Conselho quer vetar livro de Monteiro Lobato em escolas

Parecer sugere que obra não seja distribuída sob a alegação de que é racista. Racismo em “Caçadas de Pedrinho” estaria nas referências à Tia Nastácia e a animais como urubu e macaco.   Monteiro Lobato (1882-1948), um dos maiores autores de literatura infantil, está na mira do CNE (Conselho Nacional de Educação). Um parecer do colegiado publicado no “Diário Oficial da União” sugere que o livro “Caçadas de Pedrinho” não seja distribuído a escolas públicas, ou que isso seja feito com um alerta, sob a alegação de que é racista.   Para entrar em vigor, o parecer precisa ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. O texto será analisado pelo ministro e pela Secretaria de Educação Básica. O livro já foi distribuído pelo próprio MEC a colégios de ensino fundamental pelo PNBE (Programa Nacional de Biblioteca na Escola).   Em nota técnica citada pelo CNE, a Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC diz que a obra só deve ser usada “quando o professor tiver a compreensão dos  processos históricos que geram o racismo no Brasil”.   Publicado em 1933, “Caçadas de Pedrinho” relata uma aventura da turma do Sítio do Picapau Amarelo na procura de uma onça-pintada. Conforme

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Objetivo é unir ensino e diversão

Novas ferramentas integram pedagogia e tecnologia, mas seu uso ainda não é acessível a todos.O burburinho domina a sala de aula.   Em netbooks, alunos do primeiro ano do ensino fundamental comandam animais em uma floresta virtual e compartilham suas descobertas com colegas e com a professora. Ao final da brincadeira, narram em redações as peripécias de seus bichos preferidos. Os textos, depois reunidos em um livro, serão lançados na escola, com direito a noite de autógrafos. A atividade de redação em um colégio da capital paulista, descrita acima, ilustra como tecnologia e pedagogia podem ser integradas a fim de tornar o ensino mais efetivo e divertido.   Além de computador e internet, tecnologias mais recentes, como lousas digitais, estão mudando as feições da velha sala de aula, resquício da Revolução Industrial em um mundo pós- industrial. Algumas instituições chegam a investir 4% de seu orçamento em tecnologia, valor repassado para os pais na cobrança da mensalidade. DESAFIOS   Esses avanços impõem dois grandes desafios para a educação brasileira: a disseminação dessas tecnologias e a capacitação de professores para seu correto uso. O caminho é longo, e novidades como votadores, mesas digitais, realidade aumentada e aulas em 3D ainda estão

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Ministério Público fiscalizará aplicação de recursos do MEC

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) assinaram um termo de cooperação técnica visando a fiscalização da execução dos programas e projetos educacionais do Ministério da Educação, que são executados pela autarquia no Distrito Federal.   A partir de agora, o FNDE enviará ao MPDFT todas as denúncias, queixas e representações em que julgar necessária a atuação do Ministério Público, para investigar e fiscalizar a prestação de contas ou má gestão dos recursos públicos repassados a órgão ou entidade estadual, municipal ou não governamental.   Além disso, vai encaminhar informações sobre convênios, acordos, contratos e transferências de recursos para execução de projetos e programas educacionais.   Por seu lado, o Ministério Público vai apurar os fatos comunicados pelo FNDE, encaminhando à autarquia o resultado dessas investigações.   “O apoio do Ministério Público é imprescindível para que possamos zelar pela boa aplicação dos recursos públicos, principalmente na área da educação”, afirmou Daniel Balaban, presidente do FNDE, à procuradora-geral do MPDFT, dra. Eunice Pereira Amorim Carvalhido, após a assinatura do acordo.      

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Para 25% dos alunos do Ensino Fundamental, ler é sacrifício

Fundação SM propõe reflexão sobre hábitos de leitura em sala de aula durante Fórum de Leitura em São Paulo.   Um em cada quatro alunos do Ensino Fundamental acha que ler é “um sacrifício”, alerta a pesquisa “Leitura e qualidade de ensino”, encomendada pela Fundação SM e realizada por Mara Kotscho Pesquisas de Mercado. Os resultados parciais desse estudo, que investiga os hábitos de leitura de crianças e professores de escolas públicas e privadas de São Paulo, foram apresentados na última sexta-feira (22), durante o Fórum de Leitura promovido pela entidade. A análise das informações obtidas está a cargo das professoras Marisa Lajolo, da Unicamp e do Mackenzie, e Regina Zilberman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).   Segundo Marisa, a pesquisa evidencia a necessidade de se repensar a formação do professor: se este não gostar de ler, dificilmente será capaz de despertar o interesse dos alunos pela leitura.   Para incentivar o desenvolvimento de uma geração de leitores no Brasil, a Fundação SM reuniu, no fórum, representantes do Ministério da Educação, do Ministério da Cultura e da Fundação para o Desenvolvimento da Educação de São Paulo, bem como professores que desenvolvem projetos inovadores em sala de

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Sete coisas digitais que todo editor deve fazer

A revolução digital assusta. Ela está acontecendo em uma velocidade incrível e vai afetar vários aspectos do mercado editorial. É natural, portanto, que todos estejamos um pouco apreensivos. No entanto, a pior atitude seria ficar só olhando o futuro digital chegar sem fazer nada. Pensando nisso, aqui estão sete coisas que todo editor tem de fazer.   1. Começar hoje É isto mesmo. Chega de discutir, de argumentar que o e-book vai demorar ou que vai acabar com o livro em papel. Seja qual for o futuro, próximo ou longínquo, o e-book fará parte dele. Por isso, quanto antes se começar melhor. É claro que não estou dizendo para fazer loucuras ou abandonar o negócio de papel. O que estou sugerindo é que todo editor já deveria começar a fazer experimentações com o formato digital, preparando seus livros ou publicando alguma obra em e-book. Como é um processo relativamente barato – sem estoque, lembra? –, vale a pena começar a brincar.   2. Evitar contratos de exclusividade ou muito longosA verdade é que hoje há mais dúvidas que respostas. Mais dilemas que soluções. Por isso mesmo, ninguém deve aceitar contratos de exclusividade ou que amarrem a empresa por mais de dois

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Novo blog discute o futuro digital do livro

Muito se fala informalmente sobre o livro digital, mas há pouca fonte de informação sobre o assunto em português. Nesta terça-feira (26/10), com a chegada do blog Tipos Digitais, a informação virá mais completa.    O PublishNews procura compensar essa carência diariamente com notícias frescas do mercado internacional e de cada passo dado por uma editora ou livraria daqui rumo a esse novo modelo de negócio. Hoje, com a chegada do blog Tipos Digitais, a informação virá mais completa.   Nele, Carlo Carrenho, diretor do PublishNews, pretende analisar o mercado do livro digital, sempre do ponto de vista que interesse ao mercado brasileiro, mas sem perder o foco nas experiências internacionais.   “A revolução digital já começou e está acontecendo com uma rapidez assustadora. Criei esse blog para apresentar as tendências internacionais e analisar o que ocorre no Brasil. Tipos Digitais está também no Twitter. Para seguir, basta clicar. Acesse o blog: www.tiposdigitais.com/

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Encruzilhada

Etapa intermediária, o ensino médio tem representado o estágio em que a educação deixa muitos alunos para trás. Reformulá-lo tem sido um desafio para vários países.    Tradicionalmente, o ensino médio é uma espécie de filho do meio da educação brasileira, aquele que fica “esquecido” e “pressionado” entre o irmão mais velho e o mais novo. Sem uma identidade clara, com um currículo engessado e excessivamente acadêmico, além de sofrer com a falta de professores, acaba não preparando os alunos adequadamente para avançar nos estudos nem para ingressar no mercado de trabalho.   As deficiências se traduzem no fraco resultado do secundário no Ideb de 2009, que revelou a estagnação do desempenho dos alunos no país e piora em sete estados. Outro sintoma da crise é a falta de interesse dos adolescentes pela escola. Apenas a metade dos jovens da faixa etária adequada, de 15 a 17 anos, frequenta o ensino médio. E o que é pior: 2 milhões de jovens nessa faixa etária estão fora da escola.   Os problemas enfrentados pelo Brasil não são exclusividade nossa – ainda que aqui sejam mais acentuados.  Vários países têm promovido reformas e ajustes nos seus sistemas de ensino com a finalidade

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MEC define regras para ingresso no ensino fundamental em 2011

Resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicada nesta quinta-feira (21) no Diário Oficial da União define as regras para o ingresso de estudantes no ensino fundamental em 2011. Criança deve ter 6 anos ou fazer até 31/3; quem fez 2 anos de pré é exceção. Para entrar na pré-escola, criança deve ter 4 anos ou completar até 31/3.   O texto foi homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, na segunda-feira (18). As principais regras que existiam em 2010 foram mantidas. Uma nova definição para 2011 diz respeito ao ingresso na pré-escola.   Pela resolução do CNE, para entrar nesse ciclo do ensino, a criança deve ter 4 anos ou completar a idade até 31 de março. Com relação à entrada no ensino fundamental, o estudante deve ter 6 anos ou completar até 31 de março para poder ser matriculado no primeiro ano. Foi estendida por mais um ano a exceção para a matrícula de crianças que completem 6 anos até 31 de dezembro. Neste caso, elas precisam ter feito dois anos de pré-escola.   Até 2009, a 1ª série recebia alunos a partir dos sete anos. Lei federal determinou a antecipação da entrada dos estudantes a partir deste

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MEC permite crianças com cinco anos no fundamental só até 2011

Gestores de redes de ensino e diretores de escolas ganharão mais tempo para adaptar as matrículas das crianças no ensino fundamental à faixa etária considerada ideal pelo Ministério da Educação – seis anos completos até 31 de março do ano em que ingressar na primeira série.    O ministro da Educação, Fernando Haddad, aceitou a recomendação do Conselho Nacional de Educação e ampliou o prazo para adaptação até 2011. A decisão do ministro permitirá que as crianças que ainda não têm seis anos completos e não terão feito aniversário até 31 de março do ano que vem possam entrar no ensino fundamental. A condição é que tenham cursado pelo menos dois anos de educação infantil. Apesar de contrariar a recomendação geral, esses alunos são casos excepcionais e que não podem ser prejudicados, esclarece o conselho.   “O que decisão do ministro faz é renovar o parecer dado pelo CNE em 2009. É ruim que se antecipe a alfabetização das crianças, mas se a regra da entrada mínima com seis anos fosse muito rígida, as crianças que já estudaram dois anos na educação infantil teriam de ser retidas, o que não faz sentido. À medida que for se tornando regra (a idade

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