Para ”Economist”, má qualidade da educação ”freia” desenvolvimento do Brasil

Um artigo na edição mais recente da revista britânica The Economist traça um panorama da situação da educação no Brasil e afirma que a má qualidade das escolas, “talvez mais do que qualquer outra coisa“, é o que “freia“ o desenvolvimento do país. A má qualidade da educação é o principal obstáculo para o desenvolvimento do Brasil? Opine Citando os maus resultados do Brasil no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), realizado a cada três anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a revista afirma que, apesar dos grandes investimentos e progressos em setores como política e economia, em termos de educação, o país está “bem abaixo de muitos outros países em desenvolvimento“. A publicação compara a situação brasileira à da Coreia do Sul, que apresenta bons resultados no Pisa. “Até a década de 1970, a Coreia do Sul era praticamente tão próspera quanto o Brasil, mas, ajudada por seu sistema escolar superior, ela saltou à frente e agora tem uma renda per capita cerca de quatro vezes maior“. Sindicatos Para a revista, entre os principais motivos para a má qualidade da educação no país está o fato de muitos professores faltarem por diversas vezes às

Ler mais

Texto principal que acaba com a DRU para a educação aprovado no plenário da Câmara

A obrigatoriedade da educação infantil e do ensino médio está mais perto de se tornar realidade. O texto principal da proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a Desvinculação de Receitas da União (DRU) para a educação foi aprovado na quarta-feira, 3, no plenário da Câmara dos Deputados. Com o fim da DRU para a educação, o MEC passará a contar com cerca de R$ 9 bilhões a mais por ano em seu orçamento, o que permitirá oferecer educação básica gratuita para crianças e jovens de quatro a 17 anos de idade.    “A incidência da DRU na educação já não tem mais sentido”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, em declaração dada ao final de sua participação na 30ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) nesta quinta-feira, 4, em Brasília. De acordo com o ministro, a obrigatoriedade da educação infantil e do ensino médio será possível pelo acréscimo dos recursos na educação e também pelo chamado bônus demográfico, que prevê a queda do número absoluto de brasileiros entre zero e 17 anos de idade num período de dez anos, a contar de 2007 – serão 7 milhões de pessoas a menos nesta faixa

Ler mais

Prêmio Vivaleitura recebe inscrições até 24 de julho

A coordenação do prêmio Vivaleitura 2009 encaminha, na próxima semana, uma carta aos professores da educação básica convidando-os a contar suas experiências com leitura na sala de aula, na biblioteca da escola, em encontros com escritores locais.     A iniciativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), organismo coordenador do prêmio, visa incentivar os professores a relatar suas atividades com leitura e concorrer ao prêmio individual de R$ 30 mil. As inscrições podem ser feitas até 24 de julho. O prêmio é promovido pelos ministérios da Educação e da Cultura, com o patrocínio da Fundação Santillana, da Espanha.    Telma Teixeira, que coordena o prêmio na OEI, diz que o professor pode relatar trabalhos que desenvolve com sua classe, tais como, a hora do conto, roda de leitura na biblioteca da escola ou da cidade, a realização de encontros com escritores locais para motivar os estudantes a ler, a participação dos pais contando histórias para as crianças, concursos de redação. Segundo Telma, a maioria dos professores tem o que contar sobre leitura, independente da série que trabalham, da creche ao ensino médio.    Além das experiências dos professores, o Vivaleitura também vai

Ler mais

Secretaria deve devolver duas obras do programa de leitura de SP

A Secretaria de Estado da Educação deve devolver ou sugerir trocas às editoras de duas das seis obras excluídas do programa Ler e Escrever por considerá-las “completamente inadequadas“ para uso escolar. Ontem, o secretário Paulo Renato Souza admitiu que nem todas as obras foram lidas na íntegra antes de serem enviadas às escolas. O programa é voltado para o reforço da alfabetização de crianças de 6 a 10 anos.    Considerada a “mãe“ do Ler e Escrever, a professora Iara Prado disse que os erros na seleção ocorreram porque o governo teve “pressa“ para colocar os livros nas escolas. A rede estadual tem mais de 5 mil colégios e cerca de 5 milhões de alunos. As duas obras devolvidas são Um Campeonato de Piadas, que teve o conteúdo considerado pela pasta como “preconceituoso“, e Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol, tiras dirigidas a adultos, com palavrões, conotação sexual e alusão ao crime organizado.    Os outros quatro títulos serão encaminhados para salas de leitura de escolas de ensino médio e de Educação de Jovens e Adultos (antigo supletivo). Foram gastos R$ 149 mil com as seis obras retiradas, dos quais R$ 53 mil com as devolvidas. 

Ler mais

Matemática também é feminina

Uma questão polêmica defendida em diversos círculos acadêmicos envolve a noção de que as mulheres teriam naturalmente menos facilidade do que os homens para a compreensão da matemática, especialmente em seus níveis mais complexos. A controvérsia aumentou ainda mais em 2005, quando o então presidente da Universidade Harvard, Lawrence Summers – hoje assessor econômico do governo de Barack Obama –, comentou que a diferença entre os gêneros seria um dos motivos principais para explicar a escassez de professoras de matemática nas principais universidades dos Estados Unidos. Agora, um novo estudo, que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, afirma que o motivo maior para a disparidade em relação à compreensão matemática entre os públicos masculino e feminino se deve não a fatores biológicos, mas culturais. “Não se trata de uma diferença inerente entre homens e mulheres. Há países em que a disparidade entre os gêneros, com relação à performance em matemática, simplesmente não existe, tanto no nível médio como nos mais altos. Esses países tendem a ser os mesmos em que se verificam as maiores igualdades entre os gêneros”, disse Janet Mertz, professora da Universidade de

Ler mais

CNE estende prazo para envio de sugestões ao ensino médio inovador

O parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre o projeto Ensino Médio Inovador, da Secretaria de Educação Básica, será apresentado no dia 2 de julho. “Alteramos a data final de aprovação para receber e analisar sugestões”, disse o relator do processo, Francisco Aparecido Cordão, durante audiência pública sobre o projeto nesta segunda-feira, 1º, no CNE. Sugestões podem ser encaminhadas ao Conselho até 15 de junho.     A proposta do Ministério da Educação pretende melhorar a qualidade do ensino médio, de maneira a garantir acesso, permanência e educação que faça sentido ao jovem no mundo de hoje. Para a secretária de educação básica, Maria do Pilar Lacerda, a discussão sobre o novo Enem como forma de acesso à educação superior favorece uma nova concepção de ensino médio.    “Temos de levar a discussão do acesso ao ensino superior muito a fundo para mexer a fundo no currículo do ensino médio.” Na visão dela, hoje o currículo voltado para a memorização de conteúdos, especialmente em função dos processos de vestibular, e a organização rígida, em 12 disciplinas, dificulta a reestruturação deste nível de ensino.    Pela proposta do ministério, haveria a ruptura da atual estrutura curricular – organizada em disciplinas

Ler mais

Autores europeus se reúnem contra o Google

‘É como uma luta de Davi contra Golias, mas não vamos deixar que o Google ganhe bilhões de dólares às custas dos autores”, diz o escritor Roland Reuss. Ele é o responsável pelo “Apelo de Heidelberg”. Assinado por 2.470 escritores e editores da Alemanha, Áustria, Suíça e Noruega, o documento, que foi enviado há poucas semanas ao governo alemão, exige um fim da violação dos direitos autorais praticados pelo Google Book Search. Entre os signatários, há escritores famosos como o prêmio Nobel Günter Grass, o seu editor, Gerhard Steidl, o filósofo Hans Magnus Enzensberger, bem como escritores menos conhecidos da Áustria, Suíça e Noruega. Reuss, professor de literatura da Universidade de Heildelberg, recebeu também o apoio do Japão e da França, onde autores e editores aguardam com expectativa o desfecho da disputa na Alemanha para procurar caminhos semelhantes. Empresa tem lucro com livros ’órfãos’ Os alemães querem botar o Google contra a parede e não estão dispostos a aceitar um acordo como o proposto em outubro do ano passado pela empresa gigante aos autores e editores dos Estados Unidos. Segundo Oliver Klug, do Google Alemanha, esse acordo daria uma quantia fixa de US$ 60 por cada livro escaneado, bem como

Ler mais

Grande festa literária

Em sua segunda edição, o Festival da Mantiqueira – Diálogos com a literatura se consolida como uma grande festa dos livros no cenário nacional dos festivais literários. Nos últimos três dias de maio, 29 a 31, o evento aconteceu na charmosa São Francisco Xavier, ao pé da Mantiqueira, em São Paulo, reunindo grandes nomes da literatura brasileira. O evento também contou com a primeira participação internacional: o português Miguel Souza Tavares, que perguntado disse ser contra o Acordo Ortográfico, pois “quer acabar com as diferenças que são marcas de cada cultura; e as culturas são belas e devem ser preservadas como são.” No sábado, os encontros com os dez finalistas do Prêmio São Paulo de Literatura 2008 – os cinco melhores e os cinco melhores estreantes – foram cativantes. Interessante a preocupação dos estreantes – mais novos – com a falta de “silêncio” e a necessidade de reflexão no dia a dia; revelaram-se bons pensadores, além de já reconhecidos grandes escritores. Luis Fernando Veríssimo, depois de uma mesa brilhante com Luiz Alfredo Garcia-Roza e Flávio Carneiro discutindo Edgar Alan Poe, foi “obrigado” a fazer duas apresentações com o seu grupo Jazz 6, já que a casa não comportava o grande

Ler mais

SC recolhe livro com conteúdo erótico de escritor premiado

A Secretaria da Educação de Santa Catarina decidiu recolher os exemplares de um livro do premiado escritor Cristóvão Tezza que possui um trecho considerado erótico. “Aventuras Provisórias“, publicado pela primeira vez em 1989, foi distribuído para uso em salas do ensino médio da rede estadual. De acordo com nota oficial da pasta, o recolhimento foi determinado após dois professores lerem o livro antes da utilização em sala e comunicarem aos superiores. Foram recolhidos nas escolas 130 mil exemplares da obra. O livro já conquistou o Prêmio Petrobras de Literatura (2º lugar na categoria novela). Em 2008, Tezza ganhou com outro livro (“O Filho Eterno“) os prêmios Jabuti de melhor romance, Bravo! de melhor obra e Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. Um trecho da obra recolhida diz: “A tua grande fraqueza -me disse Mara na cama, a primeira vez, quando eu broxei vergonhosamente mesmo depois de baixar a calcinha dela com os dentes e chupá-la como um pêssego maduro, na boca um gostinho de sal molhado- é que teu orgulho te castra“. De acordo com a secretaria, o livro também possui palavras e expressões como “porra“, “me fodendo a troco de bosta“ e “caralho“. Catarinense radicado em Curitiba, Tezza

Ler mais
Menu de acessibilidade