Enem exigirá do aluno capacidade de relacionar temas

O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deverá substituir o vestibular de parte das universidades federais a partir deste ano, exigirá dos estudantes conhecimento, raciocínio e, principalmente, capacidade de relacionar temas para chegar à resposta correta. Uma mesma pergunta poderá incluir, ao mesmo tempo, temas de história e geografia, de biologia e química ou de literatura e compreensão de linguagem. Exemplos de questões preparadas para a reportagem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que o novo Enem será não apenas mais longo, mas bem mais complexo. “No Enem atual, o aluno não precisa, por exemplo, saber ciências. Uma pessoa que lê bastante pode ter um bom resultado“, explica o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes. “O novo exige mais conhecimento de conteúdo.“ O exame concentrava suas questões em interpretação de textos e linguagens e lógica, sem contar com perguntas de ciências,história e geografia. Já os vestibulares cobrem todas as áreas, mas tendem a se concentrar em perguntas com respostas muito específicas. Um exemplo, retirado da Fuvest de 2008, é uma questão que, após um pequeno texto, pergunta a qual movimento ele se referia: liberalismo, feudalismo, mercantilismo, escravismo ou corporativismo. “Esse tipo de questão não cairá

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Quem vai ensinar – e o quê – aos alunos do século XXI?

Uma sala de aula com carteiras enfileiradas diante de um quadro negro. Os alunos, calados, prestam atenção no professor. Memorize esta cena: ela está com os dias contados. A entrada das novas tecnologias digitais na sala de aula criou um paradigma na educação: como tais ferramentas, que os alunos, não raro, já dominam, podem ser aproveitadas por professores que, frequentemente, mal as conhecem? As escolas têm, pela frente, um desafio e uma oportunidade. O desafio: formular um projeto pedagógico que contemple as inovações tecnológicas e promova a interatividade dos alunos. A oportunidade: deixar para trás um modelo de ensino que se tornou obsoleto no século XXI. O novo aluno é o responsável por esta mudança. Por ter nascido em um mundo transformado pelas novas tecnologias, ele exige um professor e uma escola que dialoguem com ele, e não apenas depositem informações em sua cabeça. E mais: ele quer ser surpreendido. Tarefa difícil, pois o jovem estudante de hoje encontrou, na internet, uma fonte de informações nunca antes existente. Livros, almanaques e enciclopédias eram as principais ferramentas de pesquisa até o início da década de 90, quando os computadores começaram a chegar às residências do país. Agora, com um clique, ele

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Universidade Federal da Bahia deve ser primeira a substituir vestibular por novo Enem

A UFBA (Universidade Federal da Bahia) deve largar na frente, sendo uma das primeiras instituições federais do país a substituir o vestibular pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como instrumento de seleção de novos alunos. A mudança passará a valer para o ingresso na instituição já em 2010, quando aproximadamente 1.300 estudantes deverão deixar de prestar o concurso vestibular, fazendo valer o seu desempenho no Enem. Nesta semana o reitor da UFBA, Naomar Almeida, sinalizou a implantação do novo sistema, após reunir-se com integrantes do Consepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) da UFBA – formado por 48 membros, entre representantes de cursos, pró-reitores, servidores e lideranças estudantis – e o diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa Educacional Anísio Texeira), Héliton Ribeiro Tavares. O Conselho tem prazo de 15 dias para enviar seu posicionamento ao MEC. “Me parece que ficou tudo bem encaminhado“, afirma. Universidade nova – Inicialmente a inovação abrangerá apenas os quatro cursos BI (Bacharelados Interdisciplinares) já implantados na universidade baiana. No que diz respeito às graduações consideradas tradicionais, como direito e medicina, a mudança se dará apenas a partir do ano seguinte, 2011. Naomar de Almeida explicou que

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Inep convida Conselho de Secretários Estaduais para discutir novo Enem

O Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed) foi convidado nesta quarta-feira (15) pelo presidente do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, a integrar o comitê de governança que irá discutir o novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “É uma parceria inédita entre os diversos atores da educação: estados, União e universidades“, comemorou Dorinha Seabra Rezende, secretária de Estado da Educação e Cultura do Tocantins e presidente do Consed.   Também farão parte desse comitê representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e das universidades que aderirem à proposta do Ministério da Educação (MEC) de substituir o vestibular das federais pela prova do Enem. O objetivo é debater como e o que será cobrado na prova. Serão indicados pelo Consed cinco secretários estaduais, um por região do país: Haroldo Correa Rocha, do Espírito Santo; Mariza Abreu, do Rio Grande do Sul; Milca Severino Pereira, de Goiás; Dorinha Seabra Rezende, do Tocantins; e Maria Izolda Cela de Arruda Coelho, do Ceará. “É um diálogo bastante interessante que vai se instalar porque vai permitir que quem lida com os sistemas educacionais, como os estados, possa conversar com as

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Indefinição sobre conteúdo do novo Enem preocupa cursinhos

O formato do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está definido: continuará avaliando habilidades e competências dos estudantes e passará a exigir também conceitos teóricos. No entanto, ainda falta o Ministério da Educação (MEC) detalhar como e qual conteúdo será cobrado. Essa indefinição preocupa os cursinhos pré-vestibulares.    “O MEC fala que os Parâmetros Curriculares Nacionais do ensino médio serão a base da prova, mas acontece que o currículo não é nacional. Por exemplo, em Minas Gerais, o currículo de história da rede pública não prevê o ensino de História Antiga, incluindo Grécia e Roma. Como ficam esses alunos se o Enem trouxer alguma questão disso?“, questiona Renato Ribas Vaz, diretor-geral do Curso Positivo.    “Cada local tem uma realidade com diferentes propostas. Em alguns lugares, é cobrada filosofia e, em outros, não“, concorda Tadeu Terra, diretor editorial do material digital do Sistema COC.    A lei federal diz que são disciplinas obrigatórias do ensino médio língua portuguesa, matemática, educação física, filosofia e sociologia. Cabe aos estados definirem os seus currículos.    A proposta apresentada pelo ministério aos reitores das universidades federais sobre o novo Enem fala apenas que serão 200 testes de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (incluindo

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’Revitalizamos um Enem moribundo’, diz ministro da Educação

O ministro da Educação, Fernando Haddad, rebateu na quarta-feira (15) as críticas feitas pelo secretário de Educação de São Paulo, Paulo Rento de Souza, sobre a proposta do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).     “O Enem funciona muito bem para avaliar estudantes do ensino médio, mas não para selecionar paa as universidades federais”, disse Paulo Renato, que implantou o Enem quando foi ministro da Educação.     Haddad disse que discorda “frontalmente“ da opinião do secretário. “77% das pessoas que fazem o Enem hoje o fazem porque buscam uma vaga numa universidade. O Enem estava praticamente morto quando assumimos o ministério e o que revitalizou o Enem foi o ProUni, Programa Universidade para Todos, que exigiu a prova do Enem para a distribuição de bolsas nas universidades particulares. Nós não temos nada contra o Enem, tanto é que revitalizamos um Enem moribundo para efeito de distribuição de vagas do ProUni.“     Segundo ele, todos os especialistas, estatísticos e educadores consultados entendem que o Enem precisa ser mudado para reorientar o ensino médio. “Tanto isso é verdade que o currículo do ensino médio não mudou nada depois de 11 anos do Enem no formato atual. Se tivesse

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Paulo Renato critica Enem mais voltado para o vestibular

O novo secretário da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza, critica a mudança do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), proposta pelo Ministério da Educação. Para ele, o Enem é importante por exigir menos conteúdos específicos de disciplinas e mais raciocínio, característica que baliza o ensino médio. No novo formato, diz, deixará de exercer essa influência.     A União pretende que o Enem seja a forma de seleção de calouros de todas as universidades federais. O exame passará de 63 para 200 testes e cobrará mais conteúdo. O presidente do Inep (órgão responsável pela aplicação do Enem), Reynaldo Fernandes, rebateu a crítica de Paulo Renato -que criou o exame quando foi ministro no governo FHC. “Hoje o Enem não baliza o ensino médio. Quem faz isso são os vestibulares, que cobram muitos conteúdos específicos.     O novo Enem irá cobrar tanto conteúdo quanto raciocínio.“ Leia abaixo trechos da entrevista com Paulo Renato.       FOLHA – Na posse, o sr. disse que assume a secretaria atendendo a um “compromisso partidário“. A educação ficará em segundo plano até a eleição?   PAULO RENATO SOUZA – A minha vida nega isso. Dediquei a minha vida toda à educação.

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Campanha de Combate à Pirataria do Livro Escolar

Conheça a sentença favorável à Abrelivros referente à Campanha de Combate à Pirataria do Livro Escolar realizada em Natal, Rio Grande do Norte. Sentença Processo nº: 001.07.246397-0(Necessita do programa Adobe Acrobat Reader)

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Livros didáticos são abandonados em terreno no Pará

Dezenas de livros didáticos foram encontrados abandonados em um terreno no município de Castanhal, no Pará. Os livros, distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático e pelo Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação, são do ensino fundamental. Muitos são novos e ainda estão na embalagem.    Ao lado do terreno em que os livros foram encontrados fica a Associação dos Pais e Amigos de Excepcionais (Apae). No imóvel, foram localizados livros semelhantes aos que foram abandonados. O caso foi denunciado ao Conselho Municipal de Assistência Social de Castanhal. Os livros serão recolhidos e alguns devem ser reaproveitados.    A Apae de Castanhal informou que os livros foram deixados no terreno por um zelador que não tinha autorização da direção para jogá-los fora.     

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