Portugal discute se reforma ortográfica traz prejuízos para o país

Haverá “desperdício de livros” que não estejam de acordo com as novas regras gramaticais da língua portuguesa? A questão foi discutida em debate realizado entre autoridades portuguesas na conferência internacional promovida pela Assembléia da República sobre a reforma ortográfica no começo deste mês.     Carlos Reis, ex-diretor da Biblioteca Nacional de Portugal e defensor do acordo ortográfico, atenuou a gravidade dos efeitos das mudanças que ocorrerão na língua portuguesa. Segundo ele, “não haverá fogueiras de livros nem livros jogados no lixo“. No pólo oposto da discussão, Vasco Graça Moura, deputado europeu, poeta e tradutor, disse acreditar que “os prejuízos serão astronômicos“, com a inutilização de dicionários e livros escolares .     Vamos ou não deitar livros para o lixo?   MARIA JOÃO CAETANO     “Não haverá fogueiras de livros nem livros deitados no lixo“, diz Carlos Reis. Os “prejuízos serão astronómicos“, com a inutilização de “existências gigantescas de dicionários e livros escolares nas linhas de produção e nos armazéns dos editores“, afirma Vasco Graça Moura. Estes foram os dois rostos principais de um duelo que opôs defensores e críticos do acordo ortográfico, ontem, na conferência internacional promovida pela Assembleia da República sobre este assunto.    Carlos Reis,

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Escolas e Redes de Ensino têm até 5 de maio para se inscrever na Olimpíada

Foi prorrogado o prazo de inscrições para a olimpíada de Português Escrevendo o Futuro. As escolas e redes estaduais e municipais de educação terão até 5 de maio para aderir à nova política pública. Mais do que um concurso de talentos, a olimpíada foi desenvolvida para ser uma estratégia de formação de professores e alunos que beneficiará, ainda este ano, mais de 6 milhões de estudantes, 73.118 escolas e 200 mil professores em 4.450 cidades. Para participar da Olimpíada, o primeiro passo é a adesão da rede de ensino. No caso das escolas municipais, o prefeito e o secretário municipal de ensino devem assinar o termo de adesão. No caso das estaduais, a inscrição fica a cargo do secretário estadual de educação.     Os formulários podem ser obtidos pela internet ou nas agências do Banco Itaú, nas sedes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), do Conselho Nacional dos Secretários de Educação e nas secretarias municipais e estaduais de educação. Depois de preenchido e assinado, o termo deve ser enviado à coordenação da olimpíada, pelo correio, até o dia 5 de maio, para o seguinte endereço: Caixa postal 34729-9, CEP 01452-970, São Paulo SP.    Após a

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Governo e sociedade se mobilizam para debater educação

Pela primeira vez, representantes de todos os estados brasileiros estarão reunidos com o governo federal e com representantes da sociedade civil organizada para discutir os principais desafios educacionais do Brasil. A partir desta segunda-feira (14), acontece a aberta a Conferência Nacional de Educação Básica, em Brasília.     A construção de um sistema nacional articulado de educação será o tema central da Conferência, que se estenderá até o dia 18. Para o evento, que vem sendo preparado há cerca de um ano, todos os estados escolheram delegados, que estarão em Brasília para debater tópicos como a valorização e a formação de professores. A etapa nacional foi antecedida por 378 conferências municipais, 89 regionais, 26 estaduais e uma no Distrito Federal. Foram 4.740 participantes na Região Norte; 6.506 no Nordeste; 3,7 mil no Sudeste; 2,2 mil no Sul e 3,4 mil no Centro-Oeste.    O documento-base elaborado para a Conferência aborda cinco temas e reúne os resultados das conferências estaduais. A preparação para o evento mobilizou professores e estudantes de todo o País. Além das palestras centrais, a Conferência terá 34 colóquios e dez plenárias. Ao todo, serão cinco conferencistas, 34 coordenadores de colóquios e 102 expositores.    Pauta — Os

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Em SP, 150 municípios adotam apostilas em escolas

Pelo menos 150 municípios de São Paulo contratam sistemas apostilados privados para as escolas públicas de suas redes, o que representa 23% das 645 cidades paulistas. Há ainda outros 150 municípios no País com esse tipo de contrato, totalizando 300. O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com informações fornecidas por sete das maiores empresas que atuam na área, entre elas Objetivo, COC e Positivo.     No Brasil, são 690 mil alunos da educação infantil e fundamental de escolas públicas usando materiais de grupos particulares. A entrada dos chamados sistemas de ensino no setor público é recente. Eles têm crescido nos últimos anos, chegando a triplicar o total de cidades atendidas. Fica claro o predomínio da modalidade em São Paulo, apesar de nem todos os grupos serem do Estado.    As cidades gastam juntas, no mínimo, R$ 100 milhões por ano para receberem material didático e uma assessoria, que inclui capacitação de professores, portais interativos, avaliações e ajuda na gestão escolar. Esse pacote – que vai além da apostila dividida por bimestres e atividades programadas – é o diferencial apontado por quem defende os sistemas de ensino. Ele se contrapõe ao livro didático, muitas vezes

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23 de abril, o Dia Mundial do Livro

O 23 de abril foi escolhido pela Unesco para celebrar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor não por acaso. Existe um forte simbolismo em torno dessa data. Foi nesse dia, afinal, que morreram, em 1616, nada mais nada menos do que Miguel de Cervantes e William Shakespeare. E, ainda, o escritor Inca Garcilaso de la Vega. E cada qual em seu canto. Para aumentar mais esse encanto, foi também nessa data que vieram ao mundo autores como Maurice Druon, K.Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.    A Unesco, então, passou a incentivar os países a comemorarem a data. Em Barcelona, há tempos homens e mulheres trocam flores e livros numa festa de rua muito bonita, onde repetem o gesto imortalizado pela lenda de São Jorge e a Princesa Marguerita.   Essa mesma tradição teve início no Brasil, na década de 1990, em Ribeirão Preto (SP), onde deu origem à charmosa Festa do Livro que reunia, a cada ano, centenas de pessoas para brindar seu amor à leitura. Este ano, no entanto, ela não vai acontecer.    Dia do Livro: Unesco discutirá livros e idiomas    A ONU resolveu aproveitar a data para promover

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Escolas públicas terão conexão rápida à internet

Mais de 37 milhões de alunos de 56 mil escolas da rede pública do País terão acesso rápido e gratuito à internet no ambiente escolar até 2010. Essa é a meta do Programa Banda Larga nas Escolas, lançado nesta terça-feira (8) pelo governo federal, com participação direta das operadoras de telefonia fixa e parceria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O objetivo é oferecer acesso à internet com velocidade até dez vezes superior à média registrada atualmente pelo usuário de internet no Brasil, beneficiando diretamente 86% dos estudantes da rede pública.     Além da instalação, as operadoras de telecomunicações vão oferecer a ampliação periódica da velocidade para manter a qualidade e a atualidade do serviço durante a vigência da oferta, até 2025. O cronograma prevê, este ano, o atendimento a 40% do total das escolas previstas. Em 2009, o serviço será estendido a outros 40% e, em 2010, aos 20% restantes. Com base na infra-estrutura identificada pelas operadoras, será possível instalar a rede em duas mil escolas até junho.    Alteração de metas – Durante a solenidade de lançamento, no Palácio do Planalto, as operadoras de telefonia assinaram o documento que altera o Plano Geral de Metas para a

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Cartilha para educador tem informação errada

Livros didáticos voltados para professores da rede estadual de ensino, lançados há cinco dias pela Secretaria da Educação, apresentam erros graves de informação.    Os problemas foram encontrados nas cartilhas para os docentes da 5a série de História e da 8a série de Geografia.     As publicações fazem parte de 76 guias de trabalho elaborados pela Secretaria dentro de um projeto considerado inovador, em que, depois de anos, a rede de ensino volta a ter uma base curricular comum – até agora, eram os professores que definiam o que deveriam ensinar.     Os “Cadernos do Professor” são destinados ao ensino fundamental II (5a a 8a séries) e ensino médio, para todas as disciplinas. Segundo informa o jornal “Diário de S.Paulo”, há erros primários nas páginas, como confundir século com milênio ou falhar ao localizar a Rússia no mapa.    Um dos exercícios, por exemplo, questiona: “O século XXI começou no 2001 e terminará em qual ano?”. A resposta do livro do professor, que deve orientar as aulas em classe, indica como correta a alternativa “d”, ano 3000. A resposta correta é ano 2100, que não consta em nenhuma das cinco alternativas.    Outro erro considerado grave pelos professores foi

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Indústria de papel e celulose recusa cota para reciclagem

A indústria papeleira não está preparada para atender às determinações do Projeto de Lei 2308/07, que obriga o editor a utilizar papel reciclado em pelo menos 30% de suas publicações. A opinião é do coordenador do grupo técnico de Meio Ambiente da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Robinson Cannaval, em audiência pública realizada hoje pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.    Segundo Cannaval, seria preciso produzir mais 200 mil toneladas de papel para cumprir a lei. Ele afirma que o País não tem capacidade para coletar aparas de papel que sejam transformadas em papel reciclado em quantidade suficiente para atender à demanda do projeto. Com isso, o Brasil poderia ter de recorrer à importação de sobras.    O representante das papeleiras defendeu ainda que o papel branco produzido no Brasil é ecologicamente eficiente. “A principal matéria-prima do papel branco advém de florestas plantadas, com manejo sustentável. Essa matéria-prima, além de renovável, consome gás carbônico, principal responsável pelo efeito estufa.“    Durabilidade e custo     O diretor da Associação Brasileira de Editores de Livros (Abrelivros), Frederico Wickert, que também participou da audiência, mostrou preocupação com a durabilidade do papel reciclado. Mais da metade dos livros editados

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MEC quer escola em dois turnos em 47 cidades

O MEC (Ministério da Educação) planeja dar atividades em período integral para 1,4 milhão de alunos da rede pública das capitais e de outras 20 cidades brasileiras com Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação) abaixo de 2 – a média nacional é 3,8.    O projeto é destinado ao ensino fundamental e prevê atividades extracurriculares, diárias, no período em que os alunos não têm aulas. Os estudantes participarão de projetos de informática, arte, música, teatro, esportes e artesanato.    Dados divulgados pelo IBGE na última sexta-feira (28) mostraram que a região Sudeste é a única do do país em que a maioria das crianças permanece na escola além do tempo mínimo exigido por lei, quatro horas diárias.    Segundo a assessoria de imprensa do MEC, serão investidos R$ 60 milhões para ampliar a carga horária oferecida em duas mil escolas.     O projeto, batizado de “Mais Educação“, é articulado com atividades de cinco ministérios: Ciência e Tecnologia (para as classes de informática), Esportes, Cultura, Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social e a Secretaria Especial da Juventude.    No Estado de São Paulo, a ampliação da carga horária em unidades públicas não trouxe melhoria nas notas dos alunos, mostrou reportagem

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