Câmara reestuda usar fundo do pré-sal para educação

Vetada pela administração Lula, a destinação de 50% dos recursos do Fundo Social do pré-sal para a área de ensino pode ressuscitar na Câmara dos Deputados, sob a forma de emenda ao novo Plano Nacional de Educação (PNE).   Entidades aguardam o retorno do PNE à pauta legislativa para pressionar as autoridades a aceitar as mais de 130 sugestões ao projeto de lei, como a elevação do investimento público em educação dos atuais 5% para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020 – o Executivo prevê 7%. O objetivo é tornar o plano mais ambicioso e encurtar os prazos de algumas das metas estabelecidas pelo governo para o decênio 2011-2020.   Uma comissão especial presidida pelo deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) deverá ser instalada na próxima quarta-feira para cuidar do PNE. A  versão encaminhada por Lula ao Congresso no final do ano passado contém dez diretrizes e 20 metas – entre elas, a erradicação do analfabetismo.   Prevê “destinar recursos do Fundo Social ao desenvolvimento do ensino”, sem determinar uma porcentagem, e “ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7%” do PIB.   “Os movimentos sociais e as entidades representativas de ensino superior

Ler mais

Professores inseguros para usar tecnologia

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com 253 docentes de escolas estaduais paulistas mostra que 85% deles não sabem usar o computador e seus recursos como ferramenta pedagógica. E perdem, assim, uma boa chance de capturar a atenção de seus alunos, naturalmente interessados pelas novidades tecnológicas.   Segundo os docentes, a dificuldade é atribuída, em geral, à deficiência na formação profissional e à falta de tempo, além do pouco incentivo para se aprimorarem e a infraestrutura deficiente no local de trabalho.   O secretário- adjunto da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, João Cardoso Palma Filho, contesta as queixas dos professores. “Também há muita resistência dos docentes com a tecnologia”, afirma Palma.   Os professores entrevistados na pesquisa da Unicamp não sabem, por exemplo, usar um software simples como o Power Point, e relatam problemas com navegadores de internet. “Fazendo cursos já é difícil acompanhar a tecnologia. Imagine sem eles”, diz a professora da rede municipal Ana Maria Perressim. “O que sei e uso em sala de aula (de computador) aprendi por conta própria.”   O estudo foi realizado em 27 escolas de Campinas, a 100 quilômetros da capital, entre 2009 e 2010, mas a pesquisadora

Ler mais

Governo chileno aprova anúncios publicitários em livros didáticos

Entre o abecedário e a tabuada, estudantes menores de 12 anos estão recebendo nas escolas privadas do Chile um bombardeio de propagandas feitas por empresas multinacionais, como a Claro, do setor de telefonia, a Monarch, fabricante de bicicletas, e a Nestlé, gigante mundial produtora de alimentos.   Os banners, jingles e reproduções de outdoors aparecem entre diálogos de personagens infantis e inseridos em exercícios de leitura em voz alta. As editoras do Chile dizem não receber nada pela propaganda e o Ministério da Educação define o conteúdo como exemplos de textos “autênticos e de circulação nacional”.   Em alguns livros, os anúncios aparecem em página inteira. Em outros, sites de empresas privadas estão indicados no final das lições, como sugestão de leitura para os estudantes.   Em um dos livros, o enunciado convida o estudante a cantar: “Meu primeiro Claro (celular) é a forma mais legal de falar com meus amigos. Meu primeiro Claro é estar longe e me sentir em casa. Se fala Claro, é claro que tem mais.” O conteúdo é apresentado como um modelo de texto publicitário para alunos da 5ª série.   Carmen Ureña, vice-diretora do Grupo Santilla Chile, uma das maiores editoras do país, diz

Ler mais

Brasil precisa de convergência digital maior

Além de patinar na formação de profissionais, o Brasil caminha a passos lentos em direção à convergência digital, de acordo com o índice da Brasscom, que mede os avanços tecnológicos de um país.   Em uma escala que varia de zero a dez, o Brasil atingiu 6,75, pequeno avanço ante os 5,85 registrados em 2008. Entre as áreas com maiores deficiências está a aplicação de tecnologias na educação. Apenas 57% dos alunos matriculados no ensino fundamental estudam em escolas com acesso à internet, considerando instituições públicas ou privadas.   Um dos problemas mais graves, porém, inclui a infraestrutura de conexão em banda larga. O país tem hoje uma das mais baixas velocidades de acesso à internet do mundo, média de 1,3  Megabit por segundo (Mbps), menos de 10% do que registra a líder mundial Finlândia, que apresenta 19,2 Mbps.   O Brasil também está atrás de países como Rússia, EUA e México. “Esse é um desafio com a chegada dos tablets, que precisarão de uma infraestrutura que suporte tráfego pesado de dados e vídeo”, diz Nelson Wortsman, da Brasscom. (CF)  

Ler mais

OCDE recomenda ao Brasil que aumente qualidade da educação

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda que o Brasil tenha entre suas grandes prioridades a melhora da qualidade do sistema educacional, a maior eficiência dos mercados financeiros e a supressão de barreiras aos investimentos em infraestrutura.   Em seu relatório anual sobre as reformas estruturais publicado nesta quinta-feira, a OCDE aponta que os resultados dos estudantes brasileiros são “comparativamente baixos”, quando se levam em conta os índices dos países desenvolvidos.   O organismo aconselhou ao Brasil “aumentar a qualidade da educação nos níveis primário e secundário”, bem como ampliar os estudos universitários do país, que tem problemas de produtividade em relação ao mundo desenvolvido.   No que diz respeito à política econômica, os autores do estudo criticaram os “excessivos requerimentos” em termos de reservas para os bancos e provisões para a concessão de créditos que dificultam a eficiência econômica a longo prazo.   O estudo constata a necessidade de “assegurar tanto a estabilidade como o desenvolvimento dos mercados financeiros”, assinalaram neste documento, que pela primeira vez analisa a situação de seis grandes países emergentes – Rússia, Brasil, África do Sul, China, Indonésia e Índia.   A OCDE lamentou que os programas de infraestrutura elaborados pelo Brasil

Ler mais

Câmara analisa projeto que prevê plebiscito sobre aplicação de 10% do PIB em educação

Câmara dos Deputados está analisando projeto de decreto legislativo do deputado Ivan Valente (Psol-SP) que prevê a realização de plebiscito no ano que vem para saber se os brasileiros são favoráveis ou não à obrigatoriedade de aplicação do percentual de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação.   Em 2009, o investimento público em educação foi de 5% em relação ao PIB (1,2% da União, 2,4% dos Estados e 2,2% dos municípios), de acordo com dados do Inep, órgão vinculado ao MEC.   Segundo o deputado, o projeto atende ao artigo 214 da Constituição, que prevê a aprovação de lei para vincular a aplicação de verbas em educação a um percentual do PIB.   O governo já propôs, no  projeto do novo Plano Nacional de Educação, que os investimentos públicos aplicados em educação totalizem pelo menos 7% do PIB até 2020. O projeto será examinado pelas comissões de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Com informações da Agência Câmara  

Ler mais

Nos EUA, Lula diz ter orgulho de avanços no ensino do Brasil

“Eu e o José Alencar fomos os primeiros presidente e vice-presidente do Brasil sem diploma universitário, mas fomos os que mais criaram universidades no País”, disse Luiz Inácio Lula da Silva durante um pronunciamento, nesta quarta-feira, em Washington (EUA), durante o Fórum de Líderes do Setor Público patrocinado pela Microsoft.   O ex-presidente disse que os resultados que seu governo, de 2003 a 2010, conquistou na área de ensino são motivos de grande orgulho para ele. “Criamos um programa  que atendeu, entre 2005 e 2010, cerca de 850 mil jovens de famílias pobres que mereceram bolsas de estudo em universidades particulares”, disse Lula.   O ex-presidente disse que graças aos avanços na educação, entre outros, os brasileiros não precisam mais “ter vergonha de mostrar o passaporte quando viajam”. Lula afirmou também que a presidente Dilma Rousseff tem ciência da importância do investimento na educação.   “A presidente Dilma Rousseff assumiu o  compromisso de ampliar o investimento em educação progressivamente até atingir 7% do PIB”, afirmou o ex-presidente. Lula disse ainda que para o Brasil ir adiante é fundamental que os outros países da região também avancem e, para isso, é preciso ser existir uma Universidade da América Latina.   “Não

Ler mais

CNE adia votação sobre mudanças no ensino médio

A proposta de novas diretrizes para o ensino médio, que prevê autonomia para as escolas definirem as disciplinas com mais espaço na grade curricular, foi retirada da pauta da reunião da ultima quarta-feira, 5, do Conselho Nacional de Educação (CNE).   Com o adiamento, o relator José Fernandes de Lima espera aproveitar o prazo estendido para aprofundar o debate, informou a assessoria do CNE. Não foi informado quando o assunto retorna para a pauta.   O projeto prevê que cada escola trabalhe a partir de quatro áreas de atuação – ciência, tecnologia, cultura e trabalho. A partir da escolha da vocação, monta-se a carga horária, com as escolas adequando as disciplinas de acordo com o seu interesse.   Uma escola focada em cultura, por exemplo, pode dar mais espaço às disciplinas de história e geografia, sem deixar de lado outras matérias, como língua portuguesa e matemática.   Dados do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2009, mostram que os alunos do ensino médio estão estagnados no desconhecimento, sem conseguir, por exemplo, identificar a ideia principal de texto ou associar que metade é 50%. Eles receberam nota 3,6, numa escala de 0 a 10 – apenas 0,1 superior à

Ler mais

Aluno que faz ensino médio à noite pode ficar até um ano a mais na escola

O ensino médio noturno pode durar mais tempo. Se as novas diretrizes para essa etapa da educação básica forem aprovadas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação) amanhã, o aluno que estuda à noite poderá ficar de um semestre até um ano a mais na escola.   A ideia é que ele tenha menos horas de aula por dia, com a possibilidade até mesmo de explorar recursos de educação à distância no currículo.   A proposta é uma das que compõem o documento que pretende flexibilizar o currículo do ensino médio, trazendo a escola para dentro da rotina do aluno e, assim, tornando-a atraente. Com isso, o conselho quer valorizar o projeto político-pedagógico e a identidade de cada escola.   O ensino médio é hoje a etapa mais problemática da educação brasileira. Além de boa parte dos alunos apresentar baixo desempenho escolar, o ensino médio enfrenta uma evasão crônica. Dados de 2009 mostram que 32,8% dos brasileiros entre 18 e 24 anos abandonaram os estudos antes de completar o terceiro ano.   “No caso do ensino médio noturno, sabemos que é difícil manter o aluno quatro horas por dia na escola, pois muitos chegam atrasados do trabalho e saem antes do

Ler mais
Menu de acessibilidade