Escolas privadas de nível médio deixam de atrair alunos

Na contramão do que ocorre no ensino superior, as escolas particulares de nível médio não estão conseguindo atrair mais alunos para suas salas.   Dados do censo escolar do MEC e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostram que o setor não está crescendo –em alguns Estados, chega a perder alunos– e cede cada vez mais espaço para escolas públicas.   O censo do MEC indica que, de 1991 a 2008, a proporção de matrículas em escolas particulares no antigo segundo grau caiu de 27% para 12%. A razão principal para isso foi a expansão do setor público, mas os dados revelam também que o total de alunos vem oscilando entre 1,2 milhão e 900 mil, tendo atingido seu auge em 1997 (1,267 milhão de estudantes).   Como o censo escolar passou por algumas modificações nesse período, não é possível ter certeza sobre a magnitude da queda nas matrículas. A Pnad, feita pelo IBGE com outra metodologia, confirma, no entanto, que o setor não consegue mais se expandir e perde espaço para as públicas.   Pela Pnad, o pico das matrículas de 2001 a 2008 (período que a pesquisa abrange) ocorreu em 2004 (1,306 milhão). Em

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Editora Cortez completa 30 anos e lança documentário sobre seu criador

Nesta segunda (1/3) será um dia muito importante para um dos mais queridos e dedicados editores do País. A editora de José Xavier Cortez completa 30 anos.   Um evento no Tuca – Teatro da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo marcara a data. Na ocasião, acontece a avant-première do documentário “O Semeador de Livros”, de Wagner Bezerra, que conta a saga de Cortez no mundo dos livros. Narrado em primeira pessoa, o documentário mostra os caminhos percorridos pelo editor, que, ainda muito jovem, deixa a então pequena cidade de Currais Novos, no Rio Grande do Norte, em direção ao Sul do País. O filme descreve o engajamento do Cortez em causas político-sociais, como a participação na famosa “Revolta dos Marinheiros”, que levou a sua expulsão da Marinha do Brasil. O documentário narra também a batalha para conseguir o primeiro emprego, que no caso do Cortez, aconteceu em um estacionamento, atuando como lavador de carros e depois promovido a manobrista.

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Escolas não se adaptam a aluno de 6 anos

No primeiro ano do ensino fundamental, colégios estaduais e municipais não têm estrutura ou projeto pedagógico adequado. Proposta era mesclar o início da alfabetização com atividades lúdicas, mas professores não foram preparados para isso.    Sentada em uma carteira de adulto, Isabela, 6, não consegue colocar o pé no chão. Suas sandalinhas balançam dois palmos acima do solo. Também com os pés no ar, colegas de sala dela sentam com a mochila nas costas, para ficarem próximas à mesa. Outras estão em pé, para alcançar lápis e papel. “Elas são pequenas para ficar cinco horas aqui. Estão sempre inquietas, incomodadas. Depois do lanche, coçam o olho de sono. Umas dormem apoiadas na mesa”, observa Maria, professora da turma.   A cena, passada em uma escola municipal em Cidade Dutra (zona sul), exemplifica a má notícia da volta às aulas na rede pública de São Paulo, segundo docentes: não houve preparação para receber crianças de seis anos nas escolas de ensino fundamental, norma implementada neste ano na cidade.   Até o ano passado, o antigo primário recebia alunos a partir dos sete. Lei federal determinou a antecipação da entrada para que os estudantes pobres tivessem mais um ano de escolarização (crianças

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Empresas: jovens chegam despreparados

Pais, educadores e escolas concordam: é preciso, em alguma medida, preparar os estudantes de hoje para o mercado profissional de amanhã. Mas, afinal, qual a visão do mercado sobre essa questão?   De acordo com Eliane Figueiredo, diretora-presidente da Projeto RH, consultoria especializada em recrutamento e seleção de pessoal para empresas, a missão é urgente. “Infelizmente, os jovens de hoje não chegam preparados para o mercado de trabalho”, avalia.   Ela aponta algumas das falhas mais comuns constatadas entre os novatos no momento em que eles se candidatam ao emprego. Na visão dela, faltam capacidade de argumentação, senso crítico e habilidade de realizar tarefas em grupo, por exemplo.   “É importante desenvolver essas capacidades, mas geralmente as escolas não conseguem desempenhar essa função”, afirma. Para suprir as deficiência, a dica da especialista é manter-se constantemente atualizado, participar de atividades extracurriculares e cultivar a  porção empreendedora que há em cada um.   Eliane acredita que o profissional do futuro será capaz de identificar as peculiaridades de cada contexto e, rapidamente, buscar alternativas ou soluções compatíveis a cada uma das situações. “As habilidades necessárias serão aquelas voltadas ao relacionamento, como liderança, comunicação, trabalho em equipe, resolução de conflitos, gerenciamento de emoções e construção

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Município deve aderir a programa de livro didático

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) iniciou, nesta semana, o envio pelos Correios do termo de adesão ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).Endereçado a todas as secretarias estaduais e municipais de educação, o documento deve ser assinado pelos gestores e devolvido ao FNDE até 31 de maio.     Segundo a coordenadora geral dos programas do livro, Sonia Schwartz, é necessário aderir para receber as obras. “A obrigatoriedade da adesão muda as regras de distribuição dos livros didáticos às escolas. Até agora, todas recebiam o material, exceto as que se manifestassem em contrário”, afirma. “Isso mudou devido à existência de municípios que recebiam gratuitamente os livros do governo federal e não os utilizavam”. A nova medida valerá para a distribuição das obras didáticas a partir de 2011.   Novas disciplinas   Programa federal que seleciona, compra e distribui gratuitamente obras didáticas para estudantes da educação básica da rede pública, o PNLD entregou cerca de 114,8 milhões de exemplares de língua portuguesa, matemática, história, geografia, ciências, química, física e biologia para serem usados durante o ano letivo de 2010.   No final deste ano, o FNDE passará a distribuir, também, obras de língua estrangeira (inglês ou espanhol) para

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Reforma ortográfica ainda patina em Portugal

Em vigor desde o início do ano passado, a reforma ortográfica está longe de ser realidade em Portugal.   Firmado em 1990 pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o acordo foi aprovado no Brasil pelo Congresso Nacional, em 1995, e regulamentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 29 de setembro de 2008, por meio de um decreto.   Para o professor de Língua Portuguesa Douglas Tufano, o Brasil se precipitou ao sair na frente dos demais países com a intenção de pressioná-los a se adaptarem às novas normas. Para ele, o que seria unificação está se tornado reforma unilateral.”A precipitação do Brasil causou certa situação de defesa da língua pátria. Portugal sempre se manifestou como sendo dona da língua e com mais direitos de tomar iniciativa”, afirma.   Por aqui, as alterações atingiram aproximadamente 0,5% das palavras. Nos demais países, que adotam a ortografia de Portugal, o percentual de mudança alcança 1,6% do total.   O correspondente da Folha em Portugal João Pereira Coutinho ressalta que a oposição às mudanças ainda é muito grande por lá. Segundo ele, os que são favoráveis às alterações entendem que o acordo é inevitável para a afirmação internacional da

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Para entender a matéria

Em São Paulo, 44 alunos do ensino médio estão tendo oportunidade de conhecer mais de perto noções atualizadas e complexas sobre a composição da matéria, partículas elementares e suas interações.   O grupo está entre os mais de 6 mil de diversos países que participam até o dia 5 de março do programa MasterClass: Trabalhando com a Física de Altas Energias.   Os estudantes paulistas do ensino médio terão seu segundo dia de atividades nesta quarta-feira (24/2). Na cidade de São Paulo, o evento contará com a presença de estudantes e professores do Colégio Dante Alighieri, da Escola Vera Cruz, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e da Escola Nossa Senhora das Graças. As atividades ocorrerão no Instituto de Física Teórica (IFT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp).   Por meio de videoconferência, com início às 12h30 (horário de Brasília), os participantes se juntarão a colegas da Bélgica, França, Grécia, Noruega e Portugal para, ao lado de cientistas de 90 universidades e institutos de pesquisa de 22 países, analisar dados de colisões de partículas elementares produzidos no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN).   O MasterClass, organizado pelo sexto ano consecutivo pelo European Particle Physics Outreach Group, permite que

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Brasil participa de competição que reúne melhores países em olimpíadas de matemática

O Brasil vai participar pela primeira vez da Romenian Masters in Mathematics, que começa quarta-feira (24) em Bucareste (Romênia). O evento reúne os melhores países do mundo em olimpíadas internacionais de matemática.   O Brasil ocupa a 16ª colocação no ranking mundial e foi chamado pela primeira vez. “É o único país latino-americano e ibero-americano a ser convocado em todos os tempos, porque o nosso desempenho é realmente muito bom”, afirmou Nelly.   A equipe brasileira é composta de seis alunos do ensino médio do Ceará (1), Rio de Janeiro (2), São Paulo (2) e Santa Catarina (1), além de dois professores. “Eles serão submetidos a dois dias de provas, com três problemas de matemática em cada dia e quatro horas e meia para resolver os três problemas”. A assessora explicou que são problemas olímpicos, que visam a um maior raciocínio lógico. Não há espaço para “decoreba”, disse.   Esta é a terceira edição do Romanian Master in Mathematics, que se estenderá até o dia 1º de março. Além do Brasil, participarão delegações da Alemanha, Bielorússia, Bulgária, Coreia do Sul, China, dos Estados Unidos, da Hungria, Itália, do Irã, Japão, Reino Unido, da Romênia, Rússia, Sérvia, Turquia e Ucrânia. A participação

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Livros didáticos poderão ser reescritos digitalmente

Criando uma espécie de Wikipédia dos livros, a Macmillan, uma das cinco maiores editoras de livros didáticos e técnicos dos Estados Unidos, está lançando um software chamado DynamicBooks.   Os leitores podem modificar o conteúdo da web. Por que o mesmo não acontece nos livros?   “Basicamente, o professor entra na rede, se conecta à ferramenta de redação e tem o conteúdo do livro ao seu dispor para realizar as alterações que deseje”, disse Brian Napack, presidente da Macmillan. “E nós nem veremos o que ele mudou”.   Em agosto, a Macmillan planeja começar a vender 100 títulos abertos ao DynamicBooks. As edições eletrônicas alteráveis serão muito mais baratas que os livros didáticos tradicionais. Psychology, por exemplo, que tem preço de tabela de US$ 134,29, será vendido por US$ 48,76 em sua versão DynamicBooks.  

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