Cerca de 600 delegados indígenas de 210 povos se reuniram nesta terça-feira, 17, em Luziânia (GO), para discutir educação escolar, territorialidade e autonomia. As discussões fazem parte da programação da 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena, que ocorre até sexta-feira, dia 20. Um dos delegados do Amazonas, Marivaldo Bosco, acredita que os debates são importantes para que antigas reivindicações de diferentes povos sejam ouvidas. “Nós, do povo parintintin, sempre defendemos que os livros didáticos mostrem traços mais específicos de cada povo”, disse. Na opinião dele, os atuais livros trazem conteúdos muito amplos e não conseguem dar conta da diversidade de etnias. “Os livros do nosso povo poderiam ter atividades com as nossas principais festas, como a do guerreiro, no mês de agosto”, exemplifica. Reunidos em dez grupos de discussão sobre os temas, os indígenas terão a oportunidade de propor idéias como a defendida por Marivaldo. Na opinião do coordenador de educação indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), Gersem Baniwa, o encontro também é importante para que estados, municípios e o governo federal aperfeiçoem o sistema de colaboração por meio da articulação de políticas educacionais que privilegiem as características dos povos. “Hoje,