolescentes (ver matéria nesta página). E mau, uma vez que as escolas particulares passam por uma crise financeira nunca antes vista. É exatamente esse paradoxo entre as oportunidades futuras e as dificuldades presentes que tem levado o sistema de educação a soluções pouco usuais. A mais polêmica delas é a terceirização de professores.     Difundida pelo ex-presidente do Sindicato das Escolas Particulares de São Paulo (Sieeesp), José Aurélio de Camargo, a proposta de mudar o esquema de contratação de professores já tem adesão de 49 escolas no Estado de São Paulo. Trata-se do projeto Colégio Brasil Novo. A idéia é formar uma holding de diversos colégios que buscarão reduzir suas mensalidades. Para isso, todos os professores serão contratos como pessoas jurídicas, fora do esquema da CLT.  Segundo Camargo, a ambição do economista, que é dono do Colégio Pequenópolis, um estabelecimento de ensino com 400 alunos em São Paulo, é ter 500 escolas em todo Brasil envolvidas até o começo do ano

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MEC dará apoio a quem ampliar ensino fundamental

Os Estados e municípios que quiserem incluir as crianças de seis anos no ensino fundamental vão contar com apoio técnico e pedagógico da Secretaria de Educação Infantil e Fundamental (Seif/MEC). Segundo a diretora do Departamento de Políticas Educacionais, Lúcia Lodi, a entrada da população infantil mais cedo na escola exige uma reestruturação didática e pedagógica do ensino fundamental. “É importante assegurarmos diretrizes pedagógicas coerentes e consistentes e acompanhamento dos sistemas de ensino responsáveis pela inclusão dessas crianças”, disse. Além disso, esses Estados e municípios poderão obter ajuda financeira do MEC, por meio de projetos aprovados na forma de Plano de Trabalho Anual (PTA).     A primeira etapa desse processo aconteceu durante o mês de fevereiro, quando a Seif promoveu sete encontros regionais, ocorridos em Campinas, Florianópolis, Rio Branco, Goiânia, Recife, São Luís e Belo Horizonte. Deles participaram representantes de mais de 250 municípios e 16 secretarias estaduais de educação. Nas reuniões, foram discutidas as implicações pedagógicas da ampliação do ensino fundamental e as experiências de municípios e Estados que já tornaram obrigatória a entrada das crianças de seis anos na rede de ensino. É o caso, por exemplo, de Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Goiás e de

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FNDE divulga perfil educacional dos municípios

Secretários de Educação, prefeitos, estudiosos e demais interessados em conhecer dados básicos da educação do seu município têm uma maneira prática e objetiva de obtê-los. Basta acessar o site do FNDE e procurar Consultas on line, Censo Perfil de Município. Com 17 itens básicos, o documento relaciona a situação educacional de todos os 5.660 municípios brasileiros, com base no Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) e estatísticas do IBGE.    Basta clicar no nome do município desejado para saber sua área, população, número de homens e mulheres e densidade populacional. Em seguida, estão informações como número de escolas existentes no ensino fundamental, municipais e estaduais, matrícula por localização, movimento e rendimento escolar municipal no ensino fundamental, número de concluintes deste nível de ensino e na Educação de Jovens e Adultos.    O Perfil dos Municípios indica o número de professores na rede municipal e estadual e por área urbana e rural, o número de docentes em exercício, em sala de aula, em todos os níveis e modalidades, seu grau de formação e o número de prédios escolares. Pelo documento, sabe-se, por exemplo, que na cidade de Xapuri, no Acre, existem mais homens do

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Abril assume controle da Ática e da Scipione

O presidente-executivo do Grupo Abril, Maurizio Mauro, anunciou ontem pela manhã, em reunião com a diretoria em um hotel de São Paulo, que a empresa assumiu integralmente as editoras Ática e Scipione, das quais já possuía 50% do controle.    Com a operação, fechada na sexta-feira, a Abril compra a outra metade das duas empresas, que pertencia ao grupo francês Vivendi Universal Publishing (VUP), seu parceiro desde 1999.    O Grupo Abril e as editoras Ática e Scipione confirmaram o negócio, mas não divulgaram o valor da transação. Em 2003, o fundo europeu TMG propôs comprar a totalidade das ações das duas editoras por US$ 85 milhões. Fundos dos bancos Real e Unibanco, a editora Saraiva e o grupo espanhol Prisa também haviam feito propostas.    A Ática e a Scipione faturaram no ano passado R$ 288 milhões (R$ 185 milhões da primeira e o restante da Scipione). Cerca de R$ 130 milhões vieram de compras governamentais (o maior valor entre todas as editoras).  Em 1999, as duas editoras haviam sido adquiridas pelo Grupo Abril e pelo francês Havas (depois VUP) por cerca de US$ 100 milhões. Ática e Scipione, que operam separadamente, já possuíam o mesmo grupo de acionistas. 

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MEC quer que recém-alfabetizados continuem estudando

O novo secretário responsável pelo programa Brasil Alfabetizado, Ricardo Henriques, quer potencializar os bons resultados obtidos pelo MEC, referindo-se aos três milhões de alfabetizados em 2003 e à prioridade de atendimento às regiões com mais analfabetos. “Precisamos criar um foco crescente para que as famílias alfabetizadas possam continuar imediatamente na Educação de Jovens e Adultos“, afirma Henriques.     Enquanto a alfabetização está a cargo da Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, a Educação de Jovens e Adultos é responsabilidade da Secretaria de Educação Infantil e Fundamental (Seif). O ministério pretende articular estas duas modalidades de educação, pois a continuidade do processo educacional garante que o alfabetizado use a linguagem escrita e mantenha o aprendizado. Caso contrário, ele se arrisca a voltar à condição de analfabeto.     Para Henriques, a alfabetização de adultos deve ser entendida como a porta de entrada para a inclusão educacional, dando prioridade aos jovens, promovendo a aceleração escolar dos que estão defasados em termos de série e idade e, finalmente, encaminhando-os para o ensino profissionalizante ou médio. As diversas fases serão coordenadas no MEC, articulando o Brasil Alfabetizado com outros programas, como o Diversidade na Universidade, da Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec). 

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Grupo Abril teria adquirido o total de Ática e Scipione

Anúncio de compra da maior editora de livros do País deve ser feito hoje. De acordo com fontes do mercado editorial, o Grupo Abril teria fechado, na última sexta-feira, contrato de compra do controle acionário integral das editoras Ática e Scipione, das quais detinha até então 50% das ações. O negócio teria sido fechado com a Vivendi Universal Publishing, subsidiária da Vivendi Universal, que desde 1999 dividia com o grupo brasileiro o controle da maior editora de livros do País, adquirida em parceria na época por US$ 100 milhões. Consultados, executivos da Editora Abril não quiseram confirmar mas não desmentiram a informação.     O Grupo Abril e a Vivendi (na época com a sua subsidiária de nome Havas) anunciaram no final de agosto de 1999 a compra do total do capital acionário das editoras Ática e Scipione, que juntas já lideravam com mais de 30% de participação nas vendas no mercado de livros didáticos no Brasil. Com a transação, a Abril retornou ao segmento de livros didáticos, em que atuou nos anos 70. Outro dado da época é que a antiga Havas havia se associado ao grupo brasileiro por meio de sua subsidiária espanhola, a Anaya.     “No

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Freio de mão

O dia 27 de fevereiro é “conhecido“ como o Dia Nacional do Livro Didático. Mas esse segmento editorial não anda assoprando velas e batendo palmas.    Donas da fatia indiscutivelmente maior do universo do livro, as editoras escolares começaram o ano de testa enrugada -e começos de anos, obviamente, são seus filés mignons (as vendas de janeiro a abril representam 80% do faturamento dessas editoras).    Diretor da líder do mercado, a Ática, Alfredo Chianca diz que a projeção do tamanho da diminuição das vendas neste ano ainda não é consenso, mas trabalha-se com queda de 10%.    Chianca vê duas explicações, modus grossus, para isso. Uma, “muito saudável“, é “o reaproveitamento do livro cada vez maior“. O outro é a adoção de números mais restritos de livros pelas escolas, reflexo da crise.    Wander Soares, presidente da Abrelivros, que congrega editores do setor, diz que as vendas de março serão o fiel da balança. “O Carnaval foi mais cedo este ano. Só nos resta esperar que as vendas cresçam muito em março.“ Esperar para ver. 

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MEC passa por mudanças internas

Até junho deste ano o Ministério da Educação (MEC) deverá concluir um amplo processo de reorganização interna. De acordo com o deputado Carlos Abicalil (PT-MT), na atual Secretaria de Educação Infantil e Fundamental, a principal mudança deverá ser a criação de uma secretaria de educação básica, que reunirá a gerência dos ensinos infantil, fundamental e médio. Abicalil obteve informações sobre as medidas durante encontro com o secretário de Educação Infantil e Fundamental do MEC, Chagas Fernandes.     Com a nova instância, a cargo da Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico ficaria apenas a gestão do ensino profissionalizante e tecnológico.     Abicalil acredita que a criação de uma secretaria de educação básica no MEC fortalece a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), uma das principais reivindicações do magistério e assunto cujas primeiras discussões já evoluíram na Câmara dos Deputados.        

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Custo força opção por rede pública

Com a renda do trabalhador brasileiro em franco declínio -ela atingiu, no final de 2003, seu menor nível em dez anos, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)-, o aumento das mensalidades das instituições de ensino tem feito com que pais optem por transferir seus filhos de escolas particulares para a rede pública. O assessor imobiliário Murilo Martim, 45, teve de retirar sua filha Carolina da escola particular onde estudava e onde tinha uma bolsa de 20% de desconto na mensalidade. Martim, que pagava R$ 195 à escola, optou pela rede pública para poder manter o filho mais velho na Universidade Mackenzie, que aumentou a mensalidade do curso de engenharia de R$ 600, em janeiro de 2003, para R$ 1.027, em janeiro deste ano. “Mesmo com a bolsa de estudos dela, ficou inviável pagar os dois cursos. Neste ano, perdi parte da minha renda e, se meu filho, que é atleta, não conseguir uma bolsa, terei de trancar a matrícula dele“, afirma Martim. O gestor de trânsito José Anselmo também diz que a alta das mensalidades foi o motivo pelo qual tirou sua filha de uma escola particular para uma pública. “O motivo, obviamente, é financeiro.

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