Conae – Controle social para financiar a educação é tema de debate

Debatedores da Conferência Nacional de Educação (Conae) defendem maior participação dos conselhos estaduais e municipais na fiscalização do financiamento da educação.   O assunto foi debatido no colóquio Financiamento da Educação: Controle Social e Regulação dos Setores Público e Privado, nesta terça-feira, 30.    Na opinião da representante da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Célia Tavares, não há como discutir financiamento e qualidade da educação sem falar de gestão democrática. “Conselhos, escolas, sociedade, todos têm que participar do controle dos investimentos”.   Célia também acredita ser necessária a inclusão de uma disciplina de gestão de recursos nos cursos de licenciatura. “Os professores precisam ser formados em gestão da educação, como um todo”.   Para o representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Francisco Gaudêncio, a gestão participativa se fortaleceu quando o debate sobre qualidade da educação ganhou mais força. “O Brasil tem avançado nessa questão, principalmente pelo surgimento de movimentos de controle social. Sem essa participação, não tem como haver boa gestão pública”, disse.   Sobre a regulação dos setores público e privado, os debatedores foram contrários a mercantilização da educação. “Como está disposto na Constituição Federal de 1988, o ensino é livre à iniciativa

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4,1 milhões de crianças e jovens estão fora da escola, diz secretária da Educação Básica

Mais de 4,1 milhões de crianças e jovens em idade escolar (de 4 a 17 anos) estão fora das salas de aula. A informação é da secretária da Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), Maria do Pilar Lacerda, baseada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).    Deste total, 3,5 milhões têm 4 ou 5 anos ou já são adolescentes com 15 a 17 anos. A inclusão destas duas faixas etárias no sistema de ensino passou a ser obrigatória somente a partir do ano passado, com a aprovação da Emenda Constitucional 59 – que também determinou o fim gradual da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Os Estados e municípios têm prazo até 2016 para fazer a inclusão destes potenciais alunos no sistema de ensino.   De acordo com Pilar, outros 680 mil jovens, com 7 a 14 anos, também não frequentam as salas de aula. “Eles são 2% das crianças nessa faixa etária, que o governo faz busca ativa para incluir”, afirma. Esta faixa etária, no entanto, já deveria estar integralmente incluída nos colégios de todo o país.   A secretaria explica que estes 680 mil não matriculados são,

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Papel mais caro. A culpa é do terremoto?

De acordo com a coluna Babel, fornecedores de papel já avisaram às editoras que, em abril, o produto ficará até 9,8% mais caro.   Há quem culpe o terremoto no Chile, onde áreas de produção de celulose foram afetadas, aumentando a demanda por papel nacional.   Para Mario Cesar Camargo, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, a maior explicação é um “assanhamento” dos fornecedores diante da perspectiva de retomada do mercado. O impacto para o consumidor deve ser pequeno, de cerca de 1% sobre o preço final.

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Um passo decisivo à inclusão

MEC inicia entrega do primeiro lote de netbooks do projeto Um Computador por Aluno a estudantes da rede pública.   Quando Nicholas Negroponte, da Massachusetts Institute of Technology (MIT), divulgou na internet seu projeto One Laptop Per Child (ou Um laptop por criança), os olhos do mundo voltaram-se para o invento, que prometia bom desempenho a um preço baixo, leia-se, baixíssimo.   O computador educativo multifuncional (até em e-reader se convertia) custava, no projeto, míseros US$ 100. Na prática, não foi bem assim. O preço de fabricação não era compatível com a realidade dos países do terceiro mundo, alvos do projeto, mas serviu para que fabricantes abrissem os olhos para um novo negócio.   Resultado: passados cinco anos, a ação chega ao Brasil. CCE/Digibrás e Intel foram as escolhidas pelo Ministério da Educação (MEC) para fabricar 150 mil equipamentos para estudantes da rede pública.   O primeiro lote de netbooks da linha Classmate, 37 mil máquinas, já começa a ser distribuído. As máquinas dão início ao piloto do projeto Um Computador por Aluno, que vai até agosto.   Serão beneficiadas escolas estaduais e municipais, que ganharão ainda sistema lógico de acesso à rede. A fabricante CCE ganhou licitação para produzir

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Conae – Manifestações marcam abertura da Conferência Nacional de Educação

Em meio a manifestações, foi aberta nesse domingo (28) a Conae (Conferência Nacional de Educação), cuja principal missão é traçar diretrizes para o próximo Plano Nacional de Educação que vai vigorar de 2011 a 2020.   Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, os delegados que estarão na conferência até quinta-feira (1º) deverão definir as diretrizes do futuro plano e os parâmetros de investimentos.   “O próximo plano não pode se fixar em metas meramente quantitativas. Não adianta apenas atender. É preciso atender bem, é preciso ter qualidade”, afirmou, ressaltando a importância de se pensar nos meios que possibilitarão o financiamento da educação.   Antes da abertura, as manifestações couberam a alunos, professores e funcionários da UnB  (Universidade de Brasília) e, durante a cerimônia, aos servidores efetivos do MEC (Ministério da Educação). Enquanto Haddad falava com a plateia, foram mostradas no auditório faixas levadas por integrantes do Movimento de Valorização dos Trabalhadores em Educação (Movate MEC) reivindicando um plano de carreira para a categoria.   O ministro defendeu o piso nacional do magistério e reconheceu que além dele, é preciso aprovar um plano de carreira. “Acho justo quando dizem que é difícil atingir metas de qualidades sem ter os meios”,

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Conae – Em pauta, o futuro da Educação no país

A educação brasileira viverá momentos decisivos entre os dias 28 de março e 1º de abril. Neste período, Brasília será palco da Conferência Nacional de Educação(Conae).    O evento pode ser considerado uma espécie de ápice da discussão de educação, uma vez que acontece depois das Conferências Municipais, Estaduais e do Distrito Federal, encontros que aconteceram durante os últimos dois anos e que reuniram diversos atores do cenário educacional, como dirigentes, professores, estudantes e pais de alunos. No evento, um dos temas mais importantes e polêmicos será a formulação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), já que o anterior está prestes a expirar. Com as novas regras e metas, será estipulado o futuro do setor para os próximos 10 anos. Para o senador Flávio Arns (PSDB-PR), presidente da Comissão de Educação do Senado Federal, este é um momento de avaliação.   “Precisamos verificar, como já está sendo feito, o plano atual. Precisamos saber o que deu certo e o que deu errado dentro das propostas e como elas têm sido implantadas. Precisamos saber, através disso, se conseguimos atingir todas as metas propostas”, sugere, acrescentando que o país tem deixado a desejar, por exemplo, no ensino superior. “Nós temos 15%

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Ministro espera inclusão de novas metas no Plano de Educação

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (24), na Comissão de Educação e Cultura, que está otimista em relação à aprovação, pelo Congresso, de um novo Plano Nacional de Educação (PNE), válido para o período compreendido entre 2011 e 2020, a ser discutido pelo Congresso neste ano.    As diretrizes para o plano serão colhidas na Conferência Nacional de Educação, que começa no domingo (28) em Brasília. Segundo o ministro, o plano inovará com o estabelecimento de metas qualitativas e de provisão de recursos para sua execução, além das metas quantitativas. Entre essas últimas, o ministro destacou a intenção de universalizar a pré-escola até 2014, antes mesmo do prazo inicialmente previsto de 2016.   No que diz respeito à qualidade, Haddad lembrou que hoje já existe um indicador de qualidade – o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – e a ideia é inserir metas para esse indicador. Também está prevista a meta com a previsão dos recursos necessários à execução do PNE.   “Quantidade é importante, mas qualidade também é. Teremos um plano completo, que terá foco em todos os níveis de educação: básica, superior e profissional”, disse o ministro. Segundo o presidente da Comissão de

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FNDE discute aquisição de cadernos escolares

 Com o objetivo de ter um panorama do setor produtivo e debater com a sociedade e os fabricantes uma eventual aquisição de cadernos para os alunos da rede pública de educação básica, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) promove uma audiência pública nesta quinta-feira, 25/3, em São Paulo.    Na ocasião, os técnicos do FNDE pretendem discutir, entre outras coisas, os tipos de papel, de lombada e de acabamento dos cadernos, a forma de aquisição e a logística de entrega.   O encontro ocorrerá na sede da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), na Rua Olimpíadas n° 66, 9° Andar, no bairro de Vila Olímpia, na capital paulista.    A compra do material seria feita pelos estados, Distrito Federal e municípios e se daria por meio de adesão ao pregão eletrônico de registro de preços a ser realizado pelo FNDE.   Etapas    A audiência terá duas etapas. Na primeira, o diretor de Administração e Tecnologia do FNDE, José Carlos Freitas, vai esclarecer aos interessados os principais aspectos do pregão eletrônico para o registro de preço e detalhar as especificações dos cadernos. Considerando as diversas funções e necessidades dos estudantes nas diferentes etapas de escolarização, o material

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Menos metas, mais compromisso

Às vésperas da realização da Conferência Nacional de Educação 2010, protagonistas concordam: é preciso fechar um documento com propostas que possam ser efetivamente cumpridas.   De 28 de março a 1º de abril, estudantes, profissionais e dirigentes da Educação de todo o país se reunirão em Brasília na Conferência Nacional de Educação (Conae). Com o objetivo de construir um “Sistema Nacional Articulado de Educação”, a Conae será palco de discussões que deverão pautar e dar diretrizes para a elaboração do próximo Plano Nacional de Educação (PNE), que vigorará de 2011 a 2020.    Em outras palavras, a trilha pela qual a educação brasileira deve avançar na próxima década será rascunhada na Conae, com a participação articulada da sociedade civil e dos setores público e privado. “Esta Conae será a primeira conferência com essa concepção de englobar todos os níveis de ensino e com a participação democrática de todos os segmentos da sociedade, apesar de ser um debate convocado pelo poder público. Não é uma conferência do MEC, é da sociedade”, observa Francisco das Chagas, coordenador da comissão organizadora da Conae e secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, responsável pelo evento.   As expectativas para a conferência são numerosas, já

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