MEC lança Conferência Nacional de Educação

Firmar um pacto e aprimorar a educação brasileira na busca de se discutir parâmetros de um sistema nacional. Esses são os objetivos da Conferência Nacional de Educação, anunciada ontem, 8, pelo ministro da Educação, Cristovam Buarque. A conferência está prevista para acontecer entre os dias 27 e 29 de novembro na capital federal.    “Estamos iniciando o processo de uma verdadeira proclamação da República no Brasil”, disse o ministro. Ele acrescentou que é preciso haver uma revolução da educação e do saber no País. “A conferência não pode ter limites e deve contar com a participação de todos os setores da sociedade”, defendeu. “Ou ela é ampla, geral e irrestrita ou não vai funcionar”, completou.    O evento é uma parceria do Ministério da Educação (MEC), Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Os temas centrais a serem discutidos na conferência serão a construção do sistema educacional e o financiamento da educação.    Hoje a educação, de acordo com Cristovam Buarque, é baseada em um tripé formado por escola, casa e mídia. “Não adianta ficar na escola se a mãe não vai lá visitar e cobrar

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Cresce desigualdade entre latinos, diz Bird

A América Latina aprofundou sua condição de região mais desigual do mundo durante os anos 90, comprometendo qualquer esforço para a retomada de um crescimento sustentável.    O Brasil, apesar de uma pequena melhora nos últimos anos, segue apresentando um dos maiores abismos entre pobres e ricos no mundo.  As conclusões são do estudo “Desigualdades na América Latina: Rompendo com a História?“, de 498 páginas, apresentando ontem pelo Bird (Banco Mundial).    O órgão afirma que a América Latina sofre hoje de “excesso de desigualdade“ e defende, especialmente para o Brasil, políticas urgentes de cotas para minorias como forma de “romper o ciclo histórico“ que perpetua as diferenças na região.    O trabalho enfatiza que a desigualdade não será eliminada -“como demonstram os últimos 50 anos“- apenas com medidas econômicas.    “A desigualdade na região tem raízes históricas, no processo de colonização, e tem sido reproduzida e mantida ao longo do tempo“, diz o economista brasileiro Francisco Ferreira, um dos autores do estudo.    Políticas de inclusão de minorias, acesso a crédito e a propriedades, a serviços básicos (especialmente a educação) e até uma presença maior do Estado -com um consequente fortalecimento das instituições democráticas- são apresentados como “fundamentais“ para

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Editoras de didáticos ensaiam fusões

A cada dois anos, o governo federal, o principal comprador de livros didáticos do país, reforça os pedidos de obras que serão utilizadas no ensino para as escolas públicas. Esse movimento de reposição acontecerá agora, tendo como objetivo o ano letivo de 2004. Isso deve movimentar R$ 580 milhões em negócios no setor. Não é só isso: fusões de empresas estão a caminho.    A companhia espanhola Santillana, divisão do grupo de mídia Prisa, manteve conversas com a editora Ática/Scipione, o maior grupo no segmento de livros didáticos no país, com quase 30% do setor. Estão interessados em comprar a editora, controlada pelo grupo Vivendi e pela Abril.    Há também empresas do ramo e grupos de investidores brasileiros e americanos sondando o grupo. “Se aparecer uma proposta interessante, pode haver negócio. Mas já vimos casos de outras companhias, como a Saraiva, que estiveram à venda no passado mas, por conta da falta de boas propostas, nada foi fechado“, diz Alfredo Chianca, diretor editorial e comercial da Ática.    O interesse da companhia espanhola na Ática/Scipione cresceu depois que a Vivendi informou ao mercado, no começo de 2003, o seu interesse em vender a sua divisão editorial.    O caso

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Concorrentes do Brasil investem mais em educação

  Aumenta o gap entre escolaridade dos brasileiros e a de outros países em desenvolvimento, segundo estudo da OCDE     Países em estágio de desenvolvimento equiparável ao do Brasil, como México, Índia, Portugal e Irlanda, estão investindo mais no ensino e ampliando o tempo de instrução escolar de seus cidadãos, segundo dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) no seu relatório anual sobre Educação. México e Irlanda têm investido 18% do seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita por estudante matriculado, da pré-escola à pós-graduação, e a Índia aplica 16%, enquanto o Brasil investe 14%. Num ranking de 45 países, o Brasil tem abaixo de si apenas Federação Russa e Indonésia, com 11%.     Segundo o relatório, o volume investido em instituições educacionais no México, Irlanda e Portugal cresceu de 20% a 38% entre 1995 e 2000. Na Grécia, o investimento cresceu 40% no mesmo período. Os 30 países-membros da OCDE investem em educação 5,9% do PIB coletivo. Se o Brasil luta para alcançar o nível destes países quanto à qualificação de sua população, a notícia é ruim: a distância em relação a eles vem aumentando, e não diminuindo. “Há evidências de que, na

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Informações sobre escolas públicas estão na Internet

O usuário de informações educacionais pode desde o dia 06/10 acessar informações de todas as 180 mil escolas públicas da educação básica na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) na Internet. O novo sistema, batizado de Dataescolabrasil, está disponível nos endereços: Dataescolabrasil ou do Inep e permite a obtenção de dados por unidade escolar.     Para José Marcelino de Rezende Pinto, diretor de Tratamento e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, o objetivo é dar mais transparência aos dados coletados por meio do Censo Escolar, oferecendo à população uma ferramenta para o acompanhamento e o controle social das escolas. “O sistema também facilita a obtenção de dados por parte dos gestores dos sistemas educacionais”, afirma.     No Dataescolabrasil, o interessado vai encontrar informações sobre o número de alunos matriculados, de turmas e de funções docentes para cada nível de ensino existente na escola. Também estão disponíveis dados sobre instalações, incluindo salas de aula, bibliotecas, laboratórios, e que informam se o estabelecimento conta com energia elétrica, esgoto, coleta de lixo e água.     Poderão, ainda, ser conhecidos os equipamentos de suporte pedagógico disponíveis, como microcomputador, televisão e acesso à Internet. Do mesmo

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Crianças sustentam mercado de livros

Didáticos, infantis e juvenis representam 76% da cena editorial brasileira. Literatura adulta perde espaço     Ao longo do século 20, o mercado editorial brasileiro se transformou. Livros didáticos e infantis ganharam terreno, as obras traduzidas cederam espaço para autores nacionais e a literatura adulta perdeu posições no ranking. As mudanças ficam claras com a comparação das Estatísticas do Século 20, divulgada na segunda-feira pelo IBGE, com números de estudos recentes de instituições como a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).     Os didáticos, que em 1963 representavam 28% dos exemplares vendidos no país, hoje respondem por uma fatia de 51%. A explicação é simples: nos últimos anos, o governo federal passou a comprar em grande volume.     – O governo passado fez um grande esforço para universalizar a distribuição dos livros didáticos. Isso aumentou o número de títulos e de exemplares – avalia Marino Lobello, vice-presidente da CBL.     Crescimento semelhante pode ser notado no segmento dos livros infantis e juvenis. No início da década de 70, eles representavam 8% da tiragem dos lançamentos. Hoje, o número de exemplares vendidos já corresponde a 25% do mercado, com expectativa

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Congresso Internacional

O 1o. CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E A GESTÃO COLETIVA DOS CRIADORES VISUAIS acontecerá no Imigrantes Centro de Exposições nos dias 22 e 23 de outubro de 2003. Será uma oportunidade única que se abre em São Paulo de conferir e debater de perto com as maiores autoridades e especialistas em gestão coletiva de direitos de autores visuais, nacionais e internacionais.      1o. CONGRESSO INTERNACIONAL   SOBRE DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E A  GESTÃO COLETIVA DOS CRIADORES VISUAIS    ORGANIZAÇÃO  OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual    COOPERAÇÃO  MINC – Ministério da Cultura do Brasil – Gerência de Direito Autoral  CISAC – Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores  AUTVIS – Associação Brasileira dos Direitos de Autores Visuais  ABDA- Associação Brasileira de Direito Autoral    REALIZAÇÃO  AMFN – Alcantara Machado Feiras de Negócios      IMIGRANTES CENTRO DE EXPOSIÇÕES  São Paulo – SP – Brasil  22 e 23 de outubro de 2003    22/10/03  08:00 – 08:45 – Credenciamento    09:00 – 09:45 – Abertura  Pronunciamentos dos:  – Representante do setor da criação visual no Brasil (AUTVIS), São Paulo  – Representante da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), Genebra  – Representante da Confederação Internacional

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Buarque propõe criação de Fundo Mundial para Educação

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, propôs ontem (02) a criação de um fundo internacional para financiar e apoiar a Educação em todo mundo. A proposta foi feita durante a 32.ª Conferência Geral das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris. A idéia do ministro é que o fundo fosse administrado pela própria Unesco.     Aplaudido pelos participantes da conferência, Buarque explicou que os recursos para formação do fundo podem vir, imediatamente, de parte do valor pago pelos países pobres para saldar a dívida externa. Com a conversão de apenas 20% do serviço da dívida, aqueles países ganhariam como um aporte anual de US$ 60 milhões para a Educação de seus povos.     O ministro foi além e propôs ainda que o dinheiro do Fundo seja aplicado no financiamento de três ações: alfabetização de jovens e adultos; implantação e expansão do Programa Bolsa-Escola na América Latina e na África; e formação de professores. Para Cristovam, a iniciativa pode impulsionar o progresso ético da humanidade, o equilíbrio ecológico, a diminuição dos movimentos migratórios, o intercâmbio de culturas e a consolidação da paz.     O encontro termina no dia 17 de outubro e

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O Brasil no século

A população foi multiplicada por 10, a expectativa de vida dobrou, o analfabetismo é cinco vezes menor que há 80 anos, a religião católica perdeu terreno, a dívida externa está 810 vezes maior, a inflação do período foi de mais de um quintilhão por cento; foram cometidos mais crimes contra o patrimônio e menos contra a pessoa     No século 20, o Brasil aumentou em dez vezes a população e multiplicou por cem sua riqueza. No entanto, resta o desafio de reduzir a desigualdade entre ricos e pobres. Em 1900, o Produto Interno Bruto (PIB) equivalia a cerca de R$ 1 bilhão, para uma população de 17,4 milhões de pessoas. Em 2000, chegou a R$ 1 trilhão para 169,6 milhões de brasileiros, segundo a publicação Estatísticas do Século 20, lançada ontem pelo IBGE.     O principal desafio, diz o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, “é trabalhar essa riqueza para que a população possa usufruir do crescimento e do desenvolvimento do País“. Em 1960, a renda total dos 10% mais ricos era 34 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Trinta anos depois, a diferença havia saltado para 60 vezes. No mesmo período, o índice Gini, que mede

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