MEC amplia rede de proteção à criança

Criar um sistema de notificação das violações dos direitos das crianças dentro da rede pública de ensino é uma das decisões do Seminário Educação e Trabalho Infantil, que reuniu, em Brasília, representantes de órgãos dos governos federal, estaduais e municipais e de organismos internacionais para discutir formas de reconhecimento e combate ao trabalho infantil. O seminário terminou nesta quinta-feira, 12.    De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, a decisão do seminário é que o MEC, junto com as redes de ensino, estabeleça um sistema de identificação e notificação das violências a que crianças são submetidas. O desafio, explica, é estabelecer um fluxo para que cada violência percebida no ambiente escolar seja notificada e encaminhada para solução. Segundo o secretário, essa responsabilidade não é só do professor, mas da comunidade escolar inteira e, principalmente, dos governos.    Dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) mostram que desinteresse súbito nas aulas, falta de atenção, notas baixas, criança que não faz o dever de casa constituem indicativos de que alguma violência pode estar acontecendo. Mas para identificar isso e saber como agir, explica o secretário, a escola precisa estar preparada.    Além do

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Ensino fundamental atinge meta de 2009

O aumento das médias dos alunos, especialmente em matemática, e a diminuição da reprovação fizeram com que, de 2005 para 2007, o país melhorasse os indicadores de qualidade da educação. O avanço foi mais visível no ensino fundamental. No ensino médio, praticamente não houve melhoria.    Os novos dados a respeito da qualidade da educação brasileira foram apresentados ontem pelo MEC (Ministério da Educação) em Brasília na divulgação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira). Trata-se de um indicador que leva em conta tanto o aprendizado dos alunos, medido em testes de matemática e português, quanto os percentuais de aprovação.    Numa escala de zero a dez, o ensino fundamental em seus anos iniciais (da primeira à quarta série) teve nota 4,2 em 2007. Em 2005, a nota fora 3,8. Nos anos finais (quinta a oitava), a alta foi de 3,5 para 3,8. No ensino médio, de 3,4 para 3,5.    Embora tenha comemorado o aumento da nota, ela ainda foi considerada “pior do que regular“ pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.    É por meio do Ideb que o MEC monitora as metas de melhoria da qualidade estipuladas até 2022. O objetivo é chegar às médias dos países

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Nova ortografia atrapalha negócios das editoras

Aprovado em março, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa provoca uma corrida contra o tempo nas editoras de livros didáticos. Apesar de o uso das novas regras ser obrigatório nas escolas apenas em 2010, as editoras precisam apresentar os livros com as alterações já no próximo dia 4 ao Ministério da Educação para participar dos programas governamentais, que somente no ano passado registraram compras no valor de R$ 882 milhões.    “O problema é que estamos trabalhando em duas frentes ao mesmo tempo: as novas regras ortográficas que acabaram de ser aprovadas e o ensino fundamental de nove anos, cujo formato dos livros foi definido em janeiro“, explica Antonio Nicolau Youssef, diretor editorial das editoras IBEP e Companhia Nacional. Youssef prevê um gasto de cerca de R$ 3,5 milhões para readequar a ortografia das publicações da IBEP, que trabalha exclusivamente com livros escolares e conta com 380 diferentes títulos, e da Nacional, que possui 628 catálogos.     Nesse montante, está incluso o investimento que a IBEP fará nos livros didáticos a serem distribuídos no próximo ano. “Como 2009 será um ano transitório e o conteúdo das publicações para as escolas não pode ser modificado, estamos criando encartes com um

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Educação do país saiu da inércia

“O que temos que comemorar é a guinada. É termos saído da inércia”, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, ao anunciar nesta quarta-feira, 10, que o Brasil superou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) previsto para ser alcançado em 2007. A média nacional é de 4,2 pontos na 4ª série do ensino fundamental. A nota projetada para 2007 foi 3,9.    Mesmo com a boa notícia, o ministro explicou que existe um longo caminho a percorrer para o país atingir padrão de qualidade comprável aos países desenvolvidos “e à altura do potencial do povo brasileiro”. A explicação para o bom desempenho das redes públicas estaduais e municipais nos exames da Prova Brasil e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que constituem a base do Ideb, segundo Haddad, está na decisão que o MEC tomou em 2005.    Naquele ano, o ministério orientou as escolas a estabelecer foco na aprendizagem, determinou que todas as escolas passariam por avaliações e fixou metas a serem alcançadas. “A reorientação dos sistemas de ensino, na minha opinião, explica os resultados positivos que divulgamos hoje”, disse. Em 2006, com a Caravana da Educação percorrendo os 26 estados da Federação e o

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Educação auxilia Combate ao Trabalho Infantil

No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho, o Ministério do Trabalho e Emprego promove eventos em todo o País para defender o “acesso à educação como resposta ao trabalho infantil”, tema proposto neste ano pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além disso, a fiscalização do trabalho realizará operações nas regiões e em atividades econômicas onde há maior incidência do trabalho infantil.     O Ministério participa também do Seminário de Educação e Trabalho Infantil, por meio da Comissão Nacional de Enfrentamento do Trabalho Infantil (Conaeti), entidade criada e coordenada pelo MTE. Estão previstos para hoje mais debates, oficinas e um ato de assinatura, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do decreto sobre as piores formas de Trabalho Infantil. A solenidade ocorrerá às 11h30, no Palácio do Planalto, e contará com a presença do Secretário-Executivo, André Figueiredo, no exercício da função de ministro do Trabalho e Emprego. A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Distrito Federal (SRTE-DF) também está presente no evento com uma exposição fotográfica de crianças flagradas em situação de trabalho.    Movimento – Pelas estimativas da OIT, 165 milhões de pessoas, entre 5 e 14 anos, são vítimas do trabalho infantil no

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Notas do Ideb crescem em todo o país

O índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) cresceu em todas as etapas do ensino entre 2005 e 2007. Os dados, divulgados nesta quarta-feira, 11, apontam que o país foi mais longe na primeira edição do Ideb após o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A meta de 2009 já foi alcançada.     Na quarta série do ensino fundamental, a nota foi 4,2, prevista para ser alcançada somente em 2009 — a meta de 2007 era chegar a 3,9. Já na oitava série, a nota foi 3,8, que superou a previsão para 2009, de 3,7. No ensino médio, o Ideb alcançou 3,5, meta também prevista para o próximo ano.     Entre as regiões, destaca-se o Nordeste, que ultrapassou as expectativas para 2009 nos três níveis da educação básica, com destaque para as séries iniciais. A nota passou de 2,9 em 2005 para 3,5 em 2007, bem acima da meta, de 3,0. As demais regiões também apresentaram crescimento variável em cada etapa do ensino. No Sudeste, o Espírito Santo ultrapassou as metas de 2007 nas séries iniciais do ensino fundamental, com o índice de 4,6 (meta de 2009), e nas séries finais, com 4, também prevista para

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Haddad pede que conselheiros ajudem a melhorar a educação

Ao dar posse nesta terça-feira, 10, a 11 membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), o ministro Fernando Haddad apresentou um panorama da educação básica, profissional e superior e disse que o ministério espera que o CNE não seja apenas parceiro, mas que ajude a corrigir e alertar para aquilo que precisa ser melhorado. Para o ministro, o compromisso dos que estão no governo não é apenas fazer uma boa gestão, mas preparar o caminho para os sucessores, “o que não é um desafio qualquer”.    Ao falar sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que traçou a linha central do programa da educação básica, Haddad disse que ele não é um ponto no tempo, mas um processo que vai se complementando à medida que as metas são alcançadas ou passando por correções quando necessárias. Um dos desafios da educação básica é a formação de professores.     Segundo Haddad, a partir do Educacenso 2008, que é um censo escolar detalhado, o MEC vai fazer um mapa da formação dos professores das redes públicas. O censo traz um espaço para o professor responder se tem graduação e a instituição onde fez o curso. O que não tem formação superior

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Prova do Enem permitirá comparações

O Inep estuda alterar o Enem a partir de 2009 para permitir a comparação, de um ano para o outro, das notas dos alunos e do desempenho das escolas.    Como não há preocupação em manter o mesmo nível de dificuldade do exame, as médias variam a cada avaliação, sem que isso indique piora ou melhora no ensino.    A vantagem para o estudante é que a nota poderá ser usada para ingresso em universidades não apenas no ano em que ele fez a prova, mas, também, nos anos seguintes.    O presidente do instituto, Reynaldo Fernandes, diz que o MEC não cogita deixar de divulgar a nota das escolas.  Ele argumenta que o Enem tem se mostrado sólido na avaliação das escolas porque, de um ano para o outro, poucas variações ocorreram na lista de estabelecimentos com melhores resultados.     

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Alunos dão nota 7,1 para ensino médio

Apesar das várias avaliações que mostram que o ensino médio está muito aquém do desejado, os alunos, ao analisarem a formação que receberam, têm outro diagnóstico. No questionário socioeconômico que responderam no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) do ano passado, eles deram para seus colégios nota média 7,1.    Essa boa avaliação varia pouco conforme o desempenho do aluno. Entre os que foram mal no exame, a média é de 7,2; entre aqueles que foram bem, ela fica em 7,1. A análise das condições de oferta do ensino e do corpo docente também são positivas na maioria dos quesitos.    Mercado de trabalho    Um dos poucos itens em que ela é mais crítica é a preparação para o mercado de trabalho.  Para 52% dos estudantes que já trabalhavam, os conhecimentos que eles adquiriram no ensino médio não eram adequados ao que o mercado solicitava. Um percentual ainda maior (73%) afirmou que o que aprendeu não tem relação com a profissão exercida.    A boa avaliação que os estudantes fazem de sua formação destoa do diagnóstico em levantamentos oficiais. No Saeb (exame do MEC que avalia a qualidade), por exemplo, as médias dos alunos do terceiro ano do ensino

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