Tarso assume sem pedir verbas, Cristovam evita novas críticas

O novo ministro da Educação, Tarso Genro, recebeu o cargo das mãos de seu antecessor, Cristovam Buarque, nesta terça”feira prometendo reformar as Universidades e priorizar a alfabetização. Para alívio da equipe econômica, garantiu que não cobrará verbas.  “Não vou estabelecer contencioso com a Fazenda por causa de recursos. Tenho experiência de buscar recursos fora do país, fiz muito isso quando estava à frente da prefeitura de Porto Alegre”, disse o novo ministros a jornalistas, pouco depois de ter recebido o cargo. “Isso não me assusta, não me constrange em nenhum momento.”  As reclamações por falta de recursos foram um dos principais pontos de divergência entre Cristovam e a equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso de despedida, ele voltou a criticar esse ponto. Uma carta enviada ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, no início do ano pedindo mais verba teria sido a gota dágua para a demissão de Cristovam na semana passada, segundo fontes ligadas ao ex”ministro.

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Genro assume hoje o Ministério da Educação

O novo ministro, Tarso Genro, assume hoje, às 11 horas, a pasta da Educação em cerimônia no auditório do MEC. Ontem à tarde, ele e o ex-ministro Cristovam Buarque estiveram juntos para trocar informações sobre os principais projetos em andamento no ministério. De acordo com Genro, que passou o final de semana estudando o ministério, a conversa foi importante para definir as linhas de ação que “serão mantidas, mas adequadas ao novo ministro”.     Ele já avisou que pelo menos em um aspecto quer se diferenciar de seu antecessor. “Vocês jamais vão me ver reclamando do comportamento da Fazenda em relação a recursos”, disse. Demitido na última sexta-feira, quando estava de férias em Portugal, Buarque era um dos ministros mais críticos à falta de verbas. O próprio Lula chegou a rebater as críticas dizendo que “ter criatividade e vontade de fazer vale mais do que pessoas que têm dinheiro, mas não sabem utilizá-lo corretamente”.     Reforma Universitária     Entre os planos do novo ministro está a idéia de abrir “uma espécie de processo constituinte para a reforma universitária”, ouvindo todos os segmentos envolvidos: sociedade, academia e governo. A expectativa é que até julho possam ser apresentadas propostas

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Rumos do MEC geram expectativa

Semana do novo ministro Tarso Genro será de encontros, debates, avaliações e redefinição de metas   A semana prevê intensa atividade no Ministério da Educação (MEC), que, com a substituição do ministro Cristovam Buarque por Tarso Genro, na última sexta-feira, agora redimensiona ações e projetos. O novo ministro revela que, a partir de hoje, serão mantidos encontros para discutir e avaliar o trabalho que vem sendo desenvolvido na Educação do país, visando traçar as próximas metas. Segundo Tarso, essa etapa de reordenamento deverá ocorrer de forma articulada com Cristovam.     A expectativa dos novos rumos do ensino nacional mobiliza educadores e dirigentes do setor. Ao cumprimentar Tarso, no dia da posse, a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Juçara Dutra Vieira, aproveitou para pedir que a entidade intersindical seja recebida em audiência. Ao assumir o MEC, em 2003, o então ministro Cristovam fez sua primeira visita de trabalho à CNTE. Entre as prioridades educacionais, Juçara destaca a necessidade de financiamento para toda a Educação Básica (do Ensino Infantil ao Médio, Especial e Educação de Jovens e Adultos); valorização profissional (com fomação permanente, piso salarial nacional e diretrizes de carreira); além de defender uma organização mais sistêmica

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Em carta, Cristovam critica o descompasso do governo Lula

Falta de diálogo, descompasso entre as áreas econômica e social, entraves burocráticos e necessidade de mudança em 2004. As duras críticas ao primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva não são de um oposicionista, mas norteiam uma carta de oito páginas enviada em 1º de janeiro, 22 dias antes de ser demitido, pelo então ministro da Educação Cristovam Buarque ao colega Luiz Gushiken (Comunicação de Governo e Gestão Estratégica).    Na sexta, Cristovam, que estava em Portugal, foi demitido por telefone pelo presidente. O substituto do ex-ministro é o ex-prefeito de Porto Alegre Tarso Genro.  “Você [Gushiken] foi o único dos companheiros ministros com os quais tive a chance de, ao longo de 2003, falar sobre o longo prazo e a estratégia [dentro do ministério]“, diz logo no início da carta, para mostrar seu “isolamento“.    Escrita antes da reforma ministerial, a carta alerta para a necessidade de mudança do enfoque econômico para o social. Sob o risco de o governo marcar a história “para o mal, se não soubermos agir para atendermos as expectativas que nós próprios criamos“.  Cristovam escreveu: “2004 vai exigir sairmos da confiança para a mudança. Os passos históricos de 2002 e 2003 não

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Tarso quer continuar trabalho de Cristovam

O novo ministro da Educação, Tarso Genro, 56, afirmou que vai conduzir a reforma universitária -sua tarefa mais polêmica- com apoio de reitores, professores e alunos. Segundo ele, haverá uma “enorme afinidade“ do governo com as universidades. Em sua primeira entrevista como titular da Educação, Tarso fez diversos elogios ao seu antecessor, Cristovam Buarque, com quem conversou por telefone -Cristovam estava em Lisboa e ligou para Tarso, depois de ter sido informado da substituição por Lula, sob alegação justamente de que era necessário um não-acadêmico para tocar a reforma.     Pergunta – Qual é sua principal meta em relação à universidade?   Tarso – Não há destino possível para o país sem universidade. Vamos continuar o processo iniciado por Cristovam de aproximação com a universidade e de colocá-la a serviço do país.     Pergunta – Qual a sua posição sobre as conclusões do grupo interministerial que estudou a reforma da universidade?   Tarso – Eu já as li, mas não vou fazer nenhum comentário apressado. Vou conversar antes com o Cristovam.     Pergunta – O presidente escolheu uma pessoa de fora do meio acadêmico para realizar a reforma universitária. Isso significa que a reforma vai contrariar interesses?

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Metrô mexicano vira biblioteca circulante

O metrô da Cidade do México lançou no dia 23/01 uma operação de empréstimo de livros, o que transforma as estações em bibliotecas subterrâneas com o objetivo de reduzir a criminalidade e instituir uma atmosfera amistosa para seus milhões de passageiros.    A prefeitura quer distribuir 7 milhões de exemplares nos próximos dois anos. Ela espera que as pessoas devolvam os livros, embora não faça da devolução uma exigência absoluta.    A primeira equipe de voluntários distribuiu 150 livros em poucos minutos. “Basta oferecer para que os livros sumam rapidamente de nossas mãos“, disse Alejandro Camarena, um dos encarregados.    Desses 150, haviam sido devolvidos 45 antes que começasse o horário de maior movimento no final da tarde. A passageira Marta Gaona conseguiu ler 16 páginas e pediu para ficar com o livro até a hora do almoço. Ela planejava devolvê-lo ao voltar para sua casa.    A idéia não é propriamente mexicana. Ela nasceu de discussões entre Leoluca Orlando, ex-prefeito da cidade italiana de Palermo, e a empresa de consultoria de Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York. Giuliani fez estudo sobre a redução da criminalidade que ameaça os 8,5 milhões de moradores da Cidade do México.  “Estamos convencidos de

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Governo oficializa Tarso Genro na Educação

O ministro Tarso Genro (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) confirmou no fim da manhã desta sexta-feira, através de sua assessoria, ter sido convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério da Educação. Segundo Tarso, o convite do presidente ocorreu apenas minutos antes.    Cotado desde o início da semana para assumir o posto (ou algum outro) na reforma ministerial, o ministro Tarso Genro negou ontem que fosse deixar a secretaria do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. “É uma especulação natural da imprensa. Minha função deve ser voltada para a secretaria do Conselho“, afirmou na tarde de quinta-feira.    Sua indicação para a Educação fortalece a impressão de que Lula pretende trocar “mentores“ por “gestores“. Ao contrário de seu antecessor, Cristovam Buarque, considerado bom formulador mas fraco executor, Tarso traz na bagagem a boa experiência administrativa durante dois mandatos –um dos quais interrompido no meio– na Prefeitura de Porto Alegre. Além disso, sempre foi considerado um dos “teóricos“ do PT.    De acordo com Cristovam, que agora deve voltar a exercer seu mandato de senador pelo Distrito Federal, Lula teria dito que pretende promover uma reforma universitária e que, para isso, seria melhor ter no

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Cristovam Buarque é demitido por telefone

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu na manhã desta sexta-feira, por telefone, o ministro da Educação, Cristovam Buarque (PT), que está em férias em Portugal. Cristovam se juntaria à comitiva de Lula, que hoje à noite viaja para a Índia. Já convidado, Tarso Genro (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) será seu substituto. O Ministério da Educação confirmou oficialmente a informação.    Chateado, Cristovam –que estava na embaixada brasileira em Lisboa quando foi demitido por Lula– avaliou como “desconsideração“ ser desligado do governo por telefone. Ele deve voltar a cumprir mandato de senador pelo Distrito Federal.    Ontem, o ex-ministro se disse “supreso“ com a possibilidade de deixar o cargo e chegou a mostrar uma lista de convênios na área de educação que assinaria na viagem presidencial à Índia.    Segundo o Ministério da Educação, no telefonema, por volta das 11h, Lula disse a Cristovam que precisaria do cargo porque pretende fazer uma reforma universitária e quer à frente uma pessoa que esteja fora do mundo acadêmico. Cristovam –que deve voltar ao Brasil no próximo domingo (25)– foi convidado por Lula para, mesmo demitido, ir à Índia, mas recusou o convite.   

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Livros didáticos sofrem com a pirataria

O diretor da Associação Brasileira para a Proteção dos Direitos Editoriais e Autorais (ABPDEA), Jackson Alves de Oliveira, afirma que os prejuízos com a pirataria de livros giram em torno de R$ 400 milhões por ano. O debate sobre como combater o problema acalorou a reunião mensal da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI) ontem. De acordo com Jackson Alves, os mais lesados com a pirataria editorial são os setores de livros didáticos. O grande problema é vencer uma batalha contra os estudantes, sem ser convertido em vilão da educação e cultura brasileiras. “Antes da Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) era quase impossível combater a fotocópia ilegal. Isso porque a punição era apenas pecuniária, em um valor equivalente à cerca de R$ 0,05. Agora temos uma lei mais rígida. No entanto, não temos ferramentas para realizar o combate“, comenta o especialista. Jackson Alves apresentou aos participantes da palestra um exemplo material de como anda o problema: uma cópia completa e encadernada de um livro de mais de 700 páginas. “Encontrei esse exemplar quando fui fazer uma visita a uma universidade na Bahia. Lá encontrei diversas casas de fotocópias dentro e em torno do complexo estudantil que disponibilizavam livros

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