Crise pune mais a baixa renda e menor escolaridade
Os trabalhadores com pouca escolaridade e menor renda foram os mais afetados pela crise econômica mundial, perdendo espaço no mercado de trabalho formal no ano passado. Os dados estão na radiografia do emprego formal divulgada anualmente pelo Ministério do Trabalho –a Rais (Relação Anual de Informações Sociais)–, que registrou a criação de 1,834 milhão de vagas com carteira assinada em 2008. Os números refletem o efeito devastador da crise nos último bimestre do ano, quando as demissões bateram um patamar histórico. Apesar disso, o total de trabalhadores formais cresceu 4,88%. Chegou a 39,442 milhões de pessoas em 2008. A redução do emprego para os trabalhadores menos qualificados e com menores salários foi acompanhada de um aumento na oferta de vagas para pessoas com maior escolaridade e nível de renda. A Rais mostra que houve elevação do emprego para todas as faixas com escolaridade a partir de ensino médio incompleto. Abaixo dessa linha, no entanto, todos os níveis de escolaridade apresentaram queda no nível de emprego. “Na crise, perdeu quem ganhava menos e tinha menos escolaridade. Isso é um alerta sobre a importância da qualificação“, disse o ministro Carlos Lupi (Trabalho). Em março, a Folha havia antecipado com base em dados