Escolas expõem modelo de qualidade

Os colégios de aplicação, instituições ligadas a universidades federais e consideradas como referência de qualidade na educação básica, foram convidados pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, a colaborar com o Portal do Professor. “Os colégios de aplicação são as melhores escolas públicas do país. O que eles podem fazer para atender os professores das redes estaduais e municipais”?, indagou Haddad aos diretores, reunidos nesta terça-feira, 8, em Brasília.    O desafio foi aceito pelos diretores, que já marcaram reunião para o próximo dia 17 com o secretário de Educação a Distância, Carlos Bielschowsky, quando detalharão as atividades. A proposta de Haddad é que os professores dessas instituições de ensino contribuam com suas práticas em sala de aula, que ele chama de “chão da escola”. Por exemplo, como planejam e organizam as aulas, como se comunicam com os alunos, que dificuldades encontram e que saídas usam, qual a quantidade de deveres de casa passam para os estudantes.    Lançado na internet em 18 de junho deste ano, o Portal do Professor é um espaço de pesquisa, troca de práticas pedagógicas e de experiências entre os docentes, com acesso a objetos de aprendizagem construídos por universidades de diversos países. Enfim, “é um

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Brasil só crescerá mais quando melhorar a educação, diz estudo

No paradigma atual, onde conhecimento – e não recursos naturais ou mão-de-obra barata – é o elemento central para um país ter vantagens competitivas, o Brasil está ficando para trás e só conseguirá avançar quando educar melhor sua população.     A conclusão é de um estudo inédito do Banco Mundial, que será divulgado nesta quinta-feira, 10, em seminário promovido pela Fundação Lemann, que apontou os fatores da deficiência brasileira na área: ensino básico precário, que resulta em profissionais pouco qualificados, universidades distantes do setor produtivo e voltadas mais para conhecimento teórico do que prático e tradição em importar e adaptar tecnologias, em vez de criá-las.    Segundo Alberto Rodriguez, um dos principais autores do estudo, nesta semana no País para lançar o material, enquanto outros países em desenvolvimento, como China, Índia e Coréia, estão se transformando em países produtores de conhecimento graças a investimentos na formação de pesquisadores em áreas tecnológicas – e, com isso, alavancando sua economia -, o Brasil segue dependente de seus bens naturais, crescendo num ritmo menor. “Apenas 19% dos estudantes de ensino superior no Brasil estão nas áreas de ciências e engenharias. No Chile são 33% e na China, 53%“, afirma o relatório.   

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Educação especial terá investimento

O Ministério da Educação promoverá pregão eletrônico no dia 19 próximo para aquisição de equipamentos destinados à montagem de 4,3 mil salas de recursos multifuncionais. As instalações serão utilizadas para a inclusão de alunos com deficiência no ensino regular. Entre os aparelhos necessários para o atendimento especializado estão 4,3 mil microcomputadores completos e 5,6 mil portáteis (notebooks). A intenção é garantir que as escolas tenham condições de atender à nova política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, oficializada em julho.    Um dos pilares da nova política é a idéia de que o atendimento especializado não substitui o ensino regular. Ou seja, os alunos com necessidades especiais devem receber atenção específica para minimizar suas dificuldades e, ao mesmo tempo, cursar o ensino regular. As salas serão montadas justamente para viabilizar o atendimento especializado, que deve ser proporcionado, de acordo com especialistas, no turno oposto ao das aulas regulares.    O edital que estabelece as normas do pregão eletrônico está disponível no Portal de Compras do governo federal e na página eletrônica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).    “Todas as crianças têm direito à educação e, no caso dos deficientes, a garantia desse direito é

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Formação de professores na pauta do MEC

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na terça-feira, dia 9, em Brasília, aos membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), que a tarefa mais importante do MEC neste momento é a construção do Sistema Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. A previsão é que o sistema seja lançado no mês de outubro.    Hoje, explicou, “temos o plano de vôo”, mas o desafio é como esse plano vai se desenvolver. Será preciso definir metas de formação, compromissos com a qualidade, parcerias com amplos setores, entre eles, as universidades públicas, as secretarias estaduais e municipais de educação, os empresários, as entidades sindicais. Na avaliação de Haddad, para que o sistema funcione, uma das condições essenciais é que o secretário de educação de cada estado e do Distrito Federal assuma a coordenação, “seja o ministro” na sua localidade.    Para dinamizar o sistema nas 27 unidades da Federação, o MEC estuda a criação de um fórum permanente por estado, sob a chefia do secretário estadual de educação. A expectativa é que o sistema promova a formação inicial e continuada de 100 mil profissionais por ano. Para que isso aconteça, será preciso contar com a adesão e a parceria das

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Brasil fica em último em tabela sobre investimento por aluno

O Brasil ficou em último lugar em uma tabela sobre investimentos por aluno em 33 países, elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.    Com um investimento de pouco mais de 1.000 euros (R$ 2.439) anuais por aluno, o Brasil ficou atrás de países como Estônia, Polônia, Eslováquia, Chile, México e Rússia, que gastam anualmente entre 2.700 e 1.400 euros (entre R$ 6.586 e R$ 3.415) com cada estudante.    Portugal investe em média cerca de 4.200 euros (R$ 10.246) por estudante, o que coloca o país na 22ª posição.    Com dados referentes a 2005, os Estados Unidos lideram o grupo com cerca de 9.000 euros (R$ 21.956), seguidos da Suíça, Noruega, Áustria, Dinamarca e Suécia, com valores que variam entre 8.500 e 6.450 euros (entre R$ 20.736 e R$ 15.735).    No quesito tempo em sala de aula por cada aluno entre sete e 14 anos, o Chile lidera com quase 9.000 horas (o equivalente a permanecer 366 dias ininterruptos na sala), enquanto a Estônia estabelece o menor tempo letivo, com apenas 233 dias.    Depois dos chilenos, os alunos que mais tempo passam nas aulas são os italianos, holandeses, australianos, neozelandeses, franceses e mexicanos, com

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Corrupção mundial custa 26% mais que aplicações na educação fundamental

As aplicações mundiais no ensino fundamental representam 74% do custo anual da corrupção, estimada em mais de US$ 1 trilhão pelo Banco Mundial (Bird). Isto é, o gasto com o ensino entre a 1ª e 9ª séries, em torno de US$ 741 bilhões, é R$ 259 bilhões menor que a cotação das práticas ilegais. A educação fundamental equivale a 1,3% do PIB mundial em PPC (Paridade do Poder de Compra), um modo de calcular o Produto Interno Bruto que tenta eliminar a diferença do custo de vida entre os países. Já as perdas com a corrupção representam cerca de 2% do PIB global, 0,7 ponto percentual a mais que o gasto com a educação para crianças e adolescentes.    Anualmente, somente os países em desenvolvimento perdem entre US$ 20 e US$ 40 bilhões em ações de corrupção, o que pode chegar a 40% dos gastos oficiais com assistência social. Negociações como sonegação e corrupção podem custar até US$ 1,6 trilhão a cada ano em todo o mundo. Apenas a África, segundo a União Africana, perde US$ 148 bilhões por ano – equivalentes a 25% do Produto Interno Bruto do continente – por culpa de desvios ilegais de recursos.    O

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64% dos que chegam à 4ª série não sabem ler textos longos

Um estudo aponta que 64% dos jovens e adultos brasileiros que chegaram até a quarta série não conseguem ler e entender textos longos. Outros 12% continuam completamente analfabetos, mesmo após os quatro anos de estudo. Os números se baseiam em pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope).     Esta segunda-feira (8) marca o Dia Internacional da Alfabetização, instituído pela Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco). E no país há muito trabalho antes da comemoração. Entre os motivos para tamanha defasagem de aprendizado, estão salas de aula lotadas, professores não especializados em alfabetização e falta de material que estimule e facilite o aprendizado.     “As frases típicas de cartilha, tais como o boi bebe e babá o dedo é de didi. São frases construídas artificialmente pra criança aprender a ler e escrever. Elas são chatas e não estão a serviço da comunicação“, afirma a educadora Silvia Colello.     Na sala de aula, uma pergunta estranha tem resposta perturbadora. “Por que você acha que na escola é mais difícil aprender?” “Porque eles não ensinam”, responde Rodrigo, de 8 anos.     Hora de aprender     Crianças de até

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Seminário discute ensino médio integrado

Medidas para ampliar o acesso ao ensino médio com qualidade a todos os jovens estão em discussão nesta terça-feira, 9, no Ministério da Educação. Técnicos das secretarias de Educação Básica e de Educação Profissional e Tecnológica trabalham em conjunto para discutir e aperfeiçoar a versão preliminar do documento Ensino Médio Integrado: uma Perspectiva Abrangente na Política Pública Educacional, preparado pelas duas secretarias.    A concepção das políticas educacionais, segundo a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, é marcada pela visão sistêmica da educação. Nos anos 90, segundo a secretária, os investimentos da pasta davam prioridade a um nível educacional em detrimento do outro e colocavam em conflito educação básica e superior, por exemplo. “A visão sistêmica significa investir em educação infantil, na qualidade do ensino fundamental, na ampliação do acesso ao ensino médio e à educação superior”, reforça Pilar.    Para o ensino médio, que representa, de acordo com o texto do documento preliminar, uma das etapas mais difíceis da política educacional, Pilar defende um modelo de ensino que permita ao jovem experimentar o conhecimento e viver todas as áreas para que possa escolher, com mais clareza, o que vai fazer na vida adulta. “Precisamos oferecer um conhecimento

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MEC quer alfabetizar 1,3 milhão de pessoas em 2009

A meta do Plano de Desenvolvimento da Educação de alfabetizar ao ano 1,3 milhão de pessoas deve ser atingida em 2009. A previsão é do diretor de Políticas da Educação de Jovens e Adultos do MEC (Ministério da Educação), Jorge Teles. Segundo ele, o programa Brasil Alfabetizado tem formado por ano de 1 milhão.    “Em cinco anos de programa, as pessoas mais sensíveis à alfabetização já aderiram. Agora você precisar atrair as pessoas analfabetas que têm menos disposição a estudar, é mais difícil captar esse público para o processo educativo“, analisa o diretor.    Para 2009, além da ampliação do número de atendidos pelo Brasil Alfabetizado, outras novidades são a distribuição de livros didáticos específicos para esse público e o desenvolvimento de projetos de leitura para consolidar as ferramentas de uso da língua escrita e falada.    “A gente considera importante a possibilidade de continuidade formal [ensino fundamental e médio], mas agora estamos lançando uma política de fomento à leitura para que o alfabetizado use no dia-a-dia o que ele aprendeu no curso. Você só se apropria do conteúdo se você usar na vida“, defende.    Para a professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e especialista em

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