Ações do MEC para reverter o baixo desempenho dos alunos

Ministério anuncia ações para melhorar desempenho de alunos      A secretária de Ensino Fundamental, Maria José Feres, anunciou nesta terça-feira, 22, que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) e o Fundo de Fortalecimento da Escola (Fundescola/MEC) têm, em conjunto, R$ 122 milhões para investir este ano em formação continuada de professores e confecção de material pedagógico. São R$ 76 milhões do FNDE e R$ 46 milhões do Fundescola.    O objetivo da ação é reverter o baixo índice de desempenho dos alunos da escola pública revelado pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – 2001. A pesquisa mostrou problemas no aprendizado, muitos dos quais dizem respeito a pouca formação e aos baixos salários dos professores    Para conseguir os recursos do FNDE e do Fundescola, os municípios devem apresentar projetos à Secretaria de Educação Fundamental (SEF/MEC) de acordo com critérios divulgados no Diário Oficial da União em 10 de abril. A nova sistemática é articulada e os critérios unificados, por isso o projeto de formação apresentado pelo município deve ser coordenado por uma agência. Como a verba não pode atender todos os municípios, a prioridade, explicou a secretária, será para projetos de formação de professores

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Em 2001, o Brasil tinha 2,2 milhões de crianças de 5 a 14 anos de idade trabalhando

Em 2001 havia 5,5 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade trabalhando no País. Mais de um milhão deles não freqüentavam escola e quase 49% trabalhavam sem remuneração.     As atividades agrícolas concentravam 43,4% dessas crianças e adolescentes. Entre os aspectos pesquisados pela primeira vez, estão as crianças e adolescentes inscritos ou beneficiários de programas sociais educacionais e o tempo de permanência na escola.     A Pesquisa Suplementar da PNAD sobre o trabalho infantil, realizada pelo IBGE em parceria com a Organização Internacional do Trabalho – OIT, investigou com maior profundidade características de educação e trabalho para as crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade. A pesquisa de 2001 revelou que, no Brasil, existiam 5.482.515 deles trabalhando naquele ano: eram 1.935.269 crianças de 10 a 14 anos e 296.705 de 5 a 9 anos.     Conheça a pesquisa

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A clonagem de livros

O Correio Braziliense noticia um engenhoso esquema de cópia ilegal de livros. Gatunagem das mais vergonhosas porque ocorria justamente dentro das dependências de um espaço no qual os livros ocupam um lugar sagrado: a Universidade de Brasília (UnB). Mas como a realidade ultrapassa a ficção, some-se ao roubo a vilania: os responsáveis pela operação eram funcionários da casa.     O esquema do crime não poderia ser mais simples. Os funcionários da mecanografia, sabedores dos títulos em demanda, copiavam as obras usando as máquinas e o papel da própria universidade ou entregavam o “serviço“ para uma editora conhecida. Assim fazendo, produziam livros até 50% mais baratos do que são vendidos nas livrarias, acumulando centenas de cópias num depósito no âmbito da própria escola. Eram clonados títulos de Direito, Sociologia, Física, Medicina e Engenharia Elétrica!     Um dos pontos mais estarrecedores da matéria é que tudo era feito com a conivência ou a famosa leniência dos alunos. No Brasil, esse tipo de ilegalidade é considerado uma malandragem, uma esperteza, um jeitinho…   Como também sou autor de mais de uma dezena de textos, usados em todo o Brasil e no exterior, aproveito para somar aqui minha triste experiência com o

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Projeto Só Começo

Além da tarefa de alfabetizar o povo brasileiro, o MEC estuda a implantação de outras estratégias para dar oportunidade de estudo aos recém-alfabetizados. Uma das idéias é o projeto Agentes de Leitura, que pretende levar livros diretamente a casa das pessoas. Carteiros e agentes de saúde deverão receber a tarefa de entregar livros de leitura fácil, produzidos pelo projeto Só Começo.    O Só Começo começará a ser implantado no próximo mês, na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro. Serão produzidos e distribuídos livros de literatura brasileira e mundial, em linguagem simples, própria para adultos recém-alfabetizados, para criar neles o prazer da leitura. Nove mil exemplares de três obras literárias — Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães; Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, e Garibaldi e Manuela: uma História de Amor, de Josué Guimarães — chegarão às mãos de jovens e adultos que aprenderam a ler e escrever nos primeiros meses deste ano.    Além disso, a partir do ano que vem deverá ser implementado o projeto Mala do Livro, que consiste em montar bibliotecas domésticas na casa de voluntários para utilização da comunidade. “Nossa idéia é montar cem mil minibibliotecas dessas no Brasil”, diz Homem de

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MEC é sede da 1ª reunião do Plano Plurianual 2004/07

Dirigentes, assessores e técnicos de todas as secretarias do Ministério da Educação, suas autarquias e fundações, Conselho Nacional de Educação (CNE) e representantes das universidades públicas federais e centros federais de Educação Tecnológica participaram nesta quarta, 16, no auditório do MEC, da 1ª reunião técnica do Plano Plurianual (PPA) 2004/2007. O Plano, que deverá estar concluído em 31 de agosto, vai traduzir o projeto da campanha eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um programa de ações para orientar os gastos e a gestão do Governo Federal até 2007.     São cinco os princípios do PPA 2004/2007: Dimensão Social (o acesso universal e de qualidade aos serviços públicos); Dimensão Regional (eqüidade entre as regiões); Dimensão Econômica (estabilidade macroeconômica, geração de emprego e renda e conquista de mercados externos); Dimensão Ambiental (harmonia entre desenvolvimento e meio ambiente); Dimensão Democrática (fortalecimento da cidadania, respeito aos direitos humanos e gestão participativa nas políticas públicas). “A partir desses princípios, o governo federal pretende construir um modelo brasileiro de desenvolvimento”, disse o diretor da Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos (SPI) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ariel Pares, que apresentou as orientações estratégicas, a metodologia, a dimensão regional e o

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Ministério luta pela valorização do professor

O ministro da Educação, Cristovam Buarque, e a secretária de Educação Fundamental, Maria José Feres, participaram nesta sexta, 11, da videoconferência Semana da Educação para Todos, na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Brasília.    Cristovam destacou que os estudantes precisam de livros, merenda e uniforme, mas é fundamental também terem bons professores. “Quem faz o gol é o professor e precisamos mudar a sua realidade. Eles precisam estar bem com a cabeça, o coração e o bolso”, afirmou, acrescentando que isto significa, respectivamente, boa formação, dedicação e remuneração.    O ministro defende um piso salarial anual para os professores e está discutindo a idéia com prefeitos, secretários de Educação e setores ligados à Educação. Ele explicou que o MEC está no caminho certo que o Brasil espera há 115 anos. “Antes, não tivemos a firmeza de completar a abolição e a República. O caminho é o da Educação que dá igualdade de oportunidades”, disse.    Para o ministro, a grande tragédia no País é que não há essa eqüidade na Educação. “Não podemos viver neste País tão rico sem erradicar o analfabetismo, com pessoas que reconhecem as cores, mas

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Waly extingue Secretaria do Livro

A Secretaria do Livro e Leitura, órgão vinculado ao Ministério da Cultura, vai desaparecer. Mesmo destino terá o Departamento Nacional do Livro, ligado à Biblioteca Nacional. No lugar de ambos, vem aí o Instituto Nacional do Livro e Leitura, que será presidido por Waly e deverá ter a historiadora Rosa Maria Barboza de Araújo na direção. Entre as primeiras medidas que Waly pretende tocar no INLL, estão a reestruturação do programa “Uma Biblioteca em Cada Município“ e a luta pela redução do preço do livro.   Leia a matéria completa

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Altos e baixos ditam o mercado editorial

Por que se lê pouco no Brasil? Responde-se: em parte, pela ineficiência de políticas públicas que sejam capazes de quebrar a estrutura secular de distanciamento do brasileiro pelo livro. Pesquisa realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) em conjunto com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), mostra que, nos últimos 10 anos, o mercado editorial vem patinando, convivendo com altos e baixos tanto com relação à vendas quanto produção, sem crescimento sólido. A pesquisa abrange o período de 1990 a 2001. Os resultados de 2002 saem em março. Para se ter uma idéia, o mercado produziu, há 13 anos, 22.479 novos títulos e teve tiragem total de 239 milhões de exemplares. Desse estoque vendeu 212 milhões e faturou R$ 901 milhões. Já em 2001, foram 40,9 mil títulos produzidos, para 331 milhões de exemplares, que faturaram R$ 2,2 bilhões. Os números impressionam pela diferença. Mas o distanciamento não ilustra a realidade. Por exemplo, em 1998, o País vendeu 410,3 milhões de livros, faturando mais de R$ 2 bilhões. Já no ano seguinte, as vendas caíram para 289,6 milhões de exemplares. A queda brusca de vendas não foi tão pessimista no faturamento: R$ 1,9 bilhões. Tomando outro dado, em

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Brasileiro prefere a locadora de vídeos à biblioteca

“Se houvesse demanda maior, as tiragens também seriam maiores e o preço unitário, logicamente, cairia.“  Wander Soares    Na entrevista exclusiva que concedeu à Integração Econômica, o presidente da Abrelivros – Associação Brasileira dos Editores de Livros, Wander Soares, revelou critérios para fixação do preço do livro e explicou a falta do hábito de ler do povo brasileiro. Revelou também os nomes dos três maiores autores brasileiros (mais lidos) de todos os tempos.    Soares disse que o brasileiro lê pouco pela dificuldade de acesso ao livro, referindo-se ao cidadão de nível médio. Acrescentou que o brasileiro também tem pouco acesso à alimentação adequada, ao teatro, ao cinema e às atividades de lazer em geral. Se ele quisesse realmente ler, iria a uma biblioteca, onde há livro para ler gratuitamente. Mas, existe uma alegação muito forte: as bibliotecas são poucas e distantes. “O brasileiro não tem o hábito de pertencer a uma biblioteca: de ser fichado, ter seu cartãozinho para retirar e depois devolver. Ele prefere ser fichado numa locadora de vídeo“ , disse.    Em seguida, apresentou o segundo motivo: o brasileiro é um povo de forte tradição oral. Prefere conversar e ouvir assuntos, em vez de pegar um

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