Ensino médio terá sociologia e filosofia

O presidente da República, em exercício, José Alencar, sanciona nesta segunda-feira, 2, às 16h, no Palácio do Planalto, a lei que torna obrigatório o ensino das disciplinas de sociologia e filosofia nas escolas de ensino médio, públicas e privadas. A lei foi aprovada primeiro na Câmara dos Deputados, onde o projeto começou a tramitar em 2003, e no dia 8 de maio deste ano, no Senado.    Para tornar obrigatório o ensino de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio, o Congresso Nacional alterou o artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. A obrigatoriedade, segundo a lei, entra em vigor a partir da sua publicação no Diário Oficial da União.    Resolução – A inclusão de sociologia e filosofia no currículo do ensino médio não é novidade para os sistemas estaduais. Em 21 de agosto de 2007, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou uma resolução orientando as redes estaduais de educação, que são responsáveis pelo ensino médio, sobre a oferta das duas disciplinas. A Resolução nº 4/2006, da Câmara de Educação Básica/CNE, ofereceu aos sistemas duas alternativas de inclusão: nas

Ler mais

Brasileiro lê mais livros por ano

Tão saborosas quanto as iguarias que Jaime serve como garçom são as viagens que ele faz quando vira leitor. “Entro no livro, gosto dessa parte de historia, é muito legal e você esquece do mundo, não quer parar de ler”, conta Jaime.     O rapaz é um batalhador, mora na periferia e tira tudo o que pode dos livros. “Aprendi básico em inglês, espanhol, pego livro em inglês e fico treinando”, diz. No restaurante, ele vai multiplicando o gosto pela leitura.     Já Nicole é uma devoradora de livros: em cinco meses, leu 80 obras. Foi assim, ganhou uma competição na escola e tomou gosto. “Você viaja para outro lugar, com outras pessoas, parece até que eles existem”.     O prazer pela leitura quase sempre começa na infância e hoje cativa 50 milhões de brasileiros, segundo a pesquisa “Retratos da leitura”, feita pelo Ibope.     A pesquisa ouviu pessoas a partir dos cinco anos de idade e mostra que, além desses apaixonados, o número de leitores vem crescendo devagar: 55% da população entrevistada afirmou ter lido ao menos um livro nos últimos três meses.     Jovem lê mais    “As faixas mais jovens lêem mais

Ler mais

Haddad vai à Câmara para defender sistema de cotas

A Câmara deverá votar em duas semanas o projeto de lei que cria o sistema de cotas nas instituições públicas federais de ensino superior, técnico e tecnológico. Pela proposta, metade das vagas oferecidas nas instituições será reservada para alunos de escolas públicas.    Depois de uma hora e meia de reunião com líderes partidários na Câmara, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu o projeto e disse ter diminuído resistências de partidos como o PSDB, que tinha dúvidas sobre as subcotas.     Dentro desse universo, as vagas serão divididas proporcionalmente entre brancos, negros e índios. Cada Estado terá sua própria divisão, definida pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre raça da população. Segundo Haddad, o projeto não favorecerá as autodeclarações fraudulentas de raça.     “Não há vantagem na autodeclaração não fidedigna. No Rio Grande do Sul, não vale a pena se autodeclarar negro, porque menos negros disputarão menos vagas e muitos brancos disputarão muitas vagas. Na Bahia, os negros são maioria e acontece o contrário“, afirmou o ministro.    Segundo Haddad, não haverá uma corrida para fazer matrículas nas universidades porque há uma expansão geral das vagas, que eram 124 mil em 2002 e

Ler mais

83% dos alunos têm professor insatisfeito, afirma a Unesco

Os professores brasileiros, com exceção apenas de seus colegas uruguaios, são os mais insatisfeitos com seus salários, segundo um relatório divulgado ontem pela Unesco, no comparativo entre 11 países em desenvolvimento. No estudo, 83% dos alunos do ensino primário (equivalente, no caso brasileiro, aos quatro primeiros anos do ensino fundamental) estão em classes cujos docentes se declararam insatisfeitos com os salários.     O relatório também mostra, como já evidenciado em outros estudos da Unesco, que as taxas de repetência no ensino primário no Brasil destoam, e muito, das de outros países.     No Brasil, a repetência chega a 19% dos alunos no ensino primário, mais que o dobro da verificada no segundo país com maior percentual, o Peru, com 8,8%.     O estudo da Unesco, intitulado “Um Olhar para o Interior das Escolas Primárias“, faz parte do programa WEI (sigla, em inglês, de Indicadores Mundiais de Educação), que monitora a educação em países em desenvolvimento.     Duplo emprego     Sobre o alto grau de insatisfação dos professores brasileiros com seus salários, o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, destaca outro dado do relatório, que mostra que o percentual de alunos cujos professores trabalham em

Ler mais

Classe média, achatada, compra livro didático em sebo e banca de jornal

Tradicionais pontos de venda de livros didáticos, as livrarias e as escolas perderam participação de mercado nos últimos anos. Em 2000, 54% dos livros utilizados em salas de aula eram vendidos em livrarias e 24% pelas escolas. No ano passado, esses percentuais caíram para 44% e 18%, respectivamente. “Houve um achatamento da classe média, que passou a procurar outros canais de venda. Um exemplo são os sebos, que aumentaram a participação de 1% para 7%“, disse Galeno Amorim, coordenador da segunda edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, organizada pelo Instituto Pró-Livro.     Realizado com mais de 5 mil entrevistados de todo o país, o levantamento mostra um crescimento expressivo das vendas desse tipo de livro em bancas de jornal devido à maior comercialização de livros de bolso e publicações encartadas em jornais e revistas.     As vendas de livros didáticos no mercado, sem contar a participação do governo, somaram R$ 872 milhões em 2006, o que representa uma queda de 7,76% em relação a 2005, de acordo com a Câmara Brasileira do Livro (CBL).     A pesquisa do Instituo Pró-Livro, que será apresentada hoje em Brasília, traz à tona os problemas da carência de leitores

Ler mais

Aluno lê 1,7 livro ao ano por vontade própria

Os estudantes brasileiros lêem 7,2 livros por ano, mas 5,5 deles são didáticos ou indicados pela escola. Apenas 1,7 livro é lido por vontade e escolha própria. Esses são alguns dos resultados da pesquisa Retratos da Leitura que o Instituto Pró-Livro divulga hoje em Brasília, obtidos com exclusividade pelo Estado. Foi a primeira vez que os hábitos de leitura dos alunos de todas as idades foram analisados no País.     O resultado condiz com o mau desempenho dos alunos brasileiros em leitura em avaliações internacionais, como o Pisa. No último exame, feito em 2006, mais de 50% ficaram nos mais baixos níveis de compreensão e interpretação de textos.    A quantidade de livros aumenta conforme a classe social, a escolaridade e a região onde vivem. Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, por exemplo, são 5,3 livros por ano, sem contar os didáticos. O índice é próximo dos registrados em outros países, como Espanha (5 livros por ano) ou Argentina (5,8). Na França, são mais de 7. Já na Região Norte do Brasil, praticamente só se lê o que a escola pede.    Especialistas são unânimes em salientar a importância do livro didático para incentivar a leitura

Ler mais

Mulher lê mais que homem, aponta pesquisa nacional

As mulheres lêem mais que os homens, diz a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que será divulgada hoje, em Brasília.     O estudo, elaborado pelo Instituto Pró-Livro, mostra que população está acostumada a dedicar muito pouco –ou quase nenhum– tempo aos livros. Do total dos leitores, 55% são do sexo feminino, público maior em quase todos os gêneros da literatura -os homens lêem mais apenas sobre história, política e ciências sociais.     Segundo a pesquisa, a Bíblia é o livro mais lido pela população brasileira –43 milhões de pessoas já a leram, dos quais 45% afirmaram fazê-lo com freqüência.     O segundo colocado é o livro “O Sítio do Picapau Amarelo“, de Monteiro Lobato, apontado como o escritor mais lido no Brasil. A lista dos escritores brasileiros mais lidos inclui ainda, pela ordem, além de Lobato, Paulo Coelho, Jorge Amado e Machado de Assis.  

Ler mais

Livros resgatam a importância dos negros no Brasil

As escolas públicas do Brasil não podem fazer ecoar o preconceito racial entre os jovens. O que ocorre, em grande parte das escolas, é uma omissão sobre a importância da cultura negra na composição da sociedade. “O preconceito racial não é um problema dos negros, é um problema do Brasil. É um problema que deve ser combatido por todos os brasileiros.” A afirmação é do secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro, feita nesta segunda-feira, 26, durante o lançamento de quatro novos produtos anti-racistas do Ministério da Educação.     A partir deste mês, todas as secretarias municipais e estaduais de educação receberão livros e um jogo pedagógico acompanhado de manual para o professor e para o aluno. A intenção é que os produtos possam esclarecer a contribuição dos negros para a cultura brasileira e garantir que as escolas públicas brasileiras sejam espaços de combate ao preconceito racial. “O Brasil não se reconhece como um país racista e isso é um grande obstáculo na luta pela igualdade”, explicou Lázaro. De acordo com o secretário, o primeiro passo para enfrentar o preconceito racial no Brasil é reconhecer a dimensão do problema.     No Brasil, é comum se admitir

Ler mais

Reforma ortográfica

A evidência maior de que o acordo ortográfico da língua portuguesa carece de prioridade está nos 18 anos decorridos entre a sua assinatura e a aprovação pelo país de origem do idioma, Portugal. Com a ratificação pelo Parlamento luso, cai a última grande barreira para sua adoção. A nova ortografia torna-se assim uma realidade, por menos que agrade.    Há, com efeito, várias razões para crítica. A maior parte das modificações parece cosmética, para não dizer ociosa. Que importância pode ter omitir ou não a consoante muda em “óptimo“, como se usa em Portugal, ou sacar o acento agudo de “idéia“, empregado no Brasil? A ausência de padronização em documentos oficiais e livros decerto não impede sua compreensão.    Diante da pequenez da mudança e de sua irrelevância, é descomunal a energia a despender na assimilação das novas regras pela população dos quatro países -Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e, agora, Portugal- da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que já adotaram o acordo de modo oficial; faltam ainda Angola, Timor Leste, Guiné-Bissau e Moçambique.    Isso sem contar, por certo, a necessidade de refazer matrizes de inúmeros dicionários e livros didáticos. Ou mesmo de inutilizar os

Ler mais
Menu de acessibilidade