Tecnologia nas escolas: tem, mas ainda é pouco

Os recursos materiais para uso da tecnologia já estão disponíveis, ao menos nas escolas públicas das grandes capitais. Mas ainda são insuficientes e não estão a serviço da aprendizagem dos alunos.    1 Disponibilizar mais recursos para professores e alunos. Isso pode ser feito com equipamentos nas salas de aula ou criando mais laboratórios de informática. “Já há no mercado laptops com as mesmas funcionalidades dos computadores de mesa usados nos laboratórios por preço bastante similar. Da mesma forma, é fácil implantar uma estrutura de rede sem fio por toda a escola sem gastar muito”, afirma Lea Fagundes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A vantagem é que os laptops permitem que professores e alunos trabalhem com as máquinas onde e quando quiserem, ampliando as experiências de aprendizagem.   2 Investir em conexão à internet compatível com o uso nas escolas. Ter uma conexão à internet que funcione de fato também é fundamental. Não adianta ligar os cabos e os alunos não conseguirem usar porque a velocidade de tráfego de informações é muito lenta. Ou restringir o acesso à web apenas a uma sala da escola. Daí a importância de pensar num sistema de internet sem fio

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Ipea: ensino médio é principal gargalo da educação

Anos após terem garantido a universalização do ensino fundamental, os governos federal, estaduais e municipais ainda não conseguiram avançar e assegurar o acesso da população brasileira ao ensino médio público, que se tornou o principal gargalo da educação no País, de acordo com estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).   De acordo com o estudo apresentado nesta terça-feira em São Paulo, “Presença do Estado no Brasil: Federação, suas unidades e municipalidades” que mapeia a participação dos governos em nove setores, havia, em 2007, 136.903 escolas de ensino fundamental municipais, estaduais e federais no País e apenas 17.874 de ensino médio.   Dos 51,16 milhões de alunos matriculados em todos os níveis de ensino, com exceção do universitário, 31,4 milhões estudavam no ensino fundamental e apenas 8,2 milhões no ensino médio. Os dados foram levantados com base em informações do Ministério da Educação. Cerca de 971 mil habitantes não possuem acesso direto ao ensino médio porque 46 municípios não possuem escolas deste tipo no País.   Em outra pesquisa, divulgada no início do mês, o Ipea já apontava que apenas a metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos frequenta o ensino médio na idade adequada e que 44%

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Olimpíada de matemática melhora aprendizagem na educação básica

A Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas (Obmep) começa a influenciar positivamente o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) no país.     A constatação é de levantamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Os vencedores da quinta edição da Obmep foram conhecidos nesta segunda-feira, 14. Eles receberão a premiação em cerimônia prevista para março do próximo ano.   “Já começamos a sentir o efeito da olimpíada, que teve a primeira edição há quatro anos”, afirmou a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda. “A melhoria na aprendizagem de matemática teve influência no Ideb, entre 2005 e 2007.”   Segundo Maria do Pilar, o impacto no Ideb foi apontado pelo Inep nas primeiras séries do ensino fundamental — o índice subiu de 3,8 em 2005 para 4,2 em 2007.   A quinta edição da Obmep vai premiar 300 estudantes com medalhas de ouro, 900 com prata e 1,8 mil com bronze. No conjunto, os três mil medalhistas serão convidados a participar do programa de iniciação científica da olimpíada, com direito a bolsa de iniciação científica júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Outros 30 mil alunos que

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Câmara rejeita divulgação de livros didáticos reprovados pelo MEC

A Comissão de Educação e Cultura rejeitou na quarta-feira (9) o Projeto de Lei 1564/07, da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), que obriga o Ministério da Educação (MEC) a divulgar a lista de livros didáticos reprovados por sua Secretaria de Educação Básica.   Segundo a proposta, a divulgação seria feita anualmente por meio do Diário Oficial da União, em jornais de grande circulação e na página do Ministério da Educação na internet. A lista incluiria os títulos aprovados e os reprovados.   Como tramita em caráter conclusivo e foi rejeitada pela única comissão que lhe analisou o mérito, a proposta será arquivada caso não haja recurso para que seja votada pelo Plenário.   Triagem rigorosa O relator, deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), recomendou a rejeição da proposta por entender que a lista seria desnecessária, uma vez que o MEC “submete os livros didáticos disponíveis no mercado nacional a um exigente processo de triagem e avaliação”.   A triagem, explicou, elimina já no início as obras sem qualidade técnica e gráfica. Após essa primeira etapa, os livros aprovados são encaminhados à Secretaria de Educação Básica do MEC para análise pedagógica. “Nesse momento, são excluídas do processo as obras que apresentam problemas graves

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Câmara rejeita leitura didaticamente orientada nas escolas

A Comissão de Educação e Cultura rejeitou na quarta-feira (9) o Projeto de Lei 3477/08, do deputado Claudio Cajado (DEM-BA), que inclui a leitura didaticamente orientada no currículo obrigatório da educação básica.   O objetivo do projeto, segundo seu autor, é permitir que os alunos aprendam de fato a ler e compreendam o que estão lendo, melhorando seu desempenho escolar.   Como tramita em caráter conclusivo e foi rejeitada na única comissão que lhe analisou o mérito, a proposta será arquivada caso não haja recurso para sua votação pelo Plenário.   Desnecessária O relator, deputado Iran Barbosa (PT-SE), recomendou a rejeição da proposta por considerá-la desnecessária. “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) já prevê como componente curricular obrigatório na educação básica o estudo da língua portuguesa, tanto na sua versão escrita como falada.”   O parlamentar observa que a prática da leitura orientada didaticamente, como parte do trabalho escolar, “não é e nem deve ser uma prerrogativa específica, pois pertence a praticamente todos os componentes curriculares”.   Íntegra da proposta: §    PL-3477/2008        

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Ministério patrocinará livros didáticos na área tecnológica

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação vai patrocinar a publicação de livros didáticos nas áreas profissional e tecnológica.   O objetivo é estimular a produção dessas obras e registrar as experiências desenvolvidas nas instituições. Até 31 de março, a Setec receberá propostas de obras que tenham como referência os eixos estabelecidos nos Catálogos Nacionais dos Cursos Técnicos e Superiores de Tecnologia.   Podem apresentar propostas professores vinculados aos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, ou a colégios técnicos vinculados às universidade federais, ao Instituto Benjamin Constant, ao Instituto Nacional de Surdos e ao Colégio Pedro II.   “Existe produção de material didático de qualidade e com características adequadas ao perfil dos cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, técnicos de nível médio e superiores de tecnologia, elaborados por professores e especialistas da rede”, afirmou Luiz Augusto Caldas, diretor de formulação de políticas da educação profissional e tecnológica do MEC.   Para o diretor, pretende-se, com o fomento às publicações, acabar com a escassez de livros didáticos nessa modalidade de ensino, estimulando a produção de obras de autoria individual ou coletiva. O livro didático encaminhado deverá ser inovador e estabelecer conexões entre o

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Pesquisador defende investimentos na educação infantil, especialmente nos primeiros anos de vida das

O economista, professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) Aloísio Araújo defende investimentos na educação infantil, especialmente nos primeiros anos de vida, quando se forma o cérebro das crianças.   O motivo é simples: meninos e meninas que recebem mais estímulos cognitivos até os 4 anos de idade chegam à escola em melhores condições de aprender.   Reportagem de Demétrio Weber publicada na edição deste domingo do Globo mostra que o inverso também é verdadeiro e, segundo Araújo, explica o fosso que separa estudantes brasileiros antes mesmo de pisarem na sala de aula.   Araújo está à frente  de um seminário internacional que vai discutir o assunto na quinta e sexta-feira, na FGV do Rio, com a presença de nove pesquisadores estrangeiros, um deles James Heckman, que ganhou o prêmio Nobel de Economia em 2000. A seguir, os principais trechos da entrevista.     Por que o senhor considera a educação infantil tão importante?   ALOÍSIO ARAÚJO: Do ponto de vista de neurociência, porque o cérebro se forma muito cedo. Então, se a criança não recebe certos estímulos nessa fase em que se estabelecem certas conexões neuronais, ela dificilmente vai recuperar isso depois. Através de medições e imagens mais modernas, fica

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60% dos estudantes já acessam a internet

Índice é bem maior que há três anos, quando só 35,7% estavam conectados; banda larga deve chegar a todas as escolas do país até 2010.   Em contrapartida, ainda há 15,2 milhões de jovens com mais de dez anos sem acesso à internet, equivalentes a 16% da força de trabalho do país  Cerca de 60% dos estudantes brasileiros já têm acesso à internet, segundo a Pnad. O índice é bem melhor que há três anos, quando só 35,7% estavam conectados à rede. O avanço ocorreu na esteira da inclusão social ocorrida no país.   A situação promete continuar melhorando no próximo ano, já que o governo acertou com as concessionárias de telefonia fixa levar banda larga a todas as escolas do país até 2010.   Em contrapartida, os 39,3% restantes ainda representam 15,2 milhões de jovens com mais de dez anos sem acesso à internet no fim de 2008. O número equivale a 16% do total da força de trabalho do país hoje. No futuro, eles disputarão empregos com outros profissionais já no mercado e com outros 23,4 milhões de estudantes com mais de dez anos que estão inseridos no mundo digital.   A relevância da internet para os estudantes pode

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Ensino de nove anos aguarda implantação em apenas 8% dos municípios

O ensino fundamental de nove anos já está implantado em 5.130 municípios brasileiros, o que corresponde a 92% do total.   Isso significa, segundo dados do censo escolar de 2009, que 1,4 milhão de crianças de seis anos de idade estão matriculados no primeiro ano do ensino fundamental. Os outros 434 municípios (8%) devem garantir a matrícula das crianças nessa faixa etária em 2010, como determina a Lei nº 11.274, de 2006.   Em nove unidades da Federação — Acre, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Goiás —, 100% das redes universalizaram o acesso. Os dados do censo escolar mostram que as regiões Norte e Nordeste apresentam os menores índices de matrículas de crianças de seis anos. No Norte, a implantação está 78% e no Nordeste, em 84% — nas outras regiões, os índices ficam entre 97% e 99%. Quando os dados se referem aos estados, o Amapá aparece com 44% dos seus 16 municípios e o Pará, com 47% dos 143 — são as menores porcentagens entre as 27 unidades da Federação, conforme a tabela. Para tirar dúvidas levantadas pelos sistemas de ensino e ajudá-los a superar

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