Brasil tem 3ª maior evolução no Pisa, mas matemática ainda é desafio

País superou barreira em leitura e ciências; exame internacional avalia estudantes a cada 3 anos.   O Brasil pode comemorar, mesmo que sem muita empolgação, os resultados do o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), realizado a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O País teve a terceira maior evolução nas médias de 65 nações e conseguiu superar a barreira dos 400 pontos em leitura e ciências, mas ficou abaixo desse patamar em matemática. O resultado, no entanto, ainda está longe de ser positivo. Nas três áreas, pelo menos a metade dos jovens brasileiros não consegue passar do nível mais básico de compreensão.   O Pisa avalia estudantes de 15 anos completos em todos os países membros da OCDE, mais os convidados – como Brasil, México, Argentina e Chile, entre outros. Em 2009, ano da prova mais recente, foram selecionados 400 mil jovens em todo o mundo, incluindo 20 mil brasileiros de todos os Estados. A escolha pela faixa etária permite uma comparação entre os diferentes países, mesmo que os sistemas de ensino sejam diferentes.   A matemática ainda é o ponto mais fraco dos estudantes do País. Apesar de

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Brasil terá prova para avaliar alfabetização de crianças de 8 anos

Objetivo da avaliação – organizada pelo Movimento Todos Pela Educação, Fundação Cesgranrio, Instituto Montenegro e Inep – é verificar o patamar de alfabetização dos estudantes brasileiros; exame deverá ser aplicado no início do próximo ano.   O Brasil terá uma nova prova para avaliar o nível de alfabetização dos alunos do 3.º ano do ensino fundamental – série em que, com 8 anos de idade, deveriam saber ler e escrever. O exame é uma parceria entre o Movimento Todos Pela Educação, a Fundação Cesgranrio, o Instituto Paulo Montenegro (do Ibope) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao Ministério da Educação. A prova ainda não tem nome oficial, mas é chamada pelos organizadores de “Inafinho”, em alusão ao Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), que mede o nível de alfabetismo funcional da população adulta.   O “Inafinho” não deve substituir avaliações já existentes – a ideia surgiu, segundo os organizadores, porque hoje não há um monitoramento público que avalie em que patamar está a alfabetização das crianças dessa faixa etária. A alfabetização até os 8 anos é uma das metas do Todos Pela Educação. A prova deveria ser aplicada até o fim deste ano, mas isso não foi

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Pobreza dificulta aprendizado das crianças, diz secretária de Ensino Básico do MEC

O Brasil precisa continuar investindo na erradicação da pobreza para acabar com as desigualdades sociais e obter melhoria na qualidade do ensino, disse nesta quarta-feira (1/12), em São Paulo, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação ( MEC), Maria do Pilar Lacerda.   Na avaliação da secretária, o fato de haver no país baixa aprendizagem de matérias como português e matemática está associada à condição de vida da maioria das crianças de 6 a 14 anos, embora sejam oferecidas a esses alunos vagas na rede pública de ensino. Além do impacto da renda, ela atribui o baixo desempenho à falta de formação dos pais.   “Temos, praticamente, todas as crianças de 6 a 14 anos na escola, mas filhas de pais que não tiveram o direito à educação”, disse Maria do Pilar. Segundo ela, o país tem 40 milhões de brasileiros sem qualquer formação acadêmica, cujos filhos estão estudando. Apesar disso, a secretária mostrou otimismo quanto às mudanças que poderão ocorrer no futuro. Ela acredita que as novas gerações, com a melhoria de renda e o maior acesso ao ensino, estarão mais preparadas para ajudar na educação dos filhos.   “A pobreza é um grande dificultador da vida escolar das

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Movimento Todos pela Educação estabelece cinco bandeiras para a área

O movimento Todos pela Educação lançou nesta quarta-feira (01/12) cinco bandeiras para a educação no país, com o objetivo de ajudar a cumprir até 2022 as cinco metas de qualidade que já tinham sido estabelecidas pela ONG.    As bandeiras são a adoção de currículo nas escolas, a valorização do professor (tanto com melhora na carreira quanto com melhor formação), a responsabilização dos gestores, avaliação educacional que leve às escolas mais informações sobre sua situação, e melhores condições dentro da sala de aula, com melhoria na estrutura física e mais tempo de aula para os alunos.   Formado principalmente por empresários, o grupo destacou hoje que essas bandeiras devem acelerar o atendimento de metas de qualidade estabelecidas em 2006, quando o movimento começou.   As metas que devem ser cumpridas são: toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola, toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos, todo aluno com aprendizado adequado à sua série, todo jovem com ensino médio concluído até os 19 anos e investimento em educação ampliado e bem gerido.         Educação básica só terá nível adequado em 2050, diz ONG Folha de São Paulo – Fábio Takahashi Estudo, divulgado ontem em

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Dezesseis Estados não têm plano de educação

Dos 26 Estados brasileiros mais o Distrito Federal, 16 não têm plano estadual de educação, que é previsto por lei. Isso significa que eles não apresentam um conjunto de metas que direcionem as políticas públicas na área por até uma década, o que, segundo especialistas, pode dificultar investimentos para a solução de problemas estruturais.   O levantamento, realizado pelo Observatório da Educação, da organização não governamental Ação Educativa, mostra que Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe não têm planos consolidados como lei e aprovados pelas respectivas assembleias.   De acordo com a lei que cria o Plano Nacional de Educação (PNE), de 2001, todos os Estados devem elaborar seus planos com base no federal. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, também prevê a criação de planejamentos estaduais na área.   Alguns dos Estados que não têm planos apresentam documentos internos de metas ou conjuntos de diretrizes, mas que não foram transformados em lei. É o caso do Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo e Sergipe. Já o Amapá realizou, em abril,

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Olimpíada da Língua Portuguesa premia 20 alunos de escolas públicas

Vinte estudantes de escolas públicas de 12 estados foram premiados nesta segunda-feira (29) na etapa final da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. O concurso teve a participação de 239 mil professores e 7 milhões de alunos do 5° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio.   Os 152 finalistas participaram da solenidade de entrega do prêmio, em Brasília. O projeto é uma iniciativa da Fundação Itaú Social e do MEC (Ministério da Educação). O objetivo é estimular o estudo da língua portuguesa e melhorar as habilidade de leitura e escrita dos estudantes brasileiros. Os educadores inscritos participaram de cursos presenciais e receberam material específico para desenvolver as atividades da olimpíada com seus alunos.   Durante a cerimônia, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que enviará uma minuta de decreto para a Casa Civil a fim de “institucionalizar” a olimpíada.“Políticas desse tipo não podem ser de governo, mas do Estado”, defendeu. Os estudantes e seus professores receberam as medalhas das mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Eles concorreram em quatro categorias, de acordo com a série: poema (5° e 6° ano do ensino fundamental), memórias literárias (7° e 8° ano do ensino fundamental),

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Haddad faz balanço sobre educação e diz que nenhuma promessa deixou de ser cumprida

Ao fazer um balanço das ações no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (29/11) que não há uma área na pasta que deixou de ser aprimorada nos últimos oito anos.    “São mais de 100 atos normativos. Nós praticamente redigimos uma nova Constituição. Todo o capítulo da educação foi reescrito”, disse. Haddad citou o que considera uma coleção de indicadores importantes para a educação do ponto de vista quantitativo e qualitativo, como a ampliação de universidades federais, de campi, de escolas técnicas e da frota escolar.   O ministro citou ainda as definições sobre o piso salarial dos professores e as melhorias na merenda escolar. “Nenhuma promessa deixou de ser cumprida”, afirmou. Para Haddad, a decisão do governo de triplicar o orçamento da educação foi fundamental.   “Quero crer que os próximos dez anos serão ainda melhores do que os últimos dez anos. Não há um único indicador que tenha sofrido qualquer retrocesso, ao contrário de décadas passadas. Conseguimos compatibilizar quantidade e qualidade”, concluiu. O ministro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram hoje da cerimônia de entrega de 30 escolas de educação profissional e de 25 campi de

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Após pressão, Dilma decide manter Haddad

Presidente Lula dedicou agenda de ontem (29) para tentar emplacar ministro da Educação, apesar de erros do Enem.   Críticas em relação à indicação do ministro vem de ala do PT que avalia que a ele falta atuação política.Após pressão do presidente Lula pela manutenção de Fernando Haddad no Ministério da Educação, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), informou a auxiliares, na noite de ontem (29), que decidiu fazer o convite para sua permanência no cargo. A decisão decorre de uma espécie de campanha aberta por parte de Lula, que dedicou todo o dia de ontem para promover Haddad, cuja imagem foi arranhada pelas falhas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).   A escolha, no entanto, contraria parte do PT, que resistia à ideia por considerar que Haddad não tem relação política com a bancada. Lula começou o dia ao lado do ministro em um evento para inaugurar 25 campi (todos eles em funcionamento) e 30 escolas de ensino profissional (18 delas já abertas e as demais com obras concluídas para início das aulas no primeiro semestre de 2011).   “É dia de agradecimento. Só conseguimos fazer o que nós fizemos porque o companheiro Fernando Haddad conseguiu montar uma equipe

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Aulas atraentes e diversificação do currículo escolar podem diminuir evasão

Tornar as aulas mais atraentes e diversificar o currículo escolar. As duas alternativas foram apontadas como essenciais para evitar a evasão de jovens do ensino médio. O assunto foi discutido, na ultima semana, durante o seminário “Como Aumentar a Audiência no Ensino Médio”, que aconteceu em São Paulo (SP).   “Os alunos evadem, porque a escola é chata e longe do seu mundo”, afirmou o integrante do Instituto Inhotim, Cláudio de Moura Castro. Segundo ele, é preciso ensinar aquilo que faz parte do cotidiano do jovem. “Há maneiras de dar vida para assuntos que são obrigatórios”.   Durante o evento, foi lembrado que entre os jovens economicamente ativos de 18 a 24 anos, apenas 40% completam os primeiros 11 anos de estudo. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) sobre o ano de 2009.   “O Enem sinalizou para algo importante mesmo com o problema de logística. O que está por trás? Quatro áreas do ensino que mostram que a escola tem que mudar a maneira de ensinar”, analisou o professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Francisco Soares. “Precisamos de propostas concretas, de ousadia. Alguns alunos aprendem o que o

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