Gil e Buarque na abertura da Bienal do Livro

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, participou hoje, no Riocentro, da abertura da 11ª Bienal do Livro do Rio, ao lado do ministro da Educação, Cristóvam Buarque, e da governadora do Rio, Rosinha Matheus.     Gil disse que uma feira como esta, além de incentivar o surgimento de novos leitores, aumenta os investimentos de produtores e editores de livros. Ele prometeu estudar, junto ao Governo Federal, uma forma de baratear o preço do livro.    Já o ministro da Educação, Cristovam Buarque, pediu aos editores que transformem a 11ª Bienal em uma fábrica de leitores. Ele fez o pedido durante a abertura da Bienal, que neste ano tem a expectativa de receber 500 mil pessoas, entre elas 200 mil crianças. O ministro defendeu também a participação das editoras de livro do programa de Erradicação do Analfabetismo no país.     Buarque também anunciou a criação, em 2004, de um programa de bibliotecas domésticas ou comunitárias. O projeto consiste em transformar casas particulares em bibliotecas. Os livros seriam fornecidos pelo governo federal. O ministro disse que o projeto ainda está em estudo, mas a meta é criar 100 mil bibliotecas comunitárias. O projeto é semelhante ao que foi criado em

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Livro infantil representa 35% do mercado

“Se quisermos transformar o Brasil em um País de letrados, temos que começar pela infância.“ A frase é do cientista-político Ottaviano De Fiore, mas já é consenso entre as editoras nacionais, que vêem nesse nicho a real possibilidade de aquecer o mercado da literatura infantil, hoje, e adulto, amanhã.     Incentivar o hábito da leitura na infância torna-se, desta forma, um negócio concreto e crescente. Cada vez mais editoras de todos os portes investem em lançamentos na linha infanto-juvenis, que já representam 35% do mercado global, e este ano deve movimentar R$ 2,4 bilhões, com crescimento previsto de 20%, sobre o verificado em 2002.    O segmento chega a representar até 100% da receita de algumas companhias. De acordo com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) , o produto deve ser encarado como elemento de cultura e ensino, mas é também importante fator de negócios. “O livro é um motivador social importante“, afirmou Paulo Rocco, presidente do Sindicato.     Atenta aos leitores mirins, a Cia. e Editora Melhoramentos fechou uma parceria com o escritor Ziraldo e pretende lançar 25 títulos do segmento este ano. Para Breno Lerner, diretor-geral da editora, a expectativa é de “apresentar um

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Lula faz crítica a aprovação automática

Para presidente, sistema pode parecer moderno, mas não mede se crianças estão aprendendo     O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem o sistema de progressão continuada adotado em várias escolas públicas do País, inclusive em cidades administradas pelo PT. Na opinião do presidente, “ter um sistema educacional em que as crianças não precisam de provas para saber se vão passar ou não de ano pode parecer moderno e muito bonito“. Mas advertiu: “Sem um sistema de aferição, a gente não sabe a qualidade de ensino que essas crianças estão recebendo.“     A progressão continuada, que existe no Estado de São Paulo desde 1997, elimina as séries e as agrupa em ciclos de aprendizagem, de quatro anos.  Na capital, o sistema foi adotado na gestão Luiza Erundina. Durante o ciclo, as crianças não podem ser reprovadas para que a repetência não as desmotive. A aprendizagem é entendida como algo contínuo e a reprovação só pode ocorrer ao fim de cada ciclo. O presidente chamou o sistema de “aprovação automática.“     As principais críticas de educadores se referem não ao sistema como conceito e sim à forma como foi adotado no Estado, sem preparação da rede.  

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Ministério monta labirinto na Bienal do Rio

O visitante da XI Bienal do Livro, que começa na quinta-feira, dia 15, e vai até o dia 25, no Riocentro, no Rio de Janeiro, pode dar um passeio no labirinto, representação de um percurso que todo o brasileiro que não sabe ler nem escrever é obrigado fazer. Na prática, percorrerá um circuito com a representação de situações vivenciadas no dia-a-dia por quem não é alfabetizado. Essa é a forma escolhida pelo Ministério da Educação para provocar o debate sobre um dos maiores problemas sociais brasileiros.    Montado no Pavilhão 3 do Riocentro, numa área de 120 metros quadrados, o labirinto é um reflexo do drama vivido por 20 milhões de analfabetos. Dentro dele, um “facilitador” acompanhará os visitantes por um roteiro de painéis fotográficos, acompanhado pela narração de histórias.    A idéia partiu do próprio ministro Cristovam Buarque, que tomou como base relatos de pessoas que conseguiram deixar a condição de analfabetas. Para o ministro, o maior objetivo do MEC, na Bienal, é mobilizar a sociedade contra o analfabetismo.    Para a diretora de Marketing e Publicidade do MEC, Jaqueline Frajmund, o labirinto pretende sensibilizar a população para o drama de milhões de pessoas que ainda não foram alfabetizadas.

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Livro na era da informática

Presidente de associação de editores vê tecnologia como aliada da escrita      O computador não está acabando com o hábito da leitura. Esta é a opinião do presidente da Abrelivros (Associação Brasileira de Editores de Livros), Wander Soares. Segundo ele, a disseminação das novas tecnologias vem, inclusive, ajudando nas práticas da leitura e da escrita.    Soares lembra que quando nos anos 60, Marshall McLuhan previu o fim do pensamento linear introduzido pela escrita e aperfeiçoado na invenção da imprensa, parecia profetizar que o livro se aproximaria do seu fim. “O fenômeno não se confirmaria e, na verdade, o velho e bom livro vem a cada dia se apropriando sabiamente dos avanços da tecnologia. Vale lembrar que o cinema não impediu o avanço do teatro, nem a televisão substituiu o rádio“, afirma.    Segundo Soares, a tecnologia tem colaborado para a prática da leitura e da escrita, já que é cada vez mais comum encontrar-se anexados ao livro de papel CD-Rom ou mesmo DVDs que ilustram e ampliam o universo abordado no livro.    Na opinião do presidente da Abrelivros, o hábito da leitura deve ser iniciado pela família na idade pré-escolar. “Quando a criança cresce acostumada a ver

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FNDE marcará presença na XI Bienal do Livro do Rio

Os milhares de freqüentadores que, do dia 15 a 25, percorrerão os estandes da XI Bienal Internacional do Livro, no Riocentro, Rio de Janeiro, terão a oportunidade, mais uma vez, de conhecer o Programa Nacional do Livro Didático e o Programa Biblioteca da Escola, ambos patrocinados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.    Presente em todas as Bienais do Livro, tanto nas do Rio quanto nas de São Paulo, o Ministério da Educação e o FNDE – gestor dos principais programas destinados ao Ensino Fundamental – mostram ao público a grandeza do Programa do Livro Didático que, este ano, já distribuiu livros para 170 mil escolas públicas, beneficiando 32 milhões de alunos de 1ª a 8ª séries. E já disponibilizou, na Internet, os títulos a serem escolhidos pelos professores para o próximo ano.    Já o Programa Biblioteca da Escola, que se destina a estimular o hábito da leitura entre professores e estudantes, mediante a distribuição de livros de literatura e obras de referência, só este ano já investiu R$ 18 milhões na compra de acervos básicos e coleções, contemplando 3,8 milhões de alunos de 4ª e 8ª séries, além dos alunos da última etapa da Educação de Jovens

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Ministério começa ciclo de debates mensais

O Ministério da Educação dá início nesta segunda-feira, 12, às 17h, no auditório do ministério, ao ciclo MEC Debate. Com esta iniciativa, o ministro Cristovam Buarque e sua equipe inauguram um espaço público e gratuito para a reflexão sobre questões essenciais à formação e aos caminhos do cidadão, de modo a fomentar a diversidade de informações e, sobretudo, valorizar a pluralidade de olhares sobre a realidade brasileira. O primeiro painel do MEC Debate discutirá o tema O que devemos fazer pelos jovens.       O programa será aberto e mediado pelo ministro, com a participação dos seguintes debatedores: socióloga Helena Abramo, professor João Batista dos Mares Guias, jornalista Gilberto Dimenstein e presidente da União Nacional dos Estudantes (Une), Felipe Maia.      O MEC Debate será realizado uma vez ao mês, no auditório do ministério. O da próxima segunda-feira poderá ser visto, também, pelo canal NBR (TV a cabo da Radiobras), às 22h35.       Para o ministro, “a sociedade está perdendo os jovens como guerreiros da construção da cultura e da modernidade, mas ainda é tempo de recuperá-los, o que dependerá de vontade e criatividade”. Daí ele ter escolhido os jovens como tema inaugural do debate. Segundo

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Pesquisa expõe absurdos do politicamente correto

Educadora aponta casos bizarros de censura a livros e textos escolares     Mickey Mouse é um roedor assustador. Harry Potter é contra a família. O Natal deve ser evitado. Os dinossauros estão proibidos.     Na educação americana, o policiamento sobre a linguagem fugiu do controle.     Após 25 anos de censura aos livros escolares, o “politicamente correto“ veio à luz numa pesquisa alarmante sobre a intromissão oficial na educação.     Em um livro aclamado como o primeiro que leva à tona esse escândalo nacional, Diane Ravitch, uma ex-alta funcionária do governo americano, argumenta que a tentativa de livrar as escolas do preconceito racial e da discriminação sexual foi levada a extremos ridículos. “Parte da censura é trivial, parte é absurda e parte é de tirar o fôlego“, diz Diane, uma historiadora da educação que trabalhou tanto com governos republicanos como democratas.     Seu estarrecedor glossário de palavras e tópicos que foram proibidos por órgãos estatais ou voluntariamente suprimidas por editoras que publicam livros pedagógicos desencadearam uma grita nacional.     Em A Política da Linguagem: Como Grupos de Pressão Restringem a Aprendizagem dos Alunos, Diane revela que uma história intitulada O Golfinho Amigo foi rejeitada

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Empréstimos junto ao BIRD e BID

Os 27 secretários estaduais de Educação têm um dever de casa a ser apresentado ao MEC nas próximas semanas: fazer um levantamento completo sobre ampliação e reforma das escolas públicas. Os dados serão apresentados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), em carta-consulta da Comissão de Financiamentos Externos do Ministério do Planejamento (Cofiex), para a busca de empréstimo junto ao Banco Mundial (Bird) e ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bid).    Com os recursos do Bid e do Bird, no valor de R$ 6,93 bilhões, o MEC pretende promover um grande mutirão de recuperação física de 145 mil escolas de Educação básica (pré-escola, Ensino fundamental e Ensino médio). Pela proposta, serão ampliados os recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que destina verbas diretamente às escolas de Ensino fundamental estaduais, municipais e do Distrito Federal que tenham mais de 20 alunos matriculados. Serão contempladas, também, escolas de Educação especial mantidas por organizações não-governamentais (ONGs), desde que registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).    Com o financiamento externo, o PDDE, que hoje investe R$ 350 milhões por ano, passaria a dispor de R$ 1,08 bilhão. O valor médio por escola passaria dos atuais R$ 2,7 mil para

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