Sucesso na MTV: desligue a televisão e vá ler um livro

O público da Music Television (MTV) já está acostumado com as campanhas educativas que o canal insere em sua programação.     Desde 2003, quando a MTV começou a colocá-las no ar, mais de mil campanhas já desfilaram pela telinha com mensagens rápidas, geralmente spots de 30 segundos, sobre preservação do meio-ambiente, direitos das crianças e do adolescente, combate ao racismo e temas relacionados à saúde, principalmente aids.     Em maio do ano passado, porém, um desses spots chamou mais a atenção: “Desliga a televisão e vai ler um livro“. A tela preta, com a frase em letras brancas, começou a ser mostrada com o propósito de incentivar o hábito de leitura entre os jovens. A repercussão foi tão grande que, dos 30 segundos iniciais, a campanha ganhou inacreditáveis 15 minutos, com inserção diária entre 13hs e 15hs.     “Nas duas primeiras semanas da campanha, mais de 200 mil telespectadores desligaram a TV. Se foram realmente ler um livro eu não sei“, diz André Mantovani, diretor geral da MTV Brasil. Citando como fonte o Ibope Telereport , a MTV informa que só entre os dias 1º de novembro do ano passado e 27 de abril deste ano, a

Ler mais

Nova avaliação da educação básica será a mais cara do país

A ampliação do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) vai custar ao MEC (Ministério da Educação) R$ 56,2 milhões. Com o nome de Anresc (Avaliação Nacional do Rendimento Escolar), o novo exame do governo federal, apresentado pelo governo em março, será feito por 5,2 milhões de alunos de 4ª e 8ª séries de todas as escolas urbanas da rede pública do país.     Antes da Anresc, a qualidade do sistema educacional nessa faixa etária era medida, por meio de amostragem, apenas com o Saeb. A aplicação da prova, feita de dois em dois anos por cerca de 300 mil alunos concluintes da 4ª e 8ª série do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio, custa R$ 7,6 milhões –este ano a amostragem será ampliada para 400 mil estudantes.     O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), outra avaliação feita pelo MEC, teve orçamento de R$ 50,2 milhões em 2004. O Enade (Exame Nacional de Avaliação de Desempenho dos Estudantes), por sua vez, sistema que avalia o ensino superior e é substituto o Provão, custou R$ 27,4 milhões no ano passado. O Saeb inclui testes de língua portuguesa (interpretação de texto) e matemática e a aplicação de

Ler mais

69% dos municípios não implantaram plano de educação, aponta pesquisa

Ao menos 69% de 2.122 municípios brasileiros, incluindo capitais, ainda não implantaram o Plano Municipal de Educação, instrumento previsto em lei para estabelecer as prioridades educacionais, metas a cumprir e mecanismos para alcançá-las. Apenas 28,3% – 600 cidades – elaboraram o plano; o restante deixou de responder à questão.     Esse é um dos principais resultados de uma pesquisa inédita a ser divulgada no 10º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, que começa no dia 4 de maio em Brasília. Lança luz sobre a importância que os municípios vêm dando ao planejamento da educação num momento em que o governo federal discute a implantação do Fundeb, um novo fundo para financiar o ensino básico.     A proposta é ampliar os recursos repassados a Estados e municípios para investirem nos ensinos infantil, fundamental e médio. Feita pela Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), em parceria com o Unicef (braço da ONU para a infância), a pesquisa mostra que, entre os 600 municípios com o plano elaborado, menos da metade -47,7% deles- implantou medidas. Nos outros casos, o plano ainda está tramitando na Câmara municipal ou nem sequer foi enviado ao Legislativo, que tem a responsabilidade de

Ler mais

Clubes de Leitura

Não é preciso escrever uma tese de pós-graduação para inferir-se que a leitura na vida do brasileiro caminha de braços dados com a sua conta bancária: vive-se a cada dia num minguamento desesperador. A leitura para centenas de pessoas constitui algo ausente, como um prato de comida. Pode-se constatar de maneira bem prática, empírica até, ao pedir às pessoas que relatem o seu “histórico de leitura“. Este torna-se ainda mais emblemático se proveniente de pessoas que passaram pelo processo de escolarização formal e conseguiram chegar à universidade.     Os relatos são impressionantes. Neles, é comum a citação ao fato de a leitura, na escola, ser feita por obrigação, por ser algo maçante. Quando se lia algum texto, certamente esse texto seria cobrado, então se lia simplesmente por obrigação, sem o mínimo gosto pelo que se estava fazendo. É comum também a lembrança de que poucos eram os professores que incentivavam a descoberta da literatura, provavelmente porque eles também não tinham por ela nenhum encanto.     Tampouco há recordação de professores que liam em sala de aula, a não ser o texto do livro a ser usado. Há, por outro lado, recordação de que se decoravam três estrofes de

Ler mais

Missão internacional da Unesco veio conhecer educação infantil brasileira

Uma missão internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) chegou ao Brasil para conhecer a realidade da educação infantil no país. A visita faz parte do projeto Revisão de Políticas e Serviços de Educação Infantil – Unesco/OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), realizado no Brasil, Indonésia, Casaquistão e Quênia.    A equipe, coordenada pela diretora de educação infantil e educação inclusiva da Unesco-Paris, Soo Hyang Choi, passará 12 dias no Brasil. No dia 2 de maio, o grupo, formado por especialistas da OCDE, da Unesco e da Universidade de Columbia (EUA), esteve nos ministérios da Educação (MEC) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).     Cerca de dez mil creches ainda permanecem no sistema do MDS, segundo informou o titular da Secretaria de Educação Básica do MEC, Francisco das Chagas Fernandes. “Mesmo que a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) tenha definido que as creches são de responsabilidade da educação, essa transferência ainda não ocorreu.” O secretário observou que a organização dessas instituições, como parte da educação infantil e não como política de assistência, é fator fundamental para o desenvolvimento das políticas do MEC

Ler mais

Tarso Genro destaca troca da dívida por recursos na educação

O ministro da Educação, Tarso Genro, destacou no dia 29 de abril, na Reunião Internacional de Cooperação Conjunta, em Brasília, a sintonia entre o Brasil e a Argentina em relação à iniciativa da troca da dívida externa por recursos financeiros para a educação. O encontro reuniu os ministros da área social do Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela e Uruguai.    “Brasil e Argentina estão afinados politicamente no que se refere ao intercâmbio da dívida por educação”, reforçou Tarso Genro. O ministro disse que os dois países dão a sustentação técnica para um trabalho que, segundo ele, terá grande relevância e resultados positivos a partir do próximo ano.    O encontro teve como objetivo buscar uma maior articulação regional na área social. Trata-se de uma concepção da questão social envolvendo as áreas de educação, saúde, assistência social e trabalho.    O ministro lembrou a cooperação bilíngüe (português/espanhol) que existe nas escolas de zonas de fronteira do Brasil com os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e chamou a atenção para a necessidade do país assumir o espanhol como uma língua estratégica, dadas as funções políticas que o Brasil tem na América Latina. O governo federal entende que a integração econômica e

Ler mais

Brasil protagonizará o “dia do livro solidário” de Madri em 2005

O Brasil protagonizará a edição de 2005 da campanha “dia do livro solidário“, que anualmente é convocada pelo governo autônomo de Madri por causa da festa regional de 2 de maio e que visa a estimular a generosidade dos cidadãos para que doem um livro destinado às bibliotecas dos países latino-americanos.    O departamento madrileno de Cultura e Esportes apresentou no dia 17 de abril a campanha, que terá por lema “Põe seu livro no Brasil“ e que em edições anteriores teve como destino Venezuela (2000), Nicarágua (2001), Equador (2002), Peru (2003) e República Dominicana (2004).    A coleta de livros terá lugar no próximo dia 2 em pleno centro de Madri, onde será habilitada uma tenda para que várias equipes de voluntários reúnam os volumes.    É importante que os exemplares esteja em bom estado e versem sobre conteúdos atuais, como dicionários, enciclopédias, obras de literatura infantil e juvenil e de literatura clássica e contemporânea, assim como livros de conhecimento sobre matemática, física ou química, evitando os de texto e aqueles com um interesse muito local.    Depois, será feita a ordenação e a classificação dos livros, que serão enviados a 60 bibliotecas públicas do Brasil, 29 delas no

Ler mais

Dezesseis escolas de São Paulo têm 36% das vagas da USP

Pesquisa realizada pelo Datafolha entre os alunos ingressantes nos 18 cursos mais concorridos da USP mostra: somados, os egressos de apenas 16 colégios (de um universo de 1.164 na cidade de São Paulo) conquistaram 36% das vagas. Dito de outra forma, 1,3% de todas as escolas da cidade respondem pela formação em nível médio de 36% dos novos alunos do olimpo uspiano.     Campeão de aprovação, o Colégio Bandeirantes está no histórico escolar de 8% dos ingressantes nos cursos mais concorridos da USP em 2005. Vice, o Etapa conta com 5% dos calouros. O bronze vai para o Objetivo, com 4%. As ilhas de excelência entre os colégios gratuitos são as Escolas Técnicas Estaduais e o Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo, o Cefet. O Liceu de Artes e Ofícios, sem ser uma escola pública (é mantido com os lucros da fábrica LAO, de Osasco), tem turmas de alunos pagantes e outras de não-pagantes.     Quatro escolas mantidas por ordens religiosas católicas despontam entre as 16 que conquistaram mais vagas nos cursos superdisputados da USP: Santa Cruz, Agostiniano Mendel, Arquidiocesano e São Luís. São colégios que andam na contramão da crise que se abateu sobre o

Ler mais

Professores pedem mais verbas para educação

Cerca de 20 professores e profissionais da área de ensino fizeram no dia 28 de abril um protesto bem-humorado em frente ao prédio do Ministério da Fazenda para cobrar mais investimentos em educação. Eles levaram bonecos em tamanho natural do presidente Lula, do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de outros ministros e de líderes partidários. O boneco de Palocci foi o alvo preferido dos manifestantes.     O deputado federal Ivan Valente (PT-SP) aproveitou para despejar sua ira contra a política econômica: — Vou dar uns cascudos no Palocci para ver se ele libera mais verbas para a educação — brincou Valente. O protesto foi organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).     A entidade reivindica a criação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais em Educação) e a conversão de parte da dívida externa em investimentos no setor. As duas propostas são defendidas pelo Ministério da Educação (MEC), mas enfrentam resistência da Fazenda.     Os professores deram uma aula à turma de bonecos encabeçada por Palocci com o tema “Chega de desigualdades: educar para superar a pobreza“. O objetivo do protesto, batizado de “Palocci, volte para a

Ler mais
Menu de acessibilidade