Bienal pede volta da Secretaria Nacional do Livro
A 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo começou ontem no Anhembi com a apresentação de um manifesto em prol da recriação da Secretaria do Livro e da Leitura no Ministério da Cultura. A secretaria foi extinta em 2003 pelo Ministério da Cultura. O manifesto foi entregue durante a cerimônia de abertura da Bienal ao ministro interino da Cultura Juca Ferreira por Rosely Boschini, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que organiza o evento. Assinado por “profissionais da escrita, da edição e das livrarias“ (o número de assinaturas não foi informado pela CBL), o manifesto traz elogios às medidas do governo federal no setor, como a desoneração fiscal dos livros feita em 2004, mas salienta que o livro e a leitura perderam “a sua centralidade e visibilidade no centro do poder político do país“. Juca Ferreira não comentou o documento. O ministro, por sua vez, mandou um recado para o segmento, ressaltando a importância de baixar os preços dos livros. “Promover o acesso à leitura é parte da infra-estrutura que o país precisa criar para o futuro“, disse Ferreira, que lembrou ainda as homenagens ao centenário de morte de Machado de Assis (1839-1908) que acontecem durante a Bienal.