Construção de bibliotecas é muito lenta

O programa Fome de Livro, do governo federal, havia prometido concluir até o fim de 2004 a construção de 500 bibliotecas públicas, mas apenas 130 foram terminadas. Entre as justificativas para o não cumprimento das metas está a demora na liberação da verba destinada ao projeto, inicialmente anunciada como um total de R$25 milhões, mas que não ultrapassou R$1,6 milhão, observa o boletim de Ciência e Tecnologia da Unicamp.     Para este ano está prevista a reserva de R$20 milhões. Para se cumprir o programa, restam quase mil bibliotecas a serem construídas até o final do mandato do presidente Lula. Aparentemente, novas prioridades teriam mudado os planos do Programa Fome de Livro, que foi lançado em abril do ano passado.     Segundo Galeno Amorim, coordenador do Plano Nacional do Livro e da Leitura, para este ano está prevista a implantação da Câmara Setorial do Livro, a primeira a ser criada pelo Ministério da Cultura (as outras serão de música, artes cênicas e artes visuais). Será responsável pela política do livro com metas até 2022, ano do bicentenário da Independência. Em abril, os ministérios da Educação e da Cultura planejam o lançamento da campanha nacional de incentivo à leitura,

Ler mais

52,8% dos alunos do ensino básico e profissional dispõem de bibliotecas escolares

De um total de 58.659.503 estudantes matriculados na educação básica e profissional, 31.000.562 deles têm bibliotecas na escola, o que corresponde a 52,8%. É o que revela o Censo Escolar 2004. Das 214 mil escolas que responderam ao questionário socioeconômico, 56.698 (26,4%) afirmaram possuir biblioteca – dessas, 35,1% são privadas e 64,9%, públicas.     Das escolas brasileiras com biblioteca, 87,4% estão em áreas urbanas (39,7% privadas e 60,3% públicas) e 12,6% em áreas rurais (3,4% privadas e 96,6% públicas). A Região Sudeste tem 40,9% das bibliotecas escolares do País; a Sul, 24,7%; a Nordeste, 22,2%; a Centro-Oeste, 6,4%; e a Norte, 5,8%.     Um total de 35.985 escolas possui, pelo menos, sala de leitura (16,8%), mesmo que não tenha uma sala com livros. Das escolas que possuem biblioteca, 9.110 (16%) têm, além da biblioteca, sala de leitura. No que se refere às visitas à biblioteca, 38.699 (68,3% do total de escolas com biblioteca) responderam que a usam com objetivos pedagógicos; 27.601 (48,7%%), por iniciativa dos alunos; 34.170 (60,3%), por iniciativa dos professores; 6.032 (10.6%), por iniciativa da comunidade. As bibliotecas em que não há visita são em número de 704 (1,2%).        2% das bibliotecas são

Ler mais

Boletim Fome de Livro

Livro já é completamente isento de impostos no Brasil    Está em vigor desde o último dia 21 de dezembro a Lei que isenta a produção, comercialização e importação de livros do pagamento do PIS-Cofins-Pasep, o que varia entre 3,65% a 9,25%. Ela foi assinada pelo Presidente Luiz Inacio Lula da Silva no Palácio do Planalto em cerimônia que contou com a presença de editores, livreiros e escritores. Presidentes de entidades como SNEL, CBL, Libre, ABEU, AELRJ e ABDR) estavam entre os cerca de 300 editores, livreiros, distribuidores, escritores, bibliotecários e educadores presentes.     Com a medida, editores, livreiros e distribuidores deixaram de pagar qualquer tipo de taxa ou imposto sobre operações com livro. Estimativas do Ministério da Cultura indicam que a medida deve provocar dois tipos de impactos. O primeiro deles é a retomada dos investimentos de editoras e livrarias para o lançamento de novos selos editoriais e abertura de pontos de venda já a partir do primeiro semestre de 2005, o que deve provocar um crescimento superior a 15% no setor no ano. Outra conseqüência é uma redução nos preços dos livros, o que deve acontecer no início de 2005 e chegar a 10% no período de

Ler mais

Dicionários passam a ter classificação por tipos

O ritmo de trabalho das editoras especializadas em dicionários nunca foi tão intenso quanto agora. Em dezembro do ano passado, o governo federal divulgou um edital alterando o processo de compras de dicionários e deu um prazo de três meses para as editoras interessadas apresentarem seus “bonecos“.     Apesar da correria, ninguém quer perder a concorrência e algumas editoras vão aproveitar o trabalho para lançar também no mercado os dicionários para diferentes níveis. A partir de agora, os dicionários serão classificados em três categorias: tipo 1, com 1 mil a 3 mil verbetes, tipo 2, com 3,5 mil a 10 mil verbetes; e tipo 3, com 19 mil a 35 mil verbetes.     Segundo o governo, o formato dos dicionários fornecidos anteriormente, com 30 mil a 70 mil verbetes, não era adaptado às peculiaridades do trabalho pedagógico das primeiras séries do ensino fundamental.     Leia mais…      Larousse briga no mercado brasileiro   Valor Econômico – Daniela DAmbrosio     Jean-Christophe Marc é um executivo global. Com passagens pela Renault, Alcatel e Carrefour, em diferentes países da Europa e América Latina, Marc escolheu o Brasil para se lançar no mercado editorial. Ele está no comando da

Ler mais

Mercado cresce e cria boas oportunidades para editoras e escolas

A carreira no setor público está ressurgindo como opção para jovens recém-formados e profissionais experientes. Esse aumento é notado nos concursos públicos. Calcula-se hoje que 5 milhões de brasileiros se inscrevam para disputar uma vaga anualmente em exames federais, estaduais, distritais e municipais. Na esteira desse crescimento, existe um mercado em ascensão para editoras e cursos preparatórios.     Ricardo Ferreira, dono da Editora Ferreira, especializada em livros para concursos, também é responsável pela Feira do Concurso, que chega à sua segunda edição, entre os dias 1 e 3 de abril, no Rio de Janeiro. Ele conta que este ano o número de expositores dobrou de 60 para 120 e o de estandes de 80 para 150.     Uma das áreas mais promissoras desse mercado tem sido a de edição de livros preparatórios. Eles vêm substituindo as antigas apostilas e ganhando espaço nas livrarias. Em dezembro passado, a Campus Elsevier adquiriu a editora Ímpetus, especializada em concursos públicos, que possuía com um faturamento médio anual de R$ 20 milhões.     Outra que vem apostando no tema é a editora Saraiva. Hoje, ela possui 60 títulos voltados para os concursos públicos, sendo que 20 deles foram publicados desde novembro

Ler mais

Reunião em Brasília

Na tarde do dia 26/01/05, representantes da Abrelivros estiveram reunidos com o presidente do FNDE José Henrique Paim Fernandes e com o Diretor Daniel Balaban. A seguir as informações obtidas durante o encontro:    1. Dicionários – PNLD 2006 – A Abrelivros entregou correspondência solicitando novamente a ampliação do prazo de entrega das obras para o dia 5 de abril de 2005. Ficaram de analisar o pedido.    2. PNLEM 2006 – Haverá complementação para o N e NE e aquisição de livros de Português e Matemática para todo o restante do Brasil. O edital deve sair antes do Carnaval, estando a escolha prevista para abril deste ano.    3. A única novidade em relação ao PNLEM 2007 é que, caso não haja verba suficiente, as matérias a serem priorizadas serão História e Geografia.    4. PNBE 2005 – continuamos aguardando as resposta às dúvidas. O FNDE pretende oferecer para a escolha das escolas 3 acervos diferentes, cada um contendo entre 100 e 120 títulos, selecionados entre os que passarem pela avaliação. A Abrelivros solicitou ao FNDE a possibilidade de inscrição de um número maior de títulos por editora, proporcional ao seu catálogo. Ficaram de analisar o pedido.   

Ler mais

Cestas básicas poderão ter livros de autores nacionais

A inclusão de pelo menos dois livros da cultura nacional nas cestas básicas, distribuídas no País, está prevista no Projeto de Lei 4534/04, apresentado pelo deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE). A proposta estabelece que, na seleção dos exemplares, devem ser privilegiados os clássicos de autores nacionais e a adequação das leituras às diversas faixas etárias.     “Esse seria um instrumento de formação intelectual e cidadã, sem precedentes na história do Brasil, com 24 títulos novos por ano na biblioteca da família“, avalia Patriota. “Além disso, os professores poderão programar um intercâmbio para que toda a comunidade seja beneficiada com a troca de exemplares“.     O deputado argumenta ainda que a medida contribuirá para o desenvolvimento do mercado editorial no segmento de produtos de baixo custo, gerando empregos; e virá somar-se às medidas recentemente anunciadas pelo Governo para baixar os preços dos livros, entre as quais a isenção de tributos sobre o produto.    Tramitação    O projeto, que tramita em caráter conclusivo, aguarda parecer do relator, deputado Luciano Leitoa (PSB-MA), na Comissão de Educação e Cultura. Em seguida, será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

Ler mais

Livros didáticos falhos – SBPC propõe adoção de conteúdos regionais

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ennio Candotti, enviou carta aberta ao ministro da Educação, Tarso Genro, na qual denuncia a precariedade pedagógica de livros didáticos, por desconhecerem o caráter regional da realidade dos alunos, inadequação que estaria na raiz da má qualidade do ensino de ciências. Na carta, ele apresenta sugestões sobre como melhorar a sua qualidade.     Segundo informa o boletim da SBPC, tal conclusão é resultado de encontros promovidos pela SBPC no ano passado, em diferentes estados, com professores do ensino médio e estudantes universitários, nos quais se recolheram sugestões para o aperfeiçoamento do ensino fundamental e médio.     De acordo com Candotti, o conteúdo de tais livros não reflete o caráter regional do contexto existencial dos alunos, componente fundamental do ambiente em que se dá o processo do aprendizado. Livros didáticos providos de conteúdos descontextualizados não atenderiam ao propósito do ensino de despertar os alunos para a diversidade dos contextos sociais e ambientais em que transcorre a sua existência.     A mensagem de Candotti recebeu apoio das secretárias de Educação e de Ciência e Tecnologia do estado do Amazonas, respectivamente, Vera Lucia Marques Edward e Marilene Corrêa, segundo

Ler mais

Quem leva a melhor?

O ano começou mais cedo para um determinado nicho do mercado editorial. Desde a divulgação, em dezembro, das novas exigências para as compras governamentais de dicionários pelo Ministério da Educação, não faltaram trabalho e correria em editoras como Nova Fronteira, Larousse, Grupo Positivo, Objetiva e Melhoramentos. A meta é a mesma para todas: conseguir apresentar os produtos ao governo até 4 de março.     E nesse filão, que conta com o mini Caldas Aulete (Nova Fronteira), o novo Larousse, os tradicionais Aurélio (Grupo Positivo) e Houaiss (Objetiva), a disputa pelas carteiras escolares – ao menos dos primeiros anos do Ensino Fundamental – vai se dar mesmo entre dois dos mais representativos autores brasileiros do universo infantil: Mauricio de Sousa e Ziraldo. Em 2003, a Nova Fronteira lançou uma versão infantil do Aurélio, com desenhos da Turma da Mônica. Apesar de o ´´Aurelião´´ estar, agora, nas mãos do Grupo Positivo, do Paraná, os direitos da versão de Mauricio de Sousa ainda são da Nova Fronteira. E a editora está apostando alto nesta edição para atender às crianças da 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental.     O que a Turma da Mônica não devia estar esperando era que a

Ler mais
Menu de acessibilidade