Ainda faltam recursos, dizem especialistas
Segundo o professor da USP de Ribeirão Preto José Marcelino de Rezende Pinto, ex-diretor do Inep (instituto de estatística do MEC), o piso anual por aluno ficará em R$ 740. “São R$ 61 ao mês. É pouco para se ter ensino de qualidade“, disse. “Mas é um avanço, pois abrangerá o ensino infantil e médio, que não são atendidos hoje.“ Para o membro do Conselho Nacional de Educação, Cesar Callegari, “entrarão mais novos alunos do que recursos“. O resultado disso, afirma, “é que ficará ainda mais evidente o pouco dinheiro destinado à educação no país“. Apesar das ressalvas, Callegari considera o Fundeb um “avanço“, sobretudo pelo aumento dos recursos injetados pela União. O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Mozart Neves Ramos, vai na mesma linha. “O Fundeb procura dar uma visão sistêmica à educação, tem dinheiro novo, mas o cobertor ainda é curto“, avalia. Professora da pós-graduação em educação da PUC-SP, Maria Malta Campos ressalta a importância da regulamentação. “Ainda não é possível avaliar o impacto, porque depende de como ficará a distribuição do dinheiro entre os diferentes níveis.“ Falta definir o mais importante, diz Paulo Renato Para o ministro