Educação Infantil no Brasil: cem anos de espera

Documentos são, hoje, os principais instrumentos para elaboração e avaliação das propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil do país.   A biblioteca do escritor e professor Mário de Andrade, na segunda metade da década de 1930, guardava uma coleção que pareceria estranha para quem visitasse a casa do intelectual das letras naquela época: um acervo com mais de mil desenhos produzidos por crianças.   O educador começou a coleção quando foi responsável pela criação de parques infantis na cidade de São Paulo em 1935, ocasião em que ocupou o cargo de chefe do Departamento de Cultura da prefeitura da capital paulista. Neles, o escritor promovia concursos de desenhos e incentivava outras atividades artísticas entre os pequenos.   “Mário de Andrade foi um dos primeiros pensadores da Educação Infantil no país a acreditar na valorização das produções das crianças e a colocar a atividade artística como um dos fundamentos desse segmento”, explica a professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Márcia Gobbi.   Apesar do interesse e esforço isolados de educadores como Mário de Andrade, a Educação Infantil levou muito tempo para se desvencilhar do caráter que a pontuou desde o início: a assistência social. Essa

Ler mais

Brasil fica entre os piores em ranking de salas de aula lotadas

Para OCDE, situação do país melhorou, mas média é de 30 alunos por classe do 5º ao 9º ano. Nos demais países pesquisados, salas têm média de 24 estudantes; educadores dizem que é preciso investir mais.   As turmas de ensino fundamental do Brasil têm, em média, seis alunos a mais do que as de nações desenvolvidas. A notícia positiva é que a situação do país melhorou. A conclusão está presente na edição 2010 de um estudo anual da OCDE, organização que reúne países desenvolvidos.A entidade analisou a situação educacional de 39 países, incluindo convidados como Brasil e Rússia.   Nas classes de 5º a 9º ano das escolas brasileiras há, em média, 30 alunos. Nos demais países analisados, 24. Rússia e Eslovênia, por exemplo, estão na casa dos 20 estudantes por turma.   Classes mais numerosas prejudicam a qualidade de ensino, pois os professores têm mais dificuldade para saber as deficiências individuais dos alunos, dizem educadores ouvidos pela Folha.   A situação do Brasil é um pouco melhor nos anos iniciais do ensino fundamental (1º a 5º ano), onde há, em média, 25 alunos por sala. No grupo analisado, são 21. Os dados são de 2008 e consideram rede

Ler mais

Ministro espera aprovação do vale-cultura e da nova lei de incentivo ao setor ainda este ano

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, espera que até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Congresso Nacional aprove dois projetos de lei (PLs) que poderão aumentar o acesso da população a espetáculos e estimular o consumo de bens culturais: o PL 5.798/09, que institui o vale-cultura, e o PL 6.722/10, que modifica a Lei Rouanet (Lei de Incentivo à Cultura, instituída em 1991).   Juca Ferreira foi entrevistado no programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.   O ministro estima que a criação do vale-cultura injetará R$ 7 bilhões por ano no que chama de “economia da cultura”. Conforme o PL, o valor mensal do vale (imprenso em cartão magnético) será de R$ 50. Terão direito ao benefício os trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos. A expectativa é que 12 milhões de pessoas possam usar o cartão para comprar livro, CD e DVD; ou assistir a filme, à peça de teatro ou a espetáculo de dança.   Juca Ferreira acredita que o vale-cultura estimulará a abertura de cinemas em bairros populares. Para ele, a mudança na Lei de Incentivo à

Ler mais

Brasil investe só 1/5 do aplicado em educação por países da OCDE

O Brasil investiu somente cerca de 1/5 do aplicado por países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no ensino fundamental. A conclusão é do estudo Education At A Glance 2010.   Segundo a publicação, o Brasil investe, em média, US$ 19.516 por estudante do fundamental em todo o ciclo, contra US$ 94.589 (em média) dos países membros da OCDE. Fazem parte da organização países da Europa, Estados Unidos, Chile, México e Japão. O ano utilizado como base é 2007.   Os números levam em conta salários de professores, capacitações de aprendizagem, materiais e instalações de ensino e o número de estudantes matriculados no sistema educacional.   Entretanto, a organização diz no estudo, publicado em setembro, que o Brasil está entre os seis países onde mais houve crescimento no que diz respeito a investimentos na área. Em 2007, ano utilizado como base para os comparativos econômicos, o que foi alocado para a educação correspondeu a 16,1% dos investimentos públicos sociais, em todos os níveis de ensino combinados.   Entre 2000 e 2007, afirma a OCDE, houve um aumento de 66% neste percentual. Além do Brasil, estão na lista Chile, Dinamarca, Holanda, Eslováquia e Suécia. Em 2007, segundo a

Ler mais

PNLL ajuda a nortear fundo voltado para o setor editorial

Para nortear as atividades do fundo voltado para o setor editorial, foram utilizados os preceitos do Plano Nacional do Livro e Leitura, afirma José Castilho, presidente da Editora Unesp e integrante do comitê do fundo.     De acordo com a coluna Avant-Première, foram definidos dois eixos de ação, concentrados na modernização e abertura de bibliotecas e na formação de mediadores de leitura. No primeiro momento de atuação do fundo, não haverá a cobrança de um percentual do mercado para ampliar os seus recursos, conforme vinha sendo aventado.

Ler mais

Brasil vence Olimpíada Ibero-Americana de Física

Pelo terceiro ano consecutivo, a equipe brasileira é a campeã geral da Olimpíada Ibero-Americana de Física (OIbF), competição destinada a alunos do ensino médio e cujas eliminatórias se dão pela Olimpíada Brasileira de Física (OBF).   A 15ª edição do torneio foi realizada no Panamá, de 26 de setembro a 2 de outubro, ocasião em que a equipe formada pelos estudantes Danilo de Albuquerque, Elder Yoshida, Lucas Souza e Matheus de Paula conquistou quatro medalhas de ouro, colocando o Brasil no primeiro lugar da competição.   Os quatro haviam sido selecionados na OBF 2008, enquanto cursavam a 1ª série do ensino médio. Desde então, passaram por treinamentos e foram acompanhados pela Comissão de Preparação da OBF. No final desse processo, os quatro tiveram aulas teóricas e experimentais durante uma semana no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), no campus de São Carlos (SP).   Destinada a alunos do último ano do ensino médio, a OIbF reuniu 71 competidores de 17 países da América Latina, mais Portugal e Espanha. Cada nação pode enviar, no máximo, quatro estudantes.   A OBF também seleciona alunos para a International Physics Olympiad (IPhO) que este ano reuniu 380 estudantes de 82 países,

Ler mais

Vivaleitura: Finalistas vêm de nove estados e atendem diferentes públicos

São de dez cidades do interior do país e de três capitais as 15 experiências finalistas do Prêmio Vivaleitura 2010, selecionadas entre 1.829 projetos inscritos. Desse grupo de finalistas, serão escolhidas as três experiências vencedoras, que vão dividir R$ 90 mil. A premiação será em 19 de novembro, em Brasília.     Promovido pelos ministérios da Educação e da Cultura, o Vivaleitura tem entre seus objetivos fomentar a leitura no país. Desde 2005, cerca de 8,5 mil projetos foram inscritos, 75 deles foram classificados e 12 premiados. No período foram distribuídos R$ 360 mil. O prêmio conta com a coordenação da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e o patrocínio da Fundação Santillana, da Espanha.   Os finalistas da quinta edição do Vivaleitura representam nove estados de quatro regiões – Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará, Bahia, Piauí (Nordeste), São Paulo, Minas Gerais (Sudeste), Rio Grande do Sul (Sul) e Amapá (Norte). Os trabalhos contam como a leitura faz a diferença em comunidades rurais, na educação pública, no cotidiano de motociclistas, no rádio.   Conheça os  projetos  finalistas.  

Ler mais

Enem deve privilegiar questões de meio ambiente, apostam professores

Para docentes dos principais cursinhos pré-vestibulares, a prova deve ser extensa e os estudantes terão de relacionar temas da atualidade com os conteúdos básicos do ensino médio; a novidade deste ano é a aplicação de questões de inglês ou espanhol.   Sob a perspectiva de uma prova que tradicionalmente cobra dos alunos a capacidade de ler, interpretar, analisar e relacionar temas, quem vai prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano precisa conhecer também os assuntos da atualidade. Faltando um mês para a avaliação, a reportagem ouviu professores de cursos pré-vestibular da Poli, Etapa, Anglo e do Sistema COC de Ensino sobre assuntos que podem ser abordados. Em todos os casos, eles lembram que não é necessário a “decoreba” de nomes, locais e datas, mas sim saber as razões e consequências dos fatos mais relevantes para o Brasil e o mundo. Em geral, os temas atuais são usados de forma a aproximar da realidade conceitos básicos das disciplinas. Algumas questões podem usar charges, textos de jornais ou revistas, gráficos e tabelas. Conhecer bem os problemas contemporâneos também fornece argumentos para uma boa redação.   A novidade  deste ano, questões de inglês ou espanhol de acordo com a opção

Ler mais

Escolha de obras para jovens e adultos vai até o dia 8

O Ministério da Educação prorrogou para o dia 8 de outubro próximo o prazo para a escolha de coleções e livros didáticos de alfabetização e educação de jovens e adultos. O prazo anterior expiraria na segunda-feira, 4.   A escolha das obras que serão usadas por educadores e estudantes em 2011 deve ser feita pelo coletivo da escola, que compreende professores, alfabetizadores, coordenadores de turmas e gestores do programa Brasil Alfabetizado.   A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC lembra que a escolha de coleções e livros cabe a cada rede de ensino, estadual ou municipal. Isso significa que as escolas vão receber do MEC o conjunto de obras que teve maior número de indicações pela rede à qual estão subordinadas.   Para ampliar a oferta de obras didáticas para a alfabetização e educação de jovens e adultos nas redes públicas de ensino, o MEC lançou em 2009 o Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLD-EJA), que incorporou o Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA). O objetivo dessa iniciativa do governo federal é garantir que escolas e sistemas públicos de ensino recebam livros didáticos

Ler mais
Menu de acessibilidade