Analfabetismo cai, NE é problema
Apesar de avanços registrados nos últimos dez anos, dados da Pnad de 2002 do IBGE mostram que a torneira do analfabetismo continua aberta no Nordeste e no Norte. Isso indica que mesmo que o analfabetismo adulto seja erradicado no Brasil em quatro anos, como propõe o governo Lula, será preciso um esforço nas duas regiões para garantir que novos analfabetos não sejam fabricados. Segundo a Pnad, 3,8% das crianças brasileiras com idade entre 10 e 14 anos não sabiam ler ou escrever um bilhete simples. A comparação entre as regiões mostra, no entanto, que o problema é praticamente residual no Sul (1% das crianças analfabetas nessa faixa etária), Sudeste (1,2%) e Centro-Oeste (1,5%). A maior taxa é encontrada no Nordeste (8,6%). Na área urbana do Norte (a Pnad não pesquisa a área rural dessa região), a taxa é de 4,7%. No caso nordestino, o cruzamento de dados de escolarização na faixa etária de 10 a 14 anos com os de analfabetismo para essa mesma faixa mostra que há crianças que, mesmo matriculadas em escolas, ainda não aprenderam a ler e escrever. Essa constatação pode ser feita porque apenas 4,3% das crianças nordestinas de 10 a 14