Duas visões sobre tecnologia na educação

O ‘Estado’ entrevistou dois especialistas no assunto que possuem opiniões divergentes sobre o impacto do uso de computadores na aprendizagem O usa da tecnologia na educação, dentro e fora da sala de aula, já é realidade em grande parte das escolas brasileiras e do resto do mundo.   Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, sigla em inglês), divulgados em dezembro, mostram que, no Brasil, 40,8% dos alunos com 15 anos leem e-mails e 56,2% usam chats. Outros países têm índices maiores – na Holanda, por exemplo, as taxas são, respectivamente, de 91% e 90,5%.   Apesar das oportunidades de aprendizado que a rede oferece, nem todos acreditam que a tecnologia impacte positivamente na educação. O Estado traz entrevistas com dois estudiosos que dividem opiniões.   Para o professor da USP e coordenador do e-Learning da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Edgard Cornachione, a tecnologia aprofunda o aprendizado. Já a pesquisa de Felipe Barrera-Osorio, consultor do Banco Mundial, feita na Colômbia, revelou que os computadores tiveram pouco efeito sobre as notas de alunos. ENTREVISTAS   Edgard Cornachione, PROFESSOR DA FIPECAFI E DA USP – “Impacto positivo é maior no ensino superior”: O professor da USP e

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Política do livro é unificada sob a Fundação Biblioteca Nacional

Essa foi a primeira conquista de Galeno Amorim, que no final de janeiro aceitou ser o presidente da Fundação Biblioteca Nacional.   No último dia 21 de janeiro, foi anunciado o nome do novo presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), o jornalista ribeiropretano Galeno Amorim. O que passou despercebido foi uma mudança importante dentro da coordenação da política do livro e leitura exercida pelo Ministério da Cultura (MinC), que veio junto com o novo nome na presidência da fundação do Rio de Janeiro.   Antes, parte da política do livro e leitura do país era articulada pela Diretoria de Livro, Leitura e Literatura (DLLL), vinculada à Secretaria de Articulação Institucional (SAI) do MinC, e outra parte pela própria FBN. Agora, ao aceitar o novo cargo, Galeno conseguiu colocar a DLLL sob o guarda-chuva da FBN, simplificando e unificando assim a coordenação da política do livro e leitura no Brasil.   Outra novidade é que José Castilho Marques Neto, atual secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), que anunciara em novembro sua saída, deve permanecer no cargo por pelo menos mais seis meses. Fabiano dos Santos também continua na direção de Livros, Leitura e Literatura, ainda que dentro da

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Retorno às origens

Pesquisadora desenvolve método para ensinar história e cultura afro-indígena em escolas de ensino fundamental e médio no país, conforme determina nova lei.   Tal como ocorre em muitas escolas do ensino fundamental e médio no Brasil, às vésperas do Dia do Índio – celebrado em 19 de abril – os alunos de um colégio público situado na favela Real Parque, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo, costumam preparar cartazes alusivos à data comemorativa que são espalhados pelas salas de aula.   Mas, ao observar os desenhos e imagens que ilustram os trabalhos escolares durante seu trabalho de mestrado, defendido em agosto de 2010 na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), a psicanalista Maíra Soares Ferreira não encontrou nenhuma referência à etnia afro-indígena Pankararu, originária do sertão pernambucano, da qual muitos dos estudantes no colégio são descendentes.   “Apesar de a história da comunidade na qual a escola está situada ser conhecida, ela não estava integrada à cultura escolar. Havia uma tendência de negar as heranças afro-indígenas e nordestinas dos alunos”, disse Maíra à Agência FAPESP.   Na tentativa de estabelecer um diálogo entre o passado e o presente dos estudantes e de integrar sua

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Os livros resistirão às tecnologias digitais

Diferentemente dos que prevêem o fim da leitura e dos livros por causa dos computadores, Chartier – acha que a internet pode ser uma poderosa aliada para manter a cultura escrita. “Além de auxiliar no aprendizado, a tecnologia faz circular os textos de forma intensa, aberta e universal e, acredito, vai criar um novo tipo de obra literária ou histórica.   Dispomos hoje de três formas de produção, transcrição e transmissão de texto: a mão, impressa e eletrônica e elas coexistem”.O francês Roger Chartier – é um dos mais reconhecidos historiadores da atualidade. Professor e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France, ambos em Paris, também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja o mundo proferindo palestras.   Sua especialidade é a leitura, com ênfase nas práticas culturais da humanidade. Mas ele não se debruça apenas sobre o passado. Interessa-se também pelos efeitos da revolução digital. “Estamos vivendo a primeira transformação da técnica de produção e reprodução de textos e essa mudança na forma e no suporte influencia o próprio hábito de ler”, diz.   No fim de junho, Chartier – esteve no Brasil para lançar seu livro Inscrever

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Roger Chartier: “Os livros resistirão às tecnologias digitais”

Diferentemente dos que prevêem o fim da leitura e dos livros por causa dos computadores, Chartier – acha que a internet pode ser uma poderosa aliada para manter a cultura escrita. “Além de auxiliar no aprendizado, a tecnologia faz circular os textos de forma intensa, aberta e universal e, acredito, vai criar um novo tipo de obra literária ou histórica.    Dispomos hoje de três formas de produção, transcrição e transmissão de texto: a mão, impressa e eletrônica e elas coexistem”.O francês Roger Chartier – é um dos mais reconhecidos historiadores da atualidade. Professor e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France, ambos em Paris, também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja o mundo proferindo palestras   Sua especialidade é a leitura, com ênfase nas práticas culturais da humanidade. Mas ele não se debruça apenas sobre o passado. Interessa-se também pelos efeitos da revolução digital. “Estamos vivendo a primeira transformação da técnica de produção e reprodução de textos e essa mudança na forma e no suporte influencia o próprio hábito de ler”, diz.   No fim de junho, Chartier – esteve no Brasil para lançar seu livro Inscrever

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Escolas não podem mais vender livros em Goiânia

Um pouco antes da virada do ano, em 27 de dezembro, o prefeito de Goiânia Paulo Garcia sancionou uma lei que proíbe “a comercialização de livros didáticos, paradidáticos, literários e técnicos, bem como materiais escolares e afins, nas instituições de ensino fundamental, médio e superior”.   As livrarias festejam, e os pais, acostumados com a conveniência de comprar o material ali mesmo na escola, vão ter que gastar um pouco mais de tempo batendo perna atrás do material didático. Para ler a lei na íntegra,  clique aqui .    

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Os livros resistirão às tecnologias digitais

Diferentemente dos que prevêem o fim da leitura e dos livros por causa dos computadores, Chartier – acha que a internet pode ser uma poderosa aliada para manter a cultura escrita. “Além de auxiliar no aprendizado, a tecnologia faz circular os textos de forma intensa, aberta e universal e, acredito, vai criar um novo tipo de obra literária ou histórica.   Dispomos hoje de três formas de produção, transcrição e transmissão de texto: a mão, impressa e eletrônica e elas coexistem”.O francês Roger Chartier – é um dos mais reconhecidos historiadores da atualidade. Professor e pesquisador da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais e professor do Collège de France, ambos em Paris, também leciona na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e viaja o mundo proferindo palestras.   Sua especialidade é a leitura, com ênfase nas práticas culturais da humanidade. Mas ele não se debruça apenas sobre o passado. Interessa-se também pelos efeitos da revolução digital. “Estamos vivendo a primeira transformação da técnica de produção e reprodução de textos e essa mudança na forma e no suporte influencia o próprio hábito de ler”, diz.   No fim de junho, Chartier – esteve no Brasil para lançar seu livro Inscrever

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Governo quer baratear preço dos tablets

O governo está estudando incluir os tablets no programa “computador para todos” para baratear o preço dos dispositivos móveis. A afirmação foi feita nesta sexta-feira pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, durante entrevista no programa “Bom dia, ministro”, da NBR.   Paulo Bernardo disse que se reúne nesta sexta-feira com a Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) e pretende iniciar as conversas sobre este tema. Ele lembrou ainda que o governo “está fazendo uma revisão de sua política industrial e inclusive das condições tributárias, pois se você pode dar isenção para equipamentos, está na hora de nós discutirmos isto”.   O ministro destacou que para os computadores de mesa e notebooks foi feito um grande programa, com financiamentos do governo e corte de impostos, que barateou muito os produtos.   – Como resultado o Brasil vendeu mais de 14 milhões de computadores produzidos aqui. Se nós incluirmos os tablets neste programa, e é isto que está sendo discutido, acho que podemos barateá-los bastante – afirmou o ministro.   Paulo Bernardo contou que foram feitas sondagens junto as empresas, uma delas a Positivo Informática, para estudar como o programa poderia ser implantado. Ele afirmou que qualquer medida que seja adotada e

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Gastos com educação são os que mais contribuem para crescimento do PIB

Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto os que são feitos em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70.   Para a redução da desigualdade social, os gastos que apresentam maior retorno são aqueles feitos com o Bolsa Família, que geram R$ 2,25 de renda familiar para cada R$ 1 gasto com o benefício; e os benefícios de prestação continuada – destinados a idosos e portadores de deficiência cuja renda familiar per capita seja inferior a 25% do salário mínimo –, que geram R$ 2,20 para cada R$ 1 gasto. Além disso, 56% desses gastos retornam ao caixa do Tesouro na forma de tributos.   Os dados referem-se ao ano de 2006 e constam do estudo Gasto com a Política Social: Alavanca para o Crescimento com Distribuição de Renda, divulgado hoje (3) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).De acordo com o órgão, é a primeira vez que um estudo como esse é feito no Brasil, em função da dificuldade de se juntar os elementos necessários para o desenvolvimento da pesquisa.   “O gasto

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