Parlamentares e profissionais da área do livro reúnem-se em audiência pública para debater o assunto

A proposta de adoção da Lei do Preço Único para a venda de livros no Brasil foi discutida nesta quinta-feira, dia 2 de abril, em Brasília, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. A idéia de que os livros sejam vendidos por um preço fixo é da Associação Nacional de Livrarias (ANL) e conta com o apoio de algumas entidades. A proposta divide opiniões. O Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL) e outras organizações, por exemplo, são contrários à adoção do preço único. Para tentar chegar a um consenso, a Frente Parlamentar Mista da Leitura sugeriu a realização da audiência.    O secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), José Castilho, esteve presente na reunião. Segundo ele, a postura do PNLL, vinculado aos Ministérios da Cultura (MinC) e da Educação (MEC), continua sendo a de incentivar o debate desse tema em todo o território nacional, visto que ainda não existe uma posição fechada do Plano quanto ao assunto: “Precisamos procurar um consenso. O PNLL está atento com relação ao que essa lei poderá beneficiar ou vir ao encontro da democratização do acesso ao livro e à leitura no Brasil, que é um dos grandes objetivos do nosso

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Alunos de 1º e 2º ano do ensino fundamental terão novos livros

Novos livros paradidáticos para o 1º e o 2º anos do ensino fundamental serão usados nas salas de aula das escolas públicas no ano que vem. Na quinta-feira, dia 2, foi divulgada a relação das obras complementares escolhidas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2010.     Foram selecionadas 150 obras, que podem fazer parte de até cinco acervos diferentes, de acordo com o número de alunos de cada escola. Os livros, de natureza mais literária, são complementares aos didáticos e abordam as diversas áreas do conhecimento — língua portuguesa, matemática, ciências naturais, história, geografia e artes.     As 1.077 obras inscritas foram avaliadas em duas etapas. Na primeira, especialistas em linguagem e educação fizeram a análise de cada título. Em seguida, especialistas de cada área aferiram a adequação conceitual e terminológica quanto aos conteúdos específicos.     De acordo com o diretor de políticas de formação, materiais didáticos e tecnologias da Secretaria de Educação Básica (SEB), Marcelo Soares, a escolha de novos livros paradidáticos para os dois primeiros anos dessa etapa de ensino é mais um esforço para implementar adequadamente o ensino fundamental de nove anos. “É imprescindível ter programas e ações que incentivem a

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Pirataria de livros é alvo de relatório internacional

A pirataria de livros no Brasil foi destaque no relatório anual da Associação Internacional de Propriedade Intelectual (Iipa, em inglês). O documento menciona como uma das causas a cópia de trechos de livros e até de obras inteiras, no caso das não disponíveis no mercado largamente difundida nas universidades. Advogado da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos, Dalton Morato afirma que “a inocente pastinha do professor“ contribui para a queda na venda de livros no País e prejudica editoras e autores. Pesquisas do setor apontam queda de 44% na venda de livros entre 1992 e 2003, enquanto o número de alunos no ensino superior mais que dobrou. Jorge Machado, coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação, da USP, defende que o material técnico-científico, produzido com verbas públicas de pesquisa, seja de acesso livre.

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Com venda e ganho maiores, Ediouro busca novos negócios

A Ediouro entra em 2009 com mais recursos para continuar com seu plano de expansão. Encerrou o ano passado com um lucro líquido de R$ 23,4 milhões, 21% maior do que o de 2007, e tem mais R$ 30 milhões para investir em aquisições e na própria editora, cuja receita líquida cresceu 16%, para R$ 241 milhões. Nos últimos seis anos, a Ediouro já fez cerca de 10 aquisições e em 2007 firmou uma joint-venture com a Thomas Nelson dos Estados Unidos. Agora, as três áreas de grande interesse da Ediouro são os mercados de revistas, livros didáticos e o segmento de científicos, técnicos e profissionais (CTP). Essas áreas vêm ganhando maior relevância na empresa desde a entrada do fundo de investimento Governança e Gestão, que comprou 20% do capital da Ediouro em 2008. O primeiro passo nesse sentido foi efetivado ontem com a aquisição dos outros 50% da editora de revistas Duetto. No segmento de livros, Luiz Fernando Pedroso, diretor-geral da Ediouro, avalia que o desempenho mais expressivo neste ano virá dos selos Agir e Thomas Nelson Brasil, que faturaram R$ 15 milhões e R$ 7 milhões, respectivamente, no ano passado. A divisão de livros da Ediouro registrou receita

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Livreiro e Editores divergem sobre preço único do livro

Representantes de editoras, autores, livreiros e parlamentares discutiram no dia 2, Dia Mundial do livro Infantil, em audiência pública na Câmara dos Deputados a proposta da Lei do Preço Único para regulamentar a venda de livros no país. A Associação Nacional de Livrarias propõe que os livros sejam vendidos por um preço único sugerido pelo editor, a exemplo do que ocorre com os jornais e as revistas, vendidos pelo mesmo preço em todo o território nacional.  Os livreiros argumentam que os preços praticados no Brasil inviabilizam o acesso da população leitura. Segundo a presidente da Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro, Milena Duchiade, poucas são as lojas que sobrevivem nas ruas das cidades. Atualmente, as livrarias se concentram nos grandes shoppings, onde os custos são mais elevados, o que também encarece o livro. – Livro vende pouco porque é caro e é caro porque vende pouco. Enfim, é um ciclo vicioso, considerou Milena. Os empresários acreditam que a aprovação da lei vai incentivar o surgimento de pequenas novas livrarias. No entanto, os editores não concordam com os argumentos. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Mauro Koogan Lorch, a unificação de preços acabará com a

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CNE discute diretrizes do ensino nacional

Presidente do Conselho Nacional de Educação, a pedagoga Clélia Brandão Alvarenga Craveiro considera que são necessárias mudanças nas diretrizes curriculares do ensino médio brasileiro para uma real adequação do país à realidade do mundo moderno, aproximando o jovem da escola e preparando-o melhor para o mercado de trabalho.     A educadora destacou, em entrevista à Folha Dirigida, que nas últimas décadas o mundo passou por grandes transformações, principalmente na área tecnológica, o que torna urgente a adequação das instituições de ensino ao perfil dos estudantes, transformando as escolas em locais mais próximos à realidade dos alunos.     “Por isso, o Conselho Nacional de Educação está discutindo o assunto, através de comissões de especialistas, com um diálogo muito próximo com o Ministério da Educação, levando em consideração a opinião da sociedade“.     Reitora e professora titular da Universidade Católica de Goiás, Clélia Craveiro adverte que os conteúdos do ensino médio precisam ser atualizados, deixado de lado a educação anterior, que privilegiava a assimilação de datas e nomes. Ela considera fundamental formar um aluno mais crítico, reflexivo e investigador para enfrentar um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e dinâmico.  

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Reforma ortográfica pode gerar custos de R$ 40 milhões

Com as mudanças ortográficas na língua portuguesa, que entraram em vigor no dia 1º de janeiro, editoras, livrarias e gráficas começam a se adaptar às transformações. Entretanto, boa parte das editoras ainda tem como estratégia de ação atualizar seu acervo paulatinamente, de maneira a minimizar os gastos durante o período previsto de três anos para a adesão obrigatória. A estimativa, de acordo com Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), é que a conta para que as editoras se adaptem às mudanças pode passar dos R$ 40 milhões ao ano até o final de 2012, considerando-se apenas os gastos para revisão e reimpressão, já que dois terços dos 45 mil títulos trabalhados em 2007 eram reedições. “Sentimos que o apoio das editoras vem sendo gradativo, mas constante. Muitos livros de primeira tiragem já foram incorporados. O preço de revisão por título para segunda tiragem, por exemplo, custa em torno de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil para uma quantidade média de 250 páginas, e isto representa um gasto extra significativo”, analisa Rosely. Perante tal exigência de investimentos — e diante da possibilidade de eventuais descartes de estoques nas livrarias —, é natural que parte das editoras permaneça

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Ex-ministro Paulo Renato assume Secretaria de Educação de São Paulo

O ex-ministro Paulo Renato de Souza vai assumir no dia 15 de abril a secretaria de Educação de São Paulo. Deputado federal pelo PSDB de São Paulo, ele irá substituir Maria Helena Guimarães.     Na versão que o Palácio dos Bandeirantes vai divulgar ainda nesta sexta-feira, a secretária deixou o cargo a pedido. A divulgação será feita pelo governador José Serra (PSDB).     Na tarde de quinta-feira (26), Guimarães esteve, ao lado do governador, durante a inauguração do espaço Catavento, no centro de São Paulo.     Neste mês, a secretaria foi duramente criticada por professores da rede estadual por causa de erros em 500 mil livros didáticos distribuídos pela pasta.     Um livro didático de geografia, usado por alunos da 6ª série do ensino fundamental nas escolas públicas, mostra o Paraguai duas vezes em um mapa da América do Sul e exclui o Equador. O problema aparece tanto nos livros destinados aos estudantes quanto nas publicações destinadas aos professores.     No dia 19, a secretaria informou que determinou à Fundação Vanzolini a troca das publicações com erros. De acordo com a secretaria, a instituição arcará com todos os custos da troca, incluindo a impressão e

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Bibliotecas escolares terão livros para toda a educação básica

A partir de 2010, o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) será ampliado para toda a educação básica, passando a atender também a educação de jovens e adultos (EJA). Quase 40 mil bibliotecas escolares usadas por jovens e adultos matriculados nos ensinos fundamental e médio (EJA) receberão obras de literatura, de pesquisa e de referência voltadas para esses estudantes. Serão distribuídos cerca de 1,47 milhão de livros. Os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) e da educação infantil (creches e pré-escolas) também serão beneficiados no ano que vem.   “Até 2007, apenas as bibliotecas das escolas de ensino fundamental recebiam livros. Em 2008, ampliamos para a educação infantil e o ensino médio. Agora, dando continuidade à universalização do atendimento, estamos incluindo também a educação de jovens e adultos”, afirma Sonia Schvartz, coordenadora geral dos programas do livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).   Responsável pela execução do Programa Nacional Biblioteca da Escola, o FNDE abriu as inscrições para a avaliação e a seleção das obras para 2010. O prazo para cadastramento e pré-inscrição dos livros vai até 3 de abril. A entrega dos exemplares e da documentação, de 22 a 28 de

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