79 mil crianças de 6 anos são reprovadas

MEC quer vetar a reprovação de crianças nessa faixa etária, pois teme prejudicar aluno tão jovem por toda a vida escolar. Até 2005, antigo primário começava aos 7 anos; prefeituras alegam que crianças chegam à escola sem passar por creche ou pré.   Crianças de seis anos têm sido reprovadas no país, depois que essa faixa etária passou a integrar o ensino fundamental. Em 2008, 79,3 mil alunos do novo primeiro ano da educação fundamental não passaram de ano, conforme dados inéditos do MEC, obtidos pela Folha. O número representa 3,5% das matrículas dessa série.   Até 2005, o antigo primário começava aos sete anos. Uma lei daquele ano antecipou o início para os seis anos, para garantir mais anos de estudo para alunos pobres, que não tinham acesso à pré-escola. A transição terminou agora em 2010. O Ministério da Educação quer vetar a reprovação de crianças de seis anos, pois entende que o novo primeiro ano é apenas um início de alfabetização. O temor, diz o MEC, é prejudicar uma criança tão jovem por toda a vida escolar (pesquisas mostram que reprovação pode acarretar notas baixas e abandono).   As prefeituras, que têm autonomia, apontam diferentes explicações para os

Ler mais

Livro escolar distribuído pelo governo do MS “esquece” cidade do próprio Estado

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), distribui 360 mil exemplares de material escolar contendo um mapa que “esquece” um município do próprio Estado: Figueirão (emancipado desde 2003, localizado a 265 km de Campo Grande).   O mapa foi reproduzido na contracapa dos cadernos de desenho e caligrafia que compõem o kit –que inclui ainda o uniforme escolar e materiais como lápis, borracha e canetas. Ao todo, foram investidos R$ 11 milhões na compra dos kits.   Distribuídos desde o início deste mês nas escolas estaduais, os cadernos chamaram a atenção da geógrafa Glacie Loureiro, que é professora da rede pública estadual. “É algo constrangedor, especialmente para quem lida com geografia, ter de trabalhar com um material incorreto”, avaliou.   A assessoria do governo Puccinelli admitiu a falha e disse que prepara uma correção para ser anexada aos cadernos. O custo da operação, segundo o governo, ficará a cargo da empresa responsável pela produção do kit.   Em processo de emancipação desde dezembro do ano passado, o município de Paraíso das Águas também não foi citado no mapa. Neste caso, afirmou a assessoria, “não houve erro pelo fato de o processo estar inconcluso”.  

Ler mais

Com vontade de aprender

Levantamento do MEC aponta crescimento no número de matrículas de crianças cegas ou com problemas crônicos de visão.   Em 10 anos, o número de matrículas em escolas públicas de alunos portadores de algum tipo de deficiência visual cresceu 620% no Brasil. Em 1998, eram 8.963 estudantes. Em 2008, foram 55.915, dos quais 4.604 alunos eram cegos e 51.311 apresentavam problemas crônicos de visão. Os dados são do Censo Escolar de 2008, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) no fim do ano passado.   A inclusão de cada vez mais jovens e crianças foi acompanhada do melhor preparo dos centros de ensino para acolher os estudantes com esse tipo de deficiência. Porém, apesar do avanço, professores, alunos e pais acreditam que ainda há muito o que melhorar para que o acesso à educação seja totalmente eficaz.   De acordo com a supervisora pedagógica do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais de Brasília, Susana Carvalho, na cidade não existe escola pública que não tenha pelo menos um aluno com qualquer tipo de deficiência.Porém, diz a especialista, o sistema educacional ainda não está totalmente preparado para receber um número grande desses alunos. “Falta gente especializada, recursos físicos e humanos e ainda

Ler mais

Livro Escolar: meu, seu ou da sociedade?

A presidente da União dos Professores Públicos no Estado – Sindicato (Uppes), Teresinha Machado da Silva, é uma das defensoras da idéia de que os estudantes possam ficar, definitivamente, com os livros.    Que é preciso cuidar bem dos livros e que eles são um bem precioso, isso ninguém discute. Mas quando, todo início de ano letivo, entra em cena a campanha do Ministério da Educação (MEC), através pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para que os alunos do ensino fundamental, em todo o país, que receberam os livros didáticos enviados pelo governo preservem bem o material para que outras crianças possam aproveitá-los, as posições se dividem.    Para a presidente da União dos Professores Públicos no Estado – Sindicato (Uppes), Teresinha Machado da Silva, a intenção do ministério é poupar. “Essa medidada adotada pelo MEC é mais uma forma de economizar com algo que é muito importante, que é a educação. É preciso investir mais na área”, ressalta a educadora. Teresinha destaca que, para o aluno, faz diferença ele ser o dono do material didático. “Estive conversando com vários psicólogos sobre este assunto.   Eles concordam que o livro deve ser do aluno, para que ele se sinta

Ler mais

Contra a pirataria de livros

A ABDR, a Associação Brasileira dos Direitos Reprográficos, não arrefece na sua guerra contra a pirataria nos livros.     Nos últimos seis meses, conforme Galeno Amorim, descobriu nada menos do que 15 mil links para piratear livros na internet. Nove entre cada dez deles foram retirados do ar após notificados.  

Ler mais

Uma biblioteca só de livros escolares

A Biblioteca Monteiro Lobato, de São Paulo, colocou à disposição dos interessados um acervo só de livros escolares.    A bibliotequinha dentro da bibliotecona reúne nada menos do que 5 mil títulos de todas as matérias do ensino básico (fundamental e médio) desde o final do século 19 até a década de 1980. Ao mesmo tempo em que atende o sonho de consumo cultural de dez em cada dez pesquisadores, a relíquia tem uma importância fundamental: ajuda a compreender a evolução do mercado editorial brasileiro e da própria educação.   Para saber mais, acesse www.acervohistoricodolivroescolar.blogspot.com.     

Ler mais

Brasil tem “firme compromisso” com a países de língua portuguesa, afirma embaixador

Uma das principais iniciativas nesse sentido, informou, será a realização em Brasília, entre os dias 25 e 31 de março, de um seminário internacional sobre o futuro da língua portuguesa. Entre os temas em debate, adiantou o embaixador indicado, estão a avaliação do processo de implantação do novo acordo ortográfico e a valorização da língua portuguesa nos foros internacionais.   O governo brasileiro tem o “firme compromisso” de trabalhar pela consolidação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse nesta quinta-feira (11) o ministro de primeira classe Pedro Motta Pinto Coelho. Sua indicação para o cargo de representante permanente junto ao organismo recebeu parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).    Os países da CPLP pretendem se empenhar, por exemplo, para transformar o português em língua de documentação da Organização das Nações Unidas (ONU) e em língua de trabalho na Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), como disse o embaixador aos senadores da comissão. – Não há muita retórica atualmente na comunidade. Nossos objetivos são cada vez mais concretos – afirmou Pinto Coelho.   Na opinião do embaixador, existe um “paralelismo” entre a CPLP e o Mercosul, pois em ambas organizações

Ler mais

Tecnologias educacionais para zona rural podem ser inscritas

O Ministério da Educação recebe, até 12 de março, inscrições de tecnologias educacionais para uso nas séries iniciais do ensino fundamental das escolas públicas da área rural, que trabalham com alunos de várias séries na mesma sala de aula (classe multisseriada). Pessoas físicas e jurídicas, de direito público e privado, podem apresentar tecnologias.   Tecnologias educacionais são ferramentas, materiais e processos que, pré-qualificados pelo Ministério da Educação, ficam à disposição das escolas e dos sistemas públicos de ensino estaduais e municipais. Desde 2007, o MEC pré-qualificou 89 tecnologias e produziu outras 53, todas disponíveis no Guia de Tecnologias Educacionais.   O Edital nº 2/2010, publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 10, relaciona 14 áreas de interesse, entre as quais estão a alfabetização em classes multisseriadas, formação continuada de professores, correção de fluxo escolar, tecnologia assistiva e inclusão digital.   Cronograma   O edital traz um calendário com datas e prazos, em que constam desde a entrega das propostas até a divulgação dos resultados: de 10 de fevereiro a 12 de março, apresentação de tecnologias; 22 de março a 4 de abril, o comitê técnico-científico, formado por especialistas, pré-analisa os materiais; 5 de abril a 2 de maio, avaliação;

Ler mais

Escolas iniciam ensino médio inovador

Para despertar maior interesse do jovem por esta etapa da formação educacional, o MEC lançou o ensino médio inovador, que começa a ser implantado a partir deste ano em algumas escolas públicas.Há muito fala-se que o ensino médio brasileiro perdeu a identidade.   Dividido entre formar o cidadão, preparar para o vestibular e fornecer as bases para iniciação profissional, acabou por não atender de forma satisfatória a nenhum destes objetivos ao longo dos anos.    O período de formação ganhou mais 600 horas, ao passar de 2.400 para 3.000, tempo que os próprios alunos poderão escolher como ocupar a partir de um conjunto de matérias e atividades que fogem ao padrão do currículo comum. Há também outras diretrizes, que buscam enfatizar a parte prática e uma abordagem diferenciada dos conhecimentos.   Resta saber se tudo isto vai atingir os pontos que fazem do ensino médio a mais problemática das etapas da educação no país. Até porque os problemas desta fase não se restringem à defasagem de um currículo e de um modo de ensinar que muitos defendem não ser mais adequado aos jovens. Reduzir a evasão e aumentar o rendimento dos alunos exige solucionar um problema anterior, segundo Ruben Klein,

Ler mais
Menu de acessibilidade