Escolas terão de assinar termo para receber obras

Em uma iniciativa para combater o descarte indevido de livros didáticos, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) mudou as regras de participação no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Com a publicação da Resolução do FNDE nº 60, do dia 20 último, as escolas públicas federais e as secretarias de educação estaduais, municipais e do Distrito Federal devem assinar termo de adesão ao programa para que as escolas indiquem os livros.     Até então, todas as escolas públicas recebiam o material, exceto aquelas que se manifestassem em contrário. O PNLD distribui gratuitamente obras para estudantes da educação básica da rede pública.   “Invertemos o procedimento”, afirma o diretor de ações educacionais do FNDE, Rafael Torino. “Agora, quem não aderir formalmente ao programa não receberá os livros didáticos.” O termo de adesão, que valerá para a distribuição das obras a partir de 2011, estará acessível na página eletrônica do FNDE em janeiro de 2010. O documento precisa ser firmado e devolvido até o fim de maio do ano que vem. A Resolução nº 60/2009 também confirma a distribuição de livros didáticos de inglês, espanhol, sociologia e filosofia. A partir de 2011, as obras de língua estrangeira serão distribuídas

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Correção de fluxo escolar terá investimento de R$ 78 milhões

Mais de 680 mil estudantes do ensino fundamental que estão em séries ou anos incompatíveis com a idade receberão atendimento específico durante o ano letivo de 2010, até superar a defasagem. Para vencer esse obstáculo em escolas de 1.147 municípios, o Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 78 milhões.   A correção do fluxo escolar será feita com o uso de tecnologias educacionais desenvolvidas pelos institutos Ayrton Senna e Alfa e Beto e pelo Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação (Geempa). Todas elas pré-qualificadas pelo MEC.   No conjunto, as três entidades vão atender instituições de ensino dos 26 estados que pediram ajuda tecnológica para enfrentar o problema. Essas escolas registraram baixos índices de desenvolvimento da educação básica (Ideb) em 2005 e 2007. A média nacional do Ideb em 2005 foi de 3,8 pontos e em 2007, de 4,2 pontos, numa escala até dez.   De acordo com o coordenador-geral de tecnologias da educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Raymundo Carlos Machado Ferreira Filho, o Instituto Ayrton Senna será responsável pelo atendimento a 505 municípios e a 276,3 mil alunos. A tecnologia usada será o programa Acelera, Brasil. O Instituto Alfa

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Obras para neoleitores terão edição de 300 mil exemplares

O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira, 26, a relação dos vencedores do 3º Concurso Literatura para Todos. Cada escritor selecionado receberá um prêmio de R$ 10 mil, em dinheiro, e as obras, que integrarão a coleção Literatura para Todos, serão publicadas com tiragem de 300 mil exemplares.   O público-alvo dos livros premiados são os chamados neoleitores, jovens com mais de 15 anos e adultos que participam do programa Brasil Alfabetizado em todo o país e nas escolas públicas com turmas de educação de jovens e adultos (EJA). A premiação será no dia 4 de dezembro, no encerramento da 6ª Conferência Internacional de Jovens e Adultos (Confitea), evento que acontece de 1º a 4, em Belém. No gênero poesia foram premiados quatro autores: Maria Amélia de Amaral e Elói com a obra Poesia torta; Alexandre Jorge Marinho Ribeiro, com Poemas de pouco empenho; Adriano Bitarães Netto, com Poesia da indagação; e José Luís Tavares (de Cabo Verde, África), com À bolina ao redor do Natal. Dois autores venceram no gênero prosa: Mayrant Gallo, com Moinhos, e Carlos Augusto de Almeida, com Tempo de chuva. No gênero tradição oral venceu Marco Aurélio Pinotti Catalão, com No cravo e na ferradura;

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Maior qualidade já estimula compras de produto chinês

De olho no aumento da qualidade e da competitividade do papel asiático nos últimos anos, importadores, distribuidores e indústrias gráficas do Brasil vêm gradualmente ampliando as compras na região, sobretudo na China e na Indonésia, em busca de alternativas aos fornecedores europeus e americanos.   Até aqui o movimento tem se concentrado em algumas linhas de produtos para imprimir e escrever como papel couchê e off set “woodfree”, feitos a partir de polpa pura de celulose, livre de lignina.   “Todo mundo está indo comprar na Ásia porque nos últimos quatro ou cinco anos é lá que estão sendo feitos os grandes investimentos em capacidade instalada, enquanto os europeus até fecham fábricas devido aos altos custos de produção”, explica Mário Vicencio, diretor da importadora Paperx, de São Paulo, vinculada à canadense Copap.   De acordo com a Associação da Indústria de Papel da China, a China Paper Association, a produção do setor no país cresceu de 11 milhões para 19 milhões de toneladas de 2002 a 2008 e neste ano deve chegar perto de 20 milhões de toneladas.         Gigante asiática mira o mercado brasileiro  Valor Econômico – Por Sérgio Bueno   Ao mesmo tempo em que

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Brasil pode cumprir meta de universalização do ensino

O Brasil está próximo de alcançar a meta de universalização da educação primária, um dos oito objetivos do milênio estabelecidos em 2000 pela ONU para 2015. O documento foi assinado por 191 Estados-membros da organização.    Em 2007, último período de análise disponível nos dados oficiais, o índice de crianças brasileiras de 7 a 14 anos que frequentavam a escola básica era de 97,6% -contra cerca de 80% das crianças nessa faixa etária no começo dos anos 90. A média, no entanto, esconde disparidades importantes, entre elas a baixa frequência   escolar em regiões isoladas, sobretudo no Norte e no Nordeste. Os altos índices de evasão escolar no ensino fundamental e no ensino médio igualmente prejudicam a avaliação positiva.   Na média global, segundo dados do Pnud (Programa da ONU para o Desenvolvimento), a realidade escolar é pior. A média de matrículas do ensino básico no planeta cresceu de 80% das crianças em idade escolar em 1991 para 88% em 2005. “Mais de 100 milhões de crianças em  idade escolar continuam fora da escola. A maioria são meninas que vivem no sul da Ásia e na África Subsaariana”, relata o Pnud em seu site institucional. Na América Latina e Caribe, segundo

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Educação exige presença do setor privado

Para especialistas no assunto de mais de 120 países reunidos em Doha, investimento não depende apenas do setor público. Educação do século 21 requer investimentos complexos que muitas vezes o Estado não dá conta de suprir, diz diretora-geral da Unesco.    É um debate polêmico. Afinal, não é dever do Estado garantir educação de qualidade para toda a população? A resposta é positiva para grande parte dos especialistas, mas não encontra respaldo na realidade. Mesmo gestores que sempre defenderam o financiamento estatal como modelo único para a universalização da educação, caso do ex-chanceler alemão Gerhard Schröder, começam a jogar a toalha.   Garantir o acesso a uma educação básica de qualidade, um dos desafios do milênio estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas) para 2015, exigirá mais do que recursos e esforços do setor público. Exigirá, também, uma participação ativa do setor privado, seja na exploração do segmento, seja no financiamento de atividades educativas e no engajamento com os governos. Essa é a síntese de debates realizados na última semana em Doha (Qatar) durante o World Innovation Summit for Education (Wise), encontro que reuniu especialistas em educação de mais de 120 países.   “O direito à educação não é garantido

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Debates sobre a educação trazem especialistas de vários países a Brasília

Especialistas de 16 países estarão reunidos a partir desta segunda-feira, 23, em uma semana de conferências e debates no Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT). O Brasil é a sede do evento, que vai até sexta-feira, 27, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O público estimado é de 15 mil participantes.   O encontro será aberto às 19h, no ginásio Nilson Nelson, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Educação, Fernando Haddad. A cerimônia contará com as apresentações da Escola de Teatro Bolshoi e do Grupo Tholl Trupe Circense.   Estudantes, professores, pesquisadores, trabalhadores, governos, sindicatos, associações e sociedade civil organizada são os convidados a dividir experiências, compartilhar conhecimento e levantar propostas para integrar a plataforma mundial da educação, além de colaborar para a promoção de melhorias das políticas públicas de educação. O tema do evento é educação, desenvolvimento e inclusão. Conferencistas de quatro continentes já estão confirmados na programação. Nomes como Filomena de Fátima Vieira Martins (Cabo Verde), Leonardo Boff, Miguel Nicolelis e Paul Singer (Brasil), Bernard Charlot (França), Maria Victoria Angulo (Colômbia), Álvaro Marchesi (Espanha), Alessio Surian (Itália), Liliana Rodrigues (Portugal) e Changhong Yuan (China).

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A internet deve ser uma aliada na formação de leitores, diz Ministério da Cultura

Crianças e jovens entre 5 e 17 anos leem três vezes mais que os adultos, mas 45% afirmam que o fazem por obrigação. Apenas 26% consideram o hábito da leitura um prazer.Os dados, que estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita em 2007 com 5.012 pessoas em 311 municípios, indicam que o jovem leitor não manterá o hábito da leitura depois de concluída a fase escolar.   A diretora editorial da Editora Record, Luciana Villas-Boas, avalia que, embora envolvidos com os meios eletrônicos, os jovens estão cada vez mais interessados nos livros. Segundo ela, mesmo quando já tiveram acesso ao texto na internet, o jovens não abrem mão da relação física com a  obra.   “O livro é melhor. Além do prazer, a relação física com a obra influencia a absorção do conhecimento e os jovens perceberam isso”, disse Luciana Villas-Boas.   Na tentativa de ampliar o acesso ao livro e incentivar a formação de leitores, o Ministério da Cultura trata a internet como “aliada”. A modernização das bibliotecas públicas inclui a instalação de centros digitais. “Nada substitui o livro. Não vamos cair na armadilha de opor a internet ao livro. Mas, inevitavelmente, a internet leva o jovem

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Governo quer zerar municípios sem biblioteca até junho de 2010

Três em cada quatro brasileiros não frequentam bibliotecas. Para reverter este quadro, ampliar o acesso ao livro e formar novos leitores, o Ministério da Cultura aposta na construção e modernização de bibliotecas municipais.   A meta, segundo o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos, é zerar, até junho de 2010, o número de municípios sem biblioteca. Desde 2004, 1,2 mil foram implantadas. Mais mil foram modernizadas nos últimos dois anos, disse.   “Um acervo desatualizado e pouco atraente não ajuda. É preciso transformar as bibliotecas em espaços culturais, fazer do cartão da biblioteca um passaporte para o universo literário, e não mantê-las como meros depósitos de livros”, afirmou Fabiano dos Santos.   A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios em 2007, revela que o brasileiro não frequenta bibliotecas. Esta foi a resposta dada por 73% dos entrevistados, que representam 126 milhões de pessoas. Os argumentos vão desde a falta de interesse ou hábito pela leitura (24%) à ausência de uma biblioteca próxima (16%). Mesmo os leitores não têm o hábito de ir à biblioteca, como afirmaram 58% dos entrevistados, que representam 55 milhões de brasileiros.  

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