Parceria põe em prática projeto para tornar o livro acessível

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No início deste ano, a ABRELIVROS (Associação Brasileira de Editores de Livros) e a Fundação Dorina Nowill assinaram um convênio para subsidiar a adaptação e transcrição de livros para o método braile. Durante cinco anos a associação destinará mais de um milhão de reais para capacitar profissionais da Fundação nos processos de produção e edição de livros.  
A falta de pessoal qualificado para o trabalho fez com que editores, entidades assistenciais e governo buscassem alternativas. A própria Fundação Dorina Nowill mostrou que a produção em braile, na maior parte do mundo, não é realizada pelas editoras comerciais e sim por entidades especializadas no método.  
Para Maria Lúcia Kerr Cavalcante de Queiroz, membro do conselho fiscal da ABRELIVROS e diretora da Editora do Brasil, a parceria foi o caminho mais fácil e eficiente para tornar o livro acessível a portadores de deficiência visual.  
 
1 – ABRELIVROS -Qual a importância do convênio entre a Abrelivros e a Fundação Dorina Nowill para as editoras e para a sociedade?  
Maria Lucia Kerr – Esse convênio é muito importante, pois tem como objetivo a capacitação e formação de profissionais na área Editorial Braile da Fundação, tornando factível a solução para atender a demanda existente hoje no Brasil de cerca de 500 títulos didáticos transcritos por ano. Essa parceria também reforça a preocupação dos editores com a acessibilidade dos livros didáticos,e possibilitará aos portadores de deficiência visual ,mais opções. O mercado de profissionais nessa área é restrito, o que limita o crescimento da oferta de títulos.O processo envolve pessoas videntes e deficientes visuais. 
 
2 – ABR – Firmado o convênio, qual será o trabalho das editoras em relação ao processo de transcrição e adaptação dos livros para o braile? 
MLK – É preciso fazer uma distinção entre livros didáticos, que exigem um tratamento específico, e livros de texto corrido. Para o didático, não existe uma solução eletrônica como no sistema DAISY ou LIDA. Por isso, para facilitar o processo de transcrição, as editoras devem fornecer os arquivos eletrônicos com os textos separados das imagens e um exemplar em tinta. As adaptações serão feitas pela FDNC, por editores especializados. 
 
3 – ABR – Depois de terminado o convênio, qual o próximo passo? Já se pensa em continuar o trabalho com a fundação ou com outra instituição semelhante? 
MLK – Ainda não dá para se prever os caminhos a seguir nessa área,após os cinco anos do convênio. 
 
4 – ABR – O trabalho de transcrição e adaptação já está ocorrendo? 
MLK – Em relação ao convênio com o MEC, a FDNC está com cerca de 95% dos livros já editorados, aguardando fechamento e liberação para a impressão. 
 
5 – ABR – Além da edição de livros para os deficientes visuais, as editoras e a Abrelivros estão tomando outras providências na busca de tornar o livro mais acessível?  
MLK – Assim como os portadores de deficiência visual podem utilizar livros em braile,livros falados ou livros digitais(LIDA) ,pessoas que têm baixa visão podem utilizar os livros com os caracteres ampliados. Neste momento as editoras estão focadas nos livros para os programas PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) e PNLEM (Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio) do Ministério da Educação. 

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