Mercado editorial sofre redução de pontos-de-venda e de tiragens

O mercado de livros do país vive um dilema: como escapar do círculo vicioso em que os pontos-de-venda para os cerca de 2 mil títulos lançados mensalmente pelas editoras vêm diminuindo, o que conduz a tiragens cada vez menores – com exceção de poucos best-sellers –, e, consequentemente, preços mais altos e menos leitores.    Entidades do setor e senadores entendem que é preciso incentivar o hábito da leitura, como ponto de partida para mudar esse cenário. Divulgada no fim do ano passado, sob o patrocínio conjunto do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), pesquisa revelou que houve crescimento discreto nas vendas em 2007, mesmo com uma redução do número de títulos publicados. Porém, um dado mostra a fragilidade do mercado consumidor: quase metade dos exemplares produzidos foi vendida ao governo, para atendimento aos vários programas de livro didático, científico etc.    O brasileiro lê bem menos que os habitantes dos países desenvolvidos. Aqui, são, em média, 2,4 livros por ano, contra dez nos EUA e 15 em países como Suécia e Dinamarca. E apenas 0,9 desses 2,4 livros anuais lidos não são obras didáticas. As diferenças regionais brasileiras também conspiram contra

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MinC se reúne com editores

O processo de inscrição e avaliação de projetos culturais submetidos à Lei Rouanet foi o tema do encontro de representantes do mercado editorial com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, nesta quinta-feira, dia 12, na sede da Câmara Brasileira do Livro (CBL). Os editores pediram agilidade na aprovação dos projetos e maior interlocução entre o setor e o Ministério, além da reativação da Secretaria Nacional do Livro e Leitura.     Um grupo de 12 pequenas editoras redigiu um texto afirmando que a Lei Rouanet sofre “travamento operacional” e que existe má vontade do ministério em relação à renúncia fiscal. O ministro chamou para o encontro todas as editoras signatárias do manifesto.    “Longe de estar emperrada, nós multiplicamos em muito o número de projetos avaliados e aprovados pela lei. O teto de renúncia chega a R$ 1 bilhão. Aquela desconfiança não tem base na realidade“, ponderou Ferreira em matéria publicada no Estado.     No próximo dia 24 de março, haverá um novo encontro entre editores e uma equipe do Ministério para debater o tema e conhecer os detalhes da nova Lei Rouanet.        Em São Paulo, ministro rebate grupo de editores  O Estado de São Paulo

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Mercado editorial conta lucros e prejuízos com acordo ortográfico

O mercado editorial está no centro das discussões sobre quem ganha e quem perde com o acordo ortográfico da língua portuguesa. Enquanto alguns avaliam que as editoras serão as principais beneficiadas com a reforma, muitas empresas do setor, tanto no Brasil como em Portugal, inicialmente se opuseram às mudanças na escrita.     O presidente da União dos Editores Portugueses, Carlos da Veiga Ferreira, chegou a dizer a certa altura que havia a chance de várias empresas “boicotarem“ o acordo em Portugal, por acreditarem que as editoras brasileiras, especialmente no setor de livros didáticos, ganhariam espaço na África, mercado hoje dominado pelos portugueses.     Com o avanço das discussões sobre a adoção do acordo ortográfico, os editores portugueses passaram a aceitar melhor a ideia, mas ainda esperam que haja um apoio governamental substancial para o financiamento da adaptação dos livros. A preocupação é compartilhada pelas editoras no Brasil.     “Há um custo grande na alteração de todos os livros existentes nos catálogos das editoras, já que os fotolitos desses livros terão de ser descartados, será necessário fazer uma revisão e novos materiais terão de ser impressos“, disse Sonia Machado, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livro do

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Bibliotecários debateram seu papel social no seu dia

A Imprensa Oficial de São Paulo, o Instituto Pró-Livro e diversas entidades de bibliotecários comemoraram nesta quinta-feira (12/3) o Dia do Bibliotecário. Febab, Conselho Federal de Biblioteconomia, Conselho Regional de Biblioteconomia de SP, Sindicato dos Bibliotecários do Estado, a IFLA/LAC e a Associação dos Bibliotecários da cidade de São Paulo se uniram para uma celebração em conjunto.     Logo depois de um café da manhã oferecido pela IO, foi realizada a palestra O Papel Social do Bibliotecário, na qual apresentei alguns dados novos da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro (que deu origem ao livro homônimo, co-editado pelo IPL e pela Imprensa Oficial).    O estudo revelou, por exemplo, que três em cada quatro brasileiros não frequentam bibliotecas e que os leitores vão às bibliotecas basicamente durante a vida escolar. Seu uso diminui de 62% para menos de 20% na fase adulta.    Os bibliotecários têm um papel fundamental para fazer do Brasil um país de leitores.   

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Qual é o índice de livros da sua cidade?!

Na cidade de São Paulo, nada menos do que em nove subprefeituras o número de livros per capita nas bibliotecas infanto-juvenis é simplesmente zero. A melhor delas é a da região da Sé, no centro, onde este índice é de 13,3 livros/habitante. No final das contas, a média fica em torno de 1,1. Esses são alguns dos números que estão sendo divulgados pelo Movimento Nossa São Paulo, que constatou, estarrecido, que no caso do público adulto a situação é ainda pior: há apenas 0,55 livro para cada morador nos acervos públicos da metrópole. O índice recomendado pela Unesco é de pelo menos dois livros por cidadão.    Agora, o movimento constituído por um grande número de instituições paulistanas pressiona a prefeitura no sentido de mudar esse quadro. E aproveita que, por lei, o novo prefeito (reeleito) Gilberto Kassab deve apresentar, até o final de março, suas metas para os próximos anos para tentar que ele assuma um compromisso mais condizente com a importância da cidade que governa. 

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Parabéns aos bibliotecários

No dia 12 de março é hora de lembrar do profissional que orienta os caminhos de tantas pessoas no mundo da leitura. Nesta data se comemora o Dia do Bibliotecário, instituído em homenagem a Manuel Bastos Tigre, considerado o primeiro bibliotecário por concurso no Brasil. Aliás, no País, a data foi instituída pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980, e é comemorada em todo o território nacional. Tigre nasceu no dia 12 de março de 1882 e, ao terminar o curso de Engenharia resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, nos Estados Unidos, onde conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. Este encontro foi decisivo na sua vida, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com biblioteconomia. Naquele ano, ele realizou concurso para Bibliotecário do Museu Nacional. Mais tarde, transferiu-se para a Biblioteca Central da Universidade do Brasil, onde serviu por mais de 20 anos. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, ao lado do Reitor da instituição, Professor Pedro Calmon de Sá. 

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Recursos do Fundeb devem ultrapassar R$ 81 bilhões

A estimativa de receita do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para 2009 é de R$ 81,9 bilhões, 28% maior do que o total aplicado pelo Fundo em 2008, quando chegou a R$ 63,7 bilhões. Os parâmetros operacionais deste ano foram publicados hoje, 11, no Diário Oficial da União (DOU). Dos recursos previstos, R$ 76,8 bilhões vêm da contribuição de estados, Distrito Federal e municípios, e outros R$ 5 bilhões, da complementação da União, paga no âmbito de estados que não conseguem atingir com sua própria arrecadação o valor anual mínimo nacional por aluno, estabelecido em R$ 1.350,09 para 2009.     Formado por percentuais de uma série de impostos e transferências constitucionais, o Fundeb destina-se a financiar a educação básica pública. Pelo menos 60% dos recursos de cada ente federativo (estados, DF e municípios) devem ser utilizados para o pagamento de profissionais do magistério em efetivo exercício, como professores, diretores e orientadores educacionais. O restante serve para despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, que compreende o pagamento de outros profissionais ligados à educação, como auxiliares administrativos e secretários de escola; formação continuada de professores; aquisição de equipamentos; manutenção,

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‘Vocabulário Ortográfico’ será lançado no dia 19

A quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), já atualizado com as novas regras do acordo ortográfico, será lançada no próximo dia 19.    Evanildo Bechara, coordenador da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL e principal responsável pelo Volp, especifica os critérios adotados pela comissão: respeitar a letra do acordo, estabelecer uma linha de coerência quando surgiam princípios aparentemente contraditórios, acompanhar o espírito simplificador da reforma e, nos pontos não discutidos no texto, preservar a tradição ortográfica decorrente das reformas anteriores. Ele explica que foram adotadas 15 medidas para dirimir dúvidas ou ambiguidades no texto do acordo:    – Ditongos abertos “ei” e “oi” são acentuados quando ocorrem em palavras terminadas em -r. Exemplos: Méier, destróier, blêizer, gêiser    – Usa-se acento circunflexo nos paroxítonos com encontro “ôo“ em palavras terminadas em -n. Exemplo: herôon    – Paroxítonos terminados em -om também devem ser acentuados. Exemplos: iândom, rádom    – Usa-se acento no hiato “ui“, quando a vogal tônica é o “i“. Exemplo: arguí (1ª pessoa do singular do pretérito do indicativo)    – O acordo afirma que “emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza

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PorSimples

Uma novidade e tanto: entrou em fase final um projeto que, pronto, promete sacudir o ambiente que trata das questões relativas à leitura no Brasil. Trata-se do PorSimples: simplificação textual do português para inclusão e acessibilidade digital, coordenado por Sandra Maria Aluisio, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, unidade do campus de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP).    O objetivo da pesquisa que vem sendo desenvolvida pelo ICMC é simplificar a linguagem de textos em português disponíveis na Internet, facilitando o entendimento deles por crianças e adultos em processo de alfabetização, pessoas com problemas de linguagem ou cognitivos, além dos chamados analfabetos funcionais. “Nossa proposta é trabalhar na criação de páginas com acessibilidade universal“, declarou ao Boletim FAPESP Sandra Maria Aluisio, integrante do Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional e Intermídia da USP de São Carlos.    A equipe do PorSimples selecionou e construiu ferramentas que serão incorporadas às tecnologias propostas pelo projeto. Foi escolhido o analisador sintático que identificará estruturas sintáticas complexas, e adaptado um analisador de discurso para ele mostrar visualmente as relações entre as partes de um texto, ajudando, assim, na sua compreensão. Para tornar um texto mais curto, vários métodos de sumarização

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