Volta às aulas na rede estadual é celebrada por alunos do 1º ano do ensino médio

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Pela primeira vez desde o início da pandemia, Isabelle Queiroz Luz, 15, voltou à sala de aula, na escola Estadual Madre Carmelita, no bairro Bandeirantes, em Belo Horizonte, nesta sefunda-feira (23). Ela é aluna do 1° ano do ensino médio, série autorizada a retornar às aulas presenciais no Estado, assim como o 6° e o 7° anos do ensino fundamental. A retomada vale para as cidades nas ondas Verde e Amarela do Minas Consciente.

Com o retorno desses alunos, somados aos estudantes da Educação para Jovens e Adultos (EJA) e o ensino profissionalisante, todos os ciclos da rede estadual estão autorizados a retornar ao ensino presencial nas cidades que estão nas ondas verde e amarela do Minas Consciente.

Na entrada da escola, a mãe de Isabelle assinou um termo autorizando o retorno da filha às aulas presenciais. O documento é praxe no primeiro dia de aula na pandemia, segundo protocolo do Estado.

`Eu tô ansiosa para voltar, rever os amigos e ter aula na sala, mas ao mesmo tempo estou com um pouco de medo`, diz a estudante.

A mãe dela, a professora Gleice Queiroz, 40, diz estar tranquila em relação às medidas de segurança.

`A gente vê o esforço dos professores, mas não é a mesma coisa do ensino presencial. Como professora, vi que realmente está muito tranquilo quanto às normas, o distanciamento é muito bom`, relata.

As escolas se prepararam para garantir a segurança à saúde de alunos e professores, segundo a superintendente regional de ensino metropolitana C, Gláucia Cristina Pereira dos Santos.

`A gente tem o protocolo de segurança que é feito pela Secretaria de Saúde. A gente respeita o distanciamento, adequamos os banheiro, isolamos os espaços`, diz.

Gláucia destaca que o retorno às aulas presenciais é opcional. `É uma decisão dos pais. Cada pai sabe da sua necessidade e do seu receio, e a gente tem um documento que eles assinal autorizando o retorno`, explica.

A superintendente explica que nas escolas estaduais o distanciamento entre os estudantes é de 1,5m, mais restritivo que o 1m autorizado pela prefeitura da capital.

O protocolo também prevê a suspensão das atividades presenciais quando há mais de um caso com diagnóstico confirmado de Covid-19 em uma mesma turma, turno ou escola, sendo cada situação analisada de forma particular.

A taxa de adesão às aulas presenciais em todos os anoa de ensino é de cerca de 60%, segundo a assessoria da Secretaria de Estado de Educação.

Atualmente 1.758 escolas de 284 municípios, o que corresponde a 991 mil alunos, podem voltar às aulas físicas.

NOVAS REGRAS EM BH.

A segunda-feira foi marcada pelo início de mais uma etapa de flexibilização na educaão. Em Belo Horizonte, o distanciamento entre os alunos foi reduzido de 2m para 1m de acordo com decreto da prefeira publicado na sexta-feira (20). A mudança era uma pedido de pais de alunos e da rede particular de ensino.

As famílias devem aguardar o contato da escola sobre a mudança de regras. Até lá, permanecem as atuais diretrizes.

Atualmente a adesão das famílias ao atendimento presencial em BH se encontra em torno de 50%, conforme última análise da adesão, em pesquisa realizada em agosto.

`Foi um avanço significativo. Em nossa última manifestação foi nossa principal reivindicação. O CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA) recomenda 0,90 metros de distanciamento, e ver a prefeitura adotar 1 metro foi muito bom`, diz o comerciante Rodrigo Marçal, membro do grupo Pais pela Educação Pública.

As secretarias municipais de Saúde e de Educação informaram que `monitoram rigorosamente a situação das unidades e todos os protocolos de segurança estão sendo cumpridos, inclusive com o acompanhamento da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Belo Horizonte`.

ENSINO SUPERIOR.

O ensino superior também está autorizado a ministrar aulas presenciais em Belo Horizonte. A Universidade Federal de Minas Gerais trabalha com a possibilidade de retomada para outubro.

Menu de acessibilidade