É tempo de ler

“É surpreendente, porém inegável. Da época clássica aos dias de hoje, o livro, como objeto, mudou muito pouco.“ Embora a afirmação feita na obra “O Livro Depois do Livro“, pela professora e pesquisadora Giselle Beiguelman, da PUC de São Paulo, esteja correta quando se discute o suporte usado para publicação de obras escritas desde os tempos da invenção da prensa com tipos móveis por Gutenberg, em meados do século XV, o mesmo não se pode afirmar sobre o mercado editorial e necessidade de se desenvolver uma política cultural de incentivo à leitura, principalmente quando o foco da questão é o Brasil.     A abertura da “18 Bienal do Livro de São Paulo“, no Centro de Convenções Imigrantes, no próximo dia 15 – veja matéria nas páginas 4 e 5 deste caderno – marca o início de uma convergência entre o governo, os editores e livreiros do País. O objetivo comum é ampliar o número de leitores por meio de uma ação de longo prazo para assim também ampliar o mercado brasileiro de obras não-didáticas. Os obstáculos são muitos e envolvem questões complexas como a má distribuição de renda do País e o fato de apenas 25% dos brasileiros dominarem

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Biblioteca Nacional cria novo prêmio literário

A Fundação Biblioteca Nacional acaba de lançar o Prêmio Fundação Biblioteca Nacional. Nesta primeira edição, poderão concorrer livros que tiveram sua primeira edição em 2003, nas categorias romance, conto e poesia. A premiação será concedida ao autor da melhor obra que se enquadre nestas categorias. As editoras interessadas devem enviar uma lista com a relação de seus títulos ao Coordenador Geral do Livro e da Leitura da FBN, Luciano Trigo, até o dia 30 de abril, pelo e-mail lucianotrigo@bn.br ou pelo correio para o endereço da FBN (Avenida Rio Branco, 219, 4º andar, Rio de Janeiro-RJ, CEP 22040-008). Não será necessário enviar exemplares das obras. O valor do prêmio ainda não foi definido, mas já se sabe que o júri será formado pelos membros do Conselho de Pesquisa em Literatura da Fundação Biblioteca Nacional. Uma das condições para que as editoras possam concorrer é que elas estejam em dia com o depósito legal.  

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Professores vão receber livros de literatura

Cerca de 13 mil professores do ensino fundamental das escolas públicas do Rio Grande do Norte serão contemplados, no próximo ano, com livros de literatura. A informação foi dada por Edson Maruno, do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação, que está em Natal apresentando aos técnicos da Secretaria Estadual de Educação o sistema informatizado (Siscort) usado pelo PNLD para facilitar a distribuição da reserva técnica, o remanejamento e a otimização dos livros usados pelos alunos da rede pública de ensino.    Edson Maruno afirmou, ainda, que o PNLD vai distribuir mais de 140 títulos para o acervo de 369 bibliotecas das maiores escolas de 5ª a 8ª série do ensino fundamental do Rio Grande do Norte. “O trabalho de informatização vai facilitar muito a localização e o remanejamento dos livros. Anteriormente, muitas obras ficavam estocadas nas sedes das diretorias regionais de educação (DIREDs), enquanto as escolas sob a sua jurisdição não dispunham do material para distribuição aos alunos”, disse. Este controle será realizado por técnicos da Secretaria Estadual de Educação e das DIREDs, que já foram capacitados pelo Ministério da Educação.     Segundo ele, o Programa Nacional do Livro Didático vai utilizar os dados do

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Tarso Genro diz que 2005 será o ano da qualidade no ensino básico

O ano de 2005 será o ano da qualidade no ensino básico no Brasil, especialmente na educação fundamental. O ministro da Educação, Tarso Genro, anunciou que o MEC quer dar um choque de qualidade na educação básica e que, para isso, está estudando uma nova sistemática de avaliação desse nível de ensino para verificar o desempenho dos alunos, dos professores e da escola e, conseqüentemente, a qualidade do ensino fundamental. Um dos planos é universalizar o público-alvo da avaliação, contemplando a totalidade dos alunos, e não mais apenas uma determinada amostragem.     Levantamentos do MEC vêm detectando vários problemas no ensino básico, tanto no fundamental quanto no médio. Apesar da quase universalização do acesso ao ensino fundamental no Brasil – 97% das crianças brasileiras de sete a 14 anos estão na escola –, cerca de oito milhões de alunos abandonam a escola, todos os anos. A evasão dos estudantes do ensino médio é de 7,6% e do ensino fundamental, de 5,4%.     Dados do último Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (Saeb) demonstram que quase 60% dos alunos da 4ª série submetidos a testes de português estão nos níveis de avaliação crítico ou muito crítico. Ou seja,

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Secretaria de Educação Básica dará prioridade à formação de professores

A Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação terá como uma das suas prioridades a formação de professores. A informação é da nova diretora do Departamento de Políticas de Educação Infantil e do Ensino Fundamental da Scretaria, Jeanete Beauchamp. Criada na recente reestruturação administrativa do MEC, a SEB é resultado da incorporação, pela antiga Secretaria de Educação Infantil e Fundamental (Seif), do ensino médio, que saiu da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec).    O departamento dirigido por Jeanete Beauchamp incorporou três coordenações do antigo Departamento de Políticas Educacionais da Seif – que lidavam com o ensino fundamental, com a educação infantil e com estudos e avaliação de materiais didáticos – na Coordenação Geral de Política de Formação. Para Jeanete, “a nova Coordenação surge para ampliar e sistematizar as políticas para a formação inicial e continuada do professor”.     Formação – Objetivando a formação continuada dos professores da educação infantil e fundamental, o MEC criou o projeto Rede Nacional de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação. A Rede é composta por 20 instituições de educação superior, selecionadas pelo Ministério entre 156 concorrentes, que atuarão como centros de apoio à produção de cursos e materiais didáticos

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Dois de abril: um dia que não pode ser esquecido

Hoje, 2 de abril, é o Dia Internacional do Livro Infantil. A data foi escolhida em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, que nasceu no dia 2 de abril de 1805. A data de hoje, portanto, marca o 199º aniversário do nascimento do autor de O Patinho Feio – apenas para citar um de seus clássicos escritos especialmente para os pequerruchos. O ano que vem, bicentenário do nascimento do autor, terá grandes comemorações em todo o mundo. No Brasil, Andersen será até tema de samba-enredo no carnaval carioca. A homenagem será da Imperatriz Leopoldinense e, quem sabe, conseguirá até a proeza de fazer dinamarquês sambar. O PublishNews comemora o dia de hoje junto com todos os profissionais do livro envolvidos com publicação e distribuição da literatura infantil. Afinal, se queremos um País de leitores, precisamos antes de um País de crianças que lêem e que gostam de ler.

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Crise no Planalto adia nomeação de conselho

Lista com os integrantes do CNE deveria ter saído há 17 dias; reunião de abril foi cancelada     Em meio à crise política do caso Waldomiro Diniz, as dificuldades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em acomodar aliados afeta o Conselho Nacional de Educação (CNE). A reunião deste mês, que seria entre os dias 12 e 15, foi cancelada, porque Lula ainda não nomeou os 12 novos conselheiros – metade dos 24 que integram o conselho.     A nomeação deveria ter ocorrido no dia 15, mas vem sendo adiada por causa de pressões políticas, especialmente de setores do PMDB, partido aliado do governo. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o senador Hélio Costa (PMDB-MG) fazem força para emplacar nomes que ficaram fora da lista preparada pelo Ministério da Educação (MEC). Parte do atual impasse teria começado na reforma ministerial de janeiro. Caso tivesse sido nomeado ministro das Comunicações, cargo para o qual esteve cotado, Costa teria passado sua vaga ao suplente Wellington Salgado, dono da Universidade Salgado de Oliveira, a Universo. Isso não ocorreu. Agora o senador pressiona o governo a nomear para o CNE a reitora da Universo, Marlene Salgado de Oliveira, mãe do

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Lula quer avaliação semestral dos alunos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem em Araras, no interior de São Paulo, um novo programa de avaliação do ensino fundamental para a rede pública. O projeto, ainda em gestação no Ministério da Educação, deve custar cerca de R$ 60 milhões.     Os estudos para o novo exame foram um pedido pessoal de Lula ao ministro Tarso Genro (Educação), há 15 dias. Mais que elevar o número de alunos na escola, a proposta é melhorar a qualidade do ensino com provas anuais (ou semestrais), que seriam feitas por todos os 35,3 milhões de alunos do ensino fundamental. O exame substituiria o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), feito por amostragem por alunos de 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do médio para medir o aprendizado em língua portuguesa e matemática. Feito a cada dois anos, o Saeb revelou em 2003 que 59% das crianças na 4ª série não sabem ler e 52% ainda não sabem fazer operações matemáticas simples.     “Há hoje um manancial de dados disponíveis para avaliar os estudantes, mas em cada Estado do país usa-se uma metodologia diferente, o que dificulta comparações e análises detalhadas da

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MEC pretende dar formação a professores do ensino infantil

O Ministério da Educação (MEC) vai oferecer formação a professores de educação infantil por meio de cursos a distância. Segundo o MEC, há cerca de 40 mil educadores nessa área sem a formação do ensino médio, que é exigida por lei. O trabalho será implementado pela Coordenação de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica (SEB). Estão previstas atividades de estudo individuais e coletivas.     “Estamos elaborando materiais didáticos específicos, tanto impressos quanto em vídeo, para subsidiar a formação“, afirmou a coordenadora do projeto, Karina Rizek Lopes.     O ministério pretende realizar sete encontros regionais ainda neste ano para discutir a política nacional de educação de crianças de zero a seis anos e subsidiar os sistemas de ensino com diretrizes pedagógicas e apoio técnico. De acordo com o MEC, atualmente, faltam aos municípios recursos suficientes para manter todas as crianças na pré-escola. Para solucionar parte do problema, alguns prefeitos contratam pessoas sem a formação adequada para cuidar dos alunos, em espaços físicos improvisados. A intenção do MEC, além de oferecer a formação pedagógica dos professores, é repassar orientações sobre as instalações –que devem ser arejadas e bem iluminadas e, de preferência, sem escadas. Segundo Karina Lopes, está prevista,

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