Professores terão curso de ciência e matemática

Mais de 2,2 mil professores da primeira à quarta série do ensino fundamental, em cinco estados, farão este ano um curso de formação continuada em ciências e matemática. O curso foi solicitado ao Ministério da Educação por diversas prefeituras nos planos de ações articuladas (PAR). A formação será ministrada pela Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), instituição que integra a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores da Educação Básica, composta por 19 universidades.    A particularidade do curso da Unesp é que 80 das 120 horas serão presenciais e oferecidas durante dez sábados seguidos. As outras 40 horas vão ser destinadas a estudos complementares, leitura, desenvolvimento de projetos na sala de aula, troca de experiências com colegas e a tirar dúvidas com os tutores. De acordo com a coordenadora de formação da Unesp, Maria Isabel Freitas, é importante que o professor traga a experiência de sala de aula, que se envolva com a temática do curso e que se aproprie dos novos conhecimentos e habilidades e os incorporem na sua prática.    Na formação, os professores vão estudar os conteúdos em pares de cadernos temáticos — um de ciências e outro de matemática. Maria Isabel explica que o

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Projeto busca qualidade do ensino

“Resgatar a figura do professor pode vencer a guerra contra a baixa qualidade da educação em todos os seus segmentos”. Foi o que afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, no lançamento do projeto Educar para Crescer, da Fundação Roberto Civita, nesta segunda-feira, 15, em São Paulo. “Temos de garantir não só uma remuneração digna, mas atender à reinvindicação da classe pela dignidade da atuação em sala de aula, garantindo a todos o direito de aprender”, enfatizou.    Para Haddad, não é possível oferecer educação de qualidade sem que todos no país entendam a educação como um valor. “Só conseguiremos isso com muita militância, para fazer o valor da educação chegar à família mais humilde. Eu me ofereço como soldado nessa militância”, disse.    O Educar para Crescer é uma iniciativa sem fins lucrativos que pretende mobilizar 15 milhões de pessoas a trabalhar pela melhoria da qualidade da educação por meio de revistas, internet, cartilhas e eventos. 

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Brasil está atrasado no ensino médio, diz diretor do Unicef

O Brasil está “atrasado“ no atendimento ao ensino médio (antigo colegial), afirma o diretor do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) na América Latina, Nils Kastberg. Ele se refere principalmente à obrigatoriedade da matrícula dos jovens na etapa. No Brasil, há obrigação apenas aos estudantes com idade para cursar o ensino fundamental (antigos primário e ginásio). Com a obrigatoriedade, o Poder Público e os pais podem ser responsabilizados civil e criminalmente caso o jovem esteja fora da escola. A Argentina aprovou uma lei há dois anos que prevê a ampliação. O Chile, que já a possuía, pretende implementar neste ano a obrigatoriedade também na educação infantil. “Lógico que o Brasil está atrasado ao não ter educação média obrigatória“, disse Kastberg, em entrevista durante o seminário organizado pela Unicef, em Buenos Aires, que debateu o ensino médio. “O Brasil é a décima potência econômica mundial, precisa ter como objetivo ser também a décima potência quanto a seus recursos humanos. Hoje, está muito distante disso.“     Atendimento    Segundo dados do Ministério da Educação, 81% dos jovens brasileiros entre 15 a 17 anos estão na escola, mas apenas 44% no ensino médio (os demais repetiram e seguem na educação

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Recursos do pré-sal irão para educação

O presidente Lula reafirmou neste sábado, 13, a intenção de investir parte dos recursos do pré-sal em educação. A declaração foi dada durante a inauguração da unidade de Petrópolis do Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica (CEFET) do Rio de Janeiro. Lula destacou que com a descoberta das reservas de petróleo e gás encontradas na Bacia de Santos (SP), o Brasil tem a oportunidade histórica de figurar entre as maiores nações do mundo. “Entretanto, isso só ocorrerá se investirmos parte desses recursos em educação e no combate à pobreza”, defendeu.    O presidente destacou que a chegada do Cefet em Petrópolis, ducentésima unidade federal de educação tecnológica do país, é um marco do desenvolvimento sustentável brasileiro. “Foram 22 anos sem crescimento e agora estamos investindo em mão-de-obra qualificada porque o país está necessitando desses jovens”, ressaltou Lula referindo-se ao crescimento histórico do país, que atingiu a taxa de 6% nesse trimestre.    O Ministro Fernando Haddad, que também participou do evento juntamente com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, trouxe números sobre os avanços da educação nos últimos cinco anos. “De 1909 a 2003 o Brasil teve 140 escolas técnicas de educação profissional e até 2010 teremos

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Royalties do petróleo não melhoram educação no Rio

Se o país realmente quiser utilizar recursos da exploração de petróleo na camada pré-sal para investir em educação, como tem defendido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seria prudente, antes, analisar com lupa os resultados das cidades que mais recebem royalties de petróleo em todo o Brasil.    Um estudo da Universidade Candido Mendes mostra que no Rio de Janeiro -Estado que mais recebe royalties no país- os indicadores de qualidade e de infra-estrutura nas escolas dos nove municípios mais agraciados com recursos do petróleo em nada se destacam em relação a escolas do Sudeste.    A pesquisa, de Gustavo Givisiez e Elzira Oliveira, será apresentada no 16º Encontro Nacional de Estudos Populacionais, que começa no final do mês. O estudo aponta que, na média, os royalties não fizeram diferença até 2006, quando se analisa o conjunto de escolas de Quissamã, Rio das Ostras, Carapebus, Macaé, Casimiro de Abreu, Búzios, Campos dos Goytacazes, São João da Barra e Cabo Frio -cidades do Rio.    No trabalho, Givisiez e Oliveira compararam dados de infra-estrutura (computadores e bibliotecas, por exemplo), professores com nível superior e desempenho das escolas no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).  Foi verificado que, mesmo com

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MEC prepara texto sobre visão abrangente do ensino médio

A concepção das políticas educacionais, segundo a secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, é marcada pela visão sistêmica da educação. Nos anos 90, segundo a secretária, os investimentos da pasta davam prioridade a um nível educacional em detrimento do outro e colocavam em conflito educação básica e superior, por exemplo, de acordo com informações do Ministério da Educação. “A visão sistêmica significa investir em educação infantil, na qualidade do ensino fundamental, na ampliação do acesso ao ensino médio e à educação superior“, reforça Pilar.   Para o ensino médio, que representa, de acordo com o texto do documento preliminar, uma das etapas mais difíceis da política educacional, Pilar defende um modelo de ensino que permita ao jovem experimentar o conhecimento e viver todas as áreas para que possa escolher, com mais clareza, o que vai fazer na vida adulta.   “Precisamos oferecer um conhecimento sólido para que as escolhas dos jovens sejam transformadoras“, destaca.   Pelo texto em discussão, o papel do ensino médio não deve se ater à transmissão de conhecimentos ou somente à formação de técnicos. Busca-se uma escola que não se limite ao interesse imediato, pragmático e utilitário. O documento sugere uma formação com base

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Projeto Leitura para Todos

Ainda este ano, cidades do interior de sete estados brasileiros – Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, São Paulo, Goiás e Pernambuco – e do Distrito Federal serão beneficiadas pelo Leitura para Todos. Serão implantadas 122 salas de leitura, sendo que 39 novos espaços já estarão em funcionamento em setembro e outubro.    O projeto do Instituto Oldemburg de Desenvolvimento conta com o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A iniciativa permite que associações de bairro, hospitais, escolas públicas, presídios e outras entidades tenham seus próprios acervos de livros nacionais e estrangeiros, beneficiando comunidades que até então tinham pouco acesso à informação.    Desde sua criação, em 2003, foram colocadas em operação 450 salas de leitura em todo o país. Atualmente, mais de 4.600 instituições estão cadastradas para participar. A implantação do projeto conta com o envolvimento da comunidade, desde a preparação do espaço, passando pela montagem e catalogação, até a inauguração.    Em parceria com o Grupo Editorial Record, são fornecidos mil exemplares de publicações para cada unidade instalada. Aproximadamente cinco milhões de leitores já foram beneficiados e muitos deles tiveram acesso aos livros pela primeira vez.    As

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Educação de jovens e adultos em debate

O Brasil tem 14 milhões de analfabetos e mais 15 milhões de pessoas que freqüentaram a escola por menos de quatro anos. Os problemas, desafios e avanços da educação de jovens e adultos na América Latina e no Caribe estão em discussão na reunião preparatória para a 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea). O encontro preparatório foi aberto nesta quarta-feira, 10, e será encerrado no sábado, 13, no México. Cinco reuniões regionais – entre elas a do México – antecedem o encontro internacional sobre educação de jovens e adultos que ocorrerá no Brasil, em Belém, em 2009.    “O debate (no México) não é estritamente educacional, no sentido pedagógico, mas um debate sobre a educação de jovens e adultos como instrumento da promoção da cidadania e desenvolvimento sustentável das nações”, explicou o secretário de educação continuada, alfabetização e diversidade, André Lázaro, que participa do evento.     De acordo com o secretário, essa modalidade de ensino deve se preocupar com a qualificação profissional dos jovens e adultos e a geração de emprego e renda de tal maneira que a educação sirva de impulso para melhorar a vida do indivíduo. No Brasil, diz o secretário, um dos maiores desafios

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Entidades do livro preocupadas com os direitos do autor

Cresce no mercado editorial a apreensão de editores diante da movimentação de setores do Ministério da Cultura para tentar modificar a atual legislação sobre direitos autorais. Algumas entidades, com o Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel) e a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR) à frente, começam a se movimentar em sentido contrário. Argumentam que mexer nesses direitos deve desestimular tanto a criação dos autores como os investimentos das editoras em marketing, distribuição e desenvolvimento de novos produtos.      Deputados debaterão direitos do autor por Galeno Amorim    A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados está programando uma audiência pública para debater as propostas existentes para modificar a atual legislação que rege os direitos do autor no País. Serão convidados os defensores da adoção de leis mais flexíveis e os representantes das editoras, que são contrários. O encontro foi provocado pela gerência da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, que encampou e defende a mudança. 

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