Políticas públicas para o ensino fundamental são debatidas em seminário

Gestores da educação básica estão reunidos em Brasília, nestas terça e quarta-feiras, 8 e 9, para o segundo encontro do grupo de trabalho Fundamental Brasil. O seminário tem o objetivo de discutir as políticas públicas para o ensino fundamental em todo o país.   O desafio número um do ensino fundamental se refere aos jovens de 15 a 17 anos que ainda estão nesta etapa, em distorção idade-série” salientou a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda. Segundo ela, dos cerca de 10 milhões de jovens nessa faixa etária, 4,8 milhões estão no ensino médio; outros 4 milhões, no ensino fundamental e 1,2 milhão não estão na escola.   A correção de fluxo é um dos pontos a serem debatidos durante o encontro, já que 28% dos alunos do ensino fundamental não estão na série certa, de acordo com sua idade. “É um número alto. Precisamos repensar as formas de avaliação do aluno, a reprovação e o currículo das escolas, para garantir aos estudantes acesso, permanência e conclusão dos estudos, junto com a aprendizagem”, destacou Pilar.   A emenda constitucional número 59, que foi promulgada no mês passado e pôs fim à Desvinculação de Receitas

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Agenda: Aberta a adesão ao PNLA

Está aberta, até 15 de dezembro, a adesão ao Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLA 2010).   Podem participar as redes públicas de ensino – com turmas de alfabetização na modalidade educação de jovens e adultos – e os estados e municípios que vão aderir ao ciclo 2010 do Programa Brasil Alfabetizado. Para o PNLA 2010, haverá um novo processo de escolha de obras didáticas de 14 de dezembro de 2009 a 22 de janeiro.   Para receber livros didáticos no próximo ano, os interessados devem assinar o instrumento de adesão na página eletrônica do programa, informar CNPJ da instituição e CPF do dirigente e selecionar o tipo de adesão.   Instituições de ensino superior já podem aderir ao ProUni   Instituições de ensino superior interessadas em aderir ao Programa Universidade para Todos (ProUni) têm até o dia 11 de dezembro para emitir o termo de adesão ao programa. A Portaria Normativa nº 15, que estabelece os procedimentos referentes ao processo seletivo do primeiro semestre de 2010, foi publicada nesta segunda-feira, 30 de novembro, no Diário Oficial da União. O ProUni concede bolsas de estudos parciais e integrais a estudantes de cursos de

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Caem índices de analfabetismo e de alfabetismo rudimentar

A proporção dos chamados analfabetos absolutos – aqueles que não sabem ler nem escrever nada, inclusive o próprio nome – entre 15 e 64 anos caiu de 9% para 7% entre 2007 e 2009 no Brasil.   Em 2002, esse percentual estava em 12%. Os dados são da pesquisa Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), realizada pelo Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação Educativa. Apurado desde 2001, o indicador mede os níveis de alfabetismo funcional da população brasileira entre 15 e 64 anos de idade, residente em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país. Dividido em quatro níveis, o Inaf classifica a população brasileira de acordo com suas habilidades em leitura e escrita e em matemática. O indicador mostra uma queda expressiva no percentual de alfabetismo rudimentar (capacidade de localizar informação em textos curtos e familiares, ler e escrever números usuais e realizar operações simples, como contar dinheiro), de 27% para 21% entre 2002 e 2009. Isso amplia consideravelmente a proporção de brasileiros adultos classificados como funcionalmente alfabetizados. A pesquisa deste ano também aponta que cerca de um terço dos brasileiros de 15 a 34 anos alcançaram o nível pleno de alfabetismo – em que

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Atraso, queixas e erros no gabarito

MEC promete divulgar nova lista de respostas certas às 10h de segunda-feira.Abalado após o vazamento da prova que seria aplicada em outubro, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado no fim de semana registrou uma abstenção recorde.     Dos 4,1 milhões de candidatos que se inscreveram, pelo menos 39,5% faltaram. O índice foi o maior de todas as edições do exame, aplicado desde 1998. Mas o grande problema não foi a abstenção, mas a divulgação de um gabarito com pelo menos seis respostas erradas.   O Ministério da Educação anulou o primeiro gabarito e promete divulgar outro hoje, até as 10h. Além deste erro, uma das 45 questões de linguagem foi anulada. A prova que seria realizada em 3 e 4 de outubro foi adiada após a descoberta de vazamento. Com isso, diversas universidades desistiram de considerar a nota nos seus vestibulares. Em Florianópolis, estudantes ficaram revoltados por não conseguir chegar a tempo. Por causa das obras na SC-401, no Norte da Ilha, mais de 100 alunos e perderam o horário. Até fiscais da prova não teriam conseguido chegar a tempo no Complexo de  Ensino Superior de SC (Cesusc), em Santo Antônio de Lisboa.   A prova de sábado

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Cerca de 37% dos municípios de São Paulo não têm currículo escolar

Levantamento feito no Estado de São Paulo aponta que 37% das redes municipais de ensino não possuem currículo para suas escolas. As prefeituras são responsáveis por alunos da educação fundamental.   A adoção de um padrão de aprendizagem nos colégios está prevista na Lei de Diretrizes e Bases de 1996. Não há, porém, punição prevista para quem descumpra a determinação.   A pesquisa sobre a existência de currículos, feita a pedido da Fundação Lemann, entrevistou 323 dos 645 secretários municipais de Educação no Estado (todos foram procurados, mas parte não respondeu). O trabalho traçou um perfil dos gestores e suas práticas.   Sem um programa unificado, cada escola define o que será ensinado aos alunos –as diretrizes nacionais são genéricas. Há a possibilidade de professores da mesma série, do mesmo colégio, ensinarem conteúdos diferentes –o que prejudica a sequência de aprendizagem.   “O aluno que se transferia de escola, às vezes, precisava refazer o ano, de tão diferentes que eram os programas na rede”, diz a secretária de Educação de Diadema (ABC paulista), Lucia Couto, que implementou o programa unificado em 2007.   Educadores apontam duas razões principais para que os municípios não tenham adotado um currículo. A primeira é

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MEC reconhece projetos inovadores no ensino público

 Ações pedagógicas criativas e de promoção do ensino público foram reconhecidas nesta quinta-feira, pelo Ministério da Educação, durante a entrega do 4º Prêmio Professores do Brasil.     Trinta e cinco educadores, de um total de 1.027 inscritos, receberam das mãos do ministro Fernando Haddad o troféu que representa “a confiança na vocação para professor”, como definiu o ministro. O Prêmio Professores do Brasil é promovido pelo Ministério da Educação e instituições parceiras. São selecionadas experiências realizadas ou em andamento que contribuam para a educação.   Nesta edição, além de R$ 5 mil, os professores premiados receberam equipamentos audiovisuais para serem usados nas aulas. Haddad destacou o esforço dos professores premiados para vencer desafios “que todos sabemos que existem, mas só quem está em sala de aula sabe superá-los”. “A escola pública brasileira, com o orçamento que tem, fazer o que faz não é pouca coisa. É vocação, mesmo”, acrescentou.   A secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, lembrou que a dedicação dos professores é fundamental para as políticas públicas implementadas pelo governo. A secretária defendeu ainda que “a mudança necessária na educação brasileira não será feita sem a ajuda dos professores”. O secretário geral

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Haddad fala sobre políticas de educação em programa no rádio

O orçamento do Ministério da Educação mais do que dobrou desde 2005. Isso permitiu a criação de políticas públicas em todas as etapas da educação, da creche à pós-graduação. Este foi um dos assuntos tratados no programa radiofônico Bom dia, ministro desta quinta-feira, 3, em que o ministro da Educação, Fernando Haddad, foi entrevistado.   O Bom dia, ministro é produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e é retransmitido por emissoras de rádio de todo o país.    Haddad também falou sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado a 4,2 milhões de estudantes neste sábado e domingo, dias 5 e 6, e desejou boa prova a todos. “Que tenham bons resultados e consigam sua tão sonhada vaga numa universidade”, disse.   O ministro citou ainda a expansão da educação profissional, que passará de 140 para 354 escolas em 2010. “O compromisso dos institutos federais (de educação, ciência e tecnologia) é com o desenvolvimento sócio econômico local e regional. Cada unidade tem o compromisso de estudar o potencial e a vocação da região para estabelecer junto aos arranjos produtivos locais uma matriz curricular aderente ao potencial da região.”    

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Experiências de estímulo à leitura são debatidas em Belém

Reunidos na oficina Cultura da Leitura e Ambiente de Leitura para Jovens e Adultos, mediada pela princesa Laurentien, da Holanda, expositores e participantes dos cinco continentes expuseram problemas e experiências bem-sucedidas em seus países.   Despertar o hábito de ler em pessoas que só conheceram as primeiras palavras escritas na juventude ou na vida adulta foi assunto de debate na quarta-feira, 2, na 6ª Conferência Internacional de Educação de Jovens e Adultos (Confintea), em Belém.   Da organização indiana Planet Read, cujo lema é Leitura para um Bilhão, Brij Khothari relatou que muitos indianos estão reforçando as habilidades de leitura por meio da televisão. “Constatamos que 700 milhões de pessoas tinham acesso à tevê e assistiam às produções nacionais de cinema”, afirmou. Muito populares no país, os filmes indianos frequentemente trazem música e dança em dialetos locais — são 22 no país. Para atrelar a leitura a um hábito de vida de muitos indianos, a organização resolveu colocar legendas nos filmes. “Assim, a pessoa pode fazer o que gosta e, ao mesmo tempo, ler o que o ator está falando ou cantando.” A maioria dos participantes concordou que o hábito de leitura precisa estar ligado a áreas de interesse do

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Analfabetismo funcional atinge 28% da população brasileira, aponta indicador

Cerca de 28% da população ainda pode ser classificada como analfabeta funcional, enquanto somente 25% dominam plenamente o uso da língua. Essas são algumas informações apontadas pelo Inaf (Indicador de Alfabetismo Funcional) 2009, divulgado na quarta-feira (2).   O índice é apurado desde 2001 pela ONG (Organização não governamental) Ação Educativa e pelo IPM (Instituto Paulo Montenegro).   O Inaf mede os níveis de analfabetismo funcional na população brasileira entre 15 e 64 anos, dividindo em quatro níveis: analfabetismo, alfabetismo rudimentar, alfabetismo básico e alfabetismo pleno. São considerados analfabetos funcionais aqueles que se encaixam nas duas primeiras categorias.   Os dados apontam que houve uma melhora no índice de analfabetismo funcional. O Brasil tinha, em 2007, 34% de pessoas nessa condição, sendo que 9% eram considerados analfabetos e 25% tinham habilidades rudimentares de leitura e escrita. Em 2009, o percentual de analfabetos funcionais caiu para 28% – 21% possuem nível de alfabetização rudimentar e 7% são analfabetos.   Há diversos conceitos para classificar o analfabeto funcional. Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é o indivíduo com menos de quatro anos de estudo completos.   O estudo do IPM mostra ainda que ir

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