Especialistas discutem acesso ao livro didático

“A escolha de livros didáticos pelos professores da rede pública de ensino é limitada pela capacidade de publicidade das editoras. Só as grandes conseguem enviar livros para os professores avaliarem. Assim, a escolha é limitada por princípios de mercado, não pedagógicos. A pluralidade é comprometida pela alta concentração do mercado”.     A afirmação é do coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para Acesso à Informação da Universidade de São Paulo (GPOPAI-USP), Pablo Ortellado, que participou do debate “Direitos Autorais e Educação”, promovido no último dia 24 de março pela Ação Educativa e pelo GPOPAI–USP. Durante o evento, que aconteceu na capital paulista, foram discutidos as polêmicas, os conflitos e os interesses em torno do livro didático e do acesso ao conhecimento na educação básica brasileira.    Segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), o governo distribuiu em 2007, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), mais de 100 milhões de exemplares para estudantes da rede pública do Ensino Fundamental. Já para o Ensino Médio foram mais de 9 milhões de livros. De acordo com Ortellado, as compras do governo representam 1/3 do mercado de livros didáticos brasileiro.     Todo ano o

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Escolas públicas com baixos Idebs receberão recursos do MEC

Mais de 27 mil escolas públicas da educação básica que registraram baixos índices de desenvolvimento da educação (Idebs) em 2005 e 2007 receberão recursos do Ministério da Educação para executar o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE-Escola). O plano é uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a melhorar seu desempenho.    De acordo com José Carlos Martinez Fernandez, coordenador-geral de gestão escolar da Secretaria de Educação Básica, cada escola receberá este ano entre R$ 10 mil e R$ 75 mil, segundo o número de estudantes matriculados no censo escolar de 2008. A verba total prevista no orçamento é de R$ 517,7 milhões.    O repasse de recursos do governo federal, explica José Carlos, é para financiar algumas ações do plano estratégico da escola, e o Ministério da Educação orienta que ela utilize essa verba prioritariamente em apoio a cinco ações: programas de acessibilidade como, por exemplo, construção de rampas e adaptação de banheiros; ProInfo; Mais Educação; conselho escolar (qualificação de conselheiros); e Escola Aberta.    Em 2009, o Plano de Desenvolvimento da Escola atenderá 27.885 escolas. Nesse conjunto de estabelecimentos estão três tipos de escolas classificados segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2005 e 2007: as

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Lucro da Editora Abril sobe em 2008 e soma R$ 183,4 milhões

A Editora Abril registrou lucro líquido consolidado de R$ 183,4 milhões em 2008, montante 111% superior aos R$ 86,7 milhões registrados no exercício anterior.   A receita com vendas de produtos e serviços líquida de impostos somou R$ 1,920 bilhão no ano passado, sendo 2,8% superior ao total auferido em 2007 (R$ 1,868 bilhão). Já o custo dos produtos caiu 15%, para R$ 665 milhões, fazendo o lucro bruto subir 15,7%, para R$ 1,254 bilhão. Já as despesas operacionais cresceram 17,87%, para R$ 972 milhões.     Citando estudo da Inter-Meios, a empresa afirma que em 2008 a publicidade nas revistas Abril cresceram 18% no ano passado, acima da média do mercado, de 13,3%. Na internet, a receita com publicidade cresceu 44,2% em relação a 2007.    Em circulação, o IVC informa aumento de 5,1% para o mercado no ano passado, ao mesmo tempo as publicações da companhia tiveram alta de 7,3% em circulação. Em assinaturas, a expansão foi de 4,6% ante 3,3% no mercado.    Em comunicado separado, o Grupo Abril, que inclui a Editora Abril, as editoras Ática e Scipione e, desde outubro de 2007, a Treelog S.A. Logística e Distribuição, informou que teve receita líquida de R$

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Escolas municipais que adotaram apostilas privadas têm notas melhores na Prova Brasil, diz FGV

Escolas municipais paulistas que adotaram apostilas de ensino elaboradas por instituições privadas tiveram um desempenho superior na Prova Brasil (que avalia as escolas públicas de ensino fundamental), revela estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Os pesquisadores ressaltam, porém, que ainda é cedo para avaliar se os bons resultados têm relação direta com as apostilas.     Elaborado pelo Centro de Microeconomia Aplicada da fundação, o estudo abrangeu escolas municipais de 177 municípios de São Paulo que adotaram esse sistema de ensino. A cidade de São Paulo, porém, foi excluída do levantamento por conta de seu grande número de escolas e de alunos.     Entre 2005 e 2007 (anos em que aconteceu a Prova Brasil), alunos de escolas que não adotaram as apostilas tiveram, em média, um aumento de 12,31 pontos na nota da avaliação de matemática da Prova Brasil (de 195,15 em 2005 para 207,46 em 2007). Já os que estudam em escolas com o novo método tiveram um aumento médio na nota de matemática de 17,28 pontos (192,86 em 2005 contra 210,14 pontos em 2007).     Em português, o resultado também foi representativo, conforme os pesquisadores. Entre 2005 e 2007, a nota média variou apenas 0,32 ponto

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Fim da DRU: proposta inclui ensino obrigatório dos 4 aos 17

O ensino obrigatório de quatro a 17 anos de idade já faz parte do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 277/08, que retira o orçamento da educação da Desvinculação de Receitas da União (DRU). O parecer substitutivo do deputado federal Rogério Marinho (PSB-RN), com a nova redação, foi aprovado na terça-feira, 24, pela comissão especial que analisa a PEC na Câmara dos Deputados.    A proposta será votada no plenário da Câmara, em dois turnos. O ministro da Educação, Fernando Haddad, e os membros da comissão especial deverão se reunir com o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), nesta quarta-feira, 25, para pedir que a PEC seja votada em regime de urgência. Se aprovada na Câmara, volta para aprovação no Senado.    A Proposta de Emenda Constitucional 277/08 prevê o fim gradual da DRU para a educação até 2011. Isso significa o acréscimo de cerca de R$ 9 bilhões anuais ao orçamento do MEC. O relatório aprovado nesta terça-feira na comissão especial vincula o aumento dos recursos à obrigatoriedade da educação infantil e do ensino médio.    De acordo com o texto, a educação obrigatória dos quatro aos 17 anos deverá ser implementada progressivamente até 2016, com apoio

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Frente da Leitura discute preço único de livros

A Frente Parlamentar Mista de Leitura promoverá audiência pública na próxima semana para analisar as vantagens e desvantagens de adoção da Lei do Preço Único para a venda de livros no Brasil.    A lei do preço único, que existe na Europa, determina que um livro não pode ser vendido por um valor diferente do que consta na capa.    O presidente da Frente Parlamentar, deputado Marcelo Almeida, do PMDB do Paraná, disse que o preço único é o preço mínimo e por isso gera disputa entre editoras e consumidores.    Marcelo Almeida afirmou que a Frente Parlamentar não tem uma opinião formada sobre o preço único e por isso é preciso promover esse debate.    O presidente da Associação Nacional de Livrarias, Vitor Tavares, é favorável à adoção do preço único. Ele lembra que o Brasil tem um número de livrarias inferior recomendado pela ONU.    “Nós sentimos realmente que esse fato, de não ter boas e mais livrarias, se deve à própria motivação do empresário. Ele não quer investir porque existe uma concorrência “muito agressiva“. Por exemplo, a própria internet hoje é muito agressiva“, disse.    Vitor Tavares ressaltou que a internet deve ser mais um instrumento de

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Seminário discute educação de jovens e adultos na América Latina

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara, em parceria com o Unesco, o Ministério da Educação e a Fundação Satillana, promoveram esta semana, Seminário internacional sobre o tema “Educação de Jovens e Adultos na América Latina: Direito e Desafio de Todos“.    Houveram debates sobre o Plano Ibero-Americano da Alfabetização e Educação de Pessoas Jovens e Adultas e ações nessa área no Brasil. Durante o evento, ocorreram reuniões de intercâmbio de experiências em alfabetização e saúde; em políticas de diversidade cultural e lingüística e em ações de educação em prisões.    Durante o encontro, foram avaliados temas que serão debatidos na Sexta Conferência Internacional da Unesco em Educação de Adultos (Confinteia VI), que ocorrerá em maio em Belém (PA). A Conferência, que pela primeira vez ocorre na América Latina, reunirá delegações de vários países. Realizada a cada 12 anos, seus resultados são estratégicos na definição de parâmetros internacionais para as políticas de educação de jovens e adultos.    Os temas centrais do documento-base da Confinteia VI foram apresentados pelo especialista em Educação de Jovens e Adultos da Unesco no Brasil, Timothy Ireland.     O encontro contou com a presença, entre outros:    – do Ministro da Educação, Fernando

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Cidade de São Paulo ganha novo espaço cultural

No próximo dia 28 de março, o Grupo IBEP-Nacional inaugura um espaço totalmente dedicado à cultura e ao aprendizado. Localizado na Bela Vista, próximo à estação Brigadeiro da linha verde do metrô. O Espaço Cultural IBEP-Nacional (Rua Santo Amaro, 766, tel. 2799-7799) terá uma programação diária e gratuita, com entretenimento, cursos, palestras, livraria, café, revistaria, espaço HQ e infantil, auditório e um atendimento diferenciado para os professores.     Marcada para terça-feira, 31 de março, a inauguração oficial celebrará a nova fase do grupo IBEP- Nacional, que já reestruturou o Departamento Comercial, trouxe de volta do Catálogo de Livros Didáticos da Editora Nacional, lançou a Coleção Brasiliana e adquiriu a Conrad Editora em fevereiro de 2009.     

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MEC compra 250 títulos para bibliotecas escolares

O MEC abriu as inscrições de obras para o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) 2010. As pré inscrições começaram ontem (23/3) e vão até dia 3/4. A entrega das obras deve ser feita entre 22/4 e 28/4. Obras em verso e prosa, narrativas com imagens, adaptações de clássicos da literatura para quadrinhos, traduções e livros interativos (com selo do INMETRO) podem ser inscritos em quatro categorias: Educação Infantil, de 0 a 3 anos, Educação Infantil, 4 e 5 anos, anos iniciais do Ensino Fundamental e final do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Serão adquiridas, ao todo, 250 obras, distribuídas em acervos direcionados para as faixas etárias. O edital prevê que as obras estejam adaptadas ao Novo Acordo Ortográfico, mas abre exceção para este ano, permitindo que as editoras adaptem as obras, se selecionadas.

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