É tempo de ler
“É surpreendente, porém inegável. Da época clássica aos dias de hoje, o livro, como objeto, mudou muito pouco.“ Embora a afirmação feita na obra “O Livro Depois do Livro“, pela professora e pesquisadora Giselle Beiguelman, da PUC de São Paulo, esteja correta quando se discute o suporte usado para publicação de obras escritas desde os tempos da invenção da prensa com tipos móveis por Gutenberg, em meados do século XV, o mesmo não se pode afirmar sobre o mercado editorial e necessidade de se desenvolver uma política cultural de incentivo à leitura, principalmente quando o foco da questão é o Brasil. A abertura da “18 Bienal do Livro de São Paulo“, no Centro de Convenções Imigrantes, no próximo dia 15 – veja matéria nas páginas 4 e 5 deste caderno – marca o início de uma convergência entre o governo, os editores e livreiros do País. O objetivo comum é ampliar o número de leitores por meio de uma ação de longo prazo para assim também ampliar o mercado brasileiro de obras não-didáticas. Os obstáculos são muitos e envolvem questões complexas como a má distribuição de renda do País e o fato de apenas 25% dos brasileiros dominarem