Livros didáticos em catálogo histórico

Um banco de dados com todas as fichas de livros didáticos utilizados em escolas brasileiras desde o século 19 é a meta do Projeto Livres, um catálogo on-line organizado por pesquisadores da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).     O acervo digitalizado, que já conta com 3 mil fichas de livros de várias disciplinas, possui dados bibliográficos que datam de 1810 aos dias atuais. Os usuários do sistema poderão encontrar informações como título, disciplina, nível de ensino e ano de lançamento, além de dados sobre a localização de cada obra em bibliotecas espalhadas de Norte a Sul do país, estado de conservação, imagens das capas e de algumas ilustrações internas.     “A idéia é ter 10 mil livros catalogados até 2006. O banco de dados foi criado para permitir a inclusão de novas obras todos os meses”, disse a coordenadora do projeto, Circe Bittencourt, à Agência FAPESP. “Estarão disponíveis livros, manuais e cartilhas de todas disciplinas, da educação infantil até o ensino médio, passando pelo material utilizado em cursos vestibulares e escolas indígenas.”     A pesquisadora garante que o serviço estará disponível para consulta livre a partir do começo de abril, no site da

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Abismo digital diminui, diz Banco Mundial

O “abismo digital“ entre países ricos e pobres está diminuindo rapidamente, afirmou o Banco Mundial, questionando uma campanha da ONU (Organização das Nações Unidas) para levar telecomunicações de alta tecnologia ao mundo em desenvolvimento, que teria custo muito alto. Cerca de 1.700 especialistas de vários países vão se reunir em Genebra para a Cúpula Mundial sobre Sociedade da Informação da ONU (WSIS, na sigla em inglês).     Em resposta, o Banco Mundial divulgou um relatório que diz que os serviços de telecomunicações estão crescendo a taxas explosivas nos países pobres. “As pessoas no mundo em desenvolvimento estão ganhando acesso à tecnologia com uma rapidez incrível – muito mais rápido do que elas tinham acesso a novas tecnologias no passado“, segundo o relatório.    Metade da população mundial tem acesso a um telefone fixo, diz o relatório, e 77% têm acesso a uma rede de telefonia móvel, ultrapassando o objetivo da campanha do WSIS, que quer 50% de acesso até 2015. O relatório mostra ainda que existem 59 milhões de linhas fixas na África, o que contradiz a declaração de que existem mais telefones em Manhattan do que em toda a África, feita pelo presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, em

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Orçamento público foi destaque na conferência de educação e cultura

Para a conferencista Maria Beatriz Luce, do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC), não adianta fazer um plano de educação sem conhecer os mecanismos do orçamento público e sem levar em conta os recursos disponíveis. “Se nós não entendermos quem são os atores que fazem o orçamento, onde eles trabalham, como planejam o orçamento, que linguagem usam, como não ter dificuldades, conflitos e impossibilidades entre política pública, meta do Plano Nacional de Educação (PNE) e orçamento público?”, questionou.    Conforme Maria Beatriz, sempre haverá conflitos com demandas em excesso para a área de educação, mesmo que todas sejam legítimas, mas há também as possibilidades de cooperação entre governo, instituições, movimentos sociais e sociedade. Ela citou como exemplo o orçamento participativo das escolas municipais de Porto Alegre. “É um instrumento de cooperação e de ação coletiva para fazer política pública, lidando diretamente com o orçamento público para evitar aquela coisa tradicional de quem decide o que fazer, qual é a meta, e depois tenta resolver o problema do orçamento, que me parece ser um dos principais problemas do PNE.”    Ações – O titular da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), Francisco das Chagas Fernandes, expôs, como debatedor, as principais ações do MEC

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Câmara Setorial

A coluna “No Prelo“ informa que o Ministério da Cultura está estudando a criação de mais cinco vagas para o colegiado da Câmara Setorial do Livro e Leitura (CSLL) e que o número de representantes passaria de 35 para 40, a fim de contemplar de maneira mais abrangente as questões regionais.     “Nesse caso, deve ser escolhido um representante, pensando numa representação geopolítica e não temática, o que já está assegurado pela presença dos representantes de Estado, setor privado e sociedade“, disse Galeno Amorim, coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura, à coluna. 

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Nem tarefa, nem encargo, nem obrigação

Não posso falar simplesmente do meu gosto pela leitura, porque em matéria de livros meu caso é muito mais grave; é um amor que vem desde a infância, que me tem acompanhado a vida inteira e é incurável. Não se trata, portanto, de um interesse periférico, e o prazer que tem me proporcionado faz com que eu procure, permanentemente, levar mais pessoas a também desfrutá-lo. Daí eu aproveitar qualquer oportunidade para inocular o vírus de amor ao livro em todos os possíveis leitores.     O prazer que um livro pode proporcionar tem múltiplos aspectos e abre horizontes ilimitados; no entanto, ainda é mais fácil promover a leitura na infância do que na juventude ou na idade adulta, uma vez que a televisão e a internet absorveram a maior parte do tempo vago das pessoas. Isso é uma pena, pois a concentração provocada pela leitura, desperta muito mais a imaginação e a criatividade do que a imagem fugaz de uma tela ou as informações facilitadoras da web. O que quero dizer é que tanto a televisão como a internet têm o inconveniente de vir como prato feito, não exigindo criação, reflexão ou análise, ao passo que um livro pode desencadear

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Síntese de Indicadores Sociais 2004

A Síntese dos Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em 2003, os domicílios urbanos brasileiros eram, em sua maioria, próprios (73,7%), do tipo casa (87,7%), cobertos de telha (74,2%), com paredes de alvenaria (91%), servidos por luz elétrica (99,5%), abastecidos por rede geral de água (89,6%), lixo coletado direta ou indiretamente (96,5%), e apresentavam em média 3,5 moradores. Havia televisão a cores em 90,3% deles, e geladeira em 91,7%.     A educação continua registrando os maiores avanços, com a média de anos de estudos crescendo um ano e meio ao longo da década e subindo para 6,4 anos em 2003, embora quase um terço (30,3%) da população acima dos 25 anos de idade tenha menos de quatro anos de estudo. O grupo etário que apresentou maior avanço na freqüência à escola foi o de 18 a 24 anos, um aumento de 47% em dez anos, ainda que a defasagem escolar seja marcante em todas as regiões. A diferença em anos de estudo entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres chega a 6,5 anos.    Em 2003, havia 87,7 milhões de pessoas de dez anos ou mais de idade no mercado

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Seminário discute desempenho escolar de estudantes da região Sul

A região Sul do Brasil apresenta o melhor desempenho do País em língua portuguesa entre os alunos que estão terminando a educação básica. Mesmo assim, cerca de 30% deles não conseguem mostrar as habilidades de leitura exigidas na 3ª série do ensino médio, segundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2003.    Os resultados estão no relatório do Saeb/2003 e serão debatidos em Curitiba, nos dias 24 e 25 de fevereiro. O encontro reunirá a equipe do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) com educadores e técnicos em avaliação e planejamento das secretarias de educação dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O objetivo é detalhar e aprofundar a análise dos dados da avaliação e discutir formas de melhorar a divulgação das informações.    O evento é parte de um ciclo de seminário organizado pelo Inep nas cinco regiões do País, com a intenção de fazer um balanço das especificidades regionais apontadas nos relatórios do Saeb. O primeiro foi realizado em dezembro e reuniu representantes das secretarias de educação dos estados da região Centro-Oeste e do Distrito Federal. O próximo será com representantes da região Sudeste e deve ocorrer

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Ensino privado de SP cresce em ritmo menor em 2004

Em 2004, ano que o país comemorou bons indicadores econômicos, a rede privada de ensino do Estado de São Paulo não conseguiu acompanhar o desempenho da economia do país. O ingresso de novos alunos na rede particular de ensino do Estado cresceu apenas 3,8 % em relação a 2003. No ano passado, foram registrados 65.648 novos estudantes em todos os setores educacionais (exceto a educação superior). No mesmo período, o número de novas escolas aumentou 4,8% (de 7.885 para 8.263). Apesar de constituir um resultado positivo, os valores subiram em um ritmo menor que o registrado em 2003. Naquele ano, as matrículas cresceram 10,9%, e a quantidade de escolas no Estado subiu 7,4%. (Veja tabela abaixo).     Para o Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), a diminuição do ritmo de crescimento não está relacionada com os indicadores econômicos, mas com o fato de o setor estar próximo da estabilidade. “Com a redução no ritmo do crescimento populacional, o crescimento do setor tende a diminuir, até se estabilizar. Acompanha o mesmo ritmo do setor público“, afirma Roberto Prado, diretor executivo da entidade.     O crescimento econômico do país no ano passado refletiu na queda

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Conferência traçará metas para a Educação no País

Tornar a educação acessível em todos os níveis — básico, médio e superior — será um dos principais desafios do País nos próximos anos. A afirmação foi feita no dia 22 de fevereiro pelo presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputado Carlos Abicalil (PT-MT), durante a abertura da IV Conferência Nacional de Educação e Cultura, em Brasília. Nos próximos quatro dias da conferência, serão traçados planos e metas para a educação no País.     O parlamentar lembrou a importância do encontro para a avaliação do Plano Nacional de Educação, aprovado no Congresso e sancionado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 2000. O PNE define objetivos, diretrizes e metas para a Educação até 2011. Ao todo, são 285 metas — entre elas, 144 ligadas à educação básica, 27 à especial e 34 à superior.     Para o ministro da Educação, Tarso Genro, presente à Conferência, o PNE ajudou a colocar a educação no rumo certo. O ministro ressaltou a importância do trabalho em conjunto entre os três Poderes na elaboração, execução e fiscalização das políticas públicas ligadas à educação e a sociedade civil, que deve sempre cobrar a atuação do Estado no cumprimento das

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