MEC desiste do Enem do meio do ano

Universidades que usariam resultados do exame como vestibular terão de recorrer às notas de 2009 ou preparar outra seleção. Governo diz que suspendeu a prova porque não haverá tempo para criar uma estratégia de segurança que evite novo vazamento.   O Ministério da Educação não irá mais realizar o Enem no meio deste ano, ao contrário do que estava previsto desde que o exame passou a ser usado para substituir os vestibulares em universidades federais. Segundo o ministro Fernando Haddad (Educação), não houve tempo para organizar o exame com um modelo de segurança adequado (o exame vazou na edição do ano passado). Para as instituições que utilizariam a prova para selecionar turmas para o segundo semestre, o ministro sugeriu que sejam chamados alunos que fizeram o Enem do final de 2009. Na prática, serão convocados estudantes que foram reprovados neste primeiro semestre.   As federais do Tocantins, do Maranhão, Rural do Semi-Árido (RN) e Tecnológica do Paraná disseram à Folha que seguirão a recomendação do ministro. As federais de Ouro Preto e Uberlândia decidiram voltar ao modelo do vestibular (essa última ainda pode usar nota do Enem 2009 como primeira fase). A federal de Alfenas também deve fazer vestibular.  

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Evento reunirá 3 mil pessoas para discutir novas propostas

A criação de um Sistema Nacional de Educação e o novo Plano Nacional de Educação (2011-2020) estão no centro dos debates da Conferência Nacional de Educação (Conae), que acontece em Brasília, de 28 de março a 1º de abril.    O evento, promovido pelo MEC, vai reunir 2.500 delegados eleitos em municípios e estados e 500 observadores convidados. A mobilização para discutir os temas da Conae aconteceu em escolas, municípios, nos 26 estados e no Distrito Federal em 2009. Os municípios realizaram 1.707 conferências e grupos de municípios fizeram outras 551. Nos estados e no Distrito Federal foram 27. No conjunto, cerca de 400 mil pessoas participaram das conferências preparatórias.   O programa oficial da conferência nacional se compõe de um painel de abertura sobre o tema central (Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: o Plano Nacional de Educação – suas diretrizes e estratégias de ação), 51 colóquios que detalham ponto por ponto os seis subtemas e duas sessões plenárias. O dia 1º de abril será dedicado à plenária final, com encerramento previsto para as 18h.   O credenciamento dos delegados e convidados será no dia 28 de março, a partir das 8h30, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães,

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Pesquisa indica desprezo de ambientes virtuais didáticos para interação

Pesquisa da USP aponta que a maioria dos alunos considera os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) uma simples ferramenta de consulta de materiais, e não aproveita a maior parte das funcionalidades de interação e comunicação oferecidas.    O professor de Sistemas de Informação Silvio Carvalho Neto estudou a importância dos AVAs como ferramenta de apoio ao ensino tradicional, em seu doutorado, defendido em dezembro de 2009, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.   Carvalho Neto explica que os AVAs são sistemas de informação computacionais que têm a capacidade de oferecer, no ambiente virtual, ferramentas de auxílio à aprendizagem, como chat, podcast, wiki, vídeos, conteúdos para download, envio de tarefas aos alunos, questionários on-line, dentre outras formas de interação.   O professor entrevistou alunos do Centro Universitário de Franca (Uni-FACEF), no interior de São Paulo, que utilizavam os AVAs como ferramenta de apoio em aulas presenciais.   “Eles responderam a um questionário sobre alguns indicadores de qualidade a respeito sistema, tais como: satisfação do uso, atratividade do ambiente, uso frequente, aumento do nível de uso, estímulo no aprendizado, esforço e concentração, facilidade na aprendizagem, entre outros”, conta o professor.   Escolhendo ferramentas   O objetivo foi avaliar

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Governo brasileiro quer o português entre as línguas da ONU

De acordo com a coluna Avant Première, o governo brasileiro está abrindo mais uma frente de trabalho em sua agressiva política internacional. No fim do mês, o Itamaraty realiza um evento, em Brasília, para tentar adicionar o português às seis línguas de trabalho oficiais na ONU – inglês, espanhol, francês, chinês, árabe e russo.   A Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, que ocorre nos dias 27 e 28, incluirá debates literários sobre tradução, o uso do português na internet, processo criativo, entre outros temas.  

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Novo plano prevê erradicação do analfabetismo no Brasil até 2020

A proposta para o novo Plano Nacional de Educação feita pelo Conselho Nacional de Educação prevê a erradicação do analfabetismo até 2020, tarefa que o atual plano ficou longe de cumprir. O analfabetismo funcional também terá de ser extinto pelo novo PNE, que norteará a educação no país por dez anos (2011-2020).   A proposta ainda será discutida na Conferência Nacional de Educação, que ocorre no fim de março e que levará subsídios ao projeto que o MEC enviará ao Congresso.   A Folha adiantou ontem que, assim como a erradicação do analfabetismo, dois terços das metas não foram cumpridas do atual PNE, que abrange o período de 2001-2010. Relatório feito por pesquisadores de universidades federais apontou que só 33% das metas foram alcançadas. O país ainda tem 14 milhões de analfabetos.   Outra prioridade que entrará no novo plano será a elevação dos investimentos em educação, que passarão a equivaler a 10% do Produto Interno Bruto até 2014. Em 2007, dado mais recente disponível, o percentual ficou em 5,1% ou 4,7%, dependendo da forma de cálculo.   Fernando Haddad (Educação) disse que pediu ao Inep, órgão ligado à pasta, para atualizar e revisar o balanço do PNE encomendado aos

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Lançado no Rio concurso para nove milhões de estudantes

Nove milhões de alunos de escolas públicas serão estimulados a ler mais e escrever melhor. Além dos estudantes, a segunda edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro deve alcançar 300 mil professores.  O concurso foi lançado nesta terça-feira, 2, na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro. Adesões de secretarias de educação e inscrições de professores estão abertas e se encerram em 14 de maio.Crianças e jovens matriculados em turmas do quinto ao nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio podem participar com textos dos gêneros poesia, memórias, artigos de opinião e, novidade este ano, crônica. Alunos de todo o país têm a chance de expressar, por meio do aprimoramento da leitura e da escrita, o que pensam e sentem sobre o lugar onde vivem. Este é o tema da olimpíada que deve estar presente em todos os gêneros. Para o primeiro secretário da ABL, Domício Proença, a olimpíada está intimamente ligada ao objetivo primeiro da academia — o culto da língua e da literatura nacional. “A casa de Machado de Assis fica feliz ao se associar a essa iniciativa, que tem como objetivo aproximar o falante e escrevente da língua,

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País só cumpre 33% de metas de educação

Relatório mostra que ainda há alta repetência, a taxa de universitários é baixa e o acesso à educação infantil está longe do proposto. Estudo de pesquisadores de universidades federais abrange o período de 2001 a 2008, incluindo dois anos de governo FHC e seis de Lula .   Enquanto petistas e tucanos fazem alarde dos seus feitos na educação, um dos levantamentos mais abrangentes já realizados sobre a última década revela que os avanços na área foram insuficientes. Apenas 33% das 294 metas do Plano Nacional de Educação, criado por lei em 2001, foram cumpridas. Relatório obtido pela Folha, feito sob encomenda para o Ministério da Educação, aponta alta repetência, baixa taxa de universitários -apesar dos programas criados nos últimos anos- e acesso à educação infantil longe do proposto. O estudo, que abrange o período de 2001 a 2008, foi feito por pesquisadores de universidades federais, com apoio do Inep (instituto de pesquisa ligado ao MEC). O plano foi criado com o objetivo de implantar uma política de Estado para a educação que sobrevivesse às mudanças de governo. As metas presentes nele são de responsabilidade dos três entes federados, mas municípios têm mais atribuição pela educação infantil e fundamental; Estados,

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Reforma ortográfica na internet; Kindle na ABL

A Academia Brasileira de Letras (ABL) teve uma ideia que vai ajudar quem leu a palavra “ideia” e achou que ela ainda tinha acento. Desde a última quinta-feira, o site da ABL traz uma versão para consulta online do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp).   A ferramenta online faz parte de um projeto maior de ampliação do acesso digital da população ao trabalho da ABL.   Sessões da casa já podem ser assistidas em vídeo pela internet. Em janeiro, ela lançou um site comemorativo do centenário de morte de Joaquim Nabuco. E até março deve começar a distribuir Kindles aos acadêmicos. Há cerca de um mês, a ABL também entrou no Twitter.   “Antes do carnaval, nosso Twiter estava tendo bastante acesso. Agora, caiu um pouco — conta Vilaça, e faz piada: “É porque é mais informativo, não faz fofoca… Se a gente quisesse fazer, até que tinha bastante, viu? Mas aí seria um projeto mais audacioso”.      

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Aluno de hoje não quer ser o educador de amanhã

Se uma boa educação só é possível por meio de bons educadores, o mais recente estudo realizado pela Fundação Victor Civita (FVC), encomendado à Fundação Carlos Chagas (FCC), traz preocupação a quem se interessa pelo assunto. Ao pesquisar sobre a atratividade de jovens à carreira de docente, o levantamento mostra que apenas 2% dos estudantes do terceiro ano do ensino médio pensam em atuar em sala de aula.     Com 1.501 alunos participantes, o estudo foi aplicado em 18 escolas públicas e privadas de oito municípios (em cinco regiões do país) selecionadas por seu tamanho, abrangência regional, densidade de alunos e oportunidades de emprego. Segundo estes estudantes, as más condições de trabalho, a baixa remuneração e o pouco reconhecimento social são os motivos para se manterem longe da sala dos professores.   “Esse é um tema central e de médio prazo para a melhoria da qualidade de educação no país. O principal é mudar a formação para criar essa atratividade”, afirma o secretário estadual de Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza.   Curiosamente, há uma semana (26/02), o ex-ministro da Educação culpou a má formação dos professores pelo mau desempenho registrado nas provas de matemática aplicadas a estudantes

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