Tucanos omitem dados negativos do ensino

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo gastou R$ 9,9 milhões para fazer o maior levantamento do país sobre a qualidade do ensino, mas omitiu dados da pesquisa, limitando-se a divulgar aspectos positivos da avaliação.    O Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), feito pela Fundação Carlos Chagas, avaliou no ano passado 4.274.404 alunos de todas as séries do ensino fundamental e médio, o equivalente a 89,4% do total de estudantes da rede estadual. Foram aplicadas provas de redação e objetivas (habilidade de leitura e escrita). Não foi avaliado o ensino de matemática, como ocorreu entre 1996 e 2000.    A pesquisa foi divulgada ontem, em evento que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com transmissão via satélite para as principais diretorias de ensino no interior.    O secretário da Educação, Gabriel Chalita, ao justificar a não-divulgação da pesquisa completa -que já está tabulada-, disse que é preciso evitar o estabelecimento de rankings por aluno, escola ou cidade. “Não é edificante do ponto de vista educacional.“    Segundo Sônia Maria Silva, coordenadora de estudos e normas pedagógicas, a idéia é “disponibilizar os dados aos poucos“. Ela afirma que a

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Sistema controla distribuição de livros a escolas públicas

O ministro da Educação e presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), Tarso Genro, assinou a Resolução nº 30, publicada no Diário Oficial da União de 22 de junho, que dispõe sobre a composição e a distribuição da reserva técnica e o remanejamento dos livros didáticos e de literatura enviados anualmente às escolas públicas do País. A medida visa implantar, definitivamente, o Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica (Siscort), o instrumento oficial para atender as escolas criadas após o Censo Escolar e suprir as demandas ocasionadas por eventuais acréscimos de matrículas.    Anualmente, o FNDE/MEC distribui livros didáticos, de literatura e dicionários, obedecendo ao número de matrículas registradas no Censo Escolar do ano anterior. Para evitar a falta de livros, são enviados mais 3% do total de obras destinadas a cada estado para que as coordenações do livro das secretarias estaduais de Educação constituam uma reserva técnica. A partir de agora, essa percentagem poderá variar, de acordo com as informações do Siscort. Dessa forma, as escolas que não foram cadastradas no banco de dados do FNDE ou que receberam um número insuficiente de obras devem solicitar às coordenações do livro as obras que

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MEC volta a integrar ensino médio e técnico

As antigas escolas de ensino técnico vão voltar. Nos próximos dias, o Ministério da Educação vai publicar um decreto permitindo a integração do ensino médio com o técnico, uma possibilidade que havia acabado com a reforma de 1997 e que separou as duas modalidades de ensino. Os Estados poderão voltar a ter escolas em que, obrigatoriamente, o ensino médio será junto com o técnico. Mas os dois sistemas – integrado e separado – poderão conviver. Antes da reforma, o ensino técnico de nível médio era dado apenas nas escolas de ensino médio profissionalizante. Uma pessoa que já tivesse terminado a escola, por exemplo, teria que cursar de novo o ensino médio se quisesse o diploma profissionalizante. A mudança permitiu mais flexibilidade ao sistema mas, na avaliação do MEC, dificultou o acesso dos estudantes ao ensino técnico.  Mais vagas – Com a mudança, avalia o secretário de ensino técnico, Antonio Ibañez, aumentará o acesso dos jovens. “Hoje, de cada cinco estudantes que saem do ensino médio apenas um entra na universidade. Sobram 1,6 milhão. E só temos 600 mil vagas no ensino profissionalizante. Os demais vão para o mercado de trabalho, mas sem uma formação específica“, afirma o secretário. Ao colocar

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Reestruturação do FNDE já tem etapas de definidas

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, já definiu as cinco estratégias de reestruturação do orgão com o objetivo de ganhar mais eficiência. Entre as ações previstas estão: prática da ouvidoria interna, sistema eletrônico de compras governamentais, constantes investimentos em informática, fortalecimento institucional, e a ambientação institucional, que facilitará o intercâmbio de conhecimentos e informações entre gestores, servidores e prestadores de serviço. Estão previstos, ainda, ciclos de palestras com seminários institucionais, atuação pró-ativa na área de informática e o início do curso de alinhamento das competências básicas, além de várias ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida no trabalho e um seminário em novembro, no aniversário do FNDE.   

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MEC e MCT planejam implantação do Portal de Livros

O Ministério da Educação, por meio do Departamento de Projetos Especiais de Modernização e Qualificação da Secretaria de Educação Superior (Depem/Sesu), começa a enviar, esta semana, ofício aos pró-reitores de graduação das instituições de nível superior solicitando a relação bibliográfica básica dos cursos de graduação de todas as áreas do conhecimento. A relação será utilizada no Portal de Livros, que o MEC e o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) deverão disponibilizar para a comunidade acadêmica. O prazo limite para envio dos dados pelas universidades é 16 de agosto.    A elaboração do Portal está sendo discutida por especialistas do MEC, por meio da Sesu e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo MCT, através do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), pelo Programa de Comutação Bibliográfica, ligado aos dois ministérios, e conta com a colaboração institucional e técnica da Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias (CBBU). O portal será uma biblioteca virtual e vai permitir a leitura de textos integrais dos principais livros utilizados nos cursos de graduação por alunos, professores e pesquisadores, assim como pesquisa, consulta e impressão.    Vantagens – Ao disponibilizar livros didáticos para a comunidade acadêmica e outros usuários,

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FNDE começa a expedição dos livros de literatura

O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), José Henrique Paim Fernandes, enviou na semana passada uma carta circular aos secretários estaduais de educação anunciando a remessa dos livros de literatura do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Os acervos chegarão até setembro de 2004. O FNDE é uma autarquia subordinada ao Ministério da Educação responsável, entre outras coisas, pela compra e distribuição dos livros didáticos e de literatura.    O PNBE tem três ações específicas contemplando os professores, as escolas e a comunidade. Um deles é o programa Biblioteca do Professor, que endereçará duas obras aos docentes das classes de alfabetização e de 1ª a 4ª série. A escolha dos livros foi feita em dezembro de 2003. A novidade é que mesmo os professores que não fizeram pedido na época irão receber os dois livros. Seus exemplares foram selecionados compulsoriamente, na seqüência do acervo, e serão encaminhados às respectivas escolas, que promoverão a entrega aos professores.    As escolas vão, também, receber um acervo literário composto por 144 títulos de ficção e não-ficção, dentro do programa Biblioteca Escolar. Esses livros devem ser disponibilizados para a comunidade. Serão contempladas as 20.021 escolas em âmbito nacional que tiverem maior

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SAEB 2003 – Saeb será aplicado em todas as escolas de ensino básico

A partir de 2004, o Saeb passa a ser realizado em todas as escolas da educação básica. O trabalho será realizado pelo MEC em parceria com estados, municípios e universidades. Até o ano passado, ele era aplicado por amostragem. A aplicação do Saeb ampliado será em novembro e terá a participação de 7,5 milhões de alunos da 4ª e 8ª séries do ensino fundamental de 169 mil escolas. Para isso, será implementada a Rede Nacional de Avaliação, com a participação de estados e municípios que aderirem ao programa. Em 2005, pretende-se estender a avaliação à 3ª série do ensino médio.   Ao realizar uma avaliação periódica do desempenho dos alunos por escola, o governo pretende valorizar o processo de aprendizagem, promover políticas de eqüidade e incentivar a participação da comunidade escolar. Outra finalidade é estimular a formação de sistemas estaduais e municipais de avaliação autônomos e a associação deles com as instituições de ensino superior para a definição de programas de formação de professores.  Com a avaliação ampliada, os governos poderão identificar as escolas com boa qualidade de aprendizado. O objetivo é que elas sejam parâmetros para os demais estabelecimentos da educação básica. Além dos estados e municípios, cada escola

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Reuniões estaduais discutirão o Fundeb

O Ministério da Educação realizará, nos meses de junho e julho, uma série de reuniões estaduais consultivas com especialistas e representações da sociedade brasileira para o aprimoramento da proposta de criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A proposta será encaminhada para apreciação da Presidência da República até o mês de agosto deste ano. O Fundo deverá ser implementado já em 2005.    O primeiro encontro consultivo está marcado para o dia 21 de junho, das 14h às 18h, na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, e contará com a participação de representantes das secretarias estaduais e municipais de Educação, das assembléias legislativas e Câmara de Vereadores, dos conselhos estaduais de Educação, dos sindicatos estaduais e municipais dos profissionais da educação, especialistas e estudantes.    Em 30 de junho, o encontro será em São Paulo (SP), no dia 5 de julho, em Belo Horizonte (MG), e no dia 12 de julho, em Teresina (PI). Em Palmas (TO), a reunião ocorrerá no dia 19 de julho.     O Fundeb substituirá o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) e deverá

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Prova de leitura do Saeb apresenta melhora inédita

Pela primeira vez desde 1995, a média de desempenho dos alunos da 4ª série do ensino fundamental na prova de leitura do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) melhorou em relação ao exame anterior. Porém, ainda ficou abaixo do satisfatório. Na prova de 2003, a última feita, a média ficou em 169,4 (o máximo é 500 pontos) os alunos acharam informações explícitas em textos narrativos mais longos e em anúncios de classificados, além de reconhecerem o tema de um texto simples. Mas não compreenderam textos mais complexos e informativos. Para ser considerada satisfatória, a média deveria ficar em 200 pontos. Em 1995, a média foi 188,3. Caiu para 186,5, em 1997, e chegou a 165,1, em 2001. Nas outras séries avaliadas -8ª do ensino fundamental e 3ª do médio- e em matemática, a média dos alunos de escolas públicas e particulares se manteve estável. Esse é o quadro que será apresentado hoje pela manhã aos secretários estaduais da Educação pelo presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Eliezer Pacheco, durante reunião em Brasília. Também participa do encontro o ministro da Educação, Tarso Genro.  

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