Literatura dos países de língua portuguesa chegará às escolas públicas

Os alunos da educação básica das escolas públicas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) começam em 2006 a estudar a literatura e conhecer os principais escritores dos oito países do grupo. O objetivo é fortalecer os laços culturais, promover o intercâmbio e a integração a partir da leitura.    Criada em Lisboa, Portugal, em 1986, a CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e, desde 2002, também pelo Timor Leste. A comunidade tem hoje mais de 200 milhões de pessoas, sendo o Brasil o maior país em área e população.    Livro – A decisão sobre quais escritores e obras vão circular nas escolas será tomada pela Comissão Executiva de Educação da CPLP, entre os dias 25 e 27 deste mês, em Fortaleza (CE). Neste encontro estarão presentes os responsáveis pelo setor de educação de cada país e também um escritor. De acordo com o secretário executivo adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira da Silva, que preside a comissão, cada país vai apresentar a relação de livros que gostaria de ver divulgados na comunidade e selecionar as obras.    A sugestão do Brasil, responsável na CPLP pelo tema literatura,

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Câmara cria comissão especial para o Fundeb

A comissão especial destinada a emitir parecer sobre a Proposta de Emenda Constitucional nº 536-A, de 1997, que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), foi instalada no dia 18 de outubro, na Câmara dos Deputados e será presidida pelo deputado Severiano Alves (PDT-BA). O presidente convocou uma reunião informal para o dia 19 de outubro, com o objetivo de elaborar um roteiro de trabalho. À tarde, ele se reunirá com o ministro da Educação, Fernando Haddad.    A relatoria da comissão está em aberto. Segundo o deputado Antônio Carlos Biffi, do PT-MS, as parlamentares mais cotadas são Iara Bernardi (SP) e Neyde Aparecida (GO). Também não foram escolhidos os nomes para a primeira, segunda e terceira vice-presidência. Os cargos devem ser preenchidos na próxima semana, por votação.    “Temos de apressar essa discussão, pois a Câmara não pode demorar com o Fundeb. Já foram feitas audiências públicas sobre o assunto em todo o Brasil”, afirmou Biffi, que integra a comissão especial.         Mudanças positivas com o Fundeb   Folha Dirigida (RJ)     Para o representante do Ministério da Educação (MEC) no Rio de Janeiro William Campos, a situação do professor vai

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Muniz Sodré quer criar o Bolsa Livro

Embora ainda não tenha aceitado formalmente o convite para ocupar a presidência da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), o escritor e professor da Escola de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Muniz Sodré já faz planos para sua gestão. Ele disse estar disposto a aceitar o convite feito pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, há 12 dias.    Muniz Sodré afirmou que sua prioridade será a formulação de uma nova política nacional de livros, que apelidou de Bolsa Livro. A meta é que todas as famílias do Bolsa Família recebam pelo menos um livro até o fim do mandato, em dezembro de 2006. “A maioria da população pobre não tem sequer um livro em casa. Acho possível alcançarmos essa meta até o fim do ano que vem.“ Para isso, pretende recorrer a estatais, como Petrobrás e BNDES, e empresários. “Estamos vivendo um momento em que é possível sensibilizar o empresariado“, disse ele, apesar de reconhecer que a falta de recursos é a principal dificuldade para a boa gestão.    AUDITORIA    Por enquanto, Muniz Sodré se recusa a comentar se vai abrir auditoria para investigar a gestão de seu antecessor, o bibliófilo e editor Pedro Corrêa do Lago. 

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Além do orçamento, teremos R$ 4,3 bi por ano, diz o ministro da Educação Fernando Haddad

Aos 42 anos, um dos mais jovens ministros da Educação do Brasil, o advogado, mestre em economia e doutor em filosofia Fernando Haddad comanda há poucos meses o Ministério da Educação, onde estava, desde janeiro de 2004, como secretário executivo do então ministro Tarso Genro.     À frente de uma pasta que, pela sua importância e tamanho, é capaz de forjar ou destruir reputações, Haddad se prepara para usar recursos que para seus antecessores não passavam de sonho. Será o primeiro a dispor de R$ 4,3 bilhões anuais extras, além da dotação orçamentária do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que atenderá desde a pré-escola até o ensino médio.    Em termos de tecnologia, caberá a ele implantar o projeto do laptop de US$ 100, que será distribuído a estudantes e professores e promete causar uma revolução no ensino no Brasil. Antes de viajar para a reunião da Unesco, em Paris, onde a proposta brasileira de abatimento da dívida externa dos investimentos em educação foi aprovada, ele falou a ISTOÉ.     ISTOÉ – O Brasil tem uma defasagem muito grande entre o porcentual de alunos no ensino fundamental, que é de 97%, e o do

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Para gostar de ler desde a infância

Na acirrada disputa com a televisão, o videogame e os passeios no shopping, os livros acabam ficando em segundo plano entre as atividades preferidas da criançada. Mas como é de pequeno que se formam novos leitores, a tática adotada por Dona Benta, personagem de Monteiro Lobato que fazia a alegria dos netos ao contar suas histórias, continua sendo importante ainda hoje. E quem escreve para o público jovem concorda com esse método.   Para o escritor Marcelo Duarte, autor da série Guia dos curiosos, o estímulo à leitura deve partir da própria família. “O grande segredo é que pais e mães passem a ler para os filhos. Assim, as crianças conseguem associar a leitura a momentos de carinho e de aprendizado“, sugere ele, que acaba de lançar Meu outro eu, pela coleção Vagalume, da Editora Ática. A obra conta a história de crianças e robômirins que aprendem a conviver com as tecnologias sem abandonar os livros.     O psicólogo Júlio Groppa Aquino, professor da Faculdade de Educação da USP, ressalta a importância de dividir com alguém o prazer da leitura. “Num primeiro momento, toda leitura precisa de um preceptor, por mais que seja uma atividade solitária. E uma criança

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Fundação Victor Civita premia professores e comemora 20 anos

No último dia 11/10, a Fundação Victor Civita promoveu, pelo oitavo ano consecutivo, a cerimônia de entrega do Prêmio Professor Nota 10, iniciativa de reconhecimento e valorização de professores de diversas disciplinas e de todo o Brasil.     Os projetos são escolhidos de acordo com seu grau de inovação e qualidade e pela capacidade de proporcionar uma aprendizagem efetiva. Além dos dez professores Nota 10, a fundação elegeu ainda o Professor do Ano, profissional cujo projeto despertou maior interesse entre os jurados.     Neste ano, foram 3.423 inscritos. Os professores Nota 10 receberam R$ 10 mil cada um, além de livros da Editora Scipione. Já a Professora do Ano, Tatiana Machado Dorneles, de Ivoti (RS), ganhou também uma viagem para a Inglaterra e uma Coleção Obras Primas (Clássicos Literatura Universal) do Instituto Ecofuturo.     Comemoração – Durante o evento, a Fundação Victor Civita comemorou seus 20 anos de atuação. Criada em 1985 pelo então presidente do Grupo Abril, Victor Civita, sua missão é contribuir para a melhoria do ensino no país, apoiando e fornecendo material para a qualificação dos professores brasileiros.     Além da premiação anual para professores, a organização produz a revista Nova Escola, o

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Boletim Fome de Livro

MinC e Serpro definem com mercado livro digital acessível    Representantes do Ministério da Cultura (MinC), Serviço de Processamento de Dados (Serpro), do Ministério da Fazenda, e de entidades e empresas da cadeia produtiva do livro definiram na semana passada a adoção do padrão tecnológico para o lançamento do livro digital acessível no Brasil.     Durante o seminário O Livro Digital Acessível, realizado em São Paulo, ficou definido que uma primeira versão será lançada no prazo de seis meses utilizando como padrão o formato Daisy, já escolhido por mais de 30 países. O objetivo, explicou o coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), Galeno Amorim, do MinC, é ampliar o acesso tanto de deficientes visuais como de analfabetos funcionais e analfabetos absolutos à leitura.     No encontro, foram apresentados os pilotos de projetos de síntese de voz natural, de certificação digital e de garantia tecnológica para encriptar textos e evitar, assim, que os livros sejam pirateados, o que é uma grande preocupação de editores e autores. Além do acesso via internet, o projeto prevê que as obras possam ser “lidas“ com a ajuda de equipamentos como os tocadores de CD domésticos ou em carros. O Brasil

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Contra o deserto de leitores

Há algumas décadas Monteiro Lobato afirmou que um país se faz com homens e livros. Hoje, o sorriso de Cléo Pires ao manusear um exemplar nos comerciais televisivos é a nova arma do Ministério da Cultura (Minc) a favor da disseminação das palavras prensadas. O editor visionário e a atriz global compartilhariam, se não houvesse a barreira do tempo, o otimismo em relação ao crescimento do mercado editorial brasileiro e, por conseqüência, do número de leitores. O entusiasmo é palpável nas feiras literárias que se multiplicam e em projetos que pretendem materializar a Lei do Livro, todos parte do melhor desempenho do mercado editorial festejado durante o ano.     Em meio às comemorações e brindes, há aqueles que preferem ver o copo meio vazio e a esses não falta munição. O Instituto Paulo Montenegro, braço do Ibope, apresentou os resultados do 5º Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional e apontou que apenas 26% dos brasileiros são plenamente alfabetizados, ou seja, entendem o que escrevem e lêem. A constatação reforça a pesquisa realizada pelo IBGE em 2003 que concluiu não chegar a dois volumes a média de livros adquiridos anualmente pelos brasileiros. Para completar a saraivada, uma pesquisa financiada pelo BNDES

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País investe em educação menos do que diz

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em viagem a Portugal que o Brasil investe “menos do que 4%“ do PIB (Produto Interno Bruto) na sua área, ao contrário do que indicam as estatísticas oficiais dos últimos anos.    Segundo ele, gastos em outras áreas, como saúde, são contabilizados como despesas em educação. Disse ainda que o país deveria investir durante 20 anos pelo menos 6% do PIB se quiser realmente resolver seus problemas na área educacional.    Ao afirmar que o Brasil gastava menos do que 4% do PIB em educação, Haddad se referia a cálculos que serão divulgados em breve por sua pasta.     Ele diz acreditar que essa conta norteará futuras discussões sobre investimentos. Formalmente, disse o ministro, o Brasil tem gastado dentro da média prescrita pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), entidade internacional que reúne os países mais ricos do mundo e avalia regularmente políticas educacionais. Aplicar 6% seria adotar a recomendação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).    Haddad atribuiu as raízes do que chamou “atraso educacional“ do Brasil a três fatores que só teriam acontecido simultaneamente no país: “Colonização retrógrada, escravidão

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