A clonagem de livros
O Correio Braziliense noticia um engenhoso esquema de cópia ilegal de livros. Gatunagem das mais vergonhosas porque ocorria justamente dentro das dependências de um espaço no qual os livros ocupam um lugar sagrado: a Universidade de Brasília (UnB). Mas como a realidade ultrapassa a ficção, some-se ao roubo a vilania: os responsáveis pela operação eram funcionários da casa. O esquema do crime não poderia ser mais simples. Os funcionários da mecanografia, sabedores dos títulos em demanda, copiavam as obras usando as máquinas e o papel da própria universidade ou entregavam o “serviço“ para uma editora conhecida. Assim fazendo, produziam livros até 50% mais baratos do que são vendidos nas livrarias, acumulando centenas de cópias num depósito no âmbito da própria escola. Eram clonados títulos de Direito, Sociologia, Física, Medicina e Engenharia Elétrica! Um dos pontos mais estarrecedores da matéria é que tudo era feito com a conivência ou a famosa leniência dos alunos. No Brasil, esse tipo de ilegalidade é considerado uma malandragem, uma esperteza, um jeitinho… Como também sou autor de mais de uma dezena de textos, usados em todo o Brasil e no exterior, aproveito para somar aqui minha triste experiência com o