Especialistas discutem acesso ao livro didático
“A escolha de livros didáticos pelos professores da rede pública de ensino é limitada pela capacidade de publicidade das editoras. Só as grandes conseguem enviar livros para os professores avaliarem. Assim, a escolha é limitada por princípios de mercado, não pedagógicos. A pluralidade é comprometida pela alta concentração do mercado”. A afirmação é do coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para Acesso à Informação da Universidade de São Paulo (GPOPAI-USP), Pablo Ortellado, que participou do debate “Direitos Autorais e Educação”, promovido no último dia 24 de março pela Ação Educativa e pelo GPOPAI–USP. Durante o evento, que aconteceu na capital paulista, foram discutidos as polêmicas, os conflitos e os interesses em torno do livro didático e do acesso ao conhecimento na educação básica brasileira. Segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), o governo distribuiu em 2007, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), mais de 100 milhões de exemplares para estudantes da rede pública do Ensino Fundamental. Já para o Ensino Médio foram mais de 9 milhões de livros. De acordo com Ortellado, as compras do governo representam 1/3 do mercado de livros didáticos brasileiro. Todo ano o