Só 7 das 5.183 escolas estaduais de SP possuem padrões de ensino internacionais

Somente 7 das 5.183 escolas estaduais paulistas possuem qualidade de ensino equivalente ao verificado em países como Finlândia e Coréia, duas potências mundiais quando o assunto é educação. Duas delas são do ensino médio e outras cinco, escolas de 5ª a 8ª série do ensino fundamental.     Apenas elas atendem às metas estipuladas pelo Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), um indicador criado pelo governo estadual para avaliar as condições da qualidade do ensino na rede que administra. Ele leva em conta dois dados: o Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) e a taxa de alunos que estudam em séries indicadas para a sua idade –e que podem sofrer variação caso haja repetência e evasão, por exemplo.     Segundo a Secretaria de Estado da Educação, o índice é individualizado e não foi criado para estimular uma disputa entre as melhores ou piores escolas da rede, mas sim para averiguar as condições de cada unidade de ensino e estabelecer metas de melhorias a curto e longo prazos. Cada escola terá uma espécie de boletim. Ele pode ser consultado no site da própria Secretaria de Estado da Educação.  

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Retratos da Leitura no Brasil sai dia 28

Está marcado para o dia 28/5 o seminário nacional para apresentação dos resultados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pelo Instituto Pró-Livro. Maior estudo feito até hoje no país sobre o comportamento leitor da população, seu anúncio reunirá, em Brasília, ministros, autoridades da área, dirigentes das entidades do livro, especialistas em leitura, pesquisadores, gestores de projetos e membros de ONGs que atuam com o tema. A pesquisa teve o apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel) e Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros).    Deve ser um dos mais importantes acontecimentos do mundo do livro no Brasil em 2008, quando se comemora os 200 anos da indústria do livro no país.   

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Família envolvida na educação

Cartilhas informativas serão distribuídas a famílias de todo o país, explicando como ajudar seus filhos no processo educativo. O guia foi lançado nesta quinta-feira, 8, junto com o plano de mobilização de igrejas cristãs pela educação.    A cartilha, ilustrada pelo cartunista Ziraldo, tem linguagem simples e direta e convoca as famílias a se envolver na educação das crianças, acompanhando a freqüência e o desempenho na escola, participando de conselhos escolares, verificando se a escola é bem organizada, entre outras ações.    “Estamos convocando toda a sociedade civil organizada – igrejas, sindicatos, órgãos do governo, empresários – para se mobilizar e ajudar a difundir a educação como um valor social”, ressaltou o ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo ele, a intenção é despertar um sentimento nacional pela educação. “E se os meios de comunicação são importantes para mobilizar a sociedade, o corpo-a-corpo talvez o seja ainda mais. Falar, olhando nos olhos: Vamos garantir que seu filho se eduque”, incentivou.    Igrejas – O plano de mobilização de igrejas cristãs pela educação visa definir uma estratégia comum de envolvimento social por uma educação de qualidade. A iniciativa tem a participação de entidades como o Conselho Latino Americano de Igrejas (Clai), Conferência

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Câmara derruba projeto de desconto para professor

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal mandou arquivar projeto de lei de autoria do deputado federal Frank Aguiar (PTB-SP) que pretendia tornar obrigatório que livrarias dessem desconto mínimo de 30% a professores na compra de livros e material didático.    Embora considerasse o pleito justo, a comissão entendeu que quem deve arcar com isso, caso queira fazer uma política nesses termos, é o Estado. E não os livreiros.   

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Grandes cidades debatem estratégias de incentivo à leitura

Apenas 19,4% das escolas públicas do ensino fundamental têm uma biblioteca. As que possuem, em sua maioria, reservaram uma sala pequena e sem atrativos para construir ali o espaço que deveria servir de incentivo à leitura. Os profissionais que cuidam do acervo costumam ser os que não gostam ou não se identificam com as salas de aula. Os dados são da Avaliação Diagnóstica do Programa Nacional Biblioteca da Escola, pesquisa desenvolvida, em 2005, pela Associação Latino-Americana de Pesquisa e Ação Cultural em 196 escolas de ensino fundamental localizadas em 19 municípios de oito estados brasileiros.     A pesquisa motivou a Política de Formação de Leitores do Ministério da Educação. “Para além da distribuição de livros didáticos e literários, o foco das ações do ministério é a criação de leitores e o incentivo à leitura entre os estudantes.“ Quem garante é a coordenadora-geral de Estudos e Avaliação do MEC, Jane Cristina da Silva. A especialista esteve reunida, nesta quinta-feira, 8, com 150 gestores educacionais dos municípios com mais de 163 mil habitantes. O fórum Política de livro e leitura: acervo de obras pedagógicas complementares fez parte da programação do 6º Grupo de Trabalho das Capitais e Grandes Cidades que está

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Envio de materiais para guia de tecnologias tem prazo final nesta quarta-feira

Termina nesta quarta-feira, 7, o prazo para as empresas, universidades, organizações e pessoas físicas que inscreveram propostas para o Guia de Tecnologias da Educação Básica enviarem os materiais — ferramentas, manuais, aparatos, utensílios — para avaliação. A Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) inicia o processo de apreciação no próximo dia 12 e o encerrará em setembro.    A proposta do Guia de Tecnologias é oferecer aos secretários estaduais e municipais de Educação e aos conselhos indicações de tecnologias, avaliadas por especialistas, capazes de contribuir para melhorar a qualidade da educação pública. “A finalidade do guia é orientar, é um instrumento para o gestor”, explica a coordenadora de materiais didáticos da SEB, Jane Cristina da Silva.    A primeira seleção de materiais para o Guia de Tecnologias teve início em 2007. Participaram 233 propostas, das quais foram pré-selecionadas 19. Exemplares do guia serão distribuídos aos gestores da educação pública de estados e municípios ainda no primeiro semestre deste ano. Eles terão formato impresso, com tiragem de dez mil exemplares, e uma versão para consulta no portal do Ministério da Educação na internet. Como o guia é um sistema de fichário, as próximas tecnologias pré-selecionadas devem ser anexadas a esse material.   

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Participação da sociedade é a chave para atingir objetivos

Mobilizar a sociedade e conscientizar as famílias é o objetivo da união de forças entre o Ministério da Educação e as igrejas cristãs brasileiras, representadas por suas entidades. Em reunião com bispos da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta terça-feira, 6, em Brasília, o ministro Fernando Haddad enfatizou que a participação de toda a população a favor da melhoria da educação brasileira é a chave para o sucesso.    Haddad citou o aumento de recursos, uma boa formação de professores, uma boa capacidade de gestão, avaliações periódicas do ensino, a publicidade dos indicadores educacionais e a responsabilização dos agentes públicos como fatores de êxito para uma revolução educacional. “Tudo isso é muito importante, mas se não tivermos a mobilização da sociedade e das famílias, não cumpriremos os prazos estabelecidos para atingir nossos objetivos”, disse, referindo-se à meta de elevar o índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) brasileiro à nota 6 até 2022, nas primeiras séries do ensino fundamental. Hoje, a média é 3,8.    O ministro se valeu dos exemplos de alguns países que também transformaram a educação em política de estado, e não de governo, como a Coréia do Sul e a Irlanda. “Muitos imaginam que

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Escola Ativa capacitará formadores

A maioria dos municípios brasileiros tem escolas em áreas rurais. Em muitas dessas escolas, o mesmo professor ensina a vários alunos de idades e séries diferentes, dentro da mesma sala de aula, nas chamadas classes multisseriadas. A fim de fortalecer o atendimento aos alunos do campo que aprendem a partir dessa metodologia, a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) promove, de 5 a 9 de maio, no Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília, a capacitação dos formadores do projeto Escola Ativa.     Trata-se de um método específico de apoio às escolas rurais com classes multisseriadas, que atendem a alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental da rede pública. Por iniciativa do Ministério da Educação, o Escola Ativa é desenvolvido em parceria com estados e municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e busca melhorar o ensino nas escolas do campo. Os 70 formadores transmitirão aos professores do projeto Escola Ativa a qualificação que receberem.    “Mais de 80% dos municípios brasileiros têm escolas do campo”, afirma o diretor de educação para a diversidade da Secad, Armênio Bello Schimidt. Ele explica que, além de capacitar os formadores, o encontro também pretende reformular o Escola Ativa,

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Libertem a língua

SENDO A ortografia uma pequena dimensão da vida da língua, seria legítimo esperar que não fosse necessário o acordo ortográfico ou que, sendo-o, pudesse ser celebrado sem dificuldade nem drama. No caso da língua portuguesa, assim não é, e há que refletir por quê.     A razão fundamental reside no fantasma do colonialismo inverso que desde há séculos assombra as relações entre Portugal e Brasil. Por séculos, a única colônia com propósitos de ocupação efetiva no império português, o Brasil, foi sempre e simultaneamente um tesouro e uma ameaça grandes demais para Portugal.     Após um curto apogeu no século 16, Portugal foi durante toda a modernidade ocidental capitalista um país semiperiférico, isto é, um país de desenvolvimento intermédio, desprovido dos recursos políticos, financeiros e militares que lhe permitissem controlar eficazmente o seu império e usá-lo para seu exclusivo benefício. Teve, pois, de o partilhar desde cedo com as outras potências imperiais européias, e foi por conveniência destas que ele se manteve até tão tarde.     A partir do século 18, Portugal foi simultaneamente o centro de um império e uma colônia informal da Inglaterra. À semiperifericidade de Portugal correspondeu a semicolonialidade do Brasil, tão bem analisada

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