Brasil investe mais em educação

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2006, os mais recentes disponíveis, revelam que neste ano houve o maior investimento público direto em educação, proporcionalmente ao Produto Interno Bruto (PIB). Foram investidos 4,4% do PIB, um salto significativo em relação a 2005, quando o índice foi de 3,9%. A maior parte do investimento se concentra na educação básica: 3,7%. Na superior, o porcentual ficou em 0,7%.    “Um incremento anual de 0,5% é muito significativo. Estamos avançando rumo ao ideal de investimento mínimo de 6% do PIB em educação”, afirmou o ministro Fernando Haddad nesta quarta-feira, 29. Os dados referentes a 2007 deverão ser divulgados nos próximos meses. “Creio que serão ainda melhores”, acredita Haddad.    Relevantes, também, são os índices de investimento por aluno. Os dados relativos à educação básica e à superior pública estão mais equilibrados. Em 2002, a proporção do que se investia por aluno na superior era dez vezes maior que na básica. Quatro anos depois, diminuiu para 6,7.     O patamar ideal, segundo Haddad, é que o investimento por aluno na educação superior seja entre três e quatro vezes maior, em relação à básica. “Não é possível igualar

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Caem matrículas no fundamental, diz preliminar do Censo Escolar 2008; ensino médio é ´desafio´

Há três tendências que parecem se manter na educação brasileira: a queda no número de matrículas do ensino fundamental, a preponderância do Nordeste como região com menor índice dessas matrículas e aumento do atendimento da educação infantil (de 0 a 5 anos). As conclusões foram feitas pela diretora de estatísticas educacionais, Maria Inês Pestana, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela Censo Escolar 2008, a partir dos dados preliminares do pesquisa, que foram divulgados no Diário Oficial da União nesta quarta (29). Junto dessas conclusões, outra estatística segue o mesmo padrão dos anos anteriores: poucos alunos alcançam o ensino médio, que não tem obrigatoriedade legal como os níveis mais básicos. Para ter uma idéia da desproporção, dos quase 27 milhões de alunos inscritos no fundamental, apenas cerca de 8 milhões chegam até o antigo colegial. “Uma grande questão paira sobre o ensino médio“, opina a pesquisadora do Inep. “Sabemos que os alunos mais jovens estão caminhando [no sentido de completar essa etapa], o desafio está [entre] quem está defasado, aquele aluno que tem de voltar para a escola.“ Ainda assim, Pestana ressalta que os índices brasileiros de escolaridade tendem a aumentar. “Hoje temos cerca de

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Ensino de má qualidade e sem conexão com mercado desafia ibero-americanos

A baixa qualidade da educação e a desconexão entre o ensino e o mercado de trabalho são alguns dos principais desafios enfrentados pelos jovens da América Latina e do Caribe. Para eles, o desemprego é majoritariamente precário e informal. O quadro foi traçado em seminário preparatório à 18ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, que começa quarta-feira (29) em El Salvador.    O relatório final do seminário frisa que a juventude, em média, tem mais anos de escolaridade que os adultos. No entanto, tem menos acesso ao emprego. A taxa de desemprego é de 19.9% da população ativa de 15 a 24 anos, quase três vezes mais que a registrada entre adultos. Outro dado impressiona: 18% dos jovens entre 15 e 19 anos não trabalham e não estudam. “Em uma situação de exclusão e falta de sentido de pertencer, [os jovens] têm um maior risco de participar em condutas de risco e violência”, conclui o relatório    O seminário, que reuniu especialistas e representantes da sociedade civil e de governo dos 22 países latino-americanos e europeus de língua portuguesa e espanhola, também identificou a debilidade ou inexistência de espaços para participação que permitam aos jovens influir em

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Colégios ignoram lei que obriga ensino da cultura afro

Depois de cinco anos e mais de R$ 10 milhões gastos com capacitação de professores, a lei federal que obriga escolas públicas e particulares de todo o país a ensinar história e cultura afro-brasileira –uma das primeiras medidas do governo Lula– não saiu do papel.     São poucos os colégios que hoje têm o tema inserido na grade curricular. Às vésperas do mês da Consciência Negra, o MEC quer mudar o quadro. Diz que vai lançar, em novembro, um plano nacional de implantação da lei, com distribuição de material didático e monitoramento das atividades.     “Não houve um planejamento. Só algumas escolas públicas, em razão de professores interessados, adotaram a lei. As particulares nem sequer discutiram a temática“, diz Leonor Araújo, coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão do MEC. Segundo ela, o estabelecimento da lei deixará de ser uma iniciativa individual para se tornar institucional. O MEC não sabe quantas escolas já cumprem, de fato, a lei.     Araújo diz que o objetivo é combater a discriminação e dar à escola “uma nova identidade na área didático-pedagógica“. “Alunos negros não conseguem se ver na escola, já que não existe nada que os identifique.“     A lei 10.639,

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Nova regra de ortografia confunde até dicionários

Faltando apenas dois meses para que as novas regras ortográficas entrem em vigor no Brasil, nem mesmo os especialistas em língua portuguesa conseguem chegar a um consenso sobre como determinadas palavras serão escritas a partir de 1º de janeiro de 2009.    As divergências aparecem nos dicionários “Houaiss“ (ed. Objetiva) e “Aurélio“ (ed. Positivo), nas recém-lançadas versões de bolso, que já contemplam as mudanças ortográficas. O “pára-raios“ de hoje, por exemplo, virou “para-raios“ no primeiro e “pararraios“ no segundo.    A lista de diferenças continua. A versão mini do “Houaiss“ grafa “sub-reptício“ e “para-lama“. Em outra direção, o novo “Aurélio“ traz “subreptício“ e “paralama“.    Prevendo o impasse, antes mesmo do lançamento dos dicionários, a ABL (Academia Brasileira de Letras) tomou para si a difícil missão de dirimir essas e outras dúvidas. A palavra final da entidade deverá sair apenas em fevereiro, quando as novas regras ortográficas já estiverem valendo.    Confusões    O acordo internacional, assinado em 1990, foi concebido para unificar e simplificar a grafia da língua portuguesa. Certos acentos serão derrubados (“enjoo“ e “epopeia“), e o trema será praticamente extinto -só permanecerá em palavras estrangeiras (como “Müller“ e “mülleriano“).    O que tem sido motivo de apreensão

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Aprender a ensinar

Cerca de 80% dos alunos da EMEF Serafina Carvalho, em Itupiranga, a 572 quilômetros de Belém, têm pouco contato com material escrito em casa. Para essas crianças, a possibilidade de estudo se dá apenas nas aulas de Língua Portuguesa. Só que, como ocorre regularmente em tantas escolas brasileiras, os professores da Serafina limitavam-se a propor redações escolares. O resultado, claro, era que o grupo tinha uma grande dificuldade de compreender textos simples e se expressar com clareza na hora de produzir textos escritos.    Esse triste quadro começou a mudar em 2006, quando Adilma de Sousa Oliveira assumiu a responsabilidade de promover um programa de formação continuada. “Toda semana, faço revisões coletivas com a equipe para analisar as atividades realizadas e avaliar quais são as que resultam em mais aprendizagem“, destaca a coordenadora pedagógica, responsável pelo trabalho eleito como o melhor na categoria Escola do Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10. Hoje, as classes têm leituras diárias em voz alta e atividades com vários gêneros textuais. E os estudantes escrevem com propósitos específicos e sempre bem definidos.       

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Entidades do livro criam GT

As entidades do livro criaram um grupo de trabalho para analisar cuidadosamente a proposta do Ministério da Cultura de mudanças na lei dos direitos autorais. Os editores querem correr atrás do tempo perdido: fizeram uma reunião nesta quinta-feira (23/10) e uma outra está marcada para esta sexta-feira (24/10), em São Paulo.     Na semana seguinte, deve haver uma conversa importante entre as principais entidades da área. Só depois disso entregarão ao governo a posição da cadeia produtiva do livro sobre o estudo apresentado na CBL pelos emissários do ministro Juca Ferreira.    Começa a dar certo a idéia de dar mais transparência a esse debate. Como se sabe, isso costuma funcionar.   

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Frente parlamentar promove seminário para discutir incentivo à leitura

A Frente Parlamentar Mista da Leitura vai promover um seminário para discutir a criação do Fundo Pró-Leitura, considerada a principal meta do grupo pelo seu presidente, deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR). O I Seminário de Políticas de Incentivo à Leitura no Brasil, marcado para o dia 29 de outubro, na Câmara, pretende reunir parlamentares e intelectuais para debaterem a formatação desse novo incentivo à leitura no País.    A estimativa do deputado é que o fundo – a ser formado por 1% do faturamento anual do setor editorial brasileiro – gere cerca de R$ 46 milhões por ano para financiar as ações previstas no Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL).     O Fundo Pró-Leitura é a contrapartida do setor livreiro à desoneração de PIS/Cofins sobre o livro, assinada em dezembro de 2004, mas que até agora não foi estruturado. Sua implementação, explicou o deputado, depende de uma mensagem do Executivo para a Câmara e o Senado aprovarem e, em seguida, ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.    Regionalização    Além do fundo, o deputado Marcelo Almeida cita a proposta de regionalizar o Plano Nacional do Livro e Leitura entre as metas da frente parlamentar. O

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Apreendidos livros de uso dos professores

A repressão à venda ilegal de livros exclusivos para professores e xerox na integra será intensificada em Salvador pelo Grupo Especializado em Propriedade Intelectual (GEPI), da Polícia Civil. Depois de apreender pela primeira vez na cidade dois mil livros de ensino médio e fundamental em três sebos e seis copiadoras, a fiscalização passa a ser dobrada. O rigor tem como objetivo combater ao crime de violação ao direito autoral, previsto no artigo 184, do Código Penal.     Os estabelecimentos não tiveram os nomes comerciais divulgados. “Fizemos duas operações, uma em livrarias e outra em copiadoras. Dos dois mil livros apreendidos, 511 livros de uso exclusivo do professor e o restante foi referente à cópia inteira de livros. Não revelamos o nome, apenas informamos os bairros. Um sebo fica na Lapa, outro no Tororó e o terceiro no Centro. Já as copiadoras foram duas no Comércio, três na Federação e a sexta no Stiep, onde inclusive havia a maior quantidade de material reproduzido”, disse o delegado do GEPI, Marcelo Tannus, que mobilizou duas equipes com quatro policiais cada.     O caso veio à tona através de uma denúncia formulada no site www.abrelivros. org.br, da Associação Brasileira de Editores de

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