Provão escolar de SP tem série de falhas

Aplicação do Saresp, que avaliou 2,5 milhões de alunos, teve problemas como gabaritos trocados e provas faltando. Um vídeo gravado por celular a que a Folha teve acesso mostra professora ajudando estudantes na prova.   O Saresp, prova do governo do Estado de São Paulo que avaliou cerca de 2,5 milhões de estudantes ontem e anteontem, apresentou uma série de falhas. Há relatos de gabaritos trocados, provas faltando, uso de celular durante a aplicação do teste e até de professores ajudando os estudantes. Além de mapear dificuldades dos alunos, o exame ajuda a determinar o bônus recebido pelos professores. A Secretaria de Educação reconhece parte das falhas, como o recebimento pelos estudantes de gabaritos que não correspondiam às provas, mas diz que ninguém foi prejudicado, pois os aplicadores foram orientados a resolver o problema. A prova é aplicada para estudantes do 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio.   Além dos alunos da rede estadual (1,7 milhão), fazem a prova estudantes de escolas municipais e particulares que quiserem participar. Na escola Dr. João Ernesto Faggin, em Cidade Ademar (zona sul), estudantes e um professor contam que docentes aplicaram provas para suas

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Povo do Livro vai à luta

O primeiro dia do Encontro Nacional do Livro e Leitura, aberto nesta quinta (18/11), em Brasília, mostra que o povo do livro e da leitura anda sabendo a que veio e aonde quer chegar.    Todo mundo ali tem ao menos algumas unanimidades. A maior delas chama-se Plano Nacional do Livro e Leitura, o PNLL. Ativistas e dirigentes estão convencidos de que é o que de mais importante já aconteceu no País para a área desde a chegada de Cabral. E que, por isso mesmo, deve, agora, ser seguido ao pé da letra e institucionalizado.      Referência aqui e lá fora   O PNLL tornou-se, desde sua criação, em 2006, uma referência na América Latina. Todos os vizinhos já vieram ao Brasil para conhecer a receita para tentar adotar esse tipo de plano, que junta governos nacional, de estados e municípios mais empresas, universidades e sociedade na formulação e na execução de políticas públicas do livro e leitura. No caso brasileiro, outra novidade é o enraizamento dessas políticas, com a implantação de planos nos estados e municípios, iniciada no ano passado. Centenas de gestores de diversas regiões do País têm frequentado o curso à distância, patrocinado pelo Instituto Pró-Livro.

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Novos capítulos da novela Enem

Justiça Federal do Ceará, em outra liminar, determina reaplicação do teste para todos que se sentiram prejudicados nas provas e estende prazo para reclamações até o dia 26.   Mais uma reviravolta no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Justiça Federal do Ceará concedeu, na tarde de ontem, nova liminar determinando a reaplicação do teste para todos os estudantes que se sentiram prejudicados pelas falhas do Enem, nos dias 6 e 7 deste mês. A medida atinge não só os alunos que receberam as provas de cor amarela com erros de impressão, como já previa o Ministério da Educação (MEC), mas também os candidatos que tiveram dificuldades por causa da inversão de cabeçalhos dos gabaritos.   A liminar ainda obriga o MEC a estender até o dia 26 o prazo para que os alunos prejudicados façam reclamações sobre o Enem. A decisão da Justiça pode abrir brecha para que todos os estudantes com mau desempenho no Enem 2010 tentem uma segunda chance com a reaplicação da prova. Mas, na avaliação do procurador da República Oscar da Costa Filho, a medida da Justiça é necessária, pois impede que o MEC faça um tratamento “discriminatório” e “ofensivo” aos candidatos prejudicados.  

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Nova prova para alunos prejudicados no Enem não compromete isonomia, diz Haddad

A repetição de provas apenas para os alunos prejudicados por erros da impressão de provas no último exame do Enem não afeta a isonomia do exame. A afirmação é do ministro da Educação, Fernando Haddad.     Foi afirmado em audiência pública nesta terça-feira (16/11) na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). De acordo com o ministro, os problemas do exame neste ano afetaram apenas 0,1% dos inscritos. A esses alunos prejudicados será assegurado o direito de fazer uma nova prova, sem que isso quebre a igualdade de condições para o conjunto de inscritos.   Conforme ressaltou, essa sistemática do Enem – de repetição de provas para parcela dos inscritos – é utilizada em exames mundialmente reconhecidos, como o Toefl e o SAT. A isonomia seria garantida pela utilização da metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI).       Enem poderá passar a valer por dois anos Folha de São Paulo – Larissa Guimarães de Brasília  Após enfrentar problemas, MEC planeja ainda realizar mais de um exame por ano   Após enfrentar problemas com o Enem, o governo poderá ampliar de um para dois anos o prazo de validade da prova. A ideia, segundo a Folha apurou, é anunciar ainda neste ano a

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Encontro Nacional de Livro e Leitura

Acontece esta semana, nos dia 18 e 19, em Brasília, o Encontro Nacional de Livro e Leitura, quando será realizado um balanço das ações de livro, leitura, literatura e bibliotecas dos últimos anos.   O objetivo é estabelecer propostas e diretrizes para continuidade destas políticas, construindo um documento a ser entregue aos ministros de Cultura e de Educação e para a presidente eleita Dilma Rousseff.   Representantes estratégicos do poder público e da sociedade civil terão como base para os debates as demandas identificadas nas três edições do Fórum do PNLL, na Pré-Conferência Setorial de Livro e Leitura e na II Conferência Nacional de Cultura.   O Encontro é realizado pelo MinC por meio da Diretoria de Livro, Leitura e Literatura da SAI e da Secretaria Executiva do PNLL, em parceria com o Instituto Pró-Livro, OEI e Fundação Santillana.

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Deputados cobram envio ao Congresso de plano de educação

Parlamentares governistas e oposicionistas se declaram preocupados com a demora no envio, ao Congresso, da proposta de novo Plano Nacional de Educação (PNE) para 2011 a 2020, que precisa ser votada até 31 de dezembro.   Segundo eles, o problema pode deixar o ensino do País sem metas e sem formas de aferição de resultados a partir de 2011. O deputado Carlos Abicalil (PT-MT) levanta, inclusive, a possibilidade de um parlamentar elaborar o próximo PNE, usando a recente Conferência Nacional de Educação como base.   “Se não ocorrer o encaminhamento dentro do processo regular de iniciativa do Executivo, qualquer parlamentar terá a liberdade de fazê-lo. A proposta deve guardar vínculo com essa conferência, que mobilizou mais de 2,5 milhões de participantes”, ressalta Abicalil.   Segundo o Ministério da Educação (MEC), o texto deverá ser remetido até o final deste mês. O PNE é decenal — a vigência atual termina neste ano e o próximo vai vigorar a partir de 2011. A elaboração do PNE cabe ao Executivo, mas o texto precisa ser aprovado na Câmara e no Senado para entrar em vigor.   De acordo com a Constituição, o plano deve definir objetivos e estratégias que assegurem a manutenção e

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Enem cresce em custo e erros, mas recebe apoio

Exame custa hoje três vezes mais que antes de virar vestibular, em 2009. Representantes de escolas e educadores afirmam que ganhos com exame são maiores do que problemas.    Um exame que passou a servir como vestibular nacional, com 4,6 milhões de inscritos, e visa melhorar o ensino médio do país. Mas que também enfrenta problemas de aplicação e custa três vezes mais que há dois anos.    Considerados os prós e os contras do novo Enem, o exame deve continuar, afirmam à Folha educadores, dirigentes e representantes de escolas e universidades. Todos, porém, cobram mudanças.   OBJETIVOS   Um dos objetivos mais elogiados é a tentativa de induzir o currículo das escolas a seguir o padrão do exame, que privilegia mais o raciocínio que o aprofundamento de matérias. Isso é factível porque o Enem ganhou mais peso ao virar um vestibular -e ficar mais importante para as escolas.   A mudança começou em 2009. Em 2010, a prova seleciona 83 mil calouros para as universidades federais. Junto com a expansão, veio o aumento de custos. O gasto com o exame passou de R$ 65 milhões para R$ 178 milhões, mais que o MEC destina a entidades de educação especial.

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“É uma medida antieducacional”

Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Cesar Callegari condena a aprovação automática dos alunos. Ele afirma que esta também é a posição do Conselho.   Para o ex-presidente da Comissão de Educação Básica do CNE, a aprovação automática, para qualquer fim, é um equívoco educacional grave.   – É uma medida antieducacional. Não é que somos a favor da reprovação, mas caso um aluno seja aprovado com dificuldades, cabe à escola oferecer algum suporte para ele recuperar o conteúdo.   Callegari acredita que Santa Catarina deveria providenciar um diagnóstico preciso e de qualidade, medindo o nível de aprendizagem dos alunos que deveriam ter sido reprovados, mas passaram de ano.   – Todos os estudantes devem receber um reforço e a complementação da aprendizagem.   De acordo com ele, as escolas ainda estão em fase de adaptação, mas as regras de transição foram claramente repassadas. O Ministério da Educação criou um guia de implementação do novo ensino fundamental de nove anos. Nele, está determinado que as séries do antigo sistema fossem extintas à medida que o novo modelo fosse sendo implantado.   Além disso, há também a orientação para que caso não possam ser criadas séries para os estudantes reprovados,

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Congresso aprova Plano Nacional da Cultura

Texto foi escrito após a realização de seminários e audiências públicas e define as diretrizes culturais para os próximos 10 anos.   O Plano Nacional de Cultura (PNC) foi aprovado, por unanimidade, nesta terça-feira (9), na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal e segue agora para sanção presidencial. Depois de sua assinatura, o Ministério da Cultura terá 180 dias para definir metas a atingir na implementação do plano. Demandado pela sociedade por meio da I e II Conferência Nacional de Cultura e em esforço conjunto entre o Ministério da Cultura e o Congresso Nacional, o PNC define as diretrizes da política cultural pelos próximos 10 anos, garantindo, assim, a sua continuidade. O Plano Nacional de Cultura (PNC) é o primeiro planejamento de longo prazo do Estado para a área cultural na história do país. Sua elaboração como projeto de lei é obrigatória por determinação da Constituição desde que o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional nº 48, em 2005. As prioridades e os conceitos trazidos por ele constituem um referencial de compartilhamento de recursos coletivos que norteará as políticas públicas da área num horizonte de dez anos, inclusive com metas. Seu texto foi aperfeiçoado pela realização de 27 seminários, em

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