Unesco aponta evolução do ensino no Brasil
Há mais estudantes do sexo feminino do que masculino nos ensinos médio e universitário brasileiros. Mas quando se trata de emprego, salários e posições gerenciais, as mulheres ainda não conseguiram transformar a superioridade acadêmica em igualdade com o sexo masculino. Esta conclusão está no Relatório de Acompanhamento Global da Educação para Todos 2003/2004, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no dia 6, em Brasília. O levantamento mostra as disparidades e desigualdades de gênero na educação nos países da América Latina e Caribe e os progressos alcançados pelos governos no ensino, na década de 90. O documento atribui as diferenças de oportunidades à escolha, pelas mulheres, de áreas consideradas femininas, como educação, ciências sociais, humanidades, saúde e cursos relacionados a serviços. Essas opções, segundo o relatório, não aumentam significativamente as chances das mulheres se igualarem aos homens nas oportunidades de trabalho. O Brasil está numa posição privilegiada. A Unesco destaca que o País atingiu a paridade antes de 2000, sendo um exemplo a ser seguido. De 1990 a 2000, a expectativa de permanência de mulheres brasileiras na escola passou de 9 anos para 13,6. No mesmo período, os homens passaram