Balanço geral

Os dias 1 a 5 de julho não foram os mais ensolarados que a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) já viveu, mas as mesas foram esquentando até que no final da tarde de sexta-feira, 3/7, a temperatura ferveu com Chico Buarque e Milton Hatoum. A mais concorrida mesa da 7ª Flip agitou plateia, jornalistas e fotógrafos, e transformou a redondeza das duas tendas, e também a Livraria da Vila, em um formigueiro humano. O sábado, 4/7, reservou Sophie Calle e Grégoire Bouillier juntos “Entre quatro paredes”, Gay Talese e Antonio Lobo Antunes. Talese deu uma aula de jornalismo e criatividade em sua conversa com Mario Sérgio Conti, e Lobo Antunes foi aclamado por muitos como o melhor na Flip em suas sete edições. Marcelino Freire, escritor brasileiro, resumiu no Twitter do PublishNews: “O Lobo solitário, o Lobo predador, o Lobo bom. Demais! Inesquecível! O esplendor de Portugal.” Já na última mesa – “Livro de cabeceira” – Sophie escolheu Bouillier para a sua cabeceira… E não se pode falar da Flip sem mencionar a Flipinha, que só com o projeto Mediadores de Leitura, desenvolvido com as escolas públicas e privadas da cidade, atinge 5 mil crianças. E agora temos ainda

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Mudanças no ensino médio

Por unanimidade, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a proposta do Ministério da Educação (MEC) que reformula radicalmente o currículo do ensino médio – o mais anacrônico e desvinculado da realidade social e econômica do País, quando comparado aos programas do ensino fundamental e superior. A reforma visa a tornar mais atraentes as três séries desse ciclo, que há muitos anos vem registrando taxas preocupantes de evasão no âmbito da rede escolar pública. Segundo o último censo escolar, enquanto 97,6% das crianças e jovens de 7 a 14 anos estão matriculados no ensino fundamental, na faixa dos 15 aos 17 anos apenas 82,1% estudam. E, desse total, só 48% frequentam o ensino médio. Além da falta de qualidade, o ensino médio há muito tempo vive uma crise de identidade, uma vez que não prepara os estudantes nem para os vestibulares nem para o mercado de trabalho. As avaliações do MEC revelam que, enquanto nas escolas convencionais de ensino médio o desinteresse dos alunos é crescente, nas escolas técnicas federais as vagas são tão disputadas que foi necessário criar um rigoroso exame de seleção. O ensino médio é de alçada dos governos estaduais, que são responsáveis por 85% das matrículas.

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Escritores protestam contra acordo ortográfico

Um antigo casarão de Paraty foi palco na manhã desta sexta (3) de um protesto contra o acordo assinado entre oito países de língua portuguesa para uniformizar a ortografia. Os autores angolano Ondjaki e brasileiro Marcelino Freire acusaram o acordo de atender a interesses comerciais e chamaram a atenção para o impacto das novas regras para as próximas gerações. “Eu adotei o acordo para os textos que publico, mas o faço com profundo pesar. Trata-se de uma questão comercial“, disse Freire, autor de “Balé ralé“. As reservas de Ondjaki quanto à implantação do acordo recaem sobre a educação infantil. “Como vamos educar, do ponto de vista da grafia, as próximas gerações? Qual é o plano para as crianças?“, questionou o angolano, que publicou “Bom dia, camaradas“. Os dois participaram da mesa literária Acordo ortográfico em questão, na Casa da Cultura, dentro da programação oficial da VII Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Ondjaki queixou-se ainda da falta de uma ampla consulta que referendasse o acordo. “Os países não foram auscultados. Apenas um grupo de pessoas tomou a decisão. Não está claro que a maioria quer as mudanças. A decisão veio de cima. Não pode ser uma decisão política. A língua

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MinC promete debate sobre legislação brasileira do Direito Autoral

Em reunião realizada no dia 24/6, com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Raimundo Cezar Britto, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, priorizou o diálogo das metas e ações conjuntas entre os órgãos para o debate da reforma da legislação brasileira do Direito Autoral. Durante o encontro, o presidente da OAB citou a questão da disponibilização de obras musicais brasileiras pela Internet e sobre o não-recebimento dos direitos autorais pelas músicas ‘baixadas’ legalmente na Rede Mundial de Computadores. O ministro Juca Ferreira citou que da maneira como a lei funciona atualmente o autor se desfaz de muitos direitos sobre sua própria criação e garantiu que um texto de Projeto de Lei sobre a matéria está sendo elaborado e aguardando para ser debatido. Juca Ferreira também disse considerar que a atual legislação é falha quando não define a participação governamental na fiscalização da arrecadação e distribuição desse tributo, e sugeriu que a discussão seja levada à sociedade e à classe artística. “Sempre tivemos a ideia de um fundo perdido quando, na verdade, é uma das economias mais promissoras, pois é responsável por cerca de 5% do PIB brasileiro.” Cezar Britto ressaltou que o Ministério da Cultura conta

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Doação de livros em SP

Bibliotecas comunitárias da cidade de São Paulo interessadas numa grande doação de livros em ótimo estado podem se candidatar. O acervo inclui coleções, obras de pensadores, enciclopédias, romances, didáticos e livros de arte, entre outros, da biblioteca familiar de Naná Lavander. As obras já estão até encaixotadas. Mais informações pelo e-mail nanalavander@gmail.com . 

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Por um Brasil literário!

Entidades como a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, o Instituto C&A, o Instituto Ecofuturo e a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil lançaram nesta quinta (2/7), em Paraty, o seu Manifesto por um Brasil Literário. O escritor Bartolomeu Campos de Queirós, que tem dedicado sua vida a esta causa, fez a leitura do documento, acompanhada de um debate sobre a importância da leitura literária e as políticas de promoção da leitura.  É o pontapé inicial para um amplo debate e um movimento em favor da leitura literária (veja mais em http://www.brasilliterario.org.br ). 

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Prazo para escolha do livro didático termina neste domingo

Foi prorrogado até 23h59 do próximo domingo, 5 de julho, o prazo para que diretores e professores da rede pública do ensino fundamental façam a escolha dos livros didáticos que serão utilizados por alunos do 1º ao 5º ano no período de 2010 a 2012. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) decidiu estender o período – que terminaria amanhã, dia 2 – para que todas as escolas possam exercer o direito de selecionar as obras do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).     “A maior parte das 122 mil escolas já realizou a escolha com sucesso”, afirma o diretor de ações educacionais do FNDE, Rafael Torino. “O prazo não será mais alterado, pois temos a expectativa de que os trabalhos sejam concluídos até domingo.”     Com conteúdo já adaptado ao novo acordo ortográfico da língua portuguesa, as disciplinas à disposição para escolha são: letramento e alfabetização linguística e alfabetização matemática (1º e 2º ano); geografia, história e ciências (2º ao 5º ano); língua portuguesa e matemática (3º ao 5º ano); e história regional e geografia regional (4º ou 5º ano).     Guia – Como orientação aos professores e diretores, o FNDE elaborou, em parceria com

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CNE aprova proposta de mudanças curriculares

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta terça-feira, 30, em Brasília, por unanimidade, a proposta do Ministério da Educação para apoiar experiências curriculares inovadoras no ensino médio. A partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento do ministério para implantar mudanças curriculares capazes de melhorar a qualidade da educação oferecida nesse nível de ensino e ainda torná-lo mais atraente.     “Esperamos que essa proposta seja acompanhada e avaliada e possa se tornar uma política universal”, disse a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda. De acordo com ela, a intenção é que o programa seja estendido e que todas as escolas que oferecem ensino médio possam adotar as mudanças curriculares debatidas. “Nossa intenção não é ter escolas modelos, mas que todas possam oferecer ensino de mais qualidade”, completou o coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões.    Pela proposta, o ministério financiará projetos de escolas públicas que privilegiem, entre outras mudanças, um currículo interdisciplinar e flexível para o ensino médio. A intenção é que a atual estrutura curricular – organizada em disciplinas fragmentadas – seja substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia

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Leitura facilitada

Um prancha de leitura acoplada a uma lupa, destinada a pessoas com baixa visão, foi criada por pesquisadores da Bonavision Auxílios Ópticos, empresa incubada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP). O produto mantém fixos a linha de leitura e o foco, proporcionando conforto em leituras prolongadas realizadas por pessoas com faixa de visão subnormal, termo utilizado para descrever a visão remanescente em indivíduos que sofrem de patologias como diabete, catarata ou glaucoma. Esse comprometimento da função visual impossibilita afazeres habituais mesmo após tratamento ou correção dos erros refrativos com o uso de óculos ou lentes de contato. O desenvolvimento contou com apoio da FAPESP por meio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual (PAPI). “A visão subnormal compreende indivíduos com acuidade visual corrigida entre 0,05 e 0,3 no melhor olho, ou seja, que enxergam em um campo de visão entre 5% e 30%, porcentagem que atinge cerca de 3/4 de todos os deficientes visuais do país”, disse José Américo Bonatti, coordenador do projeto e pesquisador da Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, à Agência FAPESP. Calcula-se que

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